terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Cidade mais verde, Inventário de arborização indica avanços e pede cuidados

Araucária: espécie nativa da reigão Sul está em risco de extinção, aponta estudo
Araucária: espécie nativa da reigão Sul está em risco de extinção, 
aponta estudo 
Foto: CR


"O Inventário nos orgulha”, disse o vice-prefeito, Antonio Feldmann na apresentação do Inventário Municipal de Arborização Urbana, realizado na terça 22. Elaborado pela empresa Legalize Assessoria Ambiental, o levantamento inédito demandou um investimento na ordem de R$ 600 mil. Ele integra o Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), que visa desenvolver ações de preservação do bioma.
Dividido em duas linhas de ação, o censo arbóreo analisou as áreas verdes e as vias e canteiros públicos do município. Considerado um instrumento fundamental para a gestão ambiental, deve provocar uma mudança a ser sentida num prazo de 20 anos.
Em relação às áreas verdes, foram realizados laudos de cobertura vegetal de 589 áreas verdes. Dessas, 45 são consideradas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica. O que chama atenção, positivamente, em Caxias, é que o Índice de Área Verde (IAV) é de 14,22m²/habitante. Um recorde, se remetido à média nacional e do mínimo indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 12m² por pessoa.
Já nas vias e canteiros públicos, o estudo visa fundamentar o plano de trabalho da equipe de Parques, Praças e Jardins (PPJ), da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma). O levantamento permite conhecer a espécie, seu porte, bem como seu estado fitossanitário e os “conflitos com equipamentos públicos”.
Responsável técnica do projeto, a bióloga Vanise Sebben, comenta os resultados levantados. “O Plano da Mata Atlântica está pronto para a fase de implementação. As ações sairão do papel e irão para a prática, de forma planejada, já que temos agora as informações que eram indispensáveis para realizarmos um trabalho técnico responsável”.
Resultado de imagem para Corticeira-da-Serra – Erythrina falcata
Corticeira-da-Serra – Erythrina falcata
O mapeamento apontou a presença de 463.982 árvores em áreas verdes, num total de 593ha de extensão urbana florestada. Em 147 desses locais, no entanto, 51% das espécies encontradas são exóticas.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Adivandro Rech, o Inventário servirá para a criação do Plano de Arborização Urbana. “De posse destas informações, que são cruciais para o gestor ser capaz de planejar e de direcionar esforços, tenho certeza que ações mais efetivas na melhoria dos serviços ambientais de nossa cidade serão possíveis. Além, também, de ser um passo a mais na transparência de dados, já que qualquer cidadão pode acessar informações”, aponta.
Com relação às vias públicas e canteiros urbanos, foram inventariadas 64.122 plantas. Dessas, 35.713 são exóticas e a mais comum dentre elas é o Ligustrum lucidum, popular ligustro, com 5.626 unidades. Outras 25.888 são nativas do RS. Foram listados 3.988 espécimes de pitangueira, cujo nome científico é Eugenia uniflora.  
A contagem deflagrou, ainda, que 55.829 desses indivíduos arbóreos das vias públicas apresentam algum tipo de conflito com equipamento público. A maior parte, 9.351 plantas têm contato com a fiação elétrica.
Já reparou a diversidade de árvores que existe na rua? O estudo mostra um dado preocupante: a biodiversidade das espécies arbóreas é baixa. Numa escala de zero a 1, no Coeficiente de Mistura de Jentsch QM, Caxias chega aos 0,006. Com o mapeamento pronto, as equipes da Semma irão iniciar um trabalho minucioso para aumentar a biodiversidade e cuidar da arborização já existente.
“A gente sempre diz que Caxias se caracteriza pela sua identidade étnica e cultural e agora também ambiental. Devemos ampliar o horizonte para que as pessoas tenham acesso a isso. Pode ser como fonte de pesquisa, de ações, de atividade da rede de ensino da cidade. A comunidade deve ter acesso para que possa aprimorar este estudo”, concluiu Feldmann.

Apontamentos do Inventário
Áreas verdes: 589, sendo 45 prioritárias – 593 hectares
Indivíduos arbóreos: 463.982 – 647 espécies (498 nativas, 151 exóticas e 18 ameaçadas de extinção)
Índice de arborização: 14,22m²/hab
Árvores em canteiros ou vias públicas: 64.122
Nativas: 25.888 – a mais comum é a pitangueira
Exóticas: 35.713 – a mais comum é o ligustro

55.829 árvores em conflito
Passeio: 30.306
Fiação: 9.351
Pista: 3.725
Prox. esquina: 3.100
Com outra árvore: 2.654
Edificação: 2.293
Prox. boca de lobo/hidrante: 1.881
Rede elétrica ou iluminação: 1.660
Placas de sinalização: 769
Semáforo: 52

Em risco de extinção
Xaxim – Dicksonia sellowiana
Araucária – Araucaria angustifolia
Figueira – Ficus cestrifolia
Cabreúva – Myrocarpus frondosus
Corticeira-da-Serra – Erythrina falcata
Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente
Redação Jornal Correio Riograndense

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Piquenique Rural vai unir lazer e gastronomia na zona Sul de Porto Alegre

05/12/2016 

Foto: Laís Webber/Inverno Studio/Divulgação PMPA
Primeiras quatro propriedades são todas no bairro Lami Primeiras quatro propriedades são todas no bairro Lami
Piquenique Rural é a nova atração que empreendedores da rota turística Caminhos Rurais passam a oferecer a partir deste mês, em um programa destinado a unir momentos de lazer em meio à natureza com a gastronomia local. Os piqueniques terão edições mensais, em que pequenas propriedades da zona Sul da Capital, com características nativas e produtivas diversificadas, servirão aos visitantes cestas de piquenique com especiarias cultivadas e produzidas nos próprios sítios. 
 
O primeiro Piquenique Rural será no próximo sábado, 17, oferecido pelo Sítio Reencontro, a partir das 18h. A programação, organizada pela Associação Porto Alegre Rural, vai até maio do ano que vem, envolvendo quatro pequenas propriedades, todas do bairro Lami, de forte vocação agroecológica. A oferta de opções em turismo rural na Capital conta com o apoio da Secretaria Municipal de Turismo (SMTur).
 
Em cada edição, os visitantes receberão uma cesta, que serve duas pessoas, composta por suco, água aromatizada, sanduíche, bolo, frutas da estação, pão, pasta salgada, geleia, entre outras delícias, todas produzidas nas propriedades. Uma das premissas para os empreendedores rurais participarem da atração é que, no mínimo, 70% dos produtos oferecidos no kit sejam orgânicos.
 
Cada propriedade rural oferecerá uma quantidade limitada de cestas, conforme a sua capacidade. O custo será de R$ 50 por cesta. A reserva deverá ser feita antecipadamente e diretamente com a propriedade. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail caminhosrurais@gmail.com

Confira o calendário:
17/12/2016 – Sítio Reencontro, às 18h. Telefone (51) 98 541- 0373
19/02/2017 – Sítio Reencontro, às 13h. Telefone (51) 98 541- 0373
23/03/2017 – Sítio Capororoca, às 13h. Telefone (51) 99 548- 4007
21/04/2017 – Pousada Rural Haras Cambará, às 13h. Telefone (51) 98 106 – 2676

21/05/2017 – Granja Lia, às 13h. Telefone (51) 99 997 – 8530. 

Fí­cus ata­ca­dos por pra­ga em BH con­ti­nuam a se de­gra­dar e já representam ameaça

Fonte: jornal estado de Minas

Depois do surto da praga, a prefeitura quer revitalizar as vias, eliminando os troncos das árvores mortas. Mas o Movimento Fica Fícus propõe que eles se transformem em galeria a céu aberto, como esculturas

 postado em 08/06/2016 06:00 / atualizado em 08/06/2016 10:41
Leandro Couri/EM/DA Press

As fo­lhas in­sis­tem em bro­tar em al­guns ga­lhos re­tor­ci­dos do cor­re­dor de ár­vo­res, ou­tro­ra fron­do­sas, das ave­ni­das Ber­nar­do Mon­tei­ro, na Re­gi­ão Hos­pi­ta­lar, e Bar­ba­ce­na, no Bar­ro Pre­to, Cen­tro-Sul de Be­lo Ho­ri­zon­te, dan­do a ideia, a quem pas­sa por ali, de uma vi­da que resiste em se esvair. Qua­se qua­tro anos de­pois da iden­ti­fi­ca­ção dos pri­mei­ros fo­cos da mos­ca bran­ca do fí­cus (Sin­ghi­e­lla sp.), o fu­tu­ro das ár­vo­res ani­qui­la­das pe­la pra­ga con­ti­nua sem de­fi­ni­ção, à es­pe­ra de um edi­tal de re­vi­ta­li­za­ção pro­me­ti­do pe­la pri­mei­ra vez pa­ra mar­ço de 2014, pro­mes­sa rei­te­ra­da pa­ra 2016. Enquanto isso, nos úl­ti­mos dois anos au­men­tou em 10% o nú­me­ro de ga­lhos mortos. Pas­sa­ram de 29 pa­ra 39, de um to­tal de 101 ini­ci­al­men­te exis­ten­te nos três pon­tos crí­ti­cos da ca­pi­tal, que in­clu­em ain­da a pra­ça da Igre­ja da Boa Viagem.

Os pri­mei­ros si­nais da mos­ca-bran­ca- do-fí­cus fo­ram de­tec­ta­dos nas ár­vo­res de BH em ju­lho de 2012. A pra­ga cau­sa res­se­ca­men­tos de ga­lhos e ra­mos, além de com­pro­me­ti­men­to se­ve­ro dos es­ta­dos fi­tos­sa­ni­tá­rio e ve­ge­ta­ti­vo das ár­vo­res ata­ca­das, pois su­ga a sei­va e re­ti­ra nu­tri­en­tes das plan­tas, in­je­tan­do to­xi­nas que pro­vo­cam des­fo­lha­men­to intenso. Co­mo re­la­ta a Se­cre­ta­ria Mu­ni­ci­pal de Meio Am­bi­en­te, a prin­cí­pio a ár­vo­re re­bro­ta, ten­tan­do uma re­a­ção, mas, com o tem­po, aca­ba por se exaurir. É quan­do os ra­mos se­cam e a plan­ta morre.

De acor­do com a se­cre­ta­ria, dos 51 fí­cus da Ber­nar­do Mon­tei­ro, 20 já es­tão mortos. Na Ave­ni­da Bar­ba­ce­na, são 17 de um to­tal de 44 e, dos seis da pra­ça da Boa Vi­a­gem, dois es­tão condenados. No fim de 2013, es­ses nú­me­ros eram, res­pec­ti­va­men­te, 17, 11 e um. No do­cu­men­to que pre­vê as di­re­tri­zes de re­vi­ta­li­za­ção, a se­cre­ta­ria afir­ma que, em­bo­ra con­ti­nue com o acom­pa­nha­men­to cons­tan­te da si­tu­a­ção das ár­vo­res, o con­tro­le do in­se­to foi sus­pen­so, já que não têm sido mais ve­ri­fi­ca­do sur­tos populacionais. O tex­to ad­mi­te que não se po­de as­se­gu­rar, no en­tan­to, que os tron­cos vol­ta­rão “ao seu ple­no de­sen­vol­vi­men­to ve­ge­ta­ti­vo, es­pe­ci­al­men­te por­que al­gu­mas já se en­con­tram to­tal­men­te se­cas e vá­ri­as se en­con­tram em rá­pi­do de­clí­nio de es­ta­do fi­tos­sa­ni­tá­rio”.

Leandro Couri/EM/DA Press
BA­TA­LHA Fo­ram vá­ri­as as ten­ta­ti­vas de com­ba­te à mos­ca-bran­ca, que ain­da es­tá pre­sen­te nas plan­tas da cidade. A pri­mei­ra ten­ta­ti­va foi a bor­ri­fa­ção dos fí­cus com o in­se­ti­ci­da bo­tâ­ni­co óleo de nim e dos fun­gos Me­ta­rhi­zium ani­so­pli­ae e Beau­ve­ria bas­si­a­na. O óleo na­tu­ral, em­bo­ra não pro­vo­que di­re­ta­men­te a mor­ta­li­da­de do in­se­to, ini­be a sua ali­men­ta­ção, in­ter­rom­pe o cres­ci­men­to e ge­ra es­te­ri­li­da­de, en­tre ou­tros efeitos. Já os fun­gos atu­am co­mo cau­sa­do­res de do­en­ças nas mos­cas, des­tru­in­do seus te­ci­dos in­ter­nos e ma­tan­do-as. Tam­bém fo­ram usa­das ar­ma­di­lhas pa­ra a cap­tu­ra e di­mi­nui­ção das po­pu­la­çõ­es, com ade­si­vos ama­re­los pre­sos ao tron­co dos fícus. A cor atrai a pra­ga, que fi­ca pre­sa e morre.

A se­cre­ta­ria ad­mi­te que as ár­vo­res con­ti­nu­am em pro­ces­so de de­gra­da­ção e têm, ho­je, es­ta­do fi­tos­sa­ni­tá­rio con­si­de­ra­do bas­tan­te ruim. Acres­cen­ta que elas con­ti­nu­am a ser ro­ti­nei­ra­men­te mo­ni­to­ra­das, pa­ra ve­ri­fi­car o sur­gi­men­to de no­vos ga­lhos se­cos que te­nham ris­co de que­da e pa­ra de­ter­mi­nar no­vas es­tra­té­gi­as a se­rem usadas. Do­cu­men­to da pas­ta re­la­ta com­pro­me­ti­men­to de tron­cos, que pas­sa­ram a apre­sen­tar trin­cas ver­ti­cais, re­que­ren­do in­ter­ven­çõ­es se­ve­ras pa­ra eli­mi­nar ris­cos de queda. Por is­so, a pre­fei­tu­ra con­si­de­ra que há im­pas­se pa­ra uso pú­bli­co des­sas vi­as, com pre­juí­zos in­clu­si­ve paisagísticos. Nos pró­xi­mos di­as, a ex­pec­ta­ti­va é con­cluir a re­ti­ra­da de ga­lhos se­cos das três áre­as afetadas.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Avaliação de Riscos em Árvores - Ênfase na análise visual com Mark Duntemann

Mark Duntemann - Engenheiro Florestal,Consultor e Perito em Riscos em Arborização Urbana, Natural Path Urban Forestry Consultants, USA.

Excelente mini curso ministrado pelo Mark, no XX CBAU em BH, com dicas e procedimentos para avaliação de árvores. Teoria e prática ajustadas, proporcionando um crescimento profissional.
Abaixo um folder para leitura.

alexandre panerai









Ora-pro-nobis: uma santa erva






Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) é uma cactácea, um cacto-trepadeira com ramos repletos de espinhos e folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança.
Seu consumo é muito disseminado em Minas Gerais, principalmente nas antigas regiões mineradoras e cidades históricas, onde a combinação mais conhecida é o frango com ora-pro-nobis. A tradição mineira diz que essa planta era colhida às escondidas, nos fundos de uma igreja, enquanto o padre rezava a ladainha do orapronobis, do latim "rogai por nós", o que explica seu nome popular.
Conhecido como “carne de pobre”, as folhas do ora-pro-nobis desidratadas contêm 25,4% de proteína (das quais 85% acham-se em forma digerível). É um valor muito alto, mesmo se comparando com vegetais mais famosos, como o espinafre, que tem um teor de 2,2% de proteínas. Além disso, possui vitaminas A, B e C e minerais como cálcio, fósforo e principalmente ferro, que ajuda a combater anemias.
O ora-pro-nobis também é muito rico em lisina, um aminoácido essencial - assim denominado porque o organismo não o produz. Esta substância é importante para a formação dos ossos graças à sua capacidade de aumentar a absorção intestinal de cálcio.
A lisina tem papel fundamental na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, na formação do colágeno e das fibras musculares e na regeneração dos tecidos. Sua falta pode causar anemia, dificuldade de concentração, retardo no crescimento, diminuição do apetite e perda de peso, entre outros distúrbios.



RECEITA MINEIRA DE FRANGO COM ORA-PRO-NOBIS
INGREDIENTES• Ingredientes
• 1 frango limpo, cortado e temperado
• 1/4 de xícara de azeite
• 1 tablete de caldo de galinha (preferência caipira)
• 2 dentes de alho picados em pequenos pedaços
• 2 cebolas cortadas em pedaços médios
• 1 pedaço de pimentão vermelho (preferência) picado
• Suco de 1/2 limão pequeno
• Algumas pitadas de molho inglês
• 30 folhas de ora-pro-nóbis (aproximadamente)
• Sal a gosto
MODO DE PREPARO1. Junte, em uma panela o azeite, o suco de 1/2 limão e os pedaços de frango
2. Mexa em fogo médio até que o frango comece a dourar
3. Acrescente os dentes de alho picadinhos e mexa por mais alguns minutos
4. após dourar levemente os pedaços de frango, retire o excesso de gordura da panela
5. Acrescente as cebolas e o pimentão, misturando-os aos pedaços de frango
6. Junte algumas pitadas de molho inglês e o caldo de galinha e 1 xícara de água quente
7. Acrescente água quente, aos poucos, em pequenas quantidades, até que o frango cozinhe (assim o caldo ficará mais grosso e saboroso)
8. Prove o caldo e acrescente sal, caso julgue necessário
9. Após o frango cozido, espalhe as folhas de ora-pro-nobis por cima do frango, sem mexer ou misturar, de maneira a cobrir caldo de folhas
10. Tampe bem a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por mais ou menos 3 minutos
11. Sirva com arroz branco, feijão batido e angu
Fonte: site Tudo Gostoso - http://tudogostoso.uol.com.br/

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

No jardim ou no vaso, aprenda a cultivar jabuticabeira em casa.









De casca  brilhante, fina e coloração que vai do roxo claro ao escuro -quase preto- os frutos da jabuticabeira são bem mais saborosos do que podem aparentar. As “bolinhas” de um a três centímetros de diâmetro têm polpa branca e suculenta; são consumidas geralmente in natura, mas com elas também são preparados sucos, licores, aguardentes e doces.

Por causa do crescimento lento, a primeira frutificação da planta pode levar alguns anos, mas a espera compensa. A beleza dos frutos, ramos e folhas, e a luminosidade interna na copa fazem da jabuticabeira uma árvore bastante ornamental, além de pouco exigente no cultivo. De acordo com a paisagista Christiane Ribeiro, o diferencial da frutífera é a beleza de suas flores e frutinhas, que se formam nos troncos; fator característico das espécies caulifloras.

Cultivada em todo o Brasil, a jabuticabeira é popular e pertence à família Myrtaceae. O pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), José Antonio Alberto da Silva, destaca entre as variedades a espécie Myrciaria jaboticaba, conhecida como sabará, além da Myrciaria cauliflora, popularmente jabuticaba paulista, assu ou ponhema. “É uma planta de origem subtropical que se adapta bem a regiões tropicais, além de tolerar geadas”, explica.



NO JARDIM

A jabuticabeira pode ser cultivada em jardins, quintais, pomares comerciais e como planta ornamental, em vasos.
Como as mudas produzidas por meio de sementes normalmente frutificam somente após o décimo ano, o pesquisador José Antonio Alberto da Silva, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), indica o uso de plantas enxertadas, compradas em viveiros de boa procedência.
A paisagista Christiane Ribeiro recomenda plantar junto à jabuticabeira, outras frutíferas, árvores floríferas e áreas gramadas. Além disso, como as árvores costumam chegar a dez metros de altura, é preciso um planejamento de espaço. Mantenha uma distância de seis metros entre as espécies. Escolha um local ensolarado para o cultivo e faça a(s) cova(s) com as medidas 60 x 60 x 60 cm. “Se a planta estiver em local sombreado, ocorre secamento de ramos e redução na produção”, diz Silva.

NO VASO
Segundo a paisagista Christiane Ribeiro, a planta se desenvolve bem em vasos, sendo uma ótima opção para pequenos espaços como varandas. Por se tratar de condições adaptadas de solo, o cultivo isolado requer cuidados principalmente de irrigação e adubação.
Escolha um recipiente com no mínimo 50 cm de boca e 50 cm de altura. Embora não tenha raízes profundas, o ideal é que estejam acomodadas em suportes grandes com um bom volume de terra para se desenvolverem mais adequadamente.

Para que não haja acúmulo de água e consequente apodrecimento das raízes, aconselha-se a criação de um dreno na base do vaso. Para isso, faça um furo no fundo do recipiente com dois centímetros de diâmetro. Depois, coloque uma camada de cinco centímetros de argila expandida ou pedra britada, sem tampar o orifício. Por fim, cubra com um pedaço de manta acrílica, seguida por uma camada de cinco centímetros de areia grossa. Sobre essa base, é só completar o vaso com a terra preparada e plantar a muda.

O pesquisador José Antonio Alberto da Silva, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) indica para o cultivo em vasos as plantas chamadas de jabuticabeira híbrida: elas já produzem frutos graúdos e doces a partir do quarto ano, além de apresentar várias floradas a cada doze meses.

PREPARO DO SOLO
Para o preparo do solo pré-plantio em casa, misture:
- 60 litros de terra (se for muito argilosa, coloque 40 litros de terra e 20 litros de areia grossa);
- 40 litros de esterco curtido ou composto orgânico;
- 200 gramas do adubo químico superfosfato simples;
- 200 gramas de calcário;
Siga a proporção de três partes de terra para duas partes de esterco ou composto orgânico. Em caso de plantio direto no solo, misture à terra que retirar para a cova as mesmas quantidades de esterco, adubo químico e calcário.


Minhocas Californianas – especiais para compostagem doméstica

Post minhocas californanas
As minhocas californianas, apesar do nome, têm origem Europeia. No meio acadêmico são conhecidas como Eisenia fetida que faz menção ao seu gênero (Eisenia) e à espécie (fetida). Este espécie se diferencia de outras muito parecidas por apresentarem listras transversais bem evidentes ao longo do corpo e por isso também  lhes  são atribuídas o vulgo “Minhocas listradas”.
Minhocas Californianas
Minhocas Californianas
As minhocas californianas são reconhecidas mundialmente por contribuírem de forma muito eficaz no processo de compostagem doméstica. Com sutileza e velocidade elas transformam os resíduos orgânicos em um excelente adubo para todos os tipos de plantas. Este adubo é chamado de húmus de minhoca e é considerado um dos melhores condicionadores de solos, atuando na melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo.
húmus de minhoca
húmus de minhoca
A utilização das minhocas californianas na compostagem doméstica tem gerado um benefício enorme atualmente. Isso porque ao invés de enviar os resíduos orgânicos aos aterros sanitários ou lixões gerando líquidos e gases que poluem o meio ambiente, muitas famílias em diversas partes do mundo fazem a compostagem com minhocário proporcionando a destinação adequada aos resíduos orgânicos. No minhocário coloca-se os resíduos orgânicos junto com serragem e em mais ou menos 30 dias já está pronto o composto.
Simples compostagem com Minhocário Caseiro
Minhocário Caseiro – Simples Compostagem
Podendo ingerir uma quantidade de alimentos em média 25 a 35% do próprio peso diariamente, as minhocas californianas se alimentam durante grande parte do tempo. Além disso, podem dobrar a população num período entre dois e três meses em condições ótimas. As minhocas são hermafroditas possuindo os dois sexos em cada indivíduo. Algumas semanas após a cópula serão formados casulos onde as proles serão desenvolvidas. Estes são depositados no solo e irão gerar de três a sete minhoquinhas cada casulo.
Casulo de minhoca
Casulo de minhoca californiana. Fonte: heidi & hans – jurgen koch
Este tipo de minhoca é descrita como epígea, ou seja, minhocas cuja a sobrevivência se dá nas camadas superficiais do solo. Neste ambiente, ela pode encontrar a matéria orgânica em abundância para se alimentar.

Minhocas epígeas vivem em áreas superficiais do solo
Um fato que pouca gente sabe é que o naturalista Charles Darwin, mais conhecido por sua teoria evolutiva da seleção natural, publicou, em 1881, um livro sobre como as minhocas atuam na formação do húmus!
"A formação de húmus através das ações das minhocas. Com observações de seus hábitos"
“A formação de húmus através das ações das minhocas. Com observações de seus hábitos”
Em seus estudos ele tratou de observar diversos tipos de minhocas e realizou descobertas que contribuíram para o maior conhecimento destes fantásticos animais, como por exemplo:
  • São noturnos;
  • Podem rastejar para frente ou para trás;
  • Não possuem olhos mas podem distinguir a noite do dia e respondem rapidamente à qualquer raio de luz;
  • Respiram pela pele;
  • São hermafroditas, possuem os dois sexos em um mesmo indivíduo e precisam de um par para copular;
  • Podem viver durante um longo período debaixo d´água;
  • São sensitivos ao ar seco, calor, frio, vibrações e ao serem tocados;
  • Não possuem dentes e nem garras e são completamente surdos;
  • O seu sentido de cheiro é fraco e limitado à percepção de certos odores;
  • Eles são onívoros e preferem um gosto em detrimento de outro. Eles umedecem os alimentos antes de engolir com um fluido, o qual é da mesma natureza que a secreção digestiva do pâncreas de animais superiores.
  • Eles são canibais e podem comer minhocas mortas;
  • Podem sobreviver por um período limitado de tempo, por engolir solo e extrair seu conteúdo de nutrientes. Eles também podem engolir areia, pequenas pedras e fragmentos de concreto;
  • Eles escavam as tocas empurrando o solo para os lados e engolindo ;
  • Eles expelem os dejetos fora de suas tocas. Estes são completamente misturados com secreções intestinais e favorecem o crescimento de plantas;
  • Eles são comidos por aves;
  • Eles regularmente “aram” a terra e misturam o solo da superfície;
  • Eles apresentam alguma forma de inteligência, indicado pelo seu arrastamento de folhas da ponta e pela sua cobertura de suas tocas.
Fontes
Manual of On-Farm Vermicomposting and Vermiculture By Glenn Munroe Organic Agriculture Centre of Canada;
Crop Farm Review – www.cropsreview.com


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domingo, 27 de novembro de 2016

Horta - como plantar Alho Poró (Allium porrum)

Horta - como plantar Alho Poró (Allium porrum )



Alho Poró é uma herbácea de cultura bienal e pouco calórica. Também chamado de alho-porro ou alho-porró. É uma planta bienal apesar de, geralmente, cultivada como uma planta anual. Cresce melhor em clima ameno, com temperaturas variando entre 13°C e 24°C. Tendo-se o cuidado de manter o solo sempre únido, o alho poró se permite plantar em regiões de clima mais quente. Interessante característica é que essa planta é resistente à baixas temperaturas.

No primeiro ano, produz apenas folhas, já no segundo ano começam a surgir flores de diferentes cores. São plantas muito resistentes e rústicas, cuja parte comestível, o talo, se apresenta cilíndrico e estiolado, tendo a base dilatada.

O Alho Poró é, sem dúvida, um acompanhamento delicioso na preparação dos mais variados guisados e refogados e também pode ser apreciado em sopas e em saladas, pois combina muito bem com o tomate e o pepino. Este é um vegetal que apresenta uma boa fonte de potássio, ferro, proteínas, cálcio e fósforo. É muito rico em vitamina A, B1, B2, C e E; e apresenta baixos níveis de calorias.

Esta variedade é muito utilizada, assim, como o alho, porém é uma planta mais doce e macia. O pseudocaule é formado por camadas de bainhas de suas folhas, e é este pseudocaule que é utilizado como alimento. É também conhecido como alho francês e é um vegetal que, à semelhança das cebolas e outros tipos de alhos, pertence à família Alliaceae.

Como plantar o Alho Poró 

1. O plantio de alho-poró pode ser feito por sementeiras ou já em seu local definitivo, em covas de aproximadamente 1 cm de profundidade e com 10 cm de distância entre elas.

2. EStando entre 10 a 20 cm de altura, cerca de dois meses após a semeadura, deve ser realizado o transplante para o local definitivo.

3. O plantio em regiões quentes é indicado nos meses de fevereiro a junho. Em locais frios, pode ser cultivado em todas as épocas do ano.

4. Quando plantadas em mudas, estas devem ficar quase totalmente enterradas no solo, apresentando somente a folhagem visível.

5. É uma planta que gosta e que necessita de luz solar direta por, pelo menos, por algumas horas diariamente.

6. Deve-se respeitar um espaçamento de 30 a 50 cm entre as linhas e de 15 a 20 cm entre as plantas.

7. Faça uma análise prévia do solo e prepare-o de forma que apresente boa drenagem, além de apresentar características ideias de fertilidade, matéria orgânica e pH entre 6 a 6,8.

8. Evite encharcamentos ao irrigar. Apenas mantenha o solo sempre úmido.

9. Faça a limpeza do local, quando e se necessário for, retirando as plantas invasoras.

10. Se optar por plantar o alho-poró ou alho-porro em vasos, escolha aqueles com 25 cm de profundidade no mínimo.

11. De 120 e 150 dias após o plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo, pode-se realizar a colheita do alho. Escolha as plantas que apresentarem pseudocaules com 2,5 a 4 cm de diâmetro e arranque-as por inteiro.

Aperfeiçoamento na avaliação de árvores

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Como plantar uma muda de forma certa





Plantando sua primeira muda, veja como ter sucesso e qualidade no Pomar
Mais um vídeo ensinando a como plantar sua primeira muda, muito importante para o sucesso do seu pomar
Fique por dentro, aprenda siga os links atualizados abaixo
Plantar + Cultivar + Colher + Florescer = Qualidade de Vida 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Adubo Orgânico para a Lavoura - BIO JUCA

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tio JUCA

Agricultores substituem agrotóxicos por biofertilizantes.
Reportagem: Danuza Mattiazzi – Vida Orgânica
Fotos: Dilenio Enderle – Vida Orgânica

A agricultura orgânica não utiliza nenhum pesticida e fertilizante sintético. Como combater, então, possíveis pragas na lavoura e falta de nutrientes no solo, e ainda manter a produtividade sem aditivos químicos? Através dos biofertilizantes, adubos feitos de matéria orgânica vegetal. Eles nutrem o solo e deixam as árvores e plantas até mais saudáveis, segundo o agricultor Eliseu Rosa da Silva.
Em 1997, ele trocou os fertilizantes sintéticos do Sítio do Tio Juca, em Porto Alegre, por um insumo feito de esterco de animais, como galinha e cavalo. Há cinco anos, aprimorou o adubo, que passou a ser feito a partir de matéria vegetal: frutas e folhas que caem das árvores e resíduos vegetais retirados da roça na limpeza periódica, como picão e caruru.
O adubo orgânico do sítio faz com que os restos da roça voltem para ela em forma de nutrientes. A matéria vegetal é colocada em um tonel de 200 litros. Ali, fermenta e se transforma em uma massa que, no décimo dia, recebe água com cinzas para melhor retirada dos nutrientes. Em um ou dois meses, o composto está pronto.
As partes sólida e líquida são separadas. A massa recebe um pouco da cama de cavalo com serragem e é misturada no solo com cuidado, sem revirar muito a terra. “A camada superior do solo deve continuar em cima, porque já tem os micro-organismos necessários à planta”, explica o agricultor. O chorume é colocado em outro tonel, onde fermenta por mais alguns dias. Depois, é aplicado no pé das árvores e no canteiro da horta de legumes.
O biofertilizante do sítio não tem certificação que ateste a organicidade, mas é reconhecido pela Emater/RS como produto de qualidade. Eliseu ressalta que não foram realizados ainda estudos técnicos, mas que, por somente utilizar produtos da própria roça orgânica na fabricação e não adicionar nenhum produto químico à fermentação, é um insumo ecológico. “Às vezes, falta um pouco de nitrogênio no solo durante o inverno, mas logo o frio passa e isso se resolve”, diz ele, que busca sempre interação com a natureza.
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“Os quero-queros ficam sempre ao meu lado quando estou lidando na roça, eles comem os insetos que atacam as plantas e, assim, ajudam na qualidade da produção. Comem minhocas também, o que não é muito bom porque elas são essenciais ao solo, mas fazer o quê, eles são meus companheiros e também não comem todas elas”, conta o agricultor, sorrindo.
Eliseu – ou Juca, como é mais conhecido – se orgulha em dizer que não utiliza implementos agrícolas há quinze anos: “Os meus implementos são a inchada, a pá… Entro com meu corpo e o biofertilizante, e a produtividade é igual”. Ele defende um solo sadio e diz que o adubo orgânico garante isso: “O fertilizante ecológico é matéria viva, é comida para os micro-organismos do solo. Os produtos industrializados matam esses ‘bichinhos’ da terra, porque não servem de alimento para eles. Com os micro-organismos, o solo fica rico e livre de doenças e as plantas ficam melhores”.
O cheiro do adubo orgânico, ele reconhece, é forte, mas ressalta: “O cheiro é ruim mas não tem veneno. É um trabalho bom, basta querer fazer, a gente se entusiasma com o que faz”. Outra possibilidade a partir da produção de biofertilizantes é a obtenção de gás metano, que se forma a partir da fermentação do chorume. Com a instalação de um biodigestor, pode ser feita a retirada do metano e, assim, a utilização do gás na cozinha e até em carros.
Fertilizantes orgânicos também podem ser encontrados no mercado de insumos agrícolas. Uma empresa de Feliz, na serra gaúcha, produz um biofertilizante há oito anos. O registro no Ministério da Agricultura e na Ecocert, certificadora de orgânicos, aconteceu há três anos e foi, então, quando a empresa começou a vender o produto.
“Desenvolvemos o adubo orgânico pela demanda. Uma empresa de alimentos orgânicos pediu que produzíssemos e hoje o produto vende igual ou até mais que o adubo sintético”, diz um dos diretores da empresa, Samuel Bach. Ele conta que grandes empresas e cooperativas passaram a comprar o fertilizante orgânico: “Já conseguimos fazer com que cerca de três mil produtores trocassem os sintéticos pelo orgânico”.
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Grandes vinícolas e a indústria fumageira também estão utilizando o biofertilizante, pela segurança alimentar e ambiental que ele oferece. Samuel explica que os países compradores pressionam as empresas brasileiras a usar o produto ecológico, mesmo na produção de vinhos convencionais, por exemplo. “Quem almeja incluir o seu produto no mercado nacional e internacional tem essa pressão. E isso acaba sendo bom para o meio ambiente e para a alimentação”, conclui o empresário.
Samuel não revela a forma de fabricação do Ecomaster, mas explica que é feito a partir da fermentação de matéria orgânica de origem vegetal e enriquecido com micronutrientes: “É um produto bastante completo”. O preço, segundo ele, é praticamente o mesmo do adubo convencional. Mas o custo para o agricultor sai um pouco mais elevado com a opção pelo biofertilizante, porque a dose a ser diluída precisa ser maior.
Para cem litros de água, são utilizados cem mililitros de insumo convencional. Se for orgânico, são necessários de um a dois litros para a mesma quantidade de água. “O adubo ecológico não é muito concentrado, mas é tão efetivo quanto o sintético. Se eu pudesse, venderia somente o produto orgânico”, revela o empresário.
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