Extraído do blog:plantei
Não é segredo pra ninguém que a rosa é considerada a rainha das flores. E nem precisa de justificativa para isso. Não há nenhuma outra planta com tantas qualidades que possa liderar a lista. A grande diversidade de cores, tamanhos e perfumes são apenas algumas características dessa planta tão amada e cultivada. Em todas manifestação de arte a rosa se faz presente. Seja na poesia, na pintura ou na decoração. Em qualquer cultura ela também está. Para termos uma ideia de como ela desperta interesse e fascínio nas pessoas, os chineses já cultivavam roseiras desde 2650 a.C.
Na Europa elas chegaram através dos persas, e de lá, as rosas conquistaram os romanos que as usavam como alimento. Vezes para enfeitar carnes, outras para enfeitar saladas. Muitas personalidades conhecidas (como Cléopatra e Afrodite) ajudaram a propagar a paixão por essas tão lindas flores.
Existem pelo menos cinco grandes grupos de rosas: as roseiras bravas, as arbustivas, as trepadeiras, as de canteiro e as rosas-rugosas.
Ao escolher uma espécie é importante levar em consideração onde pretende cultivá-la, quanto tempo poderá dedicar (pois algumas espécies precisam de mais cuidados, principalmente em relação as podas), se a cor harmoniza com o ambiente ou com o destino que elas levarão e quantas florações espera por ano.
Conheça as características de cada tipo.
Rosas bravas: Ela é a antepassada de todas as outras espécies. Desenvolveu-se livremente na natureza, desde as zonas climáticas temperadas até as subtropicais do hemisfério norte. Os cruzamentos entre elas feitos pelo homem precisam de alguns cuidados especiais. Já as roseiras bravas legítimas estão adaptadas ao rigor do inverno e também às condições de solo. No outono apresentam bonitos frutos e quase todas florescem uma vez por ano. Bem diferentes das rosas compradas em arranjos de floricultura, as flores desse tipo de roseira têm apenas cinco pétalas. Nos jardins, podem tanto se transformar em trepadeiras quanto em arbustos. Espécie ideal para cercas e treliças.
Rosas arbustivas: O tamanho é semelhante ao das bravas. Chegam a ultrapassar 2 metros de altura e podem ter floração o ano todo. Nessa espécie encaixam-se os tipos modernos, as roseiras antigas e as inglesas. Desenvolvem-se isoladamente nos jardins, ou em pequenos grupos. Quanto plantadas em cercas, oferecem abrigo aos animais.
Rosas de canteiro: Estas ostentam grandes flores e costumam desabrochar com frequência. As roseiras chamadas “de chá” possuem haste longa e ereta, com flores de pétalas simples ou dobradas. Embora impressionem mais em pequenos grupos, são indicadas para grandes áreas e combinam com arbustos e flores de verão. Outro grupo é formado pelas roseiras Floribundas: resultado do cruzamento das roseiras híbridas de chá e das Poliantas, produzem flores em cachos de diferentes tamanhos. Estas nos jardins, combinam com arbustos coloridos. E há ainda, o grupo das roseiras miniaturas, que possuem cerca de 30 cm de altura e floração contínua. Estas florações crescem como pequenos arbustos. Precisam de um lugar que possam dominar e que receba bastante sol.
Rosas trepadeiras: A forma de crescimento e as flores é o que as distinguem.
Rambler: possui ramos finos e flexíveis, rastejantes ou suspensos, precisando de apoio para poder trepar. As flores são pequenas e desabrocham em cachos apenas uma vez por ano. Seu formato natural deriva das roseiras bravas. Em jardim, sobem por paredes e pérgolas.
Climber: possui ramos rígidos e trepa sem apoio a uma altura máxima de 6 metros. De crescimento ereto, floração também é em cachos, muitas vezes com grandes botões, e ocorre ao longo de todo o verão.
Rosas rugosas: Podem desabrochar em cachos, uma única vez ou de forma contínua. Os cultivares variam no crescimento, tendo desde as totalmente rastejantes, de forte ou fraco desenvolvimento, passando pelas arqueadas até as eretas, com 2 metros. As rosas rugosas cobrem o chão, mantendo-o assim longe de ervas daninhas. Se dão bem em caramanchões e são bem resistentes.
Para o plantio de sua roseira, prepare a cova cerca de 15 dias antes, cavando uma área de mais ou menos 30 cm ou que seja larga o bastante para receber o torrão de raízes da muda. No fundo do buraco, coloque uma colher de sopa de calcário dolomítico. Passados os quinze dias, prepare a mistura com 2 colheres (sopa) de farinha de osso, 2 colheres (sopa) de composto orgânico e 1 colher (sopa) de NPK 10-10-10. Adicione esse preparo à terra vegetal, mexa bem e use esse substrato no plantio.
Roseiras de trepar devem ser colocadas inclinadas, a 20 centímetros da parede ou do suporte em que vão se apoiar. As de caule ereto necessitam de estaca.
São plantas que não gostam de água em excesso e pegam inúmeras doenças quando as raízes são mantidas úmidas. Uma prática que não vale para a maioria das flores é regar próximo ao meio-dia. No entanto, curiosamente para a roseira esta é a melhor forma de evitar as doenças, pois permite às raízes aproveitarem a água num curto espaço de tempo e passarem o resto do dia secas. Essa prática também evita o aparecimento das três doenças fúngicas mais comuns em roseiras: míldio, oídio e ferrugem.
A maior dúvida quando o assunto é poda é em relação a época do ano em que se deve fazer isso. Muitas pessoas podam as roseiras nos dias 23 ou 24 de junho, respectivamente véspera e Dia de São João. Esse costume é comum entre o pessoal mais antigo e há uma lógica para isso: 23 de junho costuma ser a noite mais longa do ano aqui no Brasil, assim, podar as roseiras nessa data marcaria o fim da dormência das plantas e o início da brotação para a primavera. Mas a poda anual (ou de formação) não precisa ser feita exclusivamente nesses dois dias. Se você mora em uma cidade de clima quente, pode escolher qualquer data entre junho e julho para cortar os galhos mortos, velhos, secos, doentes e mal-formados. O correto é corta-los bem embaixo, uns cinco ‘nós’ acima da terra, pingando uma gota de própolis em cada machucado. Isso acelera a cicatrização e impede doenças. Se você mora no Sul do país ou em região serrana, onde costuma haver geadas no inverno, adie a poda anual para agosto. Nessa época a temperatura está mais amena e os brotos não correrão o risco de congelar.
A poda de limpeza que é feita para remover flores secas e estimular a floração, deve ser feita toda semana. Corte o cabinho de cada flor junto com três pares de folhas assim que as flores começarem a despetalar. Isso impede que as flores murchas desperdicem a energia da planta e atraiam insetos, melhora a ventilação entre os ramos e ainda faz a planta produzir uma florada mais cheia.
É importante não esquecer de adubar a roseira com NPK 10-10-10 uma vez a cada dois meses, para que ela fique tão saudável quanto bonita.
A reprodução das roseiras costuma ser feita por estaquia. Para isso, retira-se um galho de 20 cm a 30 cm bem formado, sem flores e com três pares de folhas. Corte a ponta na diagonal e espete a estaca na mesma mistura usada para o plantio, excluindo apenas o calcário. Mantenha esta estaca em local com muita claridade, mas de forma que não receba sol direto, e regue com um pouco mais de frequência, para manter a terra ligeiramente mais úmida do que se a muda já estivesse formada. Em poucas semanas a planta terá produzido novos brotos indicando que já existem raízes novas. Aí é só esperar mais algumas semanas e realizar o plantio em local definitivo.
Todas as rosas são comestíveis mas as perfumadas são mais saborosas. Então caso pretenda cultiva-las para comer, cuide bem para que todo o cultivo seja orgânico. Há muitas receitas caseiras que podem lhe auxiliar a não utilizar fungicidas, bactericidas e inseticidas. Vale lembrar que as rosas de floricultura que não são produzidas para consumo humano e sim para decoração possuem esses produtos. Então não as utilize para essa finalidade de forma alguma.
Além de embelezar o ambiente e serem utilizadas na alimentação, as rosas rendem sucos, xaropes e águas aromatizadas. As pétalas são muitas vezes adocicadas e em algumas ocasiões se transformam em cremes e geleias.
Nome popular: rosa
Outros nomes: roseira, roseira-grandiflora, rosa-miniatura, rosa-silvestre, rosa-rugosa, rosa-trepadeira, rosa-arbustiva
Categoria: flores
Família: Rosaceae
Ordem: Rosales
Subfamília: Rosoideae
Origem: Ásia
Propagação: por estaca, muda ou semente
Iluminação: sol pleno
Rega: pouca água
Plantio: o ano todo
Perfumada: sim
Floração: o ano todo
Frutos: não comestíveis