A jardinagem é uma boa terapia
ocupacional para idosos, podendo ajudar na prevenção de algumas doenças
como a depressão. Além disso, essa atividade também ajuda no combate ao
sedentarismo e na diminuição de dores da coluna. Alguns idosos não saem de casa e,
quando isso acontece, estes têm o hábito de caminhar pouco. Essa
imobilidade pode causar dores na coluna, pernas e músculos. A maioria
desses problemas poderia ser resolvido de forma simples, sem a
necessidade do idoso utilizar medicamentos ou fazer visitas extras ao
médico.
É ai que a jardinagem aparece como uma
boa opção para se exercitar e evitar a indisposição e dores no corpo –
e não é difícil ter uma pequena horta ou jardim em casa, o que estimula
o idoso a cultivar plantas, flores, hortaliças ou pequenas ervas. Quem se dedica a esse afazer pode
perceber melhoras durantes caminhadas e nas dores no corpo. Além de
tudo, a jardinagem também proporciona grande satisfação pessoal,
melhorando o humor e autoestima.
Uma pesquisa realizada pela
Universidade Estatual do Texas, EUA, comprovou que idosos que praticam
a jardinagem regularmente têm uma maior satisfação de vida, níveis de
energia e saúde em geral. Além disso, os idosos que se voluntariam ao
teste apresentavam uma alimentação mais saudável, o que pode estar
ligado ao fato deles cultivarem alimentos como verduras, frutas e
vegetais. O pesquisa foi feita por Aime Sommerfeld e contou com quase
300 pessoas com mais de 50 anos de idade.
Construindo uma horta em ambientes pequenos
Não é porque você mora em apartamento
ou vive em uma casa sem quintal que você não pode ter um pequeno jardim
ou horta! Confira as dicas:
Escolha vasos médios (nem tão profundos ou rasos), na quantidade de plantas que quiser cultivar.
Algumas
plantas conseguem coexistir com outros tipos no mesmo vaso, como o
manjericão, pimenta, orégano e salsinha. Já a hortelã e o trigo precisam
de um vaso único para elas.
Opte por
vasos de plástico caso queira plantar ervas como o manjericão. Eles são
bem vedados e retêm a umidade e calor com facilidade.
Já os vasos
de terracota são ideias para tomatinhos e outros legumes, por serem
porosos e permitirem uma melhor evaporação do excesso de água (o que
evita o encharcamento do vaso).
Você também
pode utilizar alguns materiais que tenha em casa para criar o próprio
vaso, como baldes, latas, vidros e potes de plástico. Você só precisa
criar pequenos buraquinhos no fundo, para possibilitar que a água escoe.
Para facilitar o escoamento da água, uma boa dica é colocar pedras ou cacos de cerâmica no fundo do vasinho.
No preparo
da terra, é importante que você a misture com metade de um composto
orgânico ou húmus de minhoca, que vão servir como vitamina para sua
plantinha crescer bonita e saudável.
Depois de
plantado, você deve cuidar para que as mudas ou sementes cresçam.
Lembre-se de aguar sempre que necessário (algumas mudas necessitam de
mais água que outras; por isso, informe-se na hora em que for escolher
as sementes).
A busca por um modo de vida mais harmônico com o ecossistema tem inspirado diversas pessoas a ter atitudes positivas, cooperativas e de baixo impacto, contribuindo com um movimento mundial para a sustentabilidade planetária. Conheça Nilson Dias, gerente de projetos do Instituto Pindorama.
Depois de 15 anos de pesquisa em genética e melhoramento, os cientistas obtiveram frutos com mais polpa, casca reduzida e maior produtividade nas lavouras – Foto: Arquivo pessoal da professora Maria Lucia Carneiro Vieira
O maracujá mais consumido pelos brasileiros é o amarelo, de sabor azedo e ácido. Mas se depender de pesquisas de melhoramento genético da USP, os maracujás-doces (Passiflora alata) em breve estarão ocupando maiores espaços nas bancas das feiras, nos sacolões e gôndolas de supermercados. Estudos que já vinham sendo realizados desde 2005 chegaram agora a resultados promissores. Os novos frutos geneticamente melhorados possuem quantidade maior de polpa, espessura da casca mais fina e ganho de produtividade na lavoura. Quem liderou a equipe de pesquisa foi a professora Maria Lucia Carneiro Vieira, do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
No Brasil, o cultivo de maracujá é quase que inteiramente o do tipo azedo, que cobre cerca de 90% de todos os pomares. Já o cultivo do maracujá-doce é limitado pela instabilidade da qualidade dos frutos de uma safra para a outra; e também pela falta de estudos genéticos que resultassem em variedades melhoradas e atendessem às necessidades dos consumidores em termos de qualidade e rendimento. Baseado nesses problemas, os pesquisadores da área de genética e melhoramento de plantas da Esalq se empenharam na solução.
População derivada do cruzamento maracujá-doce amazonense x paulista
Depois de 20 anos de pesquisa genética, os cientistas obtiveram frutos com mais polpa, casca reduzida e maior produtividade nas lavouras – Foto: Arquivo pessoal da professora Maria Lucia Carneiro Vieira
Os seis melhores genótipos (características relativas a peso dos frutos, espessura da casca e conteúdo da polpa) que estão na área de experimentação da Esalq são resultados de décadas de pesquisa. O trabalho começou em 2005 a partir do cruzamento de um genótipo de origem amazônica e outro do Sudeste do País (São Paulo). “Depois de avaliações em progênies (prole) desse cruzamento, durante várias safras obtidas de plantações em regiões distintas, se chegou aos melhores genótipos de maracujá-doce”, explica a pesquisadora.
Segundo Maria Lúcia, as pesquisas de melhoramento genético em plantas, em geral, são longas e demoradas porque cada fase do estudo exige que se cultive as plantas em pelo menos três regiões diferentes, sendo que cada safra dura, em média, oito meses. “Em cada área de plantio é necessário ter no mínimo 600 plantas porque é preciso repetir os ensaios para se ter certeza dos melhores genótipos em diferentes ambientes e safras”, explica a pesquisadora ao Jornal da USP.
Em princípio, “avaliamos cem ‘filhos’, de onde foram selecionados os trinta melhores, que foram reavaliados e, finalmente, chegamos aos seis genótipos superiores que contêm as características que os pesquisadores buscavam no início do estudo”. Os frutos possuem maior qualidade, com atributos que agradam ao consumidor e ao agricultor: casca reduzida, aumento da polpa e maior produtividade na lavoura. “Em percentual, isso significa um aumento de peso da polpa de 22,4% para 30%; diminuição na espessura da casca em 26%; e ganho em área de produção (frutos por área) de 41%”, relata Maria Lucia.
Equipe de pesquisadores da Esalq que participou do estudo de melhoramento genético do maracujá-doce – Foto: Arquivo pessoal da professora Maria Lucia Carneiro Vieira
Segundo a pesquisadora, o resultado desse estudo de melhoramento genético trará mais segurança ao agricultor que produz maracujá-doce, que tem alto potencial para ser explorado comercialmente como fruta tropical para consumo interno e externo. Segundo Maria Lucia, as mudas estarão disponíveis para uso agrícola em 2021. Já existe uma empresa interessada nesse projeto, que teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Assista ao vídeo sobre melhoramento genético feito por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Esalq.
Mais informações: e-mail mlcvieir@usp.br com Maria Lúcia Carneiro Vieira
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As PANCs (Plantas Alimentícias não Convencionais) são saborosas e nutritivas, conferindo aos pratos cores, aromas e gostos diferenciados, estimulantes e novos.A Capuchinha é uma dessas plantas.
Suas flores são bonitas e de aroma agradável e suas folhas são grandes e arredondadas.
Para quem não sabe, a Capuchinha é comestível, podendoconsumir folhas, flores e vagens desta planta.
Neste conteúdo serão ensinadas várias formas de utilizar a capuchinha como alimento, e três receitas veganas que levam como ingrediente principal essa planta versátil!
Índice
Características da Capuchinha
A capuchinha (Tropaeolum majus) é uma planta rasteira, anual e perene (duradoura), originária dos Andes.A cor da flor da capuchinha pode variar do amarelo-claro ao vermelho intenso.
Quanto mais amarela, mais picante o sabor. O sabor é uma mistura de agrião com rúcula, com um gosto mais suave.A flor é rica em luteína, um carotenoide com propriedades benéficas para a visão. A planta é fonte de vitaminas, proteínas, antioxidantes, fibras, sais minerais e fotoquímicos protetores.
Opções culinárias com a Capuchinha
Veja neste vídeo, do canal Terra Viva – RS, como é a planta capuchinha e saiba mais exemplos de como é possível consumir esta delícia natural como alimento:
DICAS DE CONSUMO DA CAPUCHINHA:
As flores para serem utilizadas em receitas culinárias devem ser colhidas assim que se abrem, as pequenas geralmente são melhores para comer, enquanto as maiores são mais indicadas para enfeitar ou para serem utilizadas nos pratos de forma rasgadas, picadas ou amassadas.
As folhas têm um gosto picante e apimentado e servem para salada. É só picá-las e temperá-las, são substitutas ideais para o agrião.
A vagem verde, com sementes da capuchinha, serve para substituir alcaparras.Para isso use-as em qualquer prato que se costuma utilizar esse alimento, como pizzas e saladas. Também ficam boas em conservas; para isso faça picles com as vagens de capuchinha.As vagens da capuchinha são popularmente conhecidas como falsas alcaparras, por conta dessa similaridade.Uma outra opção é comer as vagens cruas.
As flores da capuchinha podem ser comidas com recheio dentro delas.Um recheio ideal para comer com a flor da capuchinha é o guacamole, para isso é só colocar dentro da flor colheres de chá deste recheio, até encher três quartos dela. Então, com cuidado se dobra as pétalas em volta do recheio, pode servir com torradinhas ou biscoito cream – cracker, colocando a flor recheada em cima da torrada ou do biscoito, um jeito bem gourmet de degustar essa iguaria.Outras alternativas para a torrada ou o biscoito cream-cracker são fatias de pepino, talos de aipo ou lascas de pimentão, se preferir a flor recheada pode ser comida pura.
Frittata de capuchinha é outra opção deliciosa de saborear a flor e a folha da capuchinha.
Para diminuir o amargo da capuchinha, pode-se adicionar um pouco de açúcar demerara ou melado de cana ou colocar suco de fruta, como por exemplo o de laranja, em molhos e saladas que contenham capuchinha, para adocicar um pouco mais o sabor.
As folhas da capuchinha ficam deliciosas em sanduíches de pepino, para fazer um lanche leve e saudável!
Para garantir o frescor da capuchina como alimento, o melhor é mantê-la refrigerada.
Uma alternativa de preparo culinário com a capuchinha é utilizar e colocar suas pétalas e folhas no azeite, em molhos ou no vinagre, amassando-as antes de adicioná-las nestes alimentos.
ALERTA
Não consuma capuchinhas com agrotóxicos ou pesticidas, nem flores da rua ou de qualquer outro lugar que não saiba a procedência e a forma de cultivo.
Receitas veganas com Capuchinha
Para todas as receitas abaixo, o ingrediente de destaque será a capuchinha, seja com suas flores, sementes e/ou folhas sem agrotóxicos:
Maionese com capuchinha
Ingredientes:
3 batatas salsa ou outra batata apropriada para maionese
1 maço de flores comestíveis de capuchinha
1/2 copo de leite vegetal de sua preferência, gelado
1/2 xícara de óleo de girassol
1/2 limão- sal a gosto
Modo de fazer as batatas:
Cozinhe as batatas sem descascar, com água e uma colher de sal até amolecer
Depois, escorra a água e deixe as batatas esfriarem
Descasque as batatas, corte e tempere a gosto.
Modo de fazer a maionese:
No liquidificador coloque o leite vegetal bem gelado, o suco de 1/2 limão para dar consistência e as flores de capuchinha e bata.
Quanto mais o leite vegetal estiver gelado, menos óleo de cozinha será necessário para o ponto de maionese
Enquanto bate os ingredientes no liquidificador, vá acrescentando o óleo até dar mais consistência a mistura
Adicione o sal e misture com as batata
Depois, decore o prato com flores de capuchinha.
Omelete de capuchinha
Ingredientes:
2 batatas cozidas e descascadas
2 colheres de sopa de leite vegetal de sua preferência
1/2 xícara de farinha de trigo
2 sementes de capuchinha
2 folhas jovens de capuchinha
4 capuchinhas, apenas as pétalas
Sal e pimenta-do-reino, a gosto
1 colher de sopa de óleo de coco ou um fio de óleo de girassol para fritar o omelete
Modo de fazer:
Amasse bem as batatas e misture com o leite vegetal e a farinha de trigo bata bem para ficar uma massa homogênea
Amasse as sementes de capuchinha, com a parte de trás de um garfo e as adicione à massa
Acrescente à massa, as folhas e as pétalas da capuchinha
Tempere a gosto com sal e pimenta
Coloque o óleo de coco ou um fio de óleo de girassol na frigideira e deixe em fogo baixo, para esquentar
Quando esquentar, coloque a mistura do omelete e deixe fritar em fogo baixo, vire o omelete do outro lado para fritar de maneira uniforme
Enfeite com pétalas de capuchinha e pode servir.
Salada incrementada de capuchina
Ingredientes:
12 folhas de capuchinha
10 flores de capuchinha
5 folhas de alface americana
4 folhas de almeirão italiano
10 tomates-cerejas
3 colheres de sopa de azeite de olivasal a gosto
Modo de preparo:
Lave os tomates-cerejas, as flores e folhas de todos os vegetais em água corrente e depois mergulhe-as em uma travessa com água e vinagre, deixe agir por cinco minutos nas flores e nas folhas e nos tomates por até 15 minutos
Corte o almeirão, em tirinhas finas, e coloque-o em uma travessa, acrescentando os outros vegetais e montando a salada na forma de um buquê, com as alfaces americanas, as flores e folhas de capuchinha e os tomates-cerejas.
Adicione o azeite de oliva e o sal a gosto.
Bom, agora que você sabe mais sobre as virtudes gastronômicas da capuchinha, que tal experimentar para conhecer o seu sabor?
Convido a todos para participarem do Curso "Aprofundamento dos Conhecimentos em Sistema Plantio Direto de Hortaliças (SPDH): método de transição para um novo modo de produção"
Informações adicionais:
O SPDH se consolida como um novo método de transição para um modo de produção, fundamentado na promoção da saúde das plantas, que articula e movimenta a ciência e a prática em processos para a produção saudável de alimentos. A sua prática por técnicos e agricultores é inovador no cenário agrícola, resultando na redução no uso de insumos, ganhos em produtividade e oferta de alimentos saudáveis. Assim, a Comissão Organizadora promovem a formação técnica de profissionais em SPDH e convidam a participar destes eventos gratuitos.
Lives do SPDH - “Método de transição para um novo modo de produção”
Período: de 04 de agosto a 01 de setembro de 2020 - Horário: Das 14:00 às 16:00 h. Informações: (48)3665-5300 derp@epagri.sc.gov.br