Na história recente da agricultura ecológica do estado do Rio Grande do Sul, a partir dos anos 70, o uso das rochas era reconhecido, com destaque as rochas basálticas. Primeiro por serem abundantes no estado, segundo, porque era a mais citada na literatura técnica permitida na época. Somente ao final da década de 90 é que começaram os experimentos com composições de diversas rochas moídas de diferentes regiões de dentro como fora do estado. Destaque-se o trabalho pioneiro da Fundação Juquira Candiru e do Núcleo Técnico de Agricultura da Cooperativa Ecológica Coolmeia.
O uso regular de compostos de rochas moídas está consagrado. É reconhecido pelos órgãos federais, pelo mercado orgânico e por algumas academias. Hoje faz parte dos interesses estratégicos dos países do primeiro mundo em virtude da capacidade de seqüestro de carbono das rochas e de remineralizar sua população, vitimada pelos alimentos desmineralizados em virtude dos solos empobrecidos e ou pela forma como foram industrializados
A biomineralização parte de três princípios básicos.
O primeiro é a mineralização do solo através da composição de rochas moídas em diferentes granulometrias objetivando a presença de todos os elementos minerais existentes na natureza.
O segundo princípio é do uso dos biofertilizantes, enriquecidos com compostos de rochas moídas, que aceleram a comunicação das raízes das plantas com os novos minerais introduzidos no solo.
E, por último o manejo ecológico do solo, da água, da fauna e flora buscando o equilíbrio dinâmico do sistema onde o agricultor está inserido.
Com a biomineralização objetivamos copiar como se processa a vida no planeta.
Entendendo o solo como um organismo vivo onde vivem nematóides, algas, amebas, fungos e bilhões de bactérias. Sendo resultado da transformação das energias do sol e água, ação da gravidade e reação antigravitacional dos micróbios que agem na meteorização das rochas superficiais e de forma muito especial junto à rocha-mãe. Este processo geológico onde a integração dos fenômenos físicos, químicos, biológicos e seres vivos atuam sobre influência do clima e evolucionam constituindo uma flora e fauna específica e uma teia de vida que busca um equilíbrio dinâmico e que faz parte também deste solo e seu ecossistema.
Cada um deles evoluiu especializado em aproveitar a energia contida nas três esferas para seu metabolismo, deixando para as espécies ou redes sucessoras um substrato, onde outras espécies possam extrair sua energia e assim até a formação do solo. Através da biomineralização repomos o que é retirado pelas colheitas, mantendo a vida no solo, levando ao enriquecimento com macro-, micro-, traços- e subtraços minerais, conteúdo de vitaminas, pigmentos antioxidantes, aroma, cor, perfume, durabilidade, paladar, densidade das plantas e criações. Livres dos radicais livres, metais pesados, proteínas incompletas e excesso de água.
O uso dos Compostos de Rochas Moídas
- Bioprogramação de sementes – peletização;
- Recuperação dos solos ácidos, salinos e ou depauperados;
- Remineralização do sistema – solo, plantas e animais com elementos traços e sub-traços;
- Mineralização para as criações;
- Revitalização das fermentações no solo;
- Ampliação da biodiversidade – fauna e flora;
- Refrigeração e oxigenação do solo;
- Seqüestro de carbono.
Nelson Dias Diehl
Coordenador do Núcleo Ecologia e Agriculturas da Guayí.
Administrador de Empresas e Ecologista.
Um comentário:
Obrigada pela visita ao meu blog!
Já ando também por aqui a aprender...
A imagem de fundo é linda!!!
Boa semana
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