terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Valorização e Uso das Frutas Nativas para a Geração de Renda


Os técnicos do CETAP, ao realizarem um trabalho de assessoria com o objetivo de contribuir para a afirmação da agricultura familiar e suas organizações, com um princípio de construção baseado em uma agricultura sustentável, dentro dos princípios da agroecologia, foram gradativamente se dando conta da importância de ampliar os trabalhos com conservação e uso da sócio-biodiversidade. Para além das espécies agrícolas já conhecidas, a exemplo de variedades de milho, feijão, abóbora, batata doce, ervilhas, morangas, entre tantas outras, buscou-se ampliar este trabalho passando também a desenvolver ações de conservação e uso da sócio-biodiversidade nativa. 
 

A promoção da agroecologia, como proposta de reconstrução de sistemas agroalimentares promotores de soberania alimentar e protagonismo popular, integrando campo e cidade numa perspectiva de interdependência dentro de uma lógica de complementaridade entre rural e urbano, originou o Projeto de " Valorização e Uso das Frutas Nativas na Perspectiva de Associar Geração de Renda com a Conservação Ambiental e Soberania Alimentar".  
Portanto, o trabalho de valorização e uso das espécies nativas surge dentro da entidade CETAP, como um processo de amadurecimento e entendimento da agroecologia, bem como do papel da entidade em se desafiar e desafiar a sociedade na realização de inovações. 

A - Informações gerais


INÍCIO: 01/2001 (em andamento)
ENTIDADE EXECUTORA: Centro de Tecnologias Alternativas e Populares - CETAP
PARCEIROS: Encontro de Sabores - Comercio de Produtos Orgânicos
APRESENTADO PORAlvir Longhi
RECURSOS: Terceiros (provenientes de captação de recursos e/ou parceiros, sejam eles públicos ou privados, a fundo perdido ou reembolsáveis)
FAIXA DE VALOR: Acima de U$25 mil
CATEGORIA: Projeto

ÁREA TEMÁTICA PRINCIPAL: Inclusão Sócio-Produtiva
PALAVRAS-CHAVE: Fruticultura, Cooperação, Arranjos Produtivos, Cadeias Produtivas, Agricultura Familiar, Produção de Alimentos, Desenvolvimento Regional, Diversificação, Agregação de Valor, Preservação, Sistemas Agroflorestais e biodiversidade
PÚBLICO-ALVO: Agricultores familiares, empreendimentos urbanos de economia solidária e inciativas de empreendimentos sociais 
LOCALIZAÇÃO: Área periurbana
ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA: Microrregional
ÁREA ESPECÍFICA DE IMPLANTAÇÃO: Municípios de Passo Fundo, Santo Antônio do Palma, Três Arroios, Aratiba, Itatiba do Sul, Sananduva, Ibiraiaras, Santo Expedito do Sul, Pinhal da Serra, Vacaria, Monte Alegre dos Campos e Campestre da Serra.


B - Descrição da prática


1- ANTECEDENTES
No estado do Rio Grande do Sul, frutas como jabuticaba, butiá, guabiroba e araçá, fazem parte da cultura local. Muitas pessoas as conhecem ou lembram que na infância, de maneira lúdica, subiram em árvores para poder degustar o sabor silvestre desses frutos. Contudo, atualmente, a aquisição dessas frutas nativas ou de seus derivados é restrita, principalmente pela baixa oferta nos mercados. Por isso, o consumidor acaba adquirindo espécies exóticas, consideradas mais produtivas pelos produtores e que são facilmente encontradas em locais de comercialização de alimentos.
Existe uma expressiva diversidade de espécies frutíferas, nativas do estado do Rio Grande do Sul, e que historicamente foram negligenciadas ou pouco utilizadas. Percebendo isso, técnicos do Centro de Tecnologias Alternativas e Populares (CETAP), Organização Não Governamental (ONG), com sede no município de Passo Fundo (RS), identificaram a possibilidade de geração de renda para os agricultores familiares ecologistas, situados em quatro regiões do estado do Rio Grande do Sul, por meio da coleta de frutas das espécies nativas existentes em suas propriedades. 
Esses produtores utilizam sistemas de produção de base ecológica, em pequenas áreas de terra, com mão de obra familiar e produzindo hortaliças, feijão, milho, mel, queijo artesanal e frutas nativas, as quais são utilizadas para consumo próprio e o excedente comercializado em feiras. 

2- OBJETIVO 
O principal objetivo da presente iniciativa, reside na proposição de criação e, consequente estruturação de uma cadeia produtiva solidária, surgida da percepção de preencher a lacuna de exploração, de um mercado de frutas nativas. 
Com a adicional expectativa de promover desenvolvimento com geração de oportunidades aos agricultores familiares ecologistas, acompanhados pelo CETAP, além de levar aos consumidores alternativas para uma alimentação natural e saudável, com sustentabilidade ambiental. 
Objetivos Específicos:
- contribuir para a afirmação da agricultura familiar e suas organizações;
- construção de uma agricultura sustentável;
- preservação da biodiversidade local; e
- troca de conhecimentos, experiências e integração entre os meios rural e urbano.

3 - SOLUÇÃO ADOTADA
O reconhecimento de que as frutas nativas estão pouco presentes nos sistemas de produção de alimentos e na cultura alimentar, permitiu que o CETAP desse início ao trabalho voltado à importância e ao potencial socioeconômico dessas frutas, levando à conservação das mesmas, estando estas em seus ambientes naturais, ou sendo cultivadas em sistemas agroflorestais.
A entidade contribuiu com ações que respaldaram o empreendimento “Encontro de Sabores” para a formação da cadeia produtiva das frutas nativas. Tal iniciativa colabora para a troca de conhecimentos, experiências e integração entre os meios rural e urbano, propiciando complementaridade entre ações desenvolvidas para uma ampliação de oportunidades, associadas à preservação da biodiversidade local.
Os fundadores do empreendimento “Encontro de Sabores”, do corpo técnico do CETAP, avaliaram que, para obter um avanço da atividade econômica na região de atuação, era necessário um articulador direcionado á comercialização dos produtos procedentes dos sistemas agroflorestais ou dos remanescentes florestais existentes nas propriedades dos agricultores, a fim de motivá-los a cuidar e a cultivar as espécies frutiferas nativas. 
Assim, o “Encontro de Sabores” foi constituído para fazer a conexão entre os agentes da cadeia produtiva, a comercialização e a circulação de produtos. Também foi identificado ser fundamental elaborar diferentes subprodutos a partir das frutas nativas, para que o empreendimento pudesse viabilizar-se economicamente, bem como criar mais demandas de produtos (frutas e polpas) aos agricultores. 
Com o intuito de realizar a venda aos consumidores, foi desenvolvido um trabalho de divulgação por meio de aulas de gastronomia, eventos de degustação de novos produtos, para informar sobre a possibilidade de produzir uma variedade de subprodutos a partir das polpas de frutas nativas (amora, araçá, butiá, goiaba, guabiroba, jabuticaba, uvaia, açaí-juçara, pinhão). devido a isso, a" Cadeia das Frutas Nativas" foi eleita, em 2012, para participar do convênio entre o estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Sesampe), e a Fundação de Educação para o Associativismo – (FEA/Colacot), no marco do projeto “Cooperação Internacional no Âmbito da Economia Solidária entre o Rio Grande do Sul e Países da América Latina e Caribe”.

4 - RESULTADOS ALCANÇADOS
Atualmente, a cadeia produtiva das Frutas Nativas na região de atuação direta do CETAP em Parceria com o Encontro de Sabores, conta com a participação de cerca de:
  • 150 famílias de agricultores familiares ecologistas, além de entidades parceiras, ONGs, associações, cooperativas, prefeituras e empreendimentos da economia solidária em 17 municípios do Rio Grande do Sul; 
  •  69 áreas com sistemas agroflorestais no estado;
  •  05 unidades de processamento de polpas de frutas nativas instaladas;
  •  03 unidades comunitárias de processamento de pinhão;
  •  instalação de 01 unidade de processamento para elaboração em produtos finais, no município de Passo Fundo;
  • Os principais produtos desta cadeia produtiva a destacar são: A bolacha de pinhão, os picolés de frutas nativas, salgados (pastel de pinhão, croquete de pinhão, pastel de butiá), as polpas de guabiroba, araçá vermelho, goiaba, jabuticaba, butiá e bergamota crioula, e por fim, os sorvetes de frutas nativas;
  • Do ponto de vista econômico, as referidas atividades fazem circular em média, pela comercialização dos produtos descritos, um valor total de: aproximadamente R$ 15.000,00 por mês ou R$ 180.000,00 por ano. 

5 - RECURSOS NECESSÁRIOS
As ações de valorização e uso das frutas nativas juntamente com a implementação de propostas de implantação e manejo de agroflorestas desenvolvidas pelo CETAP, nestes 15 anos de trabalho, tem tido apoio de diversos atores em diferentes momentos, desde do Governo Federal e Estadual, entidades de cooperação internacional e inciativa privada. Mais recentemente buscam-se também apoios junto às Prefeituras, nos municípios onde o trabalho é desenvolvido.
 Recursos Humanos - 02 profissionais da equipe técnica do CETAP e do Encontro de sabores em tempo integral. Número variável de técnicos para acompanhar as àreas  agroflorestais, bem como para a assessoria técnica no desenvolvimento de produtos a partir de frutas nativas e na construção de alternativas de comercialização.
 Recursos Materiais - o projeto ensejou a aquisição de diversos equipamentos, tais como: despolpadeiras, freezeres, dosadores manuais, taques de lavagem, seladoras, equipamentos direcionados á instalação de pequenas unidades de processamento de polpas de frutas junto aos grupos e famílias de agricultores. Também foram adquiridos equipamentos para o processamento do pinhão, como trituradores/moedores elétricos, descascador de pinhão, freezer e seladora.
 Infra-Estruturas: Por último, o projeto estruturou e equipou a instalação de uma unidade de processamento para elaboração em produtos finais, das popas e da  massa de pinhão. Juntamente com o "Encontro de Sabores" foi adquirido um KIT feira, ou seja, um conjunto de equipamentos que permite com que os grupos e empreendimentos participem de diversas feiras para venderem seus produtos.
Marketing: Anualmente são investido recursos em elaboração de material de divulgação como: cartilhas técnicas, manuais, folders e banners

6 - TRANSFERÊNCIA
A experiência desenvolvida vem gerando diversos momentos de reflexão e troca de experiências, no âmbito da Rede Ecovida de agroecologia, do estado do Rio Grande do Sul. Resultado direto disso, é que  a partir do de 2014, foi elaborado um plano de trabalho em 07 regiões do estado, de forma conjunta e entre diversas organizações, a fim de implantar estas inciativas em outras regiões.
Além disto, o CETAP e o Encontro de Sabores receberam inúmeras vistas de grupos de agricultores, estudantes, universidades de diversas regiões do estado e do Brasil, a fim de conhecerem e intercambiarem conhecimentos sobre o tema.As Inciativas desenvolvidas, também serviram de base para a formulação de um programa do Governo Estadual, através do departamento de economia solidária, para o período  de 2011 a 2014, direcionado ao fomento e articulação da Cadeia Solidária das Frutas Nativas do Rio Grande do Sul.

7 - LIÇÕES APRENDIDAS
Até ao momento, destacam-se como os principais fatores constatados pela iniciativa, as seguintes inferências:
  • Os agricultores que possuem árvores nativas ou que implantaram sistemas agroflorestais, apesar dos desafios a serem enfrentados, sentem-se satisfeitos quanto ao retorno econômico demonstrado pela atividade;
  • As entidades que prestam serviços de acompanhamento técnico às famílias e aos grupos vêm encontrando pouco apoio das políticas públicas estaduais e nacionais, no sentido de dar continuidade aos trabalhos e de aprimorar os processos já utilizados;
  • Para os técnicos, é indispensável que haja um programa de financiamento ou uma forma de custeio que possibilite a aquisição de materiais e insumos por parte das famílias de agricultores, a fim de implantar o manejo de áreas de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e melhorar os processos de colheita e estocagem de frutas. Os técnicos reforçam que tal programa deveria se estruturar em cima da premissa de que esta ação cumpre com uma função ambiental relevante e, portanto, é de interesse do conjunto da sociedade;
  • Nas comunidades rurais, 80% das iniciativas de produção de polpa de frutas nativas, na área geográfica de atuação, são realizadas em espaços informais. A maioria dos participantes, entende que há urgência de formalização, porém sem que isso descaracterize o trabalho. São necessárias dinâmicas organizativas, infraestruturas e uma legislação adequada a esta realidade;
  • A operacionalização atual é executada de forma a atender à pouca procura com estoques relativamente altos para o contexto apresentado, ou que são pouco comportados pela estrutura disponível. 
Como principais aprendizados, em resumo podemos destacar os seguintes:
  • Acumulo de conhecimento técnico sobre manejo de agroforesta em diferentes situações;
  • Conhecimento técnico sobre processamento de frutas Nativas. Não havia conhecimento sobre esta prática até o início deste trabalho, uma vez que não existia praticamente nada versando sobre este tema, e especificamente, na região sul do brasil. Com a realização deste trabalho foi possível organizar um procedimento sobre boas práticas de processamento de frutas nativas, a mesma encontra-se descrita em uma cartilha técnica de processamento de espécies nativas;
  • Desenvolvimento de novas receitas – com a realização do trabalho em parceria junto ao Encontro de Sabores foram realizadas diversas receitas de pratos doces e salgados a partir das frutas nativas, o que permite hoje realizar atividades de capacitação junto a empreendimentos de alimentação (restaurantes, hotéis e lancherias), a fim de que os mesmos possem a utilizar os produtos compostos com frutas nativas em seus cardápios;
  • O trabalho realizado e as experiências geradas possibilitaram que o CETAP elaborasse uma base metodológica que possa ser utilizada em diferentes contextos, a fim de promover a valorização e uso da sócio-biodiversidade. Esta base metodológica tem como principais elementos uma espécies de fluxograma de como montar uma "Dinâmica" regional de aproveitamento, processamento e comercialização de produtos da sócio-biodiversidade, com ênfase nas frutas nativas.

8 - ORIGINALIDADE DA PRÁTICA
Trata-se como frisado anteriormente, de uma iniciativa original, não havendo até ao momento, referências apontando iniciativa similar no estado do Rio Grande do Sul.
A visitação decorre em qualquer época do ano, limitada a um número máximo de 30 pessoas.
Anexos:
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Compostagem reduz em até 70% lixo orgânico!!

fonte: a tarde

Thiago Conceição
compostagem na minha casa
Na cozinha da professora aposentada Arly Mary de Oliveira, moradora de Piatã, as duas lixeiras de pia indicam a prática de reutilização dos resíduos orgânicos. Enquanto o primeiro recipiente recebe outros tipos de lixo comum, a segunda lixeira é destinada para a matéria orgânica. No final do dia, a professora separa o material orgânico para o processo de compostagem orgânica, responsável por diminuir em até 70% o descarte mensal de resíduo alimentar da casa.
O processo de compostagem natural usado por Arly, feito com o auxílio de uma composteira, húmus e material vegetal seco, é utilizado para aproveitar os alimentos e produzir adubo orgânico. O sistema de compostagem está instalado na casa da professora, que, além de deixar o espaço mais ecológico, utiliza o adubo para manter o jardim do seu condomínio, o Aldeia Jaguaribe, mais saudável.

"Já tenho dois anos com a prática da compostagem orgânica residencial. Eu sempre guardei essa vontade de encontrar uma solução sustentável para o tanto de lixo que é produzido em casa. Depois de conhecer o processo e adquirir os materiais, realizei esse desejo", conta a professora.

O tempo de produção do adubo depende da quantidade de lixo orgânico processado na compostagem. No caso de Arly, o método leva cerca de um mês para gerar o fertilizante. Ela utiliza o chorume, originado pela decomposição dos resíduos, na pulverização do jardim do Aldeia Jaguaribe.

"É importante ter a consciência de que boa parte do lixo residencial é orgânico e tem como ser aproveitado. Na cozinha de casa, a lixeira de pia que foi destinada para a matéria orgânica fica cheia no final do dia, o recipiente é tomado por cascas de frutas, legumes, talos. No caso da lixeira onde são colocados os outros tipos de materiais, ela leva dias para lotar", diz Arly.

Cuidados no processo
A motivação em diminuir a geração de lixo orgânico residencial precisa ser acompanhada dos cuidados necessários para a correta compostagem natural. De acordo com Alan Souza, responsável pela Minhocas Compostagem, empresa de sustentabilidade composteira que atua em Salvador, nem todos os materiais orgânicos podem ser colocados na composteira de casa.
"O que não pode ir para a composteira são os restos de papéis, carnes, arroz, trigo, cebola, alho. É necessário obter informações sobre esses e outros elementos que não contribuem para o processo de compostagem natural, pois comprometem a degradação da matéria orgânica e atraem vetores (insetos) para o equipamento", conta Souza.

Na hora de colocar a composteira na casa, Alan explica que é preciso instalar em local com boa iluminação e ventilação, protegido do sol e chuva. Ele afirma que o espaço de um metro já é suficiente para a prática de compostagem domiciliar.


MINHOCAS E MINHOCÁRIOS : agropanerai@gmail.com

Conheça os Frutos do Cerrado e suas Sazonalidades!

biomarket frutos nativos do cerrado - Conheça os Frutos do Cerrado e suas Sazonalidades
As frutas do cerrado são muito desconhecidas ainda pela população brasileira. Essas frutas se destacam por ser ricas em nutrientes e substâncias antioxidantes, que faz um bem enorme para a saúde do nosso corpo.
E quando se trata de vitaminas, segundo um estudo feito pela Unicamp, algumas frutas do cerrado tem um valor muito alto de vitaminas.
Entre os frutos do cerrado destacamos o baru, considerado a joia do cerrado pois é rico em proteínas, fibras, minerais, além dos ácidos graxos oleico (ômega-9) e linoleico (ômega-6).
FRUTO NOME CIENTÍFICO SAFRA OCORRÊNCIA
Amora-Preta Bubus cf brasilliensis set. a fev. Mata de Galeria
Ananás Annas ananassoides out. a mar. Cerrado, Cerradão e Mata de Geleria
Araçá Psidium firmum out. a dez. Cerrado e Cerradão
Araticum Annona crassiflora fev. a mar. Cerrado e Cerradão
Araticum-de-Casca-Lisa Annona coriacea dez. a mar. Cerrado, Cerradão, Campo Sujo e Campo Rupestre1
Araticum-Rasteiro Annona pygmaea dez. a mar. Campo Sujo e Campo Limpo
Araticum-Tomentoso Annona cf. tomentosa dez. a mar. Cerrado e Campo Sujo
Babaçu Orbygnia cf. phalerata out. a jan. Mata Seca2
Bacupari Salacia campestris set. a dez. Cerrado, Cerradão e Campo Sujo
Banha-de-Galinha Swartzia langsdorfii ago. a out. Mata Seca, Mata de Galeria
Baru Dypterix alata set. a out. Mata Seca, Cerradão e Cerrado
Buriti Mauritia vinifera out. a mar. Mata de Galeria e Vereda
Cagaita Eugenia dysenterica out. a dez. Cerrado e Cerradão
Cajuzinho-do-Cerrado Spondia cf. lutea L. dez. a fev. Mata de Galeria
Caju-de-Árvore-do-Cerrado Anacardium othonianum set. a out. Cerrado e Cerradão
Caju-Rasteiro Anacardium pumilum set. a out. Campo Sujo e Campo Limpo
Cajuzinho-do-Cerrado Anacardium humile set. a nov. Cerrado, Campo Sujo e Campo Limpo
Chichá Sterculia striata ago. a out. Cerradão e Mata Seca
Coquinho-do-Cerrado Syagrus flexuosa set. a mar. Cerrado e Cerradão
Croadinha Mouriri elliptica set. a out. Cerrado e Cerradão
Curriola Pouteria ramiflora set. a mar. Cerrado e Cerradão
Fruto-do-Tatu Crhysophyllum soboliferum nov. a jan. Cerrado e Campo Sujo
Gabiroba Campomanesia cambessedeana set. a nov. Cerrado, Cerradão e Campo Sujo
Gravatá Bromelia balansae out. a mar. Cerrado e Cerradão
Guapeva Pouteria cf. gardineriana nov. a fev. Cerradão, Mata Seca e Mata de Galeria
Guariroba Syagrus oleraceae set. a jan. Mata Seca
Ingá-do-Cerrado Inga laurina Willd.. nov. a jan. Mata de Galeria, Cerradão e Mata Seca
Jaracatiá Jacaratia hiptaphylla jan. a mar. Mata Seca
Jatobá-do-Cerrado Hymenaea stigonocarpa set. a nov. Cerrado e Cerradão
Jatobá-da-Mata Hymenaea stilbocarpa set. a nov. Cerradão, Mata Seca e Mata de Galeria
Jenipapo Genipa ameriacana set. a dez. Mata Seca, Cerradão e Mata de Galeria
Jerivá Syagrus romanzoffiana abr. a nov. Cerradão e Mata de Galeria
Lobeira Solanum lycocarpum jul. a jan. Cerrado, Cerradão e Campo Sujo
Macaúba Acrocomia aculeata mar. a jun. Mata Seca e Cerradão
Mama-Cadela Brosimum gaudichaudii set. a nov. Cerrado e Cerradão
Mangaba3 Hancornia spp. out. a dez. Cerrado e Cerradão
Maracujá-de-Cobra4 Passiflora coccinea set. a nov. Mata de Galeria e Cerradão
Maracujá-do-Cerrado Passiflora cincinnata out. a mar. Cerrado e Cerradão
Maracujá-Doce Passiflora alata fev. a abr. Mata de Galeria e Mata Seca
Maracujá-Nativo5 Passiflora eichleriana out. a mar. Mata de Galeria, Cerradão e Mata Seca
Maracujá-Roxo Passiflora edulis fev. a ago. Mata de Galeria
Marmelada-de-Bezerro Alibertia edulis set. a nov. Cerrado e Cerradão
Marmelada-de-Cachorro Alibertia sessillis out. a dez. Cerrado e Cerradão
Marmelada-de-Pinto Alibertia elliptica out. a dez. Cerrado e Cerradão
Melancia-do-Cerrado Melancium campestre mai. a jul. Cerrado, Campo Sujo e Campo Limpo
Murici Byrsonima verbascifolia nov. a mar. Cerrado e Cerradão
Palmito-da-Mata Euterpe adulis abr. a out. Mata de Galeria
Pequi Caryocar brasilliense out. a mar. Cerrado, Cerradão e Mata Seca
Pequi-Anão6 Caryocar brasilliense fev. a abr. Cerrado, Campo Limpo, Campo Sujo e Campo Rupestre
Subsp. Intermedium
Pêra-do-Cerrado Eugenia klostzchiana out. a dez. Cerrado e Cerradão
Perinha Eugenia lutescens set. a nov. Cerrado, Cerradão e Campo Sujo
Pimenta-de-Macaco Xilopia aromatica set. a jan. Cerrado e Cerradão
Pitanga-Vermelha Eugenia calycina set. a dez. Cerrado e Campo Sujo
Pitomba-do-Cerrado Talisia esculenta out. a jan. Mata Seca e Cerradão
Puçá Mouriri pusa set. a out. Cerrado e Cerradão
Saputá Salacia elliptica out. a dez. Mata de Galeria
Tucum-do-Cerrado Bactris spp. jan. a mar. Mata de Galeria
Uva-Nativa-do-Cerrado Vitis spp. jan. a mar. Mata Seca e Calcária

Fonte: Central do Cerrado

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

11 frutas do cerrado que todo mundo deveria conhecer !

De pequi à mangaba, o que não falta é novidade

fonte : por Curta Mais

O cerrado é uma das áreas mais ricas do Brasil, e cobre praticamente 20% do território nacional na região do Planalto Central.
Com biodiversidade rica e (no mínimo) cinco ecossistemas diferentes, há uma infinidade de plantas e animais que fazem dele um dos ambientes mais diversificados do país.
De beleza única e incomparável, por aqui também existem frutos típicos que vale a pena conhecer e valorizar. Duvida? Confere aí:

Bacupari-do-Cerrado (Salacia elliptica)
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Foto: Nó de Oito
Nativa do Vale do São Francisco, Pantanal, Planalto Central e partes da Mata Atlântica, o bacupari-do-cerrado possui polpa espessa e consistente, mas com sabor adocicado e agradável. Sua árvore pode atingir até 8 metros de altura e amadurece seus frutos nos meses de novembro e dezembro. Costuma-se consumir o bacupari-do-cerrado in natura.

Pêra-do-campo (Eugenia klotzschiana) 

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Foto: Fruitpedia
Imortalizada na obra de Guimarães Rosa, a pêra-do-campo, conhecida também como cabacinha-do-campo, é uma fruta grande (variando entre 60g e 90g), com casca fina e polpa suculenta de sabor doce azedinho, muito característico. Sua árvore é, na verdade, um arbusto que varia entre 0,5m e 1,5m de altura, e frutifica no verão, a partir de outubro. É normalmente consumida in natura, em geléias ou na célebre “limonada de pêra-do-campo”. Pode ser plantada em vaso e é essencial em projetos de recuperação do cerrado.

Murici (Byrsonima crassifólia)

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Foto: Modo de Emagrecimento Rápido
Muito comum em todo o cerrado e em solos arenosos na região Amazônica, o muricizeiro é uma árvore típica do cerrado, de baixa estatura e tronco todo retorcido. Seu fruto, o murici, tem polpa carnosa com uma semente só. Possui sabor e aroma muito apreciados, sendo consumido de uma infinidade de formas – in natura, em sucos, geléias, compotas, doces, picolés e até como farinha. O murici amadurece principalmente entre fevereiro e maio.

Cagaita (Eugenia dysenterica)

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Foto: Coisas da Roça
A cagaita é uma delícia, mas conforme o próprio nome sugere, não a coma muito madura, aquecida pelo sol, ou em grande quantidade se não quiser passar uma temporada no banheiro. Bastante carnuda e suculenta, a cagaita tem sabor azedinho que lembra o araçá e dá em uma árvore de tronco curto de copa frondosa, que chega a no máximo 8 metros de altura. É muito consumida in natura, em sucos, picolés e sorvetes. Pode ser encontrada no pé entre outubro e novembro.

Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii)

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Foto: Wikipedia
Também conhecida por mamica-de-cadela, algodão-do-campo, amoreira-do-campo, mururerana, apé, conduru e inhoré, a mama-cadela é um arbusto pequeno muito típico em todo o cerrado. O fruto é todo enrugadinho, com a polpa fibrosa e suculenta, com sabor que lembra o de um coquinho de macaúba. Consumido in natura, é também muito usada em chás e outros tipos de preparação caseiras para o tratamento de vitiligo (o que pode ser perigoso, dado que, dependendo da dose, seu uso pode levar à intoxicação hepática e queimaduras). Uma pesquisa está sendo financiada pelo governo federal e um medicamento já está em fase final de desenvolvimento, mas ainda não foi testado em humanos.

Pequi (Caryocar brasiliense)

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Foto: Lorhans
O pequi é conhecido como ouro do cerrado e é um dos frutos mais famosos da região. O pequizeiro é uma árvore bonita e frondosa, que pode chegar até 12 metros de altura e produz seus frutos de novembro a janeiro. Grandinho como uma maçã e de casca verde, o pequi possui caroços revestidos por uma polpa macia riquíssima em vitamina C, que possui pequenos espinhos por baixo. Embaixo dos espinhos encontra-se uma amêndoa, também muito apreciada, que pode ser consumida torrada, in natura, caramelizada, em licores, e até em óleos, como cosmético. O pequi é muito utilizado na culinária regional, sendo comumente cozido no arroz e no feijão. Se deu vontade e tem um pequizeiro perto de casa, confira algumas receitas.  

Baru (Dipteryx alata)

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Foto: Oh!
Espécie ameaçada pela extração predatória de sua madeira, o baruzeiro é uma árvore alta e imponente, que pode chegar até 20m de altura. O seu fruto, o baru, é uma castanha com sabor similar ao do amendoim, com alto teor protéico. O problema é que a casca do baru é tão dura que é difícil abrir o fruto sem quebrar a amêndoa dentro (pense: dá para usar os restos de casca em calçamento, no lugar de brita, de tão resistente que é). Por isso, a técnica utilizada para quebrar o fruto costuma ser de corte transversal ou com pressão mecânica. Como é o caso de castanhas em geral, a amêndoa do baru é muito versátil e pode ser consumida tanto in natura, como torrado, em paçoca, rapadura, pé-de-moleque, farinhas e mais uma infinidade de receitas. Sua polpa também pode ser consumida e costuma ser usada em óleos, manteigas e tortas. Os frutos amadurecem de setembro a outubro.   

Araticum (Annona coriacea)

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Foto: Mapa da Cachaça
Típica de áreas secas e arenosas do cerrado, o araticum é coberto por uma grossa casca marrom e possui no seu interior um monte de semente lisa e preta com uma polpa delícia ao redor. É consumido principalmente in natura, sucos e doces, e pode ser encontrado no pé de janeiro a março.

Buriti (Mauritia flexuosa)

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Foto: Óleos para tudo
O buriti é uma palmeira não cultivada, mas muito comum em boa parte do país. Alto, chegando até 30m de altura, o buritizeiro dá por volta de cinco cachos de buriti todo ano (cada um deles, com cerca de 400 a 500 frutos) entre abril e agosto, que demoram quase um ano para amadurecer. Quando isso acontece, por volta de fevereiro, a polpa saborosa é consumida in natura, em doces, picolé e até fermentada, como vinho. O óleo da polpa também pode ser usado para frituras.

Cereja-do-cerrado  (Eugenia calycina)

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Foto: Nó de Oito
Para quem gosta de pitangas, a cereja-do-cerrado é considerada o santo graal do gênero. Dando em um arbusto pequeno e muito ornamental, de cerca de 2m de altura, é uma fruta de polpa espessa, muito suculenta, macia e de sabor doce delicioso. Pode ser consumida in natura ou em doces, geléias, gelatinas e sorvetes, e costuma aparecer madura no pé entre os meses de outubro e janeiro.

Mangaba (Hancornia speciosa)

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Foto: Viveiro Ipê
Com polpa suculenta e ligeiramente leitosa e azedinha, a mangaba é o fruto da mangabeira, árvore típica da caatinga, mas comum também em diversas regiões do cerrado. Rica em vitamina C, é normalmente consumida tanto in natura, como em geléias, compotas, sorvetes e licores. Sua árvore pode atingir até 10 metros de altura e tem aspecto rústico e retorcido, com tronco e folhas que fornecem um látex conhecido como “leite de mangaba”, com propriedades medicinais. A mangaba pode ser encontrada o ano todo, mas principalmente entre os meses de outubro e abril.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Abelhas sem ferrão! Como é uma colmeia por dentro?



Como a colmeia de abelhas jataí se organiza por dentro? Onde estão as caixas de mel, pólen, discos de cria e realeiras? 



Cenário: Cidade Escola Ayni

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Abacate: Arma para reduzir o colesterol



Por em 11.10.2008 as 0:22

Um estudo brasileiro descobriu que um abacate por dia tem um papel importante para reduzir o colesterol.
As pessoas costumam ter uma imagem negativa do abacate: “O abacate é muito gorduroso, vai piorar seu colesterol”, dizem uns, “Abacate engorda“, falam outros.
O abacate é calórico sim, tem um alto valor energético, pois cada 100g da fruta tem 160 calorias.
Mesmo assim é um alimento que não deve faltar na alimentação dos atletas, pois contém altos teores de polifenóis, potássio e outros nutrientes valiosos. Sem falar que um estudo recente descobriu que o abacate reduz o colesterol total.
Um reportagem do Globo Repórter mostrou o estudo brasileiro realizado sobre o abacate que teve policiais militares como voluntários.
Amostras de sangue dos participantes foram colhidas antes e depois do período do estudo. Durante a pesquisa os soldados tinham que comer abacate todo dia. Um abacate pequeno: metade pela manhã e outra no almoço.
O estudo concluiu que o abacate ajuda muito no controle do colesterol, pois 99% dos policiais que participaram do estudo tiveram melhora no HDL (o ‘colesterol bom’), que combate o LDL ‘colesterol ruim’. O efeito final foi de baixar o colesterol total.
Segundo o médico nutrólogo que conduziu o estudo duas colheres de sopa de abacate por dia são a medida ideal para que você tenha benefícios reduzindo os riscos de desenvolver doença cardíaca, pois ele é tão bom para o organismo quanto o azeite de oliva extra virgem é no controle do colesterol.
http://hypescience.com

Consultoria em Hortas - Momento Ambiental



Uma assessoria diferente, que tem como propósito deixar casas e
apartamentos mais verdes e, sobretudo, mais integrados à natureza. Nesta
edição, o programa Momento Ambiental detalha o funcionamento do
Hortinutri, um serviço que pode ser contratado por quem pretende ter uma
horta em casa, mas não sabe por onde começar. A escolha das hortaliças
depende do gosto e do perfil do cliente. Apesar de exigir dedicação e
cuidado, a atividade traz vantagens incalculáveis. Manter uma horta em
casa, muitas vezes, significa qualidade de vida.

fonte: ciclo vivo

Plantar árvores frutíferas nativas da região é um método eficaz de atrair a biodiversidade e tornar as cidades mais acolhedoras.

Você sabia que das 20 frutas mais comercializadas no Brasil, apenas três são nativas de nosso país?
É contraditório pensar que um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo consuma tão poucas frutas nativas. O impacto disso é a ameaça de extinção de diversas espécies, que aos poucos, estão sendo esquecidas da memória e desaparecendo do mapa.
Para o botânico Ricardo Cardim, é preciso mudar a concepção cultural e agronômica: “Podemos começar a divulgar e cultivar nas cidades os frutos nativos, de forma a resgatarmos sabores esquecidos e ajudarmos no reequilíbrio ecológico urbano. Plantar árvores frutíferas nativas da região é um método eficaz de atrair a biodiversidade e tornar as cidades mais acolhedoras”, diz o botânico em seu blog, Árvores de São Paulo.
Abaixo, Cardim lista dez frutas nativas dos biomas ameaçados Cerrado e Mata Atlântica que poderiam entrar para o cardápio (e jardins) dos brasileiros.
1. Gabiroba (Campomanesia pubescens)
Também conhecida como guabiroba, guavira ou araçá-congonha,  é um arbusto com fruto arredondado, de coloração verde-amarelada, com polpa esverdeada, suculenta, envolvendo diversas sementes e muito parecido com uma goiabinha. Ela pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos, doces e sorvetes e ainda serve para fazer um apreciado licor. A gabiroba pode ser encontrada nos cerrados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No sul do Brasil, na região norte e oeste do Paraná além da variedade de cerrado, dissemina-se também a variedade arbórea que alcança vários metros de altura, produzindo frutos com sabor e aparência da variedade de campo, porém quando maduros apresentam a cor amarela.
2. Tarumã-do-cerrado (Vitex polygama)
Também conhecida como tarumã-bori, tarumã-de-fruta-azul, maria-preta, marianeira, velame-do-campo ou mameira, a árvore, proveniente do bioma do Cerrado, possui de seis a 20 metros de altura. Seus frutos, adocicados e com sabor agradável, assemelham-se a uma azeitona-preta e fazem a alegria de pássaros como periquitos e papagaios. Podem ser utilizados para fazer bebidas como vinho, licor e sucos, ou doces, como geleias ou caldas. Esta espécie é muito eficiente se usada na recomposição de áreas degradadas e pode ser utilizada no paisagismo de praças e jardins públicos.
3. Perinha-do-cerrado (Eugenia klotzschiana)
Também conhecida como pêra do campo, perinha do campo, cabacinha ou cabamixá-açú, o arbusto é nativo dos campos e Cerrados de praticamente todo o Brasil. Os frutos podem ser utilizados em sucos batidos com leite ou para fazer sorvetes, bolos e geleias. A planta, dificilmente encontrada nos dias de hoje, não pode faltar em projetos de recuperação dos Cerrados.
4. Grumixama (Eugenia brasiliensis)
Também conhecida como cumbixaba, ibaporoiti ou cereja-brasileira, a árvore de até 15 metros de altura é nativa da Mata Atlântica e era encontrada desde a Bahia até Santa Catarina. Seus frutos, que atraem muitos pássaros, possuem até duas sementes, e seu sabor assemelha-se bastante com o da cereja.
5. Uvaia (Eugenia uvalha)
A árvore, também conhecida por uvalha ou uvaieira, tem de seis a 13 metros de altura. A espécie, proveniente da Mata Atlântica, ocorre nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A uvaia tem aroma suave e agradável e possui alto teor de vitamina C (até quatro vezes mais do que a laranja). É muito utilizada para fazer sucos e largamente cultivada em pomares domésticos. Sua casca, na cor amarelo-ouro, é ligeiramente aveludada e  sua polpa muito delicada. Um dos grandes problemas desta fruta é que ela amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso, não é muito encontrada em supermercados.
6. Jerivá (Syagrus romanzoffiana)
Também chamado baba-de-boi, coqueiro-jerivá, coquinho-de-cachorro e jeribá, a árvore é uma palmeira nativa da Mata Atlântica. Sua fruta, conhecida como “coquinho”, é amarela, ovalada e não passa de três centímetros de comprimento. O “coquinho” é muito apreciado por animais, como papagaios, maritacas ou mesmo por cachorros. A fruta também pode ser consumido pelos humanos batendo-se com pedras para alcançar as suas amêndoas, o que era feito frequentemente por crianças no passado.
7. Sete-capotes (Campomanesia guazumifolia)
Também conhecido por guabiroba verde, sete-cascas, sete-capas, sete-casacas, capoteira, araçá-do-mato ou araçazeiro-grande, o sete-capotes é uma importante árvore frutífera silvestre, com frutos doces e comestíveis, apreciados pelo homem e pela fauna. Seu fruto, que quando maduro possui coloração verde-clara, pode ser consumido naturalmente ou aproveitados em doces e na elaboração de sucos e sorvetes (neste caso deve-se separar a polpa da semente). A árvore, que mede até seis metros de altura, é muito bonita, especialmente pela exuberância de suas flores e folhas.
8. Cambuci (Campomanesia phaea)
Foto: slowfoodsp
O cambucizeiro, árvore da Mata Atlântica originalmente encontrada na Serra do Mar, chegou a estar em perigo de extinção pelo uso excessivo de  sua madeira e pelo alto crescimento urbano da região. O cambuci era muito abundante na cidade de São Paulo, chegando a dar nome a um de seus bairros tradicionais. Após um forte movimento para trazer o cambuci de volta para a região (veja aqui), a espécie está sendo preservada.
O nome cambuci é de origem indígena e deve-se ao formato de seus frutos, semelhantes a potes de cerâmica, que recebem o mesmo nome. Ricas em vitaminas, suas frutas têm um perfume intenso e adocicado, mas seu sabor é ácido como o do limão. Por essa razão, poucos apreciam consumi-la in natura. A fruta pode ser utilizada na produção de geleias, sorvetes, sucos, licores, mousse, sorvete, bolo, além do tradicional suco.
9. Cagaita (Eugenia dysenterica)
A cagaiteira é uma bela árvore, proveniente do Cerrado, que pode chegar a ter oito metros de altura. Seu fruto é pequeno com casca amarelo esverdeada, polpa suculenta e ácida e apresenta até quatro sementes no seu interior. Apesar de seu agradável sabor ácido e textura macia, a cagaita não deve ser consumida em grandes quantidades, pois tem um forte efeito laxativo. Além das atribuições medicinais e de produzir um suco muito saboroso, o fruto, rico em vitamina C e antioxidantes, é utilizado na fabricação de sorvetes. A polpa, com ou sem a casca, é energética, com baixo teor calórico.
10. Melancia-do-cerrado (Melancium campestre)
Também conhecida como melancia do campo, melancia-de-tatu, cabacinha do campo, cabacuí ou caboi-curai, esta espécie rasteira que já foi muito comum no Cerrado, hoje já é considerada rara. Seu fruto se assemelha muito com o da melancia por fora, porém ela possui uma penugem em sua casca. Os frutos possuem casca grossa, com aproximadamente 90 sementes envoltas numa polpa gelatinosa amarelada (veja aqui). Embora seja ácida, a fruta pode ser consumida in natura, ou utilizada em forma de geleias e sucos. A planta não pode faltar em projetos de reflorestamento de ambientes campestres dos Cerrados pois seus frutos são muito apreciados pelos animais.
Que tal plantar um pé de uma árvore frutífera dessas em seu quintal? No site Colecionando Frutas você consegue encontrar estas e outras espécies nativas difíceis de serem encontradas.
Mayra Rosa – Redação CicloVivo
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Arquiteta e urbanista com formação em desenvolvimento sustentável pela University of New South Wales, em Sidney, Austrália. Fundou o CicloVivo em 2010 com a proposta de falar sobre sustentabilidade de forma divertida e descomplicada. Acredita que o bom exemplo é a melhor maneira de influenciar pessoas e que a simplicidade é a chave para vivermos em harmonia.

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