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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Plantas Alimentícias Não Convencionais


Muitas plantas chamadas de “matos”, “daninhas” ou “inços” podem ser de grande importância ecológica e econômica como espécies comestíveis. Entretanto, a maioria das pessoas não utilizam essas plantas que crescem espontaneamente em seus quintais como alimento. Deixando muitas vezes de sanar as carências nutricionais, pois aquele “mato” ou “fruta silvestre” poderia saciar a fome e a desnutrição. Inclusive poode até mesmo aumentar a fonte de renda do produtor rural, ao cultivar e comercializar alimentos não–convencionais.



No mundo todo existem mais de 12.500 espécies identificadas como potencialmente alimentícias. No Brasil, começam a crescer os estudos sobre quais espécies podem ser consumidas e como prepará-las.



Pesquisas recentes

O principal motivo pelo qual a população não consume plantas nativas, além do desuso do conhecimento tradicional, é pela falta de informações para identificação, formas de uso e partes utilizadas das espécies comestíveis. Assim, com o intuito de colaborar com a pesquisa e a divulgação da importância alimentar dessas espécies, o botânico Valdely F. Kinupp realizou a sua tese de doutorado, concluída em novembro de 2007, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).



O estudo abrangeu 31 municípios da região metropolitana de Porto Alegre. Uma área de 3mil km² que possui uma boa diversidade de espécies, em torno de 1.500 identificas. Deste total, o pesquisador encontrou 312 espécies com potencial alimentício, que corresponde a 21% do todo, coletando e identificando as características biológicas, agronômicas e nutricionais de cada uma delas, entre arbustos, árvore, trepadeiras e herbáceas em geral. Para citar as mais conhecidas estão o palmito, a araucária, o butiá, a guabiroba e a goiaba serrana (feijoa).



Depois de análises em laboratório, constatou que as hortaliças e frutas silvestres têm proteínas, minerais e fibras em quantidades maiores que as domesticadas.





Algumas plantas não-convencionais





Sombra-de-Touro, cujo uso das amêndoas como alimento é uma novidade, pois apenas se conhecia o fruto. Possui alto teor de lipídios, 56% de óleo na amêndoa e 17% de proteínas, com textura e sabor agradáveis, podendo ser adicionada a sorvetes, tortas e outros doces.



Pipininho silvestre (Melothria cucumis) é uma hortaliça silvestre, que erroneamente é considerado tóxico. Pode ser usado em conservas, saladas, como picles e tem grande aceitação na feira de hortigranjeiros em Caxias do Sul-RS.



O Jaracatiá ou mamão do mato



(Vasconcella quercifolia) é um parente silvestre do mamoeiro. A sua medula é riquíssima em minerais e em potássio. No Rio Grande do Sul, é elaborado o doce chamado de doce-de-jaracatiá, doce-do-pau, feito com a medula ralada dos ramos e tronco, com sabor similar ao côco, ou pode ser usado em pratos salgados, como se fosse chuchu. Os frutos verdes são fontes de papaína, uma enzima usada na indústria alimentícia e farmacológica.




Bertalha ( Basella sp), facilmente encontrada em lugares úmidos. É mais rica em ferro que o conhecido espinafre. É usada em saladas, refogados, em bolinhos, omeletes, na composição de pães e massas, em pastas e cremes.

Taioba



(Xanthosoma sagittifolium) além das folhas e talos comestíveis, produz grande quantidade de tubérculos, um tipo de batata, saborosos quando cozidos, fritos, em ensopados ou adicionados em pães. As folhas e talos são fontes de vitaminas A, B e C, além de ferro, cálcio e proteínas.


Há também uma série de flores que são comestíveis e podem ser servidas em nossas mesas com muito encanto. Como a capuchinha ( Tropeoalum majus), de sabor picante, é rica em vitamina C, pode ser consumida como salada, no sanduíche, em pastas e cremes e dá um toque especial nas panquecas e pães. Ela está sendo comercializada in natura na tradicional feira ecológica da av. José Bonifácio em Porto Alegre e tem boa aceitação do público.



Estas poucas espécies salientadas permitem vislumbrar a enorme disponibilidade alimentar a ser pesquisada e explorada. “No entanto o padrão alimentar está cada vez mais globalizado. Nos alimentamos com nada mais que 10 a 20 espécies por dia, considerando todas as refeições, restringindo assim a diversidade de nutrientes ingeridos”, ressalta Valdely F.K. Nesse aspecto, as plantas não-convencionais contribuem muito com nutrientes vitais para o bom funcionamento do organismo humano.Comercialização

Alguns produtores rurais foram incentivados pelo pesquisador Valdely e estão cultivando e produzindo alimentos não-convencionais. No Sítio Capororoca, no Bairro Lami, zona rural de Porto Alegre, alguns dos seus produtos chamam a atenção e já valeram reportagens na TV, como o pão de urtiga, rico em minerais e ferro, e o refrigerante natural de picão-preto e de lírio do brejo, além das geléias de frutas nativas. Alguns dos produtos são comercializados na feira ecológica e outros degustados e vendidos apenas para os visitantes que vão até a propriedade conhecer todo o processo.

Na serra gaúcha, na região de Antônio Prado, produtores estão comercializando suco concentrado de frutas nativas, como a pitanga, a guabiroba e o butiá.Através desse resgate alimentar, se revela a grande diversidade de recursos alimentares que existe na nossa região e até mesmo no nosso jardim.

Neste texto foram citadas apenas algumas das espécies, mas a riqueza de plantas não-convencionais do Brasil é imensa. Cabe ressaltar ainda a necessidade de incentivos para a realização de mais pesquisas sobre esse assunto, para realizar um consumo seguro, além de cultivar e conservar essa diversidade de plantas, principalmente as nativas.



Texto de Simone Moro baseado em textos e palestras do botânco Valdely F. kinupp.
Saiba mais em sua tese de doutorado no link:

* Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre

http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=000635324&loc=2008&l=8ef1c2fd11f70952

quinta-feira, 23 de julho de 2015

A criatividade dos produtores orgânicos no combate das ervas daninhas

Por: Joop Stoltenborg


O produtor orgânico se confronta com três grupos de pragas, incômodos que constantemente atrapalham o bom andamento das plantações.
Um deles são os fungos e bactérias. Eles gostam de calor e umidade para crescer e destruir as plantas. Na produção convencional se usa fungicidas para combater.
Outro grupo são os insetos e animais, os menores, só visíveis com lente de aumento, até os grandes do tamanho da capivara e vacas que invadem uma plantação. Os produtores convencionais usam todo tipo de inseticidas para matar os insetos.
O terceiro grupo são as ervas daninhas. Plantas que competem com as verduras e legumes ocupando espaços e alimentos. O combate é através do uso de herbicidas na agricultura convencional.

Erva daninha um aliado
Na agricultura orgânica o mato não é visto como erva daninha mas como aliado que tem importância para melhorar, proteger, adubar a terra e até equilibrar os insetos e fungos.
A grande arte é manejar o mato para não ter excesso no momento errado, prejudicando a produção. Por isso o mato que nasce junto com as plantas de verduras, deve ser controlado. Para cenoura e beterraba estamos usando um lança-chamas que queima o mato antes que a cenoura germine, por que o mato nasce mais rápido do que a cenoura,dando tempo para queimar o mato sem prejudicar a cenoura. A construção do lança-chamas foi possível graças a contatos via internet com outros produtores no mundo, que mandaram informações a respeito. O lança chamas ajuda muito mas não resolve o problema de uma erva daninha muito danada, a chamada tiririca.

A temida tiririca
Tiririca tem bulbos embaixo da terra. Muitas vezes o esterco vem contaminado com tiririca que se espalha então rapida-mente pela propriedade através das máquinas. Quando toma conta da terra, ela não permite plantas pequenas e frágeis nascer e crescer. O bulbo tem tamanho de um grão de feijão e, por isso, fica pequeno demais para ser retirado da terra. Mas quando você trabalha, afofando a
terra com arado ou enxada rotativa o bulbo vai nascer e forma redes de raízes em mais ou menos trinta dias. Com raízes formadas fica mais fácil retirá-las ‘peneirando’ a terra com ajuda de um rastelo que é um serviço manual e pesado. Aí surgiu a idéia de usar uma máquina de arrancar batatas (inglesas) e que é nada mais do que uma grande peneira mecanizada. Fizemos vários testes com a máquina e o resultado foi muito positivo.
É um alívio pois o serviço era muito pesado . A terra fica livre desta praga terrível por muitos anos. O pessoal está de parabéns com a brilhante idéia que permite produzir sem herbicidas.

http://www.aboaterra.com.br/produtor.php?id=49&A+criatividade+dos+produtores+org%E2nicos+no+combate+das+ervas+daninhas&busca=

Árvores Frutíferas em Brasília - Momento Ambiental





Basta um passeio pelas quadras residenciais de Brasília para descobrir uma característica típica da cidade: a presença de árvores frutíferas no perímetro urbano. A variedade é grande e vai de espécies do cerrado, como a cagaita, até outras mais comuns como a manga. O Momento Ambiental mostra o trabalho feito por uma arquiteta que mapeou as árvores desse tipo e fez um guia, no mínimo, diferente . Pouca gente sabe, mas o plantio feito há mais cinquenta anos, quando a cidade ainda era um canteiro de obras, teve como objetivo principal atrair pássaros para o planalto central.

terça-feira, 14 de julho de 2015

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Diferenças entre bergamota e tangerina





No dia 8 de junho é comemorado o dia do citricultor, que produz citrus como tangerinas, bergamotas, ponkans. Mas elas são as mesmas frutas? Apesar da semelhança no formato, elas são bem diferentes, o que acaba confundindo o consumidor. Por isso, o Terra Sul esclarece as diferenças entre esses tipos de citrus na reportagem a seguir.

Reportagem: Giorgio Guedin
Imagens: Arquivo/Raphaela Suzin/Sérgio Tuninho
Edição: Giorgio Guedin

terça-feira, 16 de junho de 2015

Dicas de poda e tratamentos de inverno para a parreira - Programa Rio Gr...

O manejo e os tratamentos de inverno são importantes para manter a produtividade da parreira. Então, agora, você vai ver as dicas técnicas para fazer a poda correta, e o preparo das caldas sulfocálcica e bordaleza.

Jornalista Deise Froelich
Cinegrafista José Schafer
Santa Rosa - RS

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Plantio de frutíferas: sucesso ou fracasso começa na implantação do pomar




Em 2013 implantamos o pomar de citrus e videiras no sítio Nena Baroni, devido a problema no plantio e terreno com lençol freático muito raso, as mudas morreram. Das 70 mudas sobraram 08 de Citrus.
Mas porque morreram?
Mais de 50% das raízes finas (responsáveis pela absorção de nutrientes) encontram-se até 20cm de profundidade. Se alaga o terreno falta oxigênio e a planta não absorve os nutrientes.




Então iniciamos este experimento: plantamos a muda dentro da caixa de madeira ( sem fundo) para as raízes ficarem longe do terreno alagadiço, principalmente no inverno. Se der certo, com o tempo vamos colocar mais solo no entorno da muda envolvendo a caixa e formando um camalhão.



por Flávio Luiz Carpena Carvalho
Grande parte do sucesso de um pomar de frutíferas depende de ações realizadas antes e durante a sua implantação. Decisões como a espécie que será explorada e, desta, a variedade ou cultivar, em função de fatores diversos, como o mercado a que se destina, entre outros, devem ser tomadas com antecedência de até um ano antes do plantio. Isto se justifica pela necessidade de encomenda e aquisição de mudas e pela orientação nos passos seguintes. Dentre estes, são exemplos a escolha do local e o tipo de solo mais adequado, o plantio de espécies para a construção de quebra-ventos, bem como a coleta de amostras de solo para análise e correção de acidez e da fertilidade. A forma de condução das plantas e o seu espaçamento devem ser previamente estabelecidos, pois isto determinará a quantidade de mudas a adquirir por unidade de área.
A região do Planalto da Campanha Gaúcha (Bagé e municípios vizinhos), no Rio Grande do Sul, tradicional reduto de produção pecuária, tem na fruticultura uma das alternativas para a reconversão de sua matriz produtiva. Alguns solos dessa região, entretanto, não são os mais adequados ao cultivo de espécies como o pessegueiro e a ameixeira, principalmente por suas características físicas, que dificultam a drenagem do excedente de água das chuvas. Por outro lado, na tradicional região produtora de pêssegos do Planalto Sul-Rio-Grandense (colônia de Pelotas e municípios vizinhos, como Piratini, Canguçu e Morro Redondo), os solos são, quase sempre, pouco profundos, tanto por aspectos de formação quanto de erosão hídrica, que os desgastou ao longo dos anos pelo uso sem cuidados conservacionistas adequados. Considerando-se que, nessas condições, a profundidade do sistema radicular das plantas de pessegueiro é muito superficial, com mais de 50% das raízes finas (responsáveis pela absorção de nutrientes) encontrando-se até 20cm de profundidade, algumas recomendações com relação ao sistema de plantio devem ser seguidas.
Resultados obtidos em experimentos com pessegueiros na Embrapa Clima Temperado indicam que há uma relação direta entre o vigor das plantas e a profundidade de solo que as raízes dispõem para explorar. Assim, em solos rasos (com até 20 cm de profundidade), deve-se adotar o plantio em camalhões largos e mais altos; para solos com profundidade entre 20 e 50 cm, recomenda-se o plantio das mudas também sobre camalhões, porém estes podem ser mais estreitos e menos altos que os anteriores. Camalhões largos e altos são construídos pelo revolvimento e acumulação de toda a parte superior do solo entre duas linhas vizinhas de plantas; os estreitos e mais baixos, pela passagem, uma ou duas vezes em cada sentido, de arados de três ou dois discos ou aivecas, respectivamente. Solos com mais de 50 cm de profundidade podem dispensar esta prática sob o ponto de vista de vigor das plantas, porém, ainda assim, é recomendável a construção de camalhões para o controle da erosão hídrica do solo. Se a permeabilidade (capacidade de infiltrar a água) destes for baixa, os camalhões ou terraços devem ser construídos com um gradiente de declividade, isto é, um “caimento” (de seis a oito centímetros a cada dez metros) em direção a uma das extremidades, para drenar o excedente de água das chuvas com velocidade que não cause erosão do solo.
Cuidados básicos, como esses, de baixo investimento em relação à lucratividade esperada, podem ser determinantes no sucesso do empreendimento.

Flávio Luiz Carpena Carvalho possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (1977) e mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985). Atualmente é Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Conservação do Solo, atuando principalmente no seguinte tema: recuperação de áreas degradadas.
Contato: carvalho@cpact.embrapa.br


Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):

CARVALHO, F.L.C. Plantio de frutíferas: sucesso ou fracasso começa na implantação do pomar. 2008. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_3/frutiferas/index.htm>. Acesso em: 8/6/2015

Vasos feitos com pneus auxiliam plantios em pequenos espaços. 4 pneus é suficiente para acomodar uma árvore!

domingo, 7 de junho de 2015

Produção agroecológica no Sítio Capororoca - Programa Rio Grande Rural



Desde 2001, a agricultura orgânica é uma aposta que vem dando certo no Sítio Capororoca. Além das culturas que todo mundo conhece, o uso de algumas plantas não convencionais na alimentação tem despertado o interesse dos consumidores.




A procura é grande. O que é produzido no sítio é vendido em feiras orgânicas de Porto Alegre. E o que sobra é processado e vira um produto novo. Quer saber o segredo? Além de muita dedicação, a ajuda de pessoas bastante especiais.

Para comprar esse produtos diretamente na propriedade ou agendar uma visita, o telefone para contato é o (51) 9897.8041. Falar com Silvana.

Reportagem: Francisco Lima
Edição: Francisco Lima
Imagens: Sérgio Silva


sexta-feira, 22 de maio de 2015

PALESTRA "Manejo Ecológico do Solo e Plantio Direto em Hortas"



Olá a todos,

ocorrerá no dia 26/05 (terça-feira) às 16h30, no prédio central sala 05. Caso exceda a capacidade de lugares, será na sala 07.

Av. Bento Gonçalves, 7712 - Partenon, Porto Alegre - RS
(51) 3308-7046


A palestra sobre "Manejo Ecológico do Solo e Plantio Direto em Hortas" com o professor Jucinei Comin, do CCA/UFSC.

A atividade é parte da disciplina Agroecologia Aplicada do curso de Agronomia, ministrada pelo profº Fábio Dal Soglio, aberta ao público.

Atenciosamente
Grupo Uvaia

domingo, 17 de maio de 2015

Cidade britânica incentiva hortas para ser autossuficiente na produção de alimentos


12 de Maio de 2015 • Atualizado às 15h32

A cidade britânica de Todmordem tem dado exemplo mundial de como incentivar a produção local de alimentos. Através de um conceito chamado de Incredible Edible (alimentos incríveis, em tradução livre), o município tem auxiliado e promovido os plantios e incentivado a população a investir em alimentos de todos os tipos produzidos localmente.
Com pouco mais de 15 mil habitantes, Todmordem não deixa o seu tamanho influenciar em seus sonhos. Os objetivos da cidade são ambiciosos e a meta é chegar a 2018 conseguindo produzir absolutamente todos os alimentos necessários para abastecer a população.
Essa visão autossustentável surgiu na primeira metade do século vinte. O continente europeu sofria grande escassez de alimentos devido às duas grandes guerras. Assim, os ingleses do município próximo a Manchester começaram a usar as terras disponíveis para produzir alimentos e abastecer a comunidade local. Com o passar dos anos o conceito foi mantido e os projetos aprimorados. “Incredible Edible é um jeito diferente de olhar a vida, com ideias sustentáveis, criando oportunidades e incluindo a comunidade”, diz o site do programa.
Para que o alvo de alcançar a autonomia alimentar seja alcançado, a cidade tem diversos projetos em andamento, sempre com o intuito de empoderar a própria população. Um dos principais tópicos trabalhados através da iniciativa é o incentivo às crianças, afinal, serão elas que garantirão o sucesso futuro. Assim, todas as escolas locais possuem hortas. Na escola de ensino médio o cultivo é feito através de aquaponia, assim, além de produzir vegetais e frutas, os alunos conseguem produzir peixes, próprios para o consumo humano.
No projeto de Hortas Comunitárias qualquer pessoa pode se voluntariar para ajudar a manter plantios em áreas públicas. Tudo o que é produzido nesses locais é de uso comum, até mesmo quem não colabora com o cuidado da área pode retirar alimentos livremente. O conceito é semelhante ao usado nos Jardins de Ervas, espalhados por diversos pequenos terrenos públicos, para disponibilizar ervas frescas a qualquer pessoa.
A ideia é levada tão a sério que qualquer pequeno espaço é considerado um terreno potencial para o plantio. No site do projeto são demonstrados alguns exemplos disso, com cultivos de vegetais e árvores frutíferas no terreno dos bombeiros e da delegacia da cidade.
Outra iniciativa de destaque é a “Cada ovo conta”. Através desse projeto, o município informa onde estão os produtores locais de ovos e incentiva a própria população a criar galinhas, para garantir que toda a demanda seja suprida com alimentos da própria cidade. Os produtores maiores também criam animais de grande porte, para abastecer o município com carnes e leites.
O conceito de Incredible Edible tem se espalhado rapidamente pela Inglaterra e por outros países do mundo. No site do projeto é possível encontrar os mais diversos tipos de ferramenta que propiciam a aplicação da ideia entre os moradores. Os mapas mostram onde estão as hortas, os produtores de carnes, leite, ovos, ervas, entre outras coisas. Os moradores também podem acessar a página para ter diretrizes para iniciar o seu próprio plantio, conhecer grupos que já fazem isso e até mesmo acessar receitas que podem ser feitas com os alimentos produzidos localmente.
“Nós criamos uma campanha por comida local. Mas, ela não é apenas sobre comida, é também sobre imaginação”, diz o informativo do Incredible Edible. A proposta promove a alimentação, ao mesmo tempo em que promove toda a sociedade.
Por Thaís Teisen - Redação CicloVivo

sexta-feira, 15 de maio de 2015

21 espécies de plantas que ajudam a salvar as abelhas


14 de Maio de 2015 • Atualizado às 16h37

As abelhas são insetos que exercem funções fundamentais para o bem-estar humano. Além de fornecerem mel, elas também são responsáveis pela polinização das plantas, tarefa essencial para a produção de alimentos dos mais diversos tipos.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, existem mais de 25 mil espécies de abelhas em todo o mundo. No entanto, devido à poluição e à perda da biodiversidade, elas têm sido cada vez menos comuns, principalmente em áreas urbanas. Uma das formas de reverter naturalmente este cenário é promovendo o plantio de plantas que atraem abelhas. O CicloVivo separou uma lista com algumas dessas espécies, que podem deixar o seu jardim ainda mais bonito e vivo. Vale lembrar que muitas dessas plantas são exóticas, portanto, o ideal é cultivá-las em vasos ou em caixas de terra.
Veja abaixo quais são elas:
1. Lavanda – gênero Lavandula

Foto: iStock by Getty Images
2. Coentro – gênero Coriandrum

Foto: iStock by Getty Images
3. Erva-de-gato – gênero Nepeta

Foto: iStock by Getty Images
4. Funcho – gênero Foeniculum

Foto: iStock by Getty Images
5. Salvia – gênero Salvia

Foto: iStock by Getty Images
6. Borragem – gênero Borago

Foto: iStock by Getty Images
7. Tomilho – gênero Thymus

Foto: iStock by Getty Images
8. Açafrão – gênero Crocus

Foto: iStock by Getty Images
9. Ranúnculo – gênero Ranunculus

Foto: iStock by Getty Images
10. Aster – gênero Aster

Foto: iStock by Getty Images
11. Malva – gênero Malva

Foto: iStock by Getty Images
12. Anêmona – gênero Anemone

Foto: iStock by Getty Images
13. Campânula – gênero Campanula

Foto: iStock by Getty Images
14. Gerânio – gênero Geranium Pelargonium

Foto: iStock by Getty Images
15. Calêndula – gênero Calendula

Foto: iStock by Getty Images
16. Alisso – gênero Lobularia

Foto: iStock by Getty Images
17. Papoula – família Papaveraceae

Foto: iStock by Getty Images
18. Girassol – gênero Heliantus

Foto: iStock by Getty Images
19. Zinia – gênero Zinnia

Foto: iStock by Getty Images
20. Cleome – gênero Cleome

Foto: iStock by Getty Images
21. Heliotrópio – família Boraginaceae

Foto: iStock by Getty Images
A lista foi elaborada com base no material produzido pela norte-americana Hannah Rosengren.
Redação CicloVivo

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Manejo de pragas e doenças no cultivo orgânico: práticas culturais e inimigos naturais

Por que surgem as doenças e pragas nas plantas cultivadas? a maneira como trabalhamos na agricultura convencional ou “moderna” é uma das maiores criadoras de pragas e doenças para as plantas. A monocultura (cultivo de apenas uma espécie) é uma das principais causas de criação de doenças e pragas. Numa floresta nativa com muitos tipos de plantas, as doenças e as pragas existem, mas não causam maiores problemas.  Uma doença ou inseto-praga se espalha muito mais fácil com um único tipo de planta ofertada em grande quantidade. O excesso de oferta de comida “chama” as doenças e as pragas para as plantas. Os adubos químicos e agrotóxicos deixam as plantas mais suculentas para as doenças e pragas. E o que é pior, os agrotóxicos destroem os inimigos naturais (seres que se alimentam das doenças e insetos-pragas) e ainda prejudicam a vida do solo. Com o tempo, os agrotóxicos matam as doenças e insetos-pragas mais fracos e vão ficando só os mais fortes. Pior ainda, alguns insetos que não eram pragas passam a causar prejuízos aos cultivos (Ex.:a larva minadora das folhas). Lavrar a terra seguidamente, manter o solo sem plantas de cobertura e sem matéria orgânica diminui a vida do solo. Com o tempo, o solo fica duro, seco, compactado, pobre em vida e nutrientes. As plantas que crescem em solo desgastado se tornam mais fracas e mais fáceis de serem atacadas por doenças e pragas.
O manejo eficiente das doenças e pragas na agricultura orgânica é baseado no seguinte princípio básico: É impossível controlar totalmente as pragas e doenças, por isso o que se recomenda é manejar a cultura com medidas que incluem diversas práticas que reduzem ao mínimo os danos causados, suficientes para evitar danos econômicos às culturas e, principalmente que  beneficiam os inimigos naturais. Dentre as práticas, destacam-se:
. Controle mecânico: através de visita diária a lavoura, eliminar e destruir (enterrio ou uso em compostagem)  plantas  doentes (ramos, folhas e frutos doentes) e/ou atacadas por pragas, evitando-se a disseminação rápida de doenças e pragas; através da irrigação por aspersão,  pode-se reduzir a ocorrência de pulgões, ácaros, tripes e lagartas do cartucho do milho, pragas que aparecem mais em condições de estiagem; a colocação de sacos de aniagem, umedecidos com leite,  entre os caminhos  da horta, no final do dia, atrai lesmas e caracóis. Deve-se fazer o recolhimento  pela manhã, combatendo-os com cal virgem ou sal.
. Manejo cultural: é o manejo de pragas  através de espécies que as atraem ou repelem.Broca das cucurbitáceas (pepino) e vaquinha (patriota) – o cultivo de abobrinha caserta (abobrinha de moita) atrai estas pragas. O porongo verde cortado ao meio e a raiz de tajujá ou tayuyá, cortada em  fatias (10cm), espalhadas na horta também atraem a vaquinha. A seiva ou o líquido existente na raiz do tajujá atrai a vaquinha, fazendo com que não ataquem a planta cultivada. Tanto no caso do porongo como na raiz de tajujá deve-se renovar as iscas regularmente; Borboleta da couve -  a hortelã e o alecrim rep elem a borboleta da couve que põe os ovos dando origem às lagartas que comem as folhas; Insetos e nematóides – o cravo-de-defunto ou tagetes, devido às suas glândulas aromáticas, repele muitos insetos e mantém o solo livre de nematóides; Ratos e formigas – a hortelã, quando plantada na bordadura dos canteiros e em volta da casa e/ou paióis, repele essas pragas. Um bom método natural para espantar as formigas é espalhar sementes de gergelim em torno dos canteiros. Para as formigas cortadeiras recomenda-se cortar e distribuir folhas de gergelim em locais de passagem das mesmas, próximos aos olheiros do formigueiro;  as formigas carregam as folhas para o formigueiro e intoxicam os fungos que servem de alimento para elas; Insetos em geral – alho, manjerona, camomila e mal-me-quer plantados no meio da horta inibem a presença de insetos; Moscas brancas – o uso de plantas repelentes como  cravo-de-defunto, hortelã e arruda, quando o ataque é pequeno, tem boa eficiência;
. Manejo de pragas com auxílio dos inimigos naturais: os inimigos naturais são insetos, fungos, bactérias, vírus, nematóides, répteis, aves e mamíferos pequenos. Os animais que comem insetos na forma larval e adulta, não são poucos, daí a importância da não contaminação do meio ambiente com agroquímicos. Todas as pragas têm seus inimigos naturais que as devoram ou destroem. Daí a importância de diversificar os cultivos (rotação, sucessão e consorciação de culturas) e  preservar refúgios naturais como matas, cercas vivas e capoeiras para manter a diversidade natural da fauna (ácaros predadores, aranhas, insetos, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Todos fazem parte do grande conjunto natural e contribuem para  manutenção do equilíbrio na natureza. Entre as espécies de plantas que servem de refúgio dos inimigos naturais, destacam-se: o menstrato (Ageratum conyzoides),  a beldroega (Portulaca oleracea), o caruru (Amaranthus viridis), o nabo forrageiro (Raphanus raphanistrum) e o sorgo granífero (Sorghum bicolor). No caso do sorgo, suas panículas em flor favorecem o abrigo e a reprodução do percevejo Orius insidiosus que é predador de lagartas, ácaros e tripes da cebola. Há no entanto, plantas que são desfavoráveis à preservação e ao aumento de inimigos naturais das pragas, como: mamona, guanxuma, tiririca e picão branco.  
Entre os insetos, os inimigos naturais mais conhecidos são as joaninhas (Figura 1) e as vespinhas que parasitam especialmente pulgões, cochonilhas e lagartas. Outros exemplos de inimigos naturais e os principais depredados ou destruídos são:
percevejos -  destroem lagartas e seus ovos; moscas – lagartas, seus ovos e outras pragas; coleópteros – lagartas e percevejos; louva-a-Deus,  joaninha e vespinhas -   pulgões; peixes – larvas de pernilongos; fungos – larvas e nematóides; garças – moluscos e insetos; pica-pau – insetos; tamanduá –  come formigas e cupins; outros animais que se alimentam de insetos – galinha d’angola,  morcegos, lagartas, sapos, rãs, tatus e pássaros (andorinhas, bem-te-vis, corruíras e beija-flor).

Nas próximas matérias abordaremos sobre os principais produtos alternativos que podem serem utilizados no manejo de pragas e doenças na agricultura orgânica.

terça-feira, 3 de março de 2015

Mudas de amendoim forrageiro entregues em Itapuã RS


mudas de amendoim forrageiro
Sexta-feira passada entreguei 100 mudas para produtor agrícola , efetuar plantio em consorcio com tifton. São as primeiras mudas produzidas em matriz da região.



Quem quiser mudas envie um email. ok

agropanerai@gmail.com
A grama amendoim produz uma quantidade muito pequena de sementes, tão pequena que seria inviável a sua comercialização. O cultivo da grama amendoim é possível através de mudas e de estolões, que podem chegar até 1,5 cm de comprimento. Para garantir uma propagação efetiva do gramado, seu cultivo é feito através de mudas ou estolões ligeiramente desenvolvidos que são plantados com certa distancia uns dos outros. O sucesso do cultivo dessa forma se dá pelo fato de que a grama amendoim é muito agressiva em cobrir o solo e se desenvolve com muita rapidez. Apesar disso, a grama amendoim se dá muito bem com outras espécies de gramíneas igualmente agressivas como, por exemplo, as do gênero Brachiaria e podem ser cultivadas em conjunto.

Análise dos Benefícios e Aspectos Negativos da Grama Amendoim
Benefícios Oferecidos pela Grama Amendoim
A grama amendoim se desenvolve muito bem mesmo em solos ácidos, com média ou pouca fertilidade, e pode ser utilizada para fazer a correção da acidez do solo e na recuperação de solos muito degradados ou pouco férteis.
A grama amendoim é muito utilizada em plantações de hortaliças e pomares devido aos grandes benefícios que ela traz ao solo e as plantas próximas de onde é cultivada. Ela é geralmente implantada entre os meios dos cultivos onde ajuda, não só a combater as ervas daninhas, mas também a reter umidade e fixar o nitrogênio no solo, adubando o solo naturalmente, além de fazer a correção do pH da terra. Por tais motivos, a grama amendoim é considerada um adubo vivo ou “adubo verde“.
Antes de iniciar o cultivo de qualquer espécie de grama, é necessário fazer uma análise, não só dos pontos positivos, mas, também dos aspectos negativos sobre determinado cultivar, em questão, da grama amendoim.
Aspectos Negativos Sobre a Grama Amendoim
Tais pontos negativos da grama amendoim são muito claros e não somam muitos em sua totalidade. O principal aspecto a se levar em consideração é que a grama amendoim é muito delicada e não suporta bem o desgaste de pisoteio e geadas ( com certeza rebrota após a geada). Outro fator que não foi comentado ao longo do artigo é que ela pode eventualmente atrair lebres, o que pode representar um problema para o seu cultivo em hortas. Mesmo sendo poucos, são fatores essenciais para se analisar antes de começar a cultivar a grama amendoim. Questões como, qual será o nível de uso do gramado ou se existem lebres próximo a sua localidade, são de extrema ajuda na hora de fazer tal escolha. Podemos dizer que, deixando de lado os pequenos inconvenientes da grama amendoim, ela é uma ótima opção para o cultivo de um gramado ou pastagem.

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