Os espaços (poros) entre os grãos são maiores o que possibilita a passagem da água com mais facilidade entre eles e alcançando profundidades maiores. E nesta movimentação da água para as camadas mais profundas, ela carrega junto os nutrientes essenciais às plantas. Por isto, são solos que apresentam pobreza de nutrientes. A densidade aparente varia de 1,2 a 1,8 g/cm³. Quanto maior a densidade aparente, menor a porosidade.
São
solos com limitações em relação à fertilidade natural. Estes solos
possuem pH ácido, pobreza em nutrientes, baixos teores de matéria
orgânica, baixa capacidade de troca de cátions, deficiências de cálcio, e
toxidez por alumínio nas camadas mais profundas. Nestas condições, as
plantas encontram dificuldade para desenvolverem um ótimo sistema
radicular em extensão e em profundidade, causando sérios problemas na
produção das culturas, além da toxidez do alumínio. Ao contrário dos
solos argilosos, apresentam baixa retenção de água, muito sujeitos à
erosão devido a sua baixa estruturação. O mau desenvolvimento do sistema
radicular faz com que as plantas sofram estresse hídrico,
principalmente nos períodos de estiagem, o que contribui para limitar a
produtividade das lavouras. A acidez do solo deve ser corrigida com
aplicação de calcário, com a incorporação do produto a profundidades
maiores e com bastante antecedência do plantio. A pobreza de nutrientes,
principalmente fósforo (P) e potássio (K) pode ser corrigida com
aplicações, à lanço, de adubos fosfatados e potássicos, seguidas da
adubação de manutenção, com aplicações de NPK, mais adubação de
cobertura.
Para uma agricultura
sustentável nestes solos, à longo prazo, é preciso a adoção de práticas
conservacionistas, a utilização do sistema de plantio direto, a
integração lavoura-pecuária, rotação de culturas,
adubação verde, etc. A deficiência de cálcio e a toxidez por alumínio
nas camadas profundas do solo podem ser combatidas com o uso do gesso
agrícola. O gesso contribuirá para criar um ambiente propício ao
desenvolvimento das raízes, o que permitirá às plantas atravessarem
melhor um veranico e aproveitarem os nutrientes disponíveis na camada
mais profunda do solo. O gesso, sulfato de cálcio, libera cálcio e o íon
sulfato liga-se ao alumínio formando compostos menos tóxicos para as
plantas. A reciclagem de nutrientes é importante nestes solos. A adubação verde, com o plantio de plantas em cobertura e depois incorporadas, favorecem a reciclagem de nutrientes das camadas subsuperficiais para a superfície do solo. Outra vantagem da adubação verde, nestes solos, é o aumento do teor de matéria orgânica,
que, originalmente, é muito baixo. Nos solos arenosos, as plantas, para
mostrarem alta produtividade, necessitam de grande aporte de adubos orgânicos: bagaço de cana, bagaço de coco e estercos de animais.
Os
solos arenosos se prestam para a irrigação, o que melhora a
produtividade. Devido à grande profundidade e a drenagem são pouco
propensos à salinização.
Os solos
arenosos podem ser usados para a agricultura, desde que se pratique um
bom "manejo". Os solos arenosos, por suas características, precisam de
muitos cuidados quando se destinam à produção de alimentos. A erosão
destes solos pode ser aliviada com a introdução do plantio direto
ou a rotação de culturas. A baixa retenção de água pode ser compensada
pelo maior desenvolvimento do sistema radicular, em área e em
profundidade. A deficiência de nutrientes está associada à baixa CTC
destes solos, promovendo uma maior lixiviação de cátions. Como grande
parte da CTC está associada à matéria orgânica, o aumento do teor
orgânico pode ser aumentado pela adição de resíduos vegetais, menor
mobilização do solo e tempo de utilização do manejo.

OUTROS ARTIGOS PARA LER
Um comentário:
Eu tenho plantio de urucum. O que plantar. Fazer cobertura de solo eficaz
Postar um comentário