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domingo, 11 de outubro de 2020

12 Flores Que Você Precisa Ter Na Sua Horta: Elas Ajudam Muito Na Horta Orgânica

Fonte: site somosverdes.com.br

Atualmente, muitas pessoas têm feito hortas em suas casas. Esse fato de se deve às incertezas que rodam as plantações. Mas para ter sua horta você precisa saber quais flores que você precisa ter na sua horta e o porquê.
Algumas pessoas não confiam em produtos de determinadas fazendas e duvidam se o alimento leva ou não agrotóxico.
Apesar da fiscalização e dos produtores dizerem que não utilizam, é difícil de acreditar.
Sabemos o quanto os agrotóxicos fazem mal à saúde e também ao meio ambiente.
Dessa forma, aos poucos, foram surgindo as hortas caseiras e você precisa saber quais flores que você precisa ter na sua horta para que ela prospere.
As pessoas, então, passaram a procurar formas de cuidarem de suas hortas sem o uso de agrotóxicos.
Com esse intuito, nós preparamos uma lista com 12 flores que você precisa ter na sua horta.
Mas antes, não se esqueça de compartilhar este conteúdo na sua rede social favorita.
Vamos à lista!

12 flores que você precisa ter na sua horta

Procuramos trazer para vocês, flores que podem ajudar no combate de pequenas pragas e que também tragam  outros benefícios, como por exemplo plantas que possuem flores ou folhas comestíveis.
Vamos começar.

#1 Calêndula

flores que você precisa ter na sua horta
fonte: dicasdemulher
A calêndula é uma flor belíssima e muito conhecida pelas suas propriedades medicinais e é uma das flores que você precisa ter na sua horta.
Essa flor é utilizada na fabricação de pomadas e cremes para cicatrização de ferimentos e também de anti inflamatórios.
Ela também é comestível. Suas pétalas podem ser utilizadas em saladas, tortas, sobremesas, receitas de bolos, biscoitos, pães, entre outros.
Todavia, o ponto mais importante para se ter essa flor na sua horta é sua propriedade de repelir pragas como afídeos (pulgões) e insetos sugadores. Ela, também, ajuda a combater nematoides do solo.
A calêndula gosta de solos bem drenados e de sol.

#2 Camomila

fonte: opas.org.br
A camomila é uma planta medicinal. Além disso, ela atrai moscas que devoram os pulgões.
Ela também repele insetos como ácaros.
A camomila pode ser plantada perto da couve, por exemplo, como uma forma de realçar o seu sabor.
Ela também ajuda no restabelecimento de plantas fracas, além de seu chá ser eficiente para muitas doenças nas plantas.

#3 Capuchinha 

fonte: chabeneficios
A capuchinha é uma das flores comestíveis mais versáteis, pois suas flores, folhas e sementes podem ser utilizadas em pratos.
Essa flor também pode ser usada para decoração. Cultivá-la é muito fácil, sendo comum encontrá-la em terrenos abandonados.
A capuchinha é muito versátil, pois floresce em quase todo o ano.
Além de atraírem polinizadores e inimigos naturais das pragas como afídeos (piolhos) e nematoides. Também servem como barreira, pois atraem as borboletas para si e dessa forma as couves não são devoradas.

#4 Catinga-de-mulata

fonte: pinterest
A catinga-de-mulata é também conhecida como cheiro-de-mulata, tanaceto, atanásia ou erva-de-São-Marcos.
Essa flor possui aroma forte e por isso repele os insetos voadores da sua horta.
Ela pode ser plantada em toda horta e ainda é utilizada para fazer água de cheiro.

#5 Crisântemos

fonte: floreswiki
O crisântemo possui diversas cores.
Ele é um repelente natural de insetos como mosquitos, percevejos, pulgas e carrapatos.
Além disso, suas flores são comestíveis.

#6 Flor-de-mel

fonte: canetaespia
A flor-de-Mel ajuda no controle da sua horta, pois ela atrai os sirfídeos (mosca das flores) que são grandes predadores dos pulgões, cochonilhas e tripes.
Os sirfídeos são melhoras do que as joaninhas para encontrar e devorar os pulgões.
A flor-de-mel é perfumada e atraem abelhas para fazerem a polinização, além de possuírem flores comestíveis.

#7 Gerânios

O gerânio é uma flor que ajuda como repelente de moscas e mosquitos.
Ao plantar na sua horta, plante-os como companheiros das hortaliças, pois eles irão repelir vermes de repolho, cicadelídeos e ácaros da aranha vermelha.
Você também pode plantar ao redor da horta como uma espécie de cerca.
São plantas muito bonitas e possuem diversas cores. São também comestíveis.

#8 Gergelim

fonte: terra
O gergelim atua como barreira contra formigas cortadeiras.
Frequentemente as formigas são atraídas para essa planta e ao levarem ao formigueiro acabam destruindo o fungo do qual as formigas se alimentam.

#9 Girassol

fonte: curasaudavel
O girassol é uma flor belíssima. Ele repete alguns insetos e atrai polinizadores.
Também pode servir para atrair algumas pragas que irão preferir ele às hortaliças.

#10 Maravilha

fonte: omeujardim
Essa flor pode ser usada na prevenção de viroses em tomates e pimentões, sendo aplicada nas mudas.
Esta flor também é muito conhecida como Mirabilis.

#11 Onze-horas

fonte: wikipedia
A onze-horas é uma flor comestível, medicinal e altamente nutritiva.
Ela é rica em ômega 3 e ajuda a reter a umidade do solo.
Pode ser plantada ao redor do milho.
A onze-horas atrai polinizadores, alimentando abelhas no inverno.

#12 Tagetes

fonte: wikipedia
Os tagetes são vulgarmente conhecidos como cravo-de-defunto, pois possuem odor forte e um pouco desagradável.
Eles são repelentes naturais de muitos insetos prejudiciais ao cultivo de plantas e protegem contra os nematoides.
Os tagetes também ajudam na prevenção da broca no tomateiro, funciona como repelente da mosca-branca e é usado em receitas de defensivos naturais.

sábado, 10 de outubro de 2020

Uso de caldas bioativas na agricultura orgânica - Programa Rio Grande Rural





A agricultura orgânica dispensa o uso de inseticidas e adubos químicos. A fertilização do solo e o controle de pragas e doenças é feito através de métodos não-venenosos. Como algumas caldas bioativas. No município de Arroio do Padre, os agricultores participaram de uma reunião, onde viram como preparar estas caldas.
Jornalista Gabriela Guido
Cinegrafista Fernando Veríssimo
Pelotas - RS

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

APRENDA EM 04 PASSOS A PODAR SEU PÉ DE UVA E TER BELOS CACHOS


A VIDEIRA

O pé de uva é chamado de videira, parreira ou vinha. No Brasil, são várias as espécies cultivadas que podem ser consumidas in natura (consumo natural das bagas) ou na confecção de vinhos secos e suaves. Para o consumo natural, a uva mais cultivada é a espécie Vitis labrusca, seu nome popular é Niagara rosada e Niagara branca. A Niagara Rosada é aquela uva comercializada, normalmente, na beira de estrada. Outras uvas cultivadas em casa são a Bordô, a Concord e a Itália.

Benefícios do consumo da uva

As uvas possuem diversas propriedades benéficas à saúde. Elas protegem o sistema circulatório e o coração; têm propriedades antioxidantes, o que significa que impedem a ação de radicais livres no organismo; apresentam características antiinflamatórias; inibem a aglomeração das plaquetas sangüíneas, reduzindo os riscos de ocorrência de infartos e derrames; além de impedir alguns processos desencadeadores do câncer. A fruta ainda é boa fonte de vitamina C e complexo B, rica em minerais como magnésio, enxofre, ferro, cálcio e fósforo, indispensáveis a uma boa saúde.
beneficios uva
Fonte da Foto: gardener.blogg.se

Efeito ornamental da videira

Muito valorizadas por seus frutos que há milênios oferecem alimento e vinho ao homem, as videiras também podem ter uso ornamental e serem bem aproveitadas em jardins domésticos. Ao serem mantidas sobre caramanchões ou pergolados, essas trepadeiras podem adicionar altura em projetos de paisagismo e ainda prover sombra no verão. Além disso, dependendo da espécie escolhida e das condições de plantio, as parreiras de uvas podem gerar deliciosos frutos. Se o objetivo é somente produzir sombra, o melhor são as plantas que comercialmente são utilizadas como porta enxertos. Entre as variedades indicadas para regiões tropicais estão a IAC 572 Jales, a IAC 313 Tropical e a IAC 766 Campinas. Para regiões mais frias, as variedades mais apropriadas são a Paulsen 1103, a SO4, Solferino e a Kober 5BB.
uva ornamental
Fonte da foto: zielonyfront.pl

Condução da videira

Por ser trepadeira, a cultura precisa de suporte para a sustentação dos ramos. A latada ou pérgola é formada por malhas suspensas a cerca de dois metros do chão. As plantas são, assim, conduzidas na horizontal, o que permite um melhor desenvolvimento foliar, maior formação de sombras e alta produção de frutos.
uva pergola
Fonte da foto: florafind.mainegardens.org

Poda de produção da videira

A poda é uma técnica usada para estimular a planta a produzir novas brotações a partir de gemas dormentes. A videira inicia sua produção após 3 anos de plantio. Nestes primeiros 3 anos ela desenvolve raízes para absorção de nutrientes e ramos vegetativos que irão sustentar os cachos produzidos. Após 3 anos de cultivo ela têm condições nutricionais para iniciar a sua produção, produzindo poucos cachos. Com o passar dos anos, essa produção aumenta até estabilizar na fase adulta da planta. Porém, se, após o início da produção não for feita a poda, a planta tende a produzir cada vez menos cachos. Isso ocorre pelo fato da planta produzir cachos apenas em ramos novos.
produção uva
Fonte da foto: sagebud.com

Passo 01 - Desenvolvimento da videira

Para a videira produzir cachos é importante que seja feita uma boa adubação nutricional. Para o plantio da muda da videira deve-se fazer a cova 3 vezes maior o torrão da muda, encher a cova com um condicionador de solo "Classe A" misturado a 300 gramas do NPK formulação 04-14-08, plantar a muda sem desfazer o torrão, apertar em volta para que ela fique fixa e molhar em seguida. Após o plantio, deve-se iniciar a adubação foliar utilizando um fertilizante para o enraizamento e intercalar com uma formulação para o crescimento, ou seja, aplica-se, com um pulverizador nas folhas da videira, 1 vez por semana a formulação de enraizamento e na semana seguinte a formulação de crescimento. Este tratamento visa acelerar o crescimento da videira. Durante a época das chuvas, deve-se aplicar ao redor do pé da videira cerca de 100 gramas do NPK formulação 20-05-20 para o crescimento e desenvolvimento da planta. Após essa aplicação de NPK, a adubação foliar pode ser resumida apenas ao fertilizante de crescimento aplicado 1 vez a cada 15 dias.
plantio uva
Fonte da Foto: www.alltomtradgard.se

Passo 02 - Poda de produção

Após 3 anos de crescimento a videira está apta à produção. A poda deve ser feita no período de dormência da planta, final do inverno ou início da primavera. Para identificação desse período, a videira deverá estar quase sem folhas. Deve-se contar 12 gemas a partir do enxerto e podar em forma de bisel com uma tesoura de poda afiada e esterilizada em fogo brando. No corte você deve polvilhar canela em pó (a mesma utilizada no arroz doce) para a cicatrização e impedimento da entrada de pragas e doenças. Plantas mais velhas e já estruturadas no pergolado seguem o mesmo princípio. A contagem das gemas deve ser feita sob o pergolado, para não desestruturar a planta durante o desenvolvimento dos ramos de produção.
poda pergola
Fonte da foto: davethegardenguy.typepad.com

Passo 03 - Poda de manutenção e limpeza

É importante podar os ramos que crescem no porta enxerto, das raízes e na base o solo. Estes ramos "roubam" a energia que o ramo principal utilizaria para o seu crescimento e a produção dos cachos. Deve-se deixar apenas o caule principal. Deve-se podar também galhos secos e aqueles que crescem fora da estrutura principal do pergolado. É importante manter a linha de crescimento e estruturação do pergolado.
poda uva
Fonte da foto: napaprivatetours.com

Passo 04 - Adubação de produção

Todo ano, após a poda produção, deve ser feito uma adubação de produção, ou seja, é preciso dar nutrientes para que a videira produza mais cachos. Essa adubação deve ser feita utilizando-se o NPK granulado formulação 20-05-20 no pé da planta. Deve-se espalhar 300 gramas no pé da planta no 1º ano de produção ou 3º ano de vida; 400 gramas no 2º ano de produção; 500 gramas no 3º ano e assim, suscesssivamente, até estabilizar no 10º ano com 1 Kg do NPK. É importante que o produto seja muito bem espalhado sobre o solo para que no momento da sua diluição em água, uma maior gama de raízes absorva os nutrientes.
adubação uva
Fonte da foto: www.appeltern.nl

terça-feira, 30 de junho de 2020

FAZENDO MUDAS DE MANJERICÃO!!

O manjericão é uma erva muito fácil de fazer mudas e multiplicar. Vai muito bem no parapeito de uma janela ensolarada.
Você pode optar em fazer mudas através de sementes que em cinco semanas já estarão prontas para usar e também podemos fazer mudas através de pequenas estacas  da própria planta adulta que já temos em casa e assim podemos renovar sempre nosso plantio.

Assim que Faz

Em uma planta adulta, cortar de 1o a 15 cm de um galhinho novo ( verde).  Retirar todas as folhas na parte de baixo do caule. Deixando apenas umas poucas folhas na parte superior deste galhinho.
Retirar esse excesso de folhas é bom para que o galhinho não perca muita energia em alimentar essas folhas e direciona todos os nutrientes para a formação de novas raizes.
Estes galhinhos cortados se Chama ESTACAS ou estaquias.
fazer muda de manjericão
Colocar estas pequenas estacas em um copo de água e esperar uns dias até que saia as primeiras raizes.  É conveniente trocar a água deste copo todos os dias.
Ao passar sete dias, as raizes ja estarão grande o suficiente para ser plantadas na horta ou num vaso .
muda de manjericão enraizando
mudas de manjericão plantada em vasos

Como plantar sementes de manjericão

É muito fácil aprender a plantar sementes de manjericão.
O manjericão deve ser cultivado em um lugar que tenha sol pelo menos seis a oito horas por dia.
O solo deve ser bem drenado com um pH de 6-7,5.  Veja mais sobre pH de solos AQUI
Você pode se perguntar: “Quando plantar sementes de manjericão?” Basicamente, a melhor época para plantar sementes de manjericão é  na primavera quando todo o perigo de geada passou. Mas sabemos que cada área tem um clima diferente, então quando plantar as sementes de manjericão pode diferir de estado para estado. Se o clima da sua cidade é sempre ameno, você pode plantar o ano inteiro.
Cultivar sementes de manjericão não é nada difícil. Apenas semeia uniformemente as sementes das plantas de manjericão cobrindo-as com cerca de 0.5 cm de solo.
Mantenha o solo úmido e certifique-se de remover quaisquer ervas daninhas. As sementes de manjericão  devem germinar dentro de uma semana.
folhas de manjericão sobre tomates
Se você plantar várias sementes, deixe um espaço de 24 cm entre plantas .
Regar o manjericão a cada sete a 10 dias para se certificar de que suas plantas recebem água suficiente. Isso depende, obviamente, da quantidade de chuva na sua área. Lembre-se que, ao cultivar sementes de manjericão, as plantas nos vasos secarão mais rápido do que as que você planta no jardim, então lembre-se de regá-las também.
Uma vez que suas sementes de plantas de manjericão estejam completamente crescidas, é bom colher as folhas e deixá-las secar para que você possa usá-las em molhos e sopas.
O manjericão é maravilhoso com tomates, por isso, se você tem uma horta, não se esqueça de incluir o plantio de sementes de manjericão entre os vegetais. Além disso, nenhum jardim de ervas está completo sem manjericão, e é uma das ervas mais fáceis de cultivar e manter saudáveis.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Conhece a mini pitanga?? Eugenia mattosi




Planta decorativa rara na forma de arbusto muito vistoso de folhas miudas que produz floração de cor branca na primavera/verão ao mesmo tempo que apresenta grande quantidade de frutos de coloração vermelha, comestível e apreciado pela fauna pelo seu doce sabor. Inclusive por abelhas em busca do saboroso néctar.

É também conhecida por cerejeira anã além de pitanguinha.
Pode atingir facilmente 50 cm de altura formando touceiras. Não perde as folhas em nenhum mês do ano.

Aceita sol pleno e clima quente a temperado, e destinada também a compor cercas vivas de porte baixo e de poda desnecessária já que não costuma alastrar-se pelo terreno.

É resistente ao frio e também a períodos sem chuva. Aceita plantio também em vasos e produz flores e frutos a partir dos dois anos de idade sempre nos meses quentes do ano.

Aceita também condução artificial para formar “bonsai” oriental.
Multiplica-se por sementes que deverão ser semeadas imediatamente após a colheita e mantidas em solo umido até notar a germinação que ocorrerá entre dois a tres meses.

A muda que fornecemos é contida em torrão que deverá ser plantado sob sol logo após a aquisição. Regar. Por ser de caracteristica rústica não necessita de maiores cuidados além de manter o solo livre de ervas daninhas.

Planta destinada unicamente para cultivo doméstico ornamental.
 

Algumas das Principais Características da Mini Pitanga

Planta cujo nome científico é Eugenia mattosi, a mini pitanga tem forma de arbusto, sendo muito vistosa e com folhas bem miúdas. Sua floração é essencialmente da cor branca, ocorrendo entre a primavera e o verão. Durante essa floração, por sinal, ocorre também uma intensa frutificação, cujos frutos possuem uma coloração avermelhada característica, sendo comestível tanto para nós humanos, quanto para a fauna das regiões onde habitam, especialmente, para pássaros. As abelhas também são animais que apreciam muito a planta, em especial, por conta de seu delicioso néctar.


sábado, 5 de outubro de 2019

Bananeira orgânica é bom negócio para pequeno produtor


Se existe uma cultura fácil de ser adaptada ao sistema orgânico de produção é a bananeira. "Cerca de dois terços de toda a fitomassa da bananeira retorna para o solo, ou seja, ela restitui quase 70% do que produz", afirma Ana Lúcia Borges, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) e representante da Empresa na Comissão de Produção Orgânica da Bahia, fórum composto por membros de entidades governamentais e não governamentais.
No Brasil, estima-se que apenas 0,5% da área colhida de banana esteja sob monocultivo orgânico, ou seja, em torno de 2.400 hectares. De acordo com dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre todas as frutas produzidas no Brasil, a banana ocupa o segundo lugar em área colhida (aproximadamente 485 mil hectares), produção (cerca de 6,9 milhões de toneladas) e consumo aparente por habitante (30 kg/ano).
Para ser considerado orgânico, o produtor deve usar técnicas ambientalmente sustentáveis e não pode utilizar agrotóxicos nem adubos químicos solúveis, que devem ser aplicados rigorosamente de acordo com as instruções para que não haja excesso em relação à capacidade de absorção das plantas e, a longo prazo, não tragam danos ao ecossistema.
Para ser regularizado, existem três opções: certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), organização em grupo ou cadastramento no Mapa para realizar a venda direta sem certificação. Além disso, pode seguir o sistema orgânico de produção para a cultura da banana, organizado pela Embrapa, que está na segunda edição. A publicação reúne informações técnicas sobre estabelecimento da cultura, preparo da área, seleção de variedades e mudas, práticas culturais, manejos de doenças, nematoides, insetos e ácaros, além dos manejos na colheita e pós-colheita, com base nos regulamentos aprovados para a produção orgânica.
Mercado
Por ter princípios bem definidos pelas certificadoras, o mercado de banana orgânica diferencia-se do convencional devido às peculiaridades dos processos ‘antes da porteira' e ‘depois da porteira'. "Os cuidados nas fases de comercialização são maiores e, por isso, o percentual de perda do produto é menor que os cerca de 40% encontrados para as bananas convencionais, embora não haja estudos com dados percentuais mais próximos da realidade", declara a pesquisadora Áurea Albuquerque, doutora em Economia Agrícola.
No momento sob forte expansão, o mercado brasileiro de banana orgânica está concentrado em centros de distribuição especializados (atacados), redes de supermercados com processos de logística que englobam produtos orgânicos e feiras livres especializadas – com vendedores cadastrados em associações ou cooperativas. "Tanto nas feiras especializadas quanto nas redes de economia solidária a rentabilidade do produtor, que muitas vezes é o próprio vendedor, é maior, pois a maximização do lucro é relegada a segundo plano", salienta Áurea.
Segundo a pesquisadora, a exportação de banana orgânica brasileira vem crescendo nos últimos anos. O destaque fica para produtos processados, como a banana passa proveniente do Projeto Jaíba, em Minas Gerais, e exportada, principalmente para a União Europeia e os Estados Unidos. "Além das exigências que os agricultores devem atender para exportação, somam-se os requisitos para certificação orgânica, institucionalizados por órgãos internacionais, o que confere  garantia adequada ao produto". 
Para o consumidor, a certificação é a garantia da procedência e da qualidade orgânica de um alimento natural ou processado. Para o produtor certificado, agregação de valor ao seu produto é um diferencial de mercado que estabelece uma relação de confiança com o consumidor. Além disso, por não utilizar agrotóxicos, a saúde dos próprios agricultores é preservada.
Nutrientes
Fertilizantes, corretivos e inoculantes somente podem ser usados se permitidos pela Instrução Normativa 17, de 18 de junho de 2014, do Mapa. Os nutrientes podem ser supridos por meio de fontes orgânicas (adubo verde, esterco animal, torta vegetal ou cinza) ou minerais naturais (calcário, fosfato natural e pó de rocha) ou da mistura das duas fontes.
O ideal é que o produtor aproveite resíduos da sua propriedade (fitomassa da bananeira e outras culturas), para reduzir custos com transporte, e utilize coberturas vegetais apropriadas para o ecossistema da região. "A agricultura orgânica é mais adequada e viável ao pequeno agricultor porque ele pode usar tudo da sua área. Se ele tem um animal, até mesmo uma galinha, pode usar o esterco, fazer o composto e colocar na bananeira", exemplifica a pesquisadora. Outros resíduos que podem ser usados no composto são bagaço de laranja ou de cana-de-açúcar, cinzas de madeira, polpa de sisal, raspa de mandioca, torta de algodão, cacau ou mamona. Também existem no mercado produtos certificados. 
O composto orgânico demora cerca de três meses para liberar os nutrientes. "No sistema orgânico o fruto realmente cresce menos. Como o nutriente não está prontamente disponível, a liberação é lenta, mas observamos que isso tem uma vantagem. O fruto cresce devagar, concentra o brix [a doçura], fica com tamanho adequado, em torno de 90 a 100g, e mais saboroso. Para o consumidor, isso pode ser importante", informa. 
"Particularmente, a bananeira é uma planta muito fácil de produzir de forma orgânica porque anualmente não é necessário colocar tanto adubo já que ela restitui ao solo dois terços da sua fitomassa. Da bananeira, só saem os frutos. Então, tem que se repor os nutrientes que saíram com o cacho. Tudo volta, até o engaço [estrutura que segura os frutos]'.
crotalária
Conservação do solo
Uma preocupação constante do produtor orgânico precisa ser com a conservação do solo, que deve ser mantido sempre coberto. Por isso, na fase de formação do bananal é recomendável o plantio de leguminosas e não leguminosas nas entrelinhas do bananal. "As plantas utilizadas como adubo verde devem ter crescimento inicial rápido, para abafar as plantas espontâneas e produzir grande quantidade de massa verde", explica José Egídio Flori, pesquisador da Embrapa Semiárido (PE). Ao serem cortadas, as plantas de cobertura devem ser deixadas sobre a terra. Esse material orgânico se decompõe, liberando nitrogênio – principalmente as leguminosas – e outros nutrientes.
Nos experimentos em área de produtor, as leguminosas que trouxeram melhor resultado foram feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), crotalária (Crotalaria juncea), guandu ou feijão-de-corda (Cajanus cajan) e cudzu tropical (Pueraria phaseoloides). Perene e tolerante à sombra, o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) deve ser usado apenas em regiões de boa pluviosidade ou em bananais irrigados. "O produtor pode consorciar a bananeira com uma cultura que ele pode vender também e ter uma renda a mais, como o guandu", salienta Ana Lúcia.
Pragas e doenças
De acordo com a Instrução Normativa 17 do Mapa, nos sistemas orgânicos, deve-se priorizar a utilização de material adaptado às condições locais e tolerantes a pragas e doenças. "O grande problema do sistema orgânico é a mão de obra. No sistema convencional, o monitoramento é feito para avaliar se precisa fazer o controle. No orgânico, tem que ser o tempo todo. Quando aparecer uma praga, o produtor tem que retirar antes que se alastre. A vistoria precisa ser constante", alerta Ana Lúcia. Por isso, a melhor alternativa para o controle é a utilização de estratégias de manejo integrado de pragas (MIP).
"Não existem variedades de bananeira desenvolvidas especificamente para plantio em sistemas orgânicos de produção, mas as variedades utilizadas para o sistema convencional vêm sendo cultivadas com sucesso, adotando-se as práticas recomendadas para o sistema orgânico. A Embrapa tem uma série de variedades resistentes, que permitem o cultivo sem a utilização de agrotóxicos", esclarece. Para verificar o comportamento de oito variedades de bananeira no sistema orgânico, dois experimentos foram implantados em locais com condições e climas distintos: no Perímetro Irrigado Pedra Branca, localizado nos municípios de Curaçá e Abaré (BA), e outro na Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica (UPPO), na área da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA). As variedades foram Prata Anã, Pacovan, BRS Platina, BRS Princesa, BRS Japira, BRS Preciosa, BRS Vitória e Galil-18. No primeiro ciclo, destacaram-se, no ecossistema Semiárido, a bananeira BRS Preciosa e, no ecossistema Mata Atlântica, a BRS Platina. No segundo ciclo, destacou-se a BRS Princesa no Semiárido e a ‘Galil 18' na Mata Atlântica.
"A resistência a doenças importantes e a rusticidade, em especial, das variedades BRS Platina e BRS Princesa facilitam a adoção e o cultivo em áreas onde o uso de tecnologia ainda é incipiente", confirma o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético de Bananas e Plátanos da Embrapa.
Em Pedra Branca, além do experimento de competição de variedades de bananeira na área do produtor João Conceição, foi conduzida, de 2010 a 2013, uma área com a cultivar Pacovan orgânica, cujo acompanhamento foi feito por técnicos da assistência técnica Projetec, contratada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). "Na área de Pacovan obtivemos bom resultado de produção, que foi em média de 23 t/ha. O desempenho de produção e qualidade dos frutos da bananeira orgânica foi bom", completa José Egídio Flori.
O agricultor João Conceição, que já cultivava hortaliças orgânicas, teve bons resultados com a banana orgânica. "A produtividade foi muito boa. Eu segui todas as recomendações do pessoal da Embrapa e da assistência técnica porque acho que o produtor não pode fazer as coisas só da cabeça dele. Fiz até análise do solo. Só não pude ganhar mais porque não sou certificado e precisei vender as bananas para o atravessador junto com as convencionais", salienta.
Léa Cunha (MTb 1633/BA)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

Telefone: (75) 3312-8076

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Saiba como adubar e colher frutos de suas árvores!!


Por Lila de Oliveira, iG São Paulo |


Tenho uma muda de árvore frutífera em um vaso pequeno. Como faço para transportá-lo para um local maior?
Escolha um vaso de plástico com orifício na parte inferior para facilitar a drenagem. Em seguida, coloque uma camada de 5 cm de pedra (brita) ou argila expandida, sobreponha uma manta de bidim, que servirá como filtro, um substrato de boa qualidade (200 g/ m²), calcário e adubo N-P-K 4-14-8, na proporção de 200 g/m² para 250 g/m². Após esse procedimento, retire com cuidado a planta, de modo que o torrão (local onde as raízes estão localizadas) seja conservado, e coloque-a no novo vaso de forma que a região de transição entre o caule e a raiz fique no nível da terra.
Se decidir replantar a muda no solo, abra uma cova com 40 cm x 40 cm x 40 cm de medida, utilizando uma pá reta. Misture a terra retirada a terra-preta (20 l/m²), adubo N-P-K 4-14-8 (200 g/m²) e calcário (250 g/m²). Nas primeiras semanas após colocar a planta, em ambos os casos, não se esqueça de irrigá-la bem.

É preciso conhecer bem a espécie antes de plantar uma árvore perto de casa


Tenho árvores de pêssego, goiaba, abacate, manga e lichia, mas elas não estão dando fruto. O que pode estar acontecendo? O que devo fazer?
Se duas plantas de mesma espécie estiverem plantadas no mesmo ambiente e o florescimento das duas for diferente, o problema provavelmente é genético e a solução será aceitá-la desta forma ou trocá-la por outra muda.
Mas se nenhuma das árvores está florescendo, talvez trate-se de uma questão ambiental, como ausência de algum nutriente no solo, excesso ou falta de água, presença de pragas ou doenças, ou alteração brusca de temperatura. Porém, é difícil identificar as causas sem a ajuda de um profissional.

Qual o tipo de adubo recomendado para jabuticabeiras?
A adubação deve ocorrer em dois períodos. Do início de setembro até novembro, ela deve ser completa, com 10 l/m² de matéria orgânica 100% ou 20 l/m² de terra-preta; 200 g/m² de adubo N-P-K 10-10-10 e 250 g/m² de calcário dolomítico. De fevereiro a abril deve ser química, com 200 g/m² de adubo N-P-K 10-10-10. A adubação é feita somente uma vez por período e é necessário irrigar em abundância.

Tenho um limoeiro que floresce, mas não chega a dar fruto. O que pode estar acontecendo?
Esse sintoma do abortamento do botão floral é muito comum quando há falta de fósforo, um importante nutriente. Esse elemento deve ser colocado sobre o solo, na projeção da copa da árvore. Após adubar, irrigue em abundância. Pragas e doenças também são causas possíveis.

É possível ter um pé de araçá em um vaso?
Sim. O araçá é uma árvore cuja altura varia de 3 a 6 metros. Para contê-lo em um vaso é necessário podar.

Qual a melhor forma de evitar pragas em árvores frutíferas?
A praga mais comum é a mosca das frutas. Uma das maneiras de evitá-la é cortar uma garrafa PET ao meio, inverter a parte superior e encaixá-la na inferior, criando uma armadilha. Preencha o conjunto com suco de fruta concentrado e acrescente um inseticida (não obrigatório). A mosca adulta será atraída para o suco e não conseguirá sair da garrafa, interrompendo, assim, o ciclo da espécie.

Consultoria:
Aline Chagas Fini, engenheira agrônoma e professora do IBRAP (Instituto Brasileiro de Paisagismo)
Tels: (11) 3061-1219/ 3082-9564
www.ibrappaisagismo.com.br

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