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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Solos arenosos dificultam o crescimento de plantas!

O solo é formado por vários tipos de minerais e do húmus (matéria orgânica decomposta por ação de organismos do solo).

Solo é o manto que cobre a terra. É no solo que se desenvolve a maior parte da vida terrestre, fluvial e marítima. Os seres vivos, junto com o vento e as águas, são seus agentes de formação e de modificação.
Este é constituído por substancias sólidas, liquidas e ar. As substâncias sólidas são formadas por partículas minerais originadas da desintegração e decomposição das rochas, e partículas orgânicas, formada por restos de seres vivos ou produtos eliminados por estes. Já a água é o meio onde os minerais do solo estão dissolvidos. O ar ocupa o espaço entre as partículas permitindo a respiração dos microrganismos e das raízes das plantas.

O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que condições climáticas e presença de seres vivos são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na rocha até a formação do solo.

A parte terrestre do planeta (que é formada pelos continentes) ocupa cerca de 30% da superfície terrestre. Os seis continentes do planeta são (em ordem decrescente de tamanho): Ásia, América, África, Antártida, Europa e Oceania. Os continentes, assim com os oceanos, estão na litosfera que é a crosta terrestre mais a camada superior do manto que constitui o planeta.

Dependendo da composição do material da rocha de origem e da ação exercida pelo clima e pelos organismos sobre este material formam-se solos com características diferentes: uns mais férteis (mais ricos em nutrientes) outros mais pobres em nutrientes. O tamanho e a natureza dos minerais que compõem o solo determinam características importantes. Um solo muito rico em areia que se apresenta na forma de grãos relativamente grandes, não consegue reter a água por muito tempo. A água se infiltra rapidamente pelos espaços existentes entre os grãos de areia, indo se acumular nas camadas mais profundas. Como retém pouca água e secam com muita facilidade, dificultam o crescimento de plantas. São chamados solos arenosos.
Solo Arenoso. Fonte: Embrapa Solos UEP Recife, 2006 (http://www.uep.cnps.embrapa.br/imagens/fomezero/santana14.jpg)
Os solos argilosos contêm muita argila que tem partículas de tamanho muito pequeno. A água é retida por muito tempo nos pequenos espaços entre os grãos de argila, originando o barro. Este tipo de solo encharca com facilidade e por isso também dificulta o crescimento das plantas.
Os solos escuros, ricos em matéria orgânica (também chamada de húmus) são ricos em nutrientes, principalmente o nitrogênio. O húmus age ligando os minerais do solo como um cimento, modificando a porosidade e, portanto, aumentando a capacidade de retenção de água. Os solos orgânicos apresentam alta fertilidade, e normalmente proporcionam excelentes condições para o crescimento das plantas.
Dependendo das condições climáticas e biológicas que interagem sobre a rocha de origem, o solo pode freqüentemente apresentar características mistas.

fonte:http://www.proenc.iq.unesp.br/index.php/ciencias/34-textos/50-o-solo

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Os Solos Arenosos, são solos com limitações em relação à fertilidade natural.




Solos arenosos são aqueles que apresentam menos de 15% de argila. Estes solos possuem uma maior proporção de areia (70%), por isso secam mais rapidamente porque são porosos e permeáveis.

 Os espaços (poros) entre os grãos são maiores o que possibilita a passagem da água com mais facilidade entre eles e alcançando profundidades maiores. E nesta movimentação da água para as camadas mais profundas, ela carrega junto os nutrientes essenciais às plantas. Por isto, são solos que apresentam pobreza de nutrientes. A densidade aparente varia de 1,2 a 1,8 g/cm³. Quanto maior a densidade aparente, menor a porosidade.
São solos com limitações em relação à fertilidade natural. Estes solos possuem pH ácido, pobreza em nutrientes, baixos teores de matéria orgânica, baixa capacidade de troca de cátions, deficiências de cálcio, e toxidez por alumínio nas camadas mais profundas. Nestas condições, as plantas encontram dificuldade para desenvolverem um ótimo sistema radicular em extensão e em profundidade, causando sérios problemas na produção das culturas, além da toxidez do alumínio. Ao contrário dos solos argilosos, apresentam baixa retenção de água, muito sujeitos à erosão devido a sua baixa estruturação. O mau desenvolvimento do sistema radicular faz com que as plantas sofram estresse hídrico, principalmente nos períodos de estiagem, o que contribui para limitar a produtividade das lavouras. A acidez do solo deve ser corrigida com aplicação de calcário, com a incorporação do produto a profundidades maiores e com bastante antecedência do plantio. A pobreza de nutrientes, principalmente fósforo (P) e potássio (K) pode ser corrigida com aplicações, à lanço, de adubos fosfatados e potássicos, seguidas da adubação de manutenção, com aplicações de NPK, mais adubação de cobertura.
Para uma agricultura sustentável nestes solos, à longo prazo, é preciso a adoção de práticas conservacionistas, a utilização do sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária, rotação de culturas, adubação verde, etc. A deficiência de cálcio e a toxidez por alumínio nas camadas profundas do solo podem ser combatidas com o uso do gesso agrícola. O gesso contribuirá para criar um ambiente propício ao desenvolvimento das raízes, o que permitirá às plantas atravessarem melhor um veranico e aproveitarem os nutrientes disponíveis na camada mais profunda do solo. O gesso, sulfato de cálcio, libera cálcio e o íon sulfato liga-se ao alumínio formando compostos menos tóxicos para as plantas. A reciclagem de nutrientes é importante nestes solos. A adubação verde, com o plantio de plantas em cobertura e depois incorporadas, favorecem a reciclagem de nutrientes das camadas subsuperficiais para a superfície do solo. Outra vantagem da adubação verde, nestes solos, é o aumento do teor de matéria orgânica, que, originalmente, é muito baixo. Nos solos arenosos, as plantas, para mostrarem alta produtividade, necessitam de grande aporte de adubos orgânicos: bagaço de cana, bagaço de coco e estercos de animais.
Os solos arenosos se prestam para a irrigação, o que melhora a produtividade. Devido à grande profundidade e a drenagem são pouco propensos à salinização.
Os solos arenosos podem ser usados para a agricultura, desde que se pratique um bom "manejo". Os solos arenosos, por suas características, precisam de muitos cuidados quando se destinam à produção de alimentos. A erosão destes solos pode ser aliviada com a introdução do plantio direto ou a rotação de culturas. A baixa retenção de água pode ser compensada pelo maior desenvolvimento do sistema radicular, em área e em profundidade. A deficiência de nutrientes está associada à baixa CTC destes solos, promovendo uma maior lixiviação de cátions. Como grande parte da CTC está associada à matéria orgânica, o aumento do teor orgânico pode ser aumentado pela adição de resíduos vegetais, menor mobilização do solo e tempo de utilização do manejo.
Os solos arenosos têm, como característica, a sua "resiliência". O que é resiliência? Resiliência é a habilidade do solo de resistir ao estresse e recuperar-se depois de cessado o mesmo. Solos com baixa resiliência se degradam e se recuperam com mais facilidade, ao contrário dos solos com alta resiliência. Os solos com baixo teor de matéria orgânica são mais suscetíveis à degradação, são de baixa resiliência. O manejo nestes solos seria aumentar o teor de carbono (C) pelo incremento de resíduos vegetais incorporados (C x 1,72 = MO). No preparo do solo, quando for utilizado o arado e a grade, é necessário considerar 60 a 80% da capacidade de campo. No caso de escarificador e subsolador, a faixa ideal de umidade deve estar entre 30 e 40% da capacidade de campo. O uso do preparo convencional induz rápido decréscimo da agregação facilitando a erosão. A adoção do plantio direto promove um incremento da agregação do solo, dificultando a erosão, e possibilitando uma agricultura sustentável.

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Importância da matéria orgânica e cobertura vegetal para os solos arenosos




Importância da matéria orgânica e cobertura vegetal para os solos arenosos do Cerrado
A agricultura no Brasil, mais especificamente na região dos Cerrados, ocorreu tradicionalmente sobre solos de textura argilosa, considerados mais férteis em relação aos de textura arenosa. Entretanto, nos últimos anos, a área cultivada tem-se expandido em solos de textura média e arenosa, principalmente com a cultura da soja e nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.
Como principais causas dessa expansão podem ser citados: o menor preço de aquisição da terra; seu processo natural de utilização, que avançava inicialmente sobre solos mais argilosos e depois para os solos arenosos, principalmente aqueles de pastagens degradadas; a consolidação do sistema plantio direto e a expansão do sistema integração lavoura-pecuária, como alternativa de recuperação e/ou aumento do potencial produtivo de áreas do Cerrado que foram degradadas por longos períodos de uso com pecuária extensiva mal manejada.

Os solos arenosos apresentam limitações para o cultivo de plantas, pois, em geral, apresentam baixa fertilidade natural, presença de Al em forma tóxica e baixo teor de matéria orgânica, responsável pela maior parte da capacidade de troca de cátions (CTC - cargas negativas existentes no solo e provenientes da matéria orgânica e minerais de argila) nesses solos. Além disso, os baixos teores de matéria orgânica aliados aos baixos teores de argila e à estrutura desses solos, com grande volume de macroporos, determinam sua baixa retenção de água.

Dessa forma, o avanço do cultivo em solos de textura arenosa tem gerado questionamentos sobre a viabilidade técnica, econômica, ambiental e sobre a sustentabilidade da produção agrícola nesses solos. A questão assume relevância quando se tem, aproximadamente, 20 % da área da região dos Cerrados, ou seja, em torno de 41 milhões de hectares, ocupada pelos Neossolos Quartzarênicos, solos com teores de argila menores que 15 %.

O cultivo em solos arenosos implica em elevada demanda tecnológica envolvendo todo o sistema solo-planta, de forma que o manejo desses solos é complexo e a atividade apresenta riscos elevados. Assim, o plantio de culturas anuais em solos arenosos deve ser evitado, principalmente pela sua susceptibilidade à erosão e a déficit hídrico a que essas culturas são expostas, pela incidência comum de veranicos na região dos Cerrados. No entanto, quando da utilização desses solos, principalmente relacionada com a recuperação de pastagens degradadas e adoção do sistema integração lavoura-pecuária, tem-se a matéria orgânica e a cobertura vegetal como principais fatores de viabilização e sustentabilidade da produção.

A dinâmica da matéria orgânica no solo sofre influência, entre outros, do clima e de características do solo, com destaque para a textura. Partículas de argila aumentam a estabilidade dos substratos orgânicos e a biossíntese microbiana, de forma que em solos mais argilosos há maior proteção da matéria orgânica, pela formação de complexos organo-minerais, o que resulta em acúmulo da matéria orgânica com o aumento no teor de argila.

Em áreas com textura arenosa a formação de palhada é fundamental para proteger o solo da erosão, reduzir a velocidade de infiltração e a evaporação de água, além de reduzir a elevação da temperatura do solo, que pode provocar queima do coleto (lugar da união da raiz com o caule) das plântulas (plantas recém emergidas). O aporte de resíduos orgânicos sobre o solo, a médio e longo prazos, pode aumentar o teor de matéria orgânica, que, como já mencionado, é a principal responsável pela CTC dos solos arenosos. Isso implica em maior capacidade de retenção de água e nutrientes, como o potássio, cálcio, magnésio, etc.

Nesse contexto, a adoção de práticas conservacionistas, como o sistema plantio direto e integração lavoura pecuária, é de fundamental importância. Deve-se evitar ao máximo o revolvimento e o tráfego de máquinas e equipamentos, para minimizar os riscos de erosão e danos à estrutura do solo e manter o solo sempre sob cobertura vegetal, com plantas de elevado potencial de produção de matéria seca, como o milheto e a braquiária. Uma forma de aumentar a produção de matéria seca ou aporte de resíduos é a prática de corrigir o solo e adubar a cultura de cobertura, de forma a favorecer seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, devem-se intercalar culturas com relações C/N (quantidade de carbono em relação ao nitrogênio existente nas plantas) elevadas, como, por exemplo, espécies de gramíneas, e mais baixas, como as leguminosas, para que se tenha melhor equilíbrio entre a permanência da palhada no solo, estabilização da matéria orgânica e mineralização mais rápida dos nutrientes provenientes dos resíduos orgânicos. A planta de cobertura deve ser semeada logo após a colheita da cultura principal, aproveitando as últimas precipitações da estação chuvosa, quando o regime pluviométrico da região assim permitir, bem como antes do plantio, quando das primeiras chuvas, nos meses de setembro e outubro.

Flávia Cristina dos Santos
Pesquisadora em Fertilidade do Solo da Embrapa Cerrados/UEP-TO. Engenheira Agrônoma, Doutora em Solos e Nutrição de Plantas.

Manoel Ricardo de Albuquerque Filho
Pesquisador em Manejo e Conservação do Solo da Embrapa Cerrados/UEP-TO. Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas.

Contatos: www.cpac.embrapa.br

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