quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Ipês de tantas flores, cores… e seus parentes

ipe-cores-parentes
Sempre que falo sobre espécies diferentes de árvores nativas brasileiras, ou até mesmo quando dou palestras sobre a importância da flora para nossas vidas, uma árvore em especial chama a atenção de todos: o ipê!
Adoro compartilhar com todos a existência do ipê-verde, por exemplo. Você já sabia que ele existe? Vez ou outra, noto uma certa confusão entre as diversas espécies dessa planta e suas cores, como a presença mística do ipê-azul. Dedicarei este texto, então, ao ipê, para que todos possam conhecer um pouco mais sobre suas particularidades e aprofundem seu amor por esta árvore tão linda.

O mundo dos ipês é um mundo muito grande e – claro! – encantador. Começando por sua família botânica – Bignoniaceae –, que abraça 110 gêneros e cerca de 840 espécies de árvores, arbustos e lianas (cipós).
O Brasil em particular é considerado o maior centro de diversidade dessa família botânica, pois em todo território nacional, de norte ao sul do país, são encontrados 33 gêneros e 412 espécies. Destas, um total de 199 espécies são endêmicas, ou seja, ocorrem somente aqui e em nenhum outro local do mundo, estabelecendo, assim, uma relação altamente complexa de interação com todos os seres e sistemas do seu ambiente de ocorrência natural.
As lindas flores desta família – facilmente identificadas devido a seu formato de pequenas trombetas – são muito atrativas para grande parte da fauna, como por exemplo: vespas, abelhas, aves, morcegos, borboletas e mariposas. Algumas flores têm, até mesmo, finalidades alimentícias, como o ipê-amarelo, que pode ser saboreado em saladas.
Eis, aqui, duas árvores da família Bignoniaceae que costumamos encontrar com facilidade e não são brasileiras: espatódea e ipê-de-jardim.

Espatódea, tulipeira, árvore-de-bisnagas, tulipeira africana

flor-spathodeafruto-spathodeaNome científico: Spathodea campanulata
Origem: África
Particularidade: bastante comum na arborização urbana das cidades brasileiras, a espatódea também faz parte das lembranças de brincadeiras de infância – com seus botões florais e sépalas (área que sustenta as pétalas) as crianças jogam jatinhos de água nos amigos. Suas flores podem ser laranja ou amarelas.

Ipê-de-Jardim, amarelinho, bignônia-amarela, carobinha, guarã-guarã, ipê-mirim, sinos-amarelos

tecoma_stans_2
Nome científico: Tecoma stans
Origem: Estados Unidos e México
Particularidade: seu porte pequeno, quase arbustiva e por não perder suas folhas ao florescer, tornou-se uma das árvores exóticas confundida com nossos ipês nativos mais comuns dos jardins residenciais e na arborização das cidades, principalmente como opção em calçadas onde passa fiação elétrica na parte superior. Muitas pessoas acreditam que é uma espécie brasileira, mas certamente não é o caso. Suas sementes são produzidas em quantidade grandiosa e o poder germinativo é alto, isso porque ela não encontra predadores de suas sementes em nossos biomas brasileiros. Sua presença tem sido monitorada para avaliar se está impactando negativamente a distribuição de espécies nativas – sendo considerada invasora.

Nossos ipês

ipes-flores-coresEm meio às espécies de ipê mais comuns aqui no Brasil – conhecendo um pouco mais do tamanho desse universo – é mais fácil perceber as diversas tonalidades de cor de suas flores; as diferenças nas estruturas das folhas compostas por três, quatro, cinco, seis ou sete folíolos; os detalhes de textura da casca; e a forma das vagens e das sementes. Cada um desses detalhes em conjunto pode nos apresentar espécies de ipê, ainda que similares, bastante particulares. Eles são muito mais do que os nomes que lhes foram dados obviamente pelo colorido de suas flores, como ipê-branco, ipê-rosa, ipê-amarelo, etc. Dentro de cada uma dessas categorizações simplistas, existe uma grande diversidade de espécies, de tamanhos e de áreas de ocorrência, muitas vezes diferenciadas.
folha-ipeamareloAgora faço uma provocação para você, leitor: procure apreciar os ipês também nos momentos em que eles não estão floridos.
Vamos praticar mais desse vínculo apreciativo e de cuidado com nossas árvores, mesmo quando elas estão em momentos de vida menos exuberantes? Assim, é possível reparar na tonalidade das folhas novas que brotam ou na cor que fica gradualmente alterada quando a árvore se prepara para desprender todas as folhas. E os pequenos brotos de flores ou crescimento das vagens? E as incríveis sementes? Já coletou algumas pelo caminho e imediatamente colocou-as para germinar?
flores-iperosaSuas sementes aladas são dispersadas pelo vento. São pequenas joias brilhantes e translúcidas. No miolo da membrana, o embrião de uma nova árvore. A madeira dos ipês é valorizada e reconhecida mundialmente por suas propriedades de resistência e dureza. Até hoje, toras inteiras são facilmente encontradas em carregamentos de extração madeireira ilegal.
Uma das espécies de ipê de flores rosadas contém, em suas estruturas, o princípio ativo e os medicamentos para tratamento oncológico. Os ipês também são conhecidos por diversos outros nomes populares, como estes:
ipê-amarelo, ipê-ouro,  ipê-da-serra, aipê, ipê-branco, ipê-mamono, ipê-mandioca, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipezeiro, pau-d’arco, taipoca, piúva, piúna, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-roxo-grande, ipê-de-minas, ipê-comum, ipê-reto, ipê-rosa, ipé, ipeúna, ipê-do-brejo, ipê-da-várzea

Ipê-azul existe?

flor-jacarandafruto-jacarandaO mais comum é confundir as tonalidades de roxo e azul. Como alguns ipês têm o nome popular ipê-roxo, muitas pessoas esperam encontrar flores roxas com tonalidade mais azulada durante as floradas. Normalmente, as espécies que chamamos de ipê-roxo na verdade apresentam flores em tom de rosa em uma tonalidade bastante forte, mas, mesmo assim, mais magenta (pink) do que azul.

No entanto, existem os jacarandás, também da família Bignoniaceae as espécies do gênero Jacaranda sp. São cerca de 36 espécies, sendo que 32 são endêmicas do Brasil. Por serem parentes da mesma família, as flores de todas essas espécies são muito similares em formato com as dos tradicionais ipês. E elas, sim, possuem tonalidade arroxeada-azulada. Por isso, quando algumas pessoas dizem que viram um ipê-roxo ou azul, na maioria das vezes estão se referindo aos jacarandás muito presentes em nossos caminhos.
Neste exato momento, na primavera, podemos encontrar inúmeros jacarandás floridos nas ruas arborizadas das cidades brasileiras. Lindos e tão incríveis como os ipês, é importante notar uma diferença entre eles: o formato das vagens, que lembram castanholas. Já as sementes, são bem parecidas, assim como as flores.

E onde mora o ipê-verde?

ipe-verdeUma típica árvore do cerrado brasileiro – Cybistax antisyphilitica. Suas flores são realmente verdes, essa característica deve denotar que seus polinizadores a encontram mais devido seus atributos aromáticos do que visuais.
Possivelmente é bastante visitada por fauna de hábito de vida noturno. Quem já viu, marca o lugar para sempre voltar a encontrar. Quem ainda não viu, tenho certeza que vai querer plantar.
Para encerrar este post com muito carinho e emoção em conhecer mais sobre nossas árvores, vejam algumas fotos que fiz de alguns ipês-verdes-do-cerrado que vivem perto do escritório do Instituto Árvores Vivas na região central da cidade de São Paulo.

Fotos: Juliana Gatti (abertura – 2/4/5/6/7/8 /11) e Wikimedia
Edição: Mônica Nunes
Mestranda na área de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, sua pesquisa dedica-se a avaliar a influência da natureza na qualidade de vida de crianças e sociedade. Idealizou o Instituto Árvores Vivas em 2006, onde promove ações de conexão com a natureza por meio de apreciação, restauração e fomento da cultura ambiental.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

APRENDA EM 04 PASSOS A PODAR SEU PÉ DE UVA E TER BELOS CACHOS


A VIDEIRA

O pé de uva é chamado de videira, parreira ou vinha. No Brasil, são várias as espécies cultivadas que podem ser consumidas in natura (consumo natural das bagas) ou na confecção de vinhos secos e suaves. Para o consumo natural, a uva mais cultivada é a espécie Vitis labrusca, seu nome popular é Niagara rosada e Niagara branca. A Niagara Rosada é aquela uva comercializada, normalmente, na beira de estrada. Outras uvas cultivadas em casa são a Bordô, a Concord e a Itália.

Benefícios do consumo da uva

As uvas possuem diversas propriedades benéficas à saúde. Elas protegem o sistema circulatório e o coração; têm propriedades antioxidantes, o que significa que impedem a ação de radicais livres no organismo; apresentam características antiinflamatórias; inibem a aglomeração das plaquetas sangüíneas, reduzindo os riscos de ocorrência de infartos e derrames; além de impedir alguns processos desencadeadores do câncer. A fruta ainda é boa fonte de vitamina C e complexo B, rica em minerais como magnésio, enxofre, ferro, cálcio e fósforo, indispensáveis a uma boa saúde.
beneficios uva
Fonte da Foto: gardener.blogg.se

Efeito ornamental da videira

Muito valorizadas por seus frutos que há milênios oferecem alimento e vinho ao homem, as videiras também podem ter uso ornamental e serem bem aproveitadas em jardins domésticos. Ao serem mantidas sobre caramanchões ou pergolados, essas trepadeiras podem adicionar altura em projetos de paisagismo e ainda prover sombra no verão. Além disso, dependendo da espécie escolhida e das condições de plantio, as parreiras de uvas podem gerar deliciosos frutos. Se o objetivo é somente produzir sombra, o melhor são as plantas que comercialmente são utilizadas como porta enxertos. Entre as variedades indicadas para regiões tropicais estão a IAC 572 Jales, a IAC 313 Tropical e a IAC 766 Campinas. Para regiões mais frias, as variedades mais apropriadas são a Paulsen 1103, a SO4, Solferino e a Kober 5BB.
uva ornamental
Fonte da foto: zielonyfront.pl

Condução da videira

Por ser trepadeira, a cultura precisa de suporte para a sustentação dos ramos. A latada ou pérgola é formada por malhas suspensas a cerca de dois metros do chão. As plantas são, assim, conduzidas na horizontal, o que permite um melhor desenvolvimento foliar, maior formação de sombras e alta produção de frutos.
uva pergola
Fonte da foto: florafind.mainegardens.org

Poda de produção da videira

A poda é uma técnica usada para estimular a planta a produzir novas brotações a partir de gemas dormentes. A videira inicia sua produção após 3 anos de plantio. Nestes primeiros 3 anos ela desenvolve raízes para absorção de nutrientes e ramos vegetativos que irão sustentar os cachos produzidos. Após 3 anos de cultivo ela têm condições nutricionais para iniciar a sua produção, produzindo poucos cachos. Com o passar dos anos, essa produção aumenta até estabilizar na fase adulta da planta. Porém, se, após o início da produção não for feita a poda, a planta tende a produzir cada vez menos cachos. Isso ocorre pelo fato da planta produzir cachos apenas em ramos novos.
produção uva
Fonte da foto: sagebud.com

Passo 01 - Desenvolvimento da videira

Para a videira produzir cachos é importante que seja feita uma boa adubação nutricional. Para o plantio da muda da videira deve-se fazer a cova 3 vezes maior o torrão da muda, encher a cova com um condicionador de solo "Classe A" misturado a 300 gramas do NPK formulação 04-14-08, plantar a muda sem desfazer o torrão, apertar em volta para que ela fique fixa e molhar em seguida. Após o plantio, deve-se iniciar a adubação foliar utilizando um fertilizante para o enraizamento e intercalar com uma formulação para o crescimento, ou seja, aplica-se, com um pulverizador nas folhas da videira, 1 vez por semana a formulação de enraizamento e na semana seguinte a formulação de crescimento. Este tratamento visa acelerar o crescimento da videira. Durante a época das chuvas, deve-se aplicar ao redor do pé da videira cerca de 100 gramas do NPK formulação 20-05-20 para o crescimento e desenvolvimento da planta. Após essa aplicação de NPK, a adubação foliar pode ser resumida apenas ao fertilizante de crescimento aplicado 1 vez a cada 15 dias.
plantio uva
Fonte da Foto: www.alltomtradgard.se

Passo 02 - Poda de produção

Após 3 anos de crescimento a videira está apta à produção. A poda deve ser feita no período de dormência da planta, final do inverno ou início da primavera. Para identificação desse período, a videira deverá estar quase sem folhas. Deve-se contar 12 gemas a partir do enxerto e podar em forma de bisel com uma tesoura de poda afiada e esterilizada em fogo brando. No corte você deve polvilhar canela em pó (a mesma utilizada no arroz doce) para a cicatrização e impedimento da entrada de pragas e doenças. Plantas mais velhas e já estruturadas no pergolado seguem o mesmo princípio. A contagem das gemas deve ser feita sob o pergolado, para não desestruturar a planta durante o desenvolvimento dos ramos de produção.
poda pergola
Fonte da foto: davethegardenguy.typepad.com

Passo 03 - Poda de manutenção e limpeza

É importante podar os ramos que crescem no porta enxerto, das raízes e na base o solo. Estes ramos "roubam" a energia que o ramo principal utilizaria para o seu crescimento e a produção dos cachos. Deve-se deixar apenas o caule principal. Deve-se podar também galhos secos e aqueles que crescem fora da estrutura principal do pergolado. É importante manter a linha de crescimento e estruturação do pergolado.
poda uva
Fonte da foto: napaprivatetours.com

Passo 04 - Adubação de produção

Todo ano, após a poda produção, deve ser feito uma adubação de produção, ou seja, é preciso dar nutrientes para que a videira produza mais cachos. Essa adubação deve ser feita utilizando-se o NPK granulado formulação 20-05-20 no pé da planta. Deve-se espalhar 300 gramas no pé da planta no 1º ano de produção ou 3º ano de vida; 400 gramas no 2º ano de produção; 500 gramas no 3º ano e assim, suscesssivamente, até estabilizar no 10º ano com 1 Kg do NPK. É importante que o produto seja muito bem espalhado sobre o solo para que no momento da sua diluição em água, uma maior gama de raízes absorva os nutrientes.
adubação uva
Fonte da foto: www.appeltern.nl

Poda de videira no sistema Latada ou pergolado

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Flora Utilizada pelas Jataís


🐝Alfafa-do-campo (Stylosanthes scabra) (abril)
🐝Alfinete (Sirene armenia) (janeiro a março)
🐝Arnica-brasileira (Solidago chilensis) (junho a setembro)
🐝Aroeira-branca (Lithraea molleoides) (setembro)
🐝Aroeira- vermelha (Schinus therebentifolius) (dezembro)
🐝Arruda (Ruta graveolens) (agosto a setembro)
🐝Assapeixe (Vernonia polyanthes) (julho a agosto)
🐝Astrapéia (Dombeya burgessiae) (abril a julho)
🐝Astrapéia-rosa (Dombeya wallichii) (julho a agosto)
🐝Azaléia-lilás (Rhododendron indicum) (abril a julho)
🐝Azaléia-rosa (Rhododendron indicum) (agosto a setembro)
🐝Babosa-de-flor-rosa (Aloe arborescens) (janeiro)
🐝Beijo (Impatiens balsamina) (abril a junho e outubro a dezembro)
🐝Bico-de- papagaio (Euphorbia pulcherrima) (abril a julho)
🐝Calabura (Muntingia calabura) (outubro a dezembro)
🐝Cambará-roxo (Eupatorium squalidum) (fevereiro a março)
🐝Catinga-de-mulata (Iboza riparia) (junho a julho)
🐝Charão (Toxicodendron verniciferum) novembro)
🐝Chocalho (Crotalaria pallida) (março a maio)
🐝Cóleos – vários (Coleus spp) janeiro a março)
🐝Confete (Lagerstroemia indica) (dezembro)
🐝Coreópse (Coreopsis grandiflora) (agosto a janeiro)
🐝Coroa-de-cristo (Euphorbia milii var. splendens) (janeiro a dezembro)
🐝Coroa-de-cristo-grande (Euphorbia milii var. milli (janeiro)
🐝Cravo-do-campo (Senecio brasiliensis) (agosto a outubro)
🐝Cróton - vários (Croton spp) (setembro a fevereiro)
🐝Dália – várias (Dahlia spp) (abril a maio)
🐝Dietes (Dietes vegeta) (julho a novembro)
🐝Espiguinha (Mimosa daleoides) ((janeiro a fevereiro)
🐝Esponjinha vermelha (Calliandra twedii) (janeiro a dezembro)
🐝Esporinha (Delphinium sp) (julho a novembro)
🐝Eupatório-roxo (Eupathorium macrocephalum) (janeiro a maio)
🐝Feijão-de-praia (Sophora tomentosa) (agosto a março)
🐝Fumo (Nicotiana tabacum) (dezembro a abril)
🐝Funcho (Foeniculum vulgare) (dezembro a março)
🐝Grevílea (Grevilea banksii) (janeiro a dezembro)
🐝Guaco-liso (Mikania cordifolia) (julho a agosto)
🐝Guanxuma (Sida rhombifolia) (dezembro a março)
🐝Guiso-de-cascavel (Crotalaria lanceolata) (janeiro a março)
🐝Jasmim-estrela (Jasminum azoricum) (novembro a janeiro)
🐝Lanceta (Eclipta alba) (janeiro a fevereiro)
🐝Laranjeiras, limoeiros, tangerinas (Citrus spp) (setembro a outubro)
🐝Madressilva (Lonicera japonica) ((setembro a outubro)
🐝Malmequer (Aster laevis) ((outubro a novembro)
🐝Mangueira (Mangifera indica) (julho a setembro)
🐝Margaridão amarelo (Tithonia speciosa) (abril a maio)
🐝Manjericão (Ocimum sellowii) (novembro a junho)
🐝Maria-sem-vergonha (Impatiens sultanii) (janeiro a dezembro)
🐝Murici (Byrsonima intermedia) (novembro a junho)
🐝Muçambê (Cleome spinosa) (novembro a dezembro)
🐝Onze-horas (Mesembryantemum spectabilis) (outubro a dezembro)
🐝Orégano (Origanum vulgare) (dezembro a janeiro)
🐝Orelha-de-onça (Tibouchina holoserice) (novembro a janeiro)
🐝Palmeira-elegante (Archontophoenix cunninghamia) (fevereiro a junho)
🐝Pessegueiro (Prunus persica) (julho a agosto)
🐝Picão branco (Galinsoga parviflora) (julho a novembro)
🐝Pitanga (Eugenia pitanga) (julho a agosto)
🐝Primavera (Bougainvillea spectabilis) (setembro a novembro)
🐝Quaresmeira (Tibouchina granulosa) (janeiro a abril)
🐝Sabugueiro (Sambucus australis) (novembro a dezembro)
🐝Sálvia vermelha (Salvia splendens) (outubro a novembro; março a abril)
🐝Sensitiva (Mimosa pudica) (fevereiro)
🐝Serralha (Emilia sonchifolia) ((janeiro a dezembro)
🐝Sibipiruna (Caesalpinea peltophoroides) (setembro a outubro)
🐝Suínã (Erythrina speciosa) (junho a setembro)
🐝Tapete-inglês (Polygonum capitatum) (maio a junho)
🐝Tipuana (Tipuana tipu) (outubro a novembro)

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

🌱 Estão abertas as inscrições para a capacitação online e gratuita em compostagem, realizada pelo IFSC 😍

 

 
🌱 Estão abertas as inscrições para a capacitação online e gratuita em compostagem, realizada pelo IFSC 😍

🎯 Com o objetivo da formar multiplicadores para reciclagem de resíduos orgânicos por meio da compostagem,🍃 a presente capacitação será gratuita e 100% online por meio de vídeo chamadas,👩🏽‍💻 com:
- exposições teóricas sobre os aspectos que envolvem a transformação dos resíduos orgânicos em compostos 🌱
- Demonstrações praticas do processo de montagem das composteiras
- monitoramento do processo, 👨🏻‍🔬
- troca de saberes com entre os participantes e
- compartilhamento dos resultados alcançados.🎍

👩🏼‍🎓A capacitação terá certificação com carga horária de 12 horas.

📝Para se inscrever basta acessar o link
https://abre.ai/compostagemifsc e preencher o formulário.

Os benefícios da jardinagem para idosos!

A jardinagem é uma boa terapia ocupacional para idosos, podendo ajudar na prevenção de algumas doenças como a depressão. Além disso, essa atividade também ajuda no combate ao sedentarismo e na diminuição de dores da coluna.
Alguns  idosos não saem de casa e, quando isso acontece, estes têm o hábito de caminhar pouco. Essa imobilidade pode causar dores na coluna, pernas e músculos. A maioria desses problemas poderia ser resolvido de forma simples, sem a necessidade do idoso utilizar medicamentos ou fazer visitas extras ao médico. 

É ai que a jardinagem aparece como uma boa opção para se exercitar e evitar a indisposição e dores no corpo –  e não é difícil ter uma pequena horta ou jardim em casa, o que estimula o idoso a cultivar plantas, flores, hortaliças ou pequenas ervas.
Quem se dedica a esse afazer pode perceber melhoras durantes caminhadas e nas dores no corpo. Além de tudo, a jardinagem também proporciona grande satisfação pessoal, melhorando o humor e autoestima. 

Uma pesquisa realizada pela Universidade Estatual do Texas, EUA, comprovou que idosos que praticam  a jardinagem regularmente têm uma maior satisfação de vida, níveis de energia e saúde em geral. Além disso, os idosos  que se voluntariam ao teste apresentavam uma alimentação mais saudável, o que pode estar ligado ao fato deles cultivarem alimentos como verduras, frutas e vegetais.  O pesquisa foi feita por Aime Sommerfeld e contou com quase 300 pessoas com mais de 50 anos de idade.

Construindo uma horta em ambientes pequenos

Não é porque você mora em apartamento ou vive em uma casa sem quintal que você não pode ter um pequeno jardim ou horta! Confira as dicas:
  1. Escolha vasos médios (nem tão profundos ou rasos), na quantidade de plantas que quiser cultivar.
  2. Algumas plantas conseguem coexistir com outros tipos no mesmo vaso, como o manjericão, pimenta, orégano e salsinha. Já a hortelã e o trigo precisam de um vaso único para elas.
  3. Opte por vasos de plástico caso queira plantar ervas como o manjericão. Eles são bem vedados e retêm a umidade e calor com facilidade.
  4. Já os vasos de terracota são ideias para tomatinhos e outros legumes, por  serem porosos e permitirem uma melhor evaporação do excesso de água (o que evita o encharcamento do vaso).
  5. Você também pode utilizar alguns materiais que tenha em casa para criar o próprio vaso, como baldes, latas, vidros e potes de plástico. Você só precisa criar pequenos buraquinhos no fundo, para possibilitar que a água escoe.
  6. Para facilitar o escoamento da água, uma boa dica é colocar pedras ou cacos de cerâmica no fundo do vasinho.
  7. No preparo da terra, é importante que você a misture com metade de um composto orgânico ou húmus de minhoca, que vão servir como vitamina para sua plantinha crescer bonita e saudável.
  8. Depois de plantado, você deve cuidar para que as mudas ou sementes cresçam. Lembre-se de aguar sempre que necessário (algumas mudas necessitam de mais água que outras; por isso, informe-se na hora em que for escolher as sementes).
                                 

Sistemas Agroflorestais - Peter Webb

Uma cultura de cuidado com a água - Guilherme Castagna

Se libertando do SISTEMA





A busca por um modo de vida mais harmônico com o ecossistema tem inspirado diversas pessoas a ter atitudes positivas, cooperativas e de baixo impacto, contribuindo com um movimento mundial para a sustentabilidade planetária. Conheça Nilson Dias, gerente de projetos do Instituto Pindorama.

sábado, 8 de agosto de 2020

Pesquisadores da USP finalizam melhoramento genético de maracujás-doces!!

 

fonte: jornal da usp

As experiências resultaram em frutos com maior teor de polpa e lavouras mais produtivas

Depois de 15 anos de pesquisa em genética e melhoramento, os cientistas obtiveram frutos com mais polpa, casca reduzida e maior produtividade nas lavouras – Foto: Arquivo pessoal da professora Maria Lucia Carneiro Vieira

O maracujá mais consumido pelos brasileiros é o amarelo, de sabor azedo e ácido. Mas se depender de pesquisas de melhoramento genético da USP, os maracujás-doces (Passiflora alata) em breve estarão ocupando maiores espaços nas bancas das feiras, nos sacolões e gôndolas de supermercados. Estudos que já vinham sendo realizados desde 2005 chegaram agora a resultados promissores. Os novos frutos geneticamente melhorados possuem quantidade maior de polpa, espessura da casca mais fina e ganho de produtividade na lavoura. Quem liderou a equipe de pesquisa foi a professora Maria Lucia Carneiro Vieira, do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.

Para os fruticultores brasileiros, os resultados da pesquisa  representam maiores lucros, uma vez que os preços destes frutos, que estão na categoria de exóticos, chegam a alcançar três vezes mais que os preços do maracujá azedo. Um artigo sobre os últimos resultados saiu publicado na PLoS ONE Improving research resources and fruit quality in sweet passion fruit: genotype detection by interaction in the environment and selection of promising genotypes em maio. A tese Estudos genéticos em uma população segregante de maracujá-doce selecionada para qualidade de frutos, de Lourdes Chavarría Perez, orientanda de Maria Lucia, traz detalhes sobre o assunto.

No Brasil, o cultivo de maracujá é quase que inteiramente o do tipo azedo, que cobre cerca de 90% de todos os pomares. Já o cultivo do maracujá-doce é limitado pela instabilidade da qualidade dos frutos de uma safra para a outra; e também pela falta de estudos genéticos que resultassem em variedades melhoradas e atendessem às necessidades dos consumidores em termos de qualidade e rendimento. Baseado nesses problemas, os pesquisadores da área de genética e melhoramento de plantas da Esalq se empenharam na solução.

População derivada do cruzamento maracujá-doce amazonense x paulista

 

Depois de 20 anos de pesquisa genética, os cientistas obtiveram frutos com mais polpa, casca reduzida e maior produtividade nas lavouras – Foto: Arquivo pessoal da professora Maria Lucia Carneiro Vieira

Os  seis melhores genótipos (características relativas a peso dos frutos, espessura da casca e conteúdo da polpa) que estão na área de experimentação da Esalq  são resultados de décadas de pesquisa. O trabalho começou em 2005 a partir do cruzamento de um genótipo de origem amazônica e outro do Sudeste do País (São Paulo). “Depois de   avaliações em progênies (prole) desse cruzamento, durante várias safras obtidas de plantações em regiões distintas, se chegou aos melhores genótipos de maracujá-doce”, explica a pesquisadora.

Segundo Maria Lúcia, as pesquisas de melhoramento genético em plantas, em geral, são longas e demoradas porque  cada fase do estudo exige que se cultive as plantas em pelo menos três regiões diferentes, sendo que cada safra dura, em média, oito meses. “Em cada área de plantio é necessário ter no mínimo 600 plantas porque é preciso repetir os ensaios para se ter certeza dos melhores genótipos em diferentes ambientes e safras”, explica a pesquisadora ao Jornal da USP.

Em princípio, “avaliamos cem ‘filhos’, de onde foram selecionados os trinta melhores, que foram reavaliados e, finalmente, chegamos aos seis genótipos superiores que contêm as características que os pesquisadores buscavam no início do estudo”.  Os frutos possuem maior qualidade, com atributos que agradam ao consumidor e ao agricultor: casca reduzida, aumento da polpa e maior produtividade na lavoura. “Em percentual, isso significa um aumento de peso da polpa de 22,4% para 30%; diminuição na espessura da casca em 26%; e ganho em área de produção (frutos por área) de 41%”, relata Maria Lucia.

 

Equipe de pesquisadores da Esalq que participou do estudo de melhoramento genético do maracujá-doce – Foto: Arquivo pessoal da professora Maria Lucia Carneiro Vieira

Segundo a pesquisadora, o resultado desse estudo de melhoramento genético trará mais segurança ao agricultor que produz maracujá-doce, que tem alto potencial para ser explorado comercialmente como fruta tropical para consumo interno e externo. Segundo Maria Lucia, as mudas estarão disponíveis para uso agrícola em 2021. Já existe uma empresa interessada nesse projeto, que teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Assista ao vídeo sobre melhoramento genético feito por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Esalq.

Mais informações: e-mail mlcvieir@usp.br com Maria Lúcia Carneiro Vieira

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A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.

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