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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Europa proíbe uso de neonicotinóide, agrotóxico mais usado no mundo todo


Fonte: conexão planeta


Europa proíbe uso de neonicotinóide, agrotóxico mais usado no mundo todo
Na última semana a União Europeia tomou uma decisão histórica: decidiu banir o uso do neonicotinóide,
substância derivada da nicotina e utilizada para controlar pragas.
O neonicotinóide é um dos pesticidas mais consumidos no mundo inteiro. O grande diferencial deste  
agrotóxico para outros tipos é ele ser sistêmico, ou seja, se espalhar por toda a planta: folhas, flores, ramos,
 raízes e até, néctar e pólen. Em geral, é colocado na semente e a partir daí, toda a planta fica com vestígios
dele.
Todavia, vários estudos internacionais já comprovaram seu efeito nocivo sobre polinizadores. Um deles,
publicado em 2016, conforme mostramos aqui, neste outro post, revelava que o neonicotinóide prejudicava
a habilidade das abelhas, sobretudo dos zangões, de vibrar e desta maneira, sacudir as flores para efetuar a
 polinização.
Em outro estudo – “Impacts of neonicotinoid use on long-term population changes in wild bees in England
 -, realizado pelo Centre for Ecology and Hydrology do Reino Unido, cientistas relacionaram o pesticida
com o declínio da população de 62 abelhas selvagens na Inglaterra, entre os anos de 1994 e 2011 – período
este em que a substância tornou-se bastante popular e sua utilização foi intensificada.
Desde 2013, havia uma moratória para o uso deste agrotóxico nos países da Comunidade Europeia. Mas na
sexta-feira (28/04), a European Food Standard Agency deu seu parecer final sobre a proibição de seu uso
 na agricultura. Todavia, ele poderá ser empregado em cultivos em estufas, o que gerou algumas críticas.
A decisão entra em vigor em seis meses, ou seja, até o final de 2018. Mais de cinco milhões de pessoas
 tinham assinado uma petição online pedindo para que o neonicotinóide fosse banido.
“Proibir esses pesticidas tóxicos traz esperança para a sobrevivência das abelhas”, afirma Antonia Staats,
da organização Avaaz. “Finalmente, governos estão ouvindo seus cidadãos, as evidências científicas e os
agricultores, que sabem que as abelhas não podem viver com esses produtos químicos e nós também não
podemos viver sem as abelhas.”
Obviamente, houve gritaria entre os fabricantes de agrotóxicos e algumas associações de agricultores, que
dizem que a proibição trará impacto sobre a produção de alimentos na Europa.

Agrotóxicos no Brasil

No Brasil, infelizmente, o neonicotinóide ainda é liberado. E na semana passada, a bancada ruralista da
Câmara dos Deputados, em Brasília, apresentou um projeto para derrubar restrições à aprovação de uso de
 agrotóxicos no país.
O texto do deputado Luiz Nishimori, do Paraná, prevê que estes produtos passem a ser chamados de
 “fitossanitários”. A intenção de mudar o nome é mascarar os efeitos dessas substâncias e assim, conseguir
 sua aprovação mais rápida.
Atualmente a liberação desses produtos no Brasil depende de autorização de órgãos do Ministério da
Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, processo este que pode levar até cinco anos. O projeto de Nishimori
faria com que o prazo fosse diminuído para 12 meses, caso nenhuma autoridade tenha se mostrado contrária
 a ele neste período.
O mais alarmante, entretanto, é um dos pontos do texto que revoga a proibição de agrotóxicos com
características teratogênicas, relacionadas com casos de câncer e anomalias no útero e mal formação
do feto.
A votação da proposta será feita no próximo dia 8 de maio. Se aprovado na comissão especial da Câmara,
seguirá para discussão no plenário.
Então a hora é da sociedade civil se unir e protestar com este absurdo!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A ora-pro-nobis é uma trepadeira ou arbusto lenhoso e tropical, de qualidades como comestível e ornamental.

Ora-pro-nobis – Pereskia aculeata

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Foto: Scott Zona
A ora-pro-nobis é uma trepadeira ou arbusto lenhoso e tropical, de qualidades como comestível e ornamental. O nome curioso vem no latim e significa “rogai-por-nós”. Diz a lenda que os moradores de um vilarejo colhiam as folhas da planta no quintal da igreja, enquanto se ouvia o padre rezar, por isso o nome “ora-pro-nobis”. Ela pertence à família das cactáceas, mas é uma espécie bastante diferente dos cactos que estamos acostumados a ver, sendo considerada um representante primitivo da família. Suas folhas são elípticas, acuminadas, simples, decíduas, suculentas e de cor verde clara. Ela se inserem em ramos finos, escandentes, espinhosos, ramificados e bastante longos. Nos ramos jovens, os espinhos tem a forma de pequenos ganchos, enquanto que nos ramos mais velhos, ocorrem grupos de espinhos retilíneos, longos, lenhosos e pontiagudos. Floresce no verão e outono, despontando inflorescências do tipo panícula, com numerosas flores brancas ou levemente rosadas, dobradas, com o centro alaranjado e um característico perfume de limão. As flores tem néctar abundante e atraem muitos ponilizadores. Os frutos que se seguem são bagas amarelas, comestíveis, esféricas, com numerosas sementes pretas.
No paisagismo, esta belíssima espécie, pode ser conduzida com trepadeira, servindo para cobertura de pérgolas, caramanchões, acompanhando cercas, gradils e coroando muros também. Sua plasticidade também permite que se faça dela uma excelente cerca-viva, bastante defensiva, devido aos espinhos. Para conduzi-la assim, basta que se façam podas de formação durante o crescimento, que estimulam a ramificação e o adensamento da planta. Uma boa cerca-viva de ora-pro-nobis, funciona como quebra-vento, não deixa passar invasores e não permite que animais domésticos, mesmo pequenos, fujam. Não obstante, é uma hortaliça de grande valor, podendo ter suas folhas colhidas em qualquer época, sem necessitar de cuidados que outras hortaliças geralmente demandam.
As flores e folhas da ora-pro-nobis são comestíveis, nutritivas e ricas em mucilagem. É também uma das espécies vegetais mais ricas em proteínas, sendo que sua matéria seca, apresenta cerca de 25% do nutriente. Além disso é abundante em ferro, o que faz da ora-pro-nobis, uma fonte de alimento considerável no combate à fome e a desnutrição, com especial atenção às regiões áridas. De suas folhas e flores cruas, desidratadas ou cozidas, se fazem deliciosos refogados, pães, suflês, risotos, sopas, omeletes, saladas, etc. Ela é a estrela principal de diversos pratos da culinária mineira e até um festival anual lhe é dedicado, no município de Sabará/MG.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. Após sua plena implantação, resiste bem muito bem à estiagem. Não tolera extremos de temperatura, de frio ou calor intenso. Aceita bem podas e colheitas das folhas. Pode perder as folhas no período de estiagem, rebrotando no início da estação das chuvas. Por ser escandente, é bom ajudá-la a fixar-se no suporte, com amarrios. Multiplica-se facilmente por estaquia de ramos semilenhosos ou por sementes. As estacas rústicas plantadas diretamente no campo tem índice de pegamento maior se realizadas no início do período das chuvas.

Medicinal:

  • Indicações: Dor, Inflamação, Queimaduras, Desnutrição, Anemia, Cólicas
  • Propriedades: Antiinflamatório, Anti, Fortificante, Nutriente, Emoliente, Cicatrizante, Analgésica
  • Partes Utilizadas: Folhas

Alerta:

Maneje a planta com luvas, na ocasião das podas e da colheita das folhas, pois os espinhos podem ferir. Pode escapar ao cultivo e se tornar invasiva em determinadas situações. Ela pode sufocar árvores e por formar uma densa cerca de espinhos, sua remoção se torna difícil.

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