A utilização de leguminosas para formar pastos consorciados com gramíneas é uma prática muito utilizada pelos produtores do Acre. As leguminosas, como o amendoim forrageiro, servem para alimentar bois, cabras, ovelhas, cavalos e até porcos e galinhas. Essas plantas conseguem fixar nitrogênio e por isso são capazes de produzir grande quantidade de alimento de qualidade, mesmo em solos de média e baixa fertilidade.
O programa Prosa Rural desta semana fala sobre o uso das leguminosas na alimentação animal e traz como entrevistado o pesquisador da Embrapa Acre, Judson Valentim. Segundo o pesquisador, o amendoim forrageiro pode ser utilizado no pasto, triturado e oferecido para alimentação de aves confinadas, ou cortado verde para nutrição de porcos. “É uma leguminosa de uso bastante amplo. No Acre, mais de 2,5 mil produtores utilizam a tecnologia, envolvendo cerca de 115 mil hectares de área plantada”, afirma.
As leguminosas apresentam ainda a vantagem de recuperar pastos degradados. “O nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo para as plantas. As folhas desta leguminosa também servem para adubar a terra, o que permite ao produtor não só recuperar o pasto, mas também preparar o solo para produção de outras culturas”, explica Valentim.
O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Email: hugo@cpafac.embrapa.br Telefone: (68) 3212-3272 Unidade: Embrapa Acre
Amendoim Forrageiro
.O amendoin forrageiro (Arachis Pintoi), por ser perene e nativo da America do Sul, tem a característica de longevidade, o que proporciona economia em sistemas de produção em pastagens.
Nos Estados Unidos tem sido muito usado na substituição da alfafa na alimentação de animais, sendo muito bem aceito por herbívoros em geral, desde aves, suínos, caprinos, bovinos, equinos e etc.
Possui excelente índice de teor protéico (22% à 27% de proteína bruta-P.B), alta digestibilidade (média de 62%) além de ótima palatabilidade. Pode ser utilizado na produção de feno, pois forma longos estolões, o que propicia a feitura de grandes fardos. É resistente ao pisoteio, suporta de 70% à 80% de sombreamento, consorcia-se muito bem com gramíneas como as braquiárias, podendo ser plantado nas entrelinhas de grandes culturas, como café, eucalipto, citrus e outras, utilizando mais este espaço para pastejo, além de oferecer proteção ao solo agindo como “cobertura verde”.
Sua característica de fixar nitrogênio (N2) da atmosfera contribui com o aporte de nitrogênio no solo. Segundo Pereira (s.d.), esta leguminosa pode fixar de 80 a 120 kg de nitrogênio/ha/ano, diminuindo os custos de produção no controle de invasoras e adubação nitrogenada.
Os resultados de pesquisa mostram de forma consistente que as pastagens consorciadas com o amendoim forrageiro proporcionam aumentos significativos na produção por animal e por área, quando comparadas com pastagens de gramíneas puras (Argel, 1994; Lascano, 1994). Ganhos anuais de peso vivo em pastagens com amendoim forrageiro têm variado de 160 a 200 kg/cabeça e de 250 a 600 kg/ha, dependendo das espécies de gramíneas associadas, das condições ambientais e do sistema de manejo da pastagem utilizado. A produtividade média obtida foi de 568 kg de peso vivo/ha/ano ou 19 arrobas de carcaça/ha/ano.
Quer saber mais sobre o amendoim forrageiro?
acesse http://www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia/v12n4/artigo01.pdf
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