Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Série Cultivares - Arachis Pintoi - amendoim forrageiro
O Arachis Pintoi é indicado para cobertura de solos em culturas perenes como pomares, com o objetivo de controlar erosões, competir com as ervas daninhas e fixar nitrogênio atmosférico, além de servir como forrageira.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
O POMAR DOS FREIS
O Frei Marcio conversou sobre o azedume das laranjas colhidas neste ano no pomar. Assim decidimos fazer uma análise de solo do pomar na Casa de Retiros. Na inspeção visual , notamos que as laranjeiras tem entre 20 e 25 anos, muitas com ervas parasitas em seus galhos, os caquizeiros estão com porte pequeno. Provavelmente necessitam de adubação e calagem para corrigir a acidez do solo.
Introduzir o amendoim forrageiro como adubação verde e incorporação de nitrogênio, pode ser uma boa estratégia.. Aguardem....
Introduzir o amendoim forrageiro como adubação verde e incorporação de nitrogênio, pode ser uma boa estratégia.. Aguardem....
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Vereadores questionam criação de um parque dentro do Saint Hilaire
Fonte: jornal já - http://jornalja.com.br/vereadores-questionam-criacao-de-um-parque-dentro-do-saint-hilaire/
Foto: Sergio Louruz/Divulgação PMPA
Vereadores de Porto Alegre questionaram hoje (05) o administrador do parque Saint Hilaire, engenheiro florestal
Gerson Luis Mainardi, sobre um decreto da prefeitura de Viamão, de junho deste ano, que criou um outro
parque dentro da unidade de conservação.
A reunião ocorreu na Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM) e contou com a presença de
representantes de entidades e órgãos ambientais, que já encaminharam o pedido de realização de uma audiência
pública para esclarecer a situação.
Todos ficaram surpresos com a medida do prefeito Valdir Bonatto porque o Saint Hilaire tem 89% de seus
1.148 hectares pertencentes ao município de Viamão, porém toda sua administração é feita pela Prefeitura de
Porto Alegre.
A nova área, conforme o decreto do prefeito Bonatto excluiria aproximadamente 210 hectares, justamente onde
hoje estão sendo realizadas obras irregulares e funciona um hospital veterinário de forma precária, conforme
biólogos.
Mainardi diz que havia uma manifestação do prefeito de Viamão para de promover um gerenciamento
compartilhado do parque, já que a maior parte da sua área física está no território do município metropolitano.
Mas, segundo o administrador, mesmo depois da criação do Grupo de Trabalho, não houve uma reunião sequer.
“A maior preocupação não é o compartilhamento de gestão, mas as responsabilidades que cada parte assumirá,
já que são muitos os problemas, especialmente as invasões para uso habitacional e a poluição por esgoto da
represa existente no interior do Saint Hilaire, formada por nascentes do Arroio Dilúvio”, explica Mainardi.
Gerti Weber Brun, do Instituto Ambiental da PUC, diz que o Conselho Consultivo do parque, criado pela atual
gestão, foi atropelado pela decisão.
A procuradora-geral adjunta de Urbanismo e Meio Ambiente da prefeitura da Capital, Andreia Vizotto, declarou
que o fato do parque estar dentro da área geográfica de outro município não tem impedimento legal. “É como
um morador de Porto Alegre ter um terreno em Viamão”, comparou. Ela avaliou que dependendo da disputa de
interesses o caso “inevitavelmente” terminará no Poder Judiciário.
Andreia destacou, no entanto, que quanto à proposta de construção do hospital veterinário, a PGM analisou
favoravelmente, devido às más condições de um serviço semelhante já prestado no local.
Sobre as invasões, a procuradora disse que elas estão consolidadas e que, “ou o município vira as costas para o
problema, ou busca a regularização fundiária”, o que, segundo ela, implicará na qualificação de serviços como o
de rede de esgoto, trazendo benefício para a preservação ambiental do manancial hídrico, hoje sob risco.
A vereadora Lourdes Sprenger (PMDB) entregou um dossiê com matérias de jornais, fotos e outros documentos
ao presidente da Agapan e à coordenadora do Instituto Ambiental da PUC. Ela contestou que a prefeitura de
Porto Alegre tenha sido pega de surpresa com o decreto de Viamão, mostrando fotos de reunião do prefeito da
Capital, José Fortunati, com o colega da cidade vizinha. “Quem ficou à margem da discussão foi a Smam,
desacreditada totalmente pelo Prefeito”, lamentou.
Também estiverem presentes ao encontro o vice-presidente da Associação Viamonense Sócio-ambiental, Mauro
Elias; o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Alfredo Gui Ferreira; e a
servidora municipal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e integrante da ONG Ingá, Marta
Carmem Bastos.
VEREADORES IRÃO AO EXECUTIVO
O líder do governo, Kevin Krieger (PP), destacou que vai buscar as informações junto ao Executivo para dar
retorno aos demais vereadores da Cosmam. O presidente da Comissão, Marcelo Sgarbossa (PT) disse que a
comissão irá oficiar o representante do Executivo no Legislativo.
Dr. Thiago (PDT) também manifestou contra a construção de um hospital veterinário no local. “Sou defensor
da causa animal, apesar de ter a consciência de que falta hospital para gente”, manifestou, ao lembrar que
instituições de saúde como o Hospital Parque Belém e o Hospital Porto Alegre correm o risco de fechar suas
portas por falta de apoio do Poder Público.
Entre os encaminhamentos, além da audiência pública, por sugestão da procuradora Andreia Vizotto será
solicitada a troca do comando do Grupo de Trabalho criado para tratar do tema. Ela justificou que, como o
responsável não pertence mais ao quadro, pode ter sido esse o motivo para a ausência de reuniões.
(Felipe Uhr, com informações da Câmara Municipal)
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Uma das orquídeas mais populares!
Extraído do blog Jardim de Helena em www.gaucha.com.br/ jardimdehelena
Eng. Agr. Helena Schanzer
Conheça a orquídea que mais floresce
14 de setembro de 20150
Uma das orquídeas mais populares é a espécie Dendrobium nobile, chamada de olho-de-boneca. É uma epífita perene originária da China e Himalaia e se adaptou bem aqui no sul por ser tolerante ao clima frio. A floração é espetacular. As cores das flores são variadas: tons de rosa, brancas, amarelas e duram mais que um mês. Podem ser cultivadas em vasos de fibra de coco ou de cerâmica, a pleno sol ou a meia-sombra. O sol da manhã é o mais apreciado por elas. Pode ser fixada a ramos de árvores e irrigada quando o clima estiver seco.
São mais de 15 cultivares diferentes desta espécie. Para fazer mudas , basta dividir a touceira da planta, deixando brotações com raízes. Amarre em árvores ou em troncos de palmeiras com barbante de algodão até que a orquídea emita novas raízes que se fixem sozinhas. A orquídea Dendrobium dispensa maiores cuidados: precisa de sol suave e pulverizar água em períodos secos. Deve ser cultivada na rua e pode também ser cultivada em sacadas ensoladaras.
Postado por helenaschanzer, às 16:50
fonte: http://wp.clicrbs.com.br/jardimdehelena/?topo=52,1,1,,171,e171
Pó de rocha como fertilizante é saída para agricultura, dizem especialistas
A utilização de pó de rocha como fertilizante e corretivo do solo é uma alternativa para o país reduzir custos de produção da agricultura e romper com a atual dependência de insumos importados, sem comprometer a produtividade das lavouras. A adoção da prática, conhecida como rochagem, foi defendida por todos os especialistas reunidos nesta terça-feira (7 de fevereiro de 2012) em debate na Comissão de Meio Ambiente (CMA).
Conforme explicaram os pesquisadores, rochagem é a incorporação de rochas moídas ao solo, como forma de tornar a terra menos ácida e mais fértil. Quando aplicados no solo, os diferentes minerais existentes nas rochas também ajudam a recuperar solos pobres e a renovar a fertilização das áreas de exploração agrícola.
Antes do plantio das lavouras em 2011, os agricultores brasileiros jogaram na terra cerca de 28,3 milhões de toneladas de fertilizantes químicos, sendo que mais de 70% foram importados. Essa dependência – em especial de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), base da adubação no modelo agrícola predominante no país – está no centro das preocupações dos especialistas e senadores que participaram do debate.
Conforme alerta da pesquisadora Suzi Theodoro, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UNB), qualquer interrupção nesse mercado de fertilizantes convencionais, seja por disputas comerciais ou por eventual envolvimento do Brasil em conflito geopolítico com países fornecedores, a produção agrícola brasileira estará comprometida.
A preocupação foi compartilhada pelos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jorge Viana (PT-AC), Sérgio Souza (PMDB-PR) e Ana Rita (PT-ES). Para Rollemberg, que preside a CMA, desenvolver a produção nacional de fertilizantes é uma estratégia de proteção da economia brasileira.
- Para um país que tem grande parte da sua balança comercial sustentada na agricultura, essa dependência afeta a soberania nacional.
Investir em alternativa como a rochagem, para substituir parte da fórmula de nitrogênio, fósforo e potássio, é condição para a segurança alimentar – disse Rollemberg.
Sustentabilidade
A favor da rochagem, Cláudio Scliar, Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou a grande diversidade geológica do país, com a presença em todas as regiões de rochas que se prestam à utilização como fonte de nutrientes para a produção agrícola.
No mesmo sentido, Carlos Silveira e Éder Martins, ambos pesquisadores da Embrapa, apontaram vantagens da utilização regional das reservas minerais para reduzir custos de transporte e dinamizar a agricultura local.
Martins disse considerar a rochagem uma alternativa não apenas frente à elevação do preço dos fertilizantes químicos, mas também por ser uma prática que aumenta a disponibilidade de um conjunto de nutrientes, e não apenas de NPK.
- A proposta da rochagem é repor minerais a partir das rochas que deram origem a esses solos, é recompor com minerais primários – disse.
Para os pesquisadores, o tempo maior de liberação de nutrientes a partir do pó de rocha, em comparação com adubos químicos, é uma vantagem da rochagem, e não um problema, como dizem os críticos.
Suzi Teodoro comparou as fórmulas de NPK com anabolizantes: geram o resultado imediato de tornar a terra produtiva para a safra, mas não sustentam a fertilidade nos anos seguintes. Já na rochagem, os nutrientes são retidos por mais tempo, sendo mais bem aproveitados pelas plantas e mantendo bons níveis de fertilidade.
Em resposta a questionamento de Rollemberg sobre impactos ambientais da rochagem, Suzi Teodoro ponderou que a prática pode ser um destino para rejeitos hoje produzidos pela exploração mineral realizada no país.
- Enquanto o problema da mineração é armazenar esses subprodutos, a agricultura tem carência de fertilizantes. Com a rochagem, o problema da mineração se torna a solução da agricultura – observou a pesquisadora.
Legislação
A expansão do uso do pó de rocha no Brasil esbarra na falta de normas para registro dos produtos. Rubim Gonczarovska e Mariana Coelho de Sena, fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, explicaram que o produto não se encaixa nos parâmetros existentes, sendo enquadrado com produto novo, que precisa passar pelos trâmites legais para ser passível de registro.
Para simplificar as normas de comercialização do pó de rocha, o governo estuda flexibilizar o Decreto 4.954/2004, que trata da fiscalização e do comércio de fertilizantes e corretivos de solo. Ao final do debate, Rollemberg informou que a comissão buscará contribuir no processo de atualização da norma.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Plantas ameaçadas de extinção no Brasil
Conheça as principais plantas e árvores ameaçadas de extinção em nosso país e ajude a preservar a fauna
25 DE JUNHO DE 2013
PUBLICADO PORREDAÇÃO
Proteger a biodiversidade da extinção em um país de dimensões continentais é uma tarefa proporcional ao tamanho de seu território. Com natureza exuberante, o Brasil reúne grande diversidade de ambientes e espécimes de plantas, sendo que grande quantidade delas também está sob ameaça.
Engana-se quem imagina que as espécies ameaçadas sejam somente as mais frágeis. Dentre as espécies de plantas ameaçadas de extinção no Brasil existe um grande número de árvores, muito em função de sua exploração comercial e do desmatamento. Em regiões em que o extrativismo ainda é a principal fonte de renda de comunidades, a falta de informação é o agravante quanto a esse problema.
Árvores como o pau-brasil, o mogno e o palmito-juçara são três exemplares da nossa flora que estão em perigo por causa de sua exploração comercial. A primeira tem sido explorada desde os tempos coloniais para a marcenaria e para obtenção de seu pigmento de cor avermelhada que caracteriza a espécie. A segunda é outra espécie de planta ameaçada de extinção no Brasil por conta de sua madeira. Centenas de árvores têm o seu fim nas serrarias ilegais da Amazônia, região da qual ela é originalmente extraída.
Já o palmito-juçara, originário da mata atlântica, quase desapareceu em razão de seu interesse comercial. Extrair o palmito leva toda a palmeira à morte e são necessários até 12 anos para que a palmeira atinja o período de extração. Alternativas ao palmito-juçara são as espécies de palmito provenientes da pupunha e o do açaí, mesma palmeira da qual é extraída o fruto amazônico.
Outras espécies de árvores ameaçadas de extinção no Brasil são a castanheira, o jequitibá, a andiroba e a araucária. Mas até mesmo plantas vistas nos quintais de casa podem estar entre as ameaçadas. Um exemplo disso é o xaxim ou samambaiaçu, muito cultivado nos jardins para abrigar as samambaias e sua extração é proibida em todo o país.
Existem também arbustos e algumas espécies de bromélias raras que entram na lista. O caso da arnica-brasileira ou candeia, como é chamada por aqui, é um deles. A planta está ameaçada porque é considerada erva daninha. A planta inibe a germinação de outras espécies a sua volta e por essa razão é muito extraída de seu ambiente natural. Essa planta também possui propriedades fitoterápicas, assim como a arnica europeia e norte-americana.
Confira na galeria que preparamos as espécies de plantas em extinção no Brasil:
domingo, 13 de setembro de 2015
Seminário apresenta possibilidades de uso do Pó de Rocha na agricultura
O uso de pós de rocha na agricultura ainda é recente no Brasil. Mas já chama a atenção de muitos produtores pelos benefícios que pode trazer. Para tratar das possibilidades de uso deste material na produção de alimentos, a Embrapa realizou um seminário estadual em parceria com o Instituto Padre Josimo, com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e com cooperativas aqui da região de Pelotas/RS.
Reportagem: Elise Souza
Imagens: Bruno Corrêa, Paulo Lanzetta, Sérgio Tuninho
Edição: Elise Souza
Exibido em: 05/09/2015.
sábado, 12 de setembro de 2015
Uso do guandu para recuperar pastagens degradadas
A degradação das pastagens é um dos principais problemas da pecuária brasileira e compromete o desempenho animal e a rentabilidade dos sistemas de produção. Aproximadamente, 80% das pastagens encontram-se com algum grau de degradação, prejudicando a produtividade do setor. Essa porcentagem elevada está relacionada ao manejo inadequado e à falta de reposição de nutrientes do solo. Uma alternativa para reverter esse quadro e garantir a produtividade e a viabilidade econômica da pecuária é a utilização do Guandu BRS Mandarim, que tem contribuído para recuperação de pastagens. O guandu BRS mandarim é uma opção viável, principalmente para pequenos produtores, porque é uma tecnologia de baixo custo de implantação, fácil manejo e promove a melhoria do sistema solo-planta pela adição de nitrogênio, aporte de matéria orgânica e reciclagem de nutriente.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Implantação e manejo de Sistemas Agroflorestais
A Embrapa está implantando, juntamente aos produtores da metade Sul do Rio Grande do Sul, Sistemas Agroflorestais. Os sistemas buscam uma agricultura mais sustentável, integrando produção de alimentos e preservação ambiental.
Engenheiro agrônomo alerta para risco plantio e poda incorreta de árvores
Profissional da AES Eletropaulo acredita que ainda faltam técnicos especializados para garantir a manutenção das árvores da cidade.
2 DE SETEMBRO DE 2015
PUBLICADO PORREDAÇÃO
Plantar árvores, seja para reduzir a poluição, seja para embelezar a cidade, não é tão simples quanto parece. A queda constante de árvores, por conta de fortes ventos e chuvas, tem mostrado que é preciso responsabilidade na hora de cavar o buraco, plantar, monitorar o crescimento e podar uma árvore.
Um corte certo de árvores e galhos exige técnica, de forma que a árvore mantenha-se bonita e sem riscos para a população. Para evitar acidente e livrar a rede elétrica de galhos e folhas, o engenheiro agrônimo da AES Eletropaulo, Luiz Gustavo Ripani, deve mandar podar cerca de 660 mil árvores na região metropólitana de São Paulo até o final do ano. As informações foram divulgadas na palestra “Arborização e Poda Urbana: Árvores para Cidades”, durante a Virada Sustentável 2015.
“Aproximadamente 56% dos desligamentos de rede elétrica são causadas por árvores. No Brasil não houve projeto paisagístico. Em São Paulo, por exemplo, o plantio de árvores se deu após um amplo crescimento populacional. Até então só existia concreto. E cada um plantou um tipo de árvore, sem nenhum planejamento”, explica Gustavo. “Depois de tantas árvores plantadas, não houve manutenção, por isso muitas das árvores caem com o tempo.
A importância da poda para a cidade e para a rede elétrica
Gustavo frizou em sua apresentação que a visão da poda vem mudando. O que era visto como algo errado, cruel, está sendo mais aceito. Porém, é preciso entender de árvores e da técnica para que a prática seja bem sucedida. “Um corte errado pode matar uma árvore. Seja porque a cabeça ou a raíz foi cortada, seja porque o corte impediu uma boa cicatrização, deixando a árvore suscetível a fungos e, consequentemente, a quedas”, diz. “Quando plantadas muito perto de sargetas, elas também correm risco, porque podem tombar”, completa.
Um bom exemplo de planejamento paisagístico citado pelo engenheiro foi a cidade de Roma na Itália. Lá as árvores ganham uma espécie de RG e são monitoradas e podadas constantemente. Após 10 ou 20 anos, dependendo do tipo, uma mesma árvore é plantada em um viveiro, com o mesmo norte magnético e recebendo as mesmas podas. Quando a árvore localizada na rua está para morrer, é rapidamente trocada por aquela que estava sendo cultivada em um viveiro. Todo o processo acontece durante a noite, com a ajuda de um guindaste.
Outro exemplo de planejamento paisagístico dado por Gustavo é de Zurique, na Suíça. Como lá o inverno é muito rigoroso, foram analisadas as rotas dos ventos e plantadas árvores nas vias principais, de forma que as temperaturas pudessem subir de 0,5 a 1 grau. “O Brasil ainda é embrião quando se fala em projetos como esses. Além disso, a avaliação de risco é pouco feita por aqui”, lamenta. “Já houve casos em que uma árvore estava prestes a cair sobre uma fiação que abastecia metade da cidade da São Paulo, incluindo 10 hospitais. Compramos uma briga, mas retiramos a árvore para evitar o pior”, lembra Gustavo.
Acredita-se que a adoção de uma fiação subterrânea seja a solução para reduzir o número de cortes de árvores na cidade, mas para isso é preciso que São Paulo disponha de uma galeria técnica. “Não é apenas abrir um buraco e enterrar os fios. Um caminhão precisa passar por baixo da rua para fazer as devidas manutenções”, esclarece. E é preciso lembrar também que são apenas as empresas de energia elétrica que fazem uso da fiação aérea no Brasil. Há outros tipos de serviço que utilizam este método de abastecimento.
Poda sem autorização é crime ambiental
Para cortar galhos ou retirar uma árvore de lugar é necessário que se tenha uma autorização da prefeitura. Graziela Lourensoni, gerente de produto da Husqvarna, explica que, nestes casos, um engenheiro agrônomo será deslocado até a área para verificar a necessidade de poda ou remoção.
“As legislações ambientais são rigidas no Brasil e ações como essas podem ser consideradas crimes ambientais.”
“As legislações ambientais são rigidas no Brasil e ações como essas podem ser consideradas crimes ambientais.”
Dependendo do caso existe uma responsabilidade legal sobre a árvore, mas é dever de todos os que a circundam fazerem a devida manutenção e monitoramento. Caso a prefeitura plante uma árvore na porta da casa de um morador, por exemplo, legamente a responsabilidade pela manutenção e poda é da própria prefeitura, mas nada impede que todos zelem pela planta.
Além de falar sobre os cuidados na hora da poda, Graziela levou para a palestra uma serra elétrica e falou sobre questões de segurança. “Os profissionais que fazem a poda precisam dominar bem a técnica e o funcionamento das ferramentas a serem utilizadas, para que não haja acidentes graves nem por conta de uso incorreto da serra, nem por mau posicionamento da pessoa na árvore”, alerta.
O destino das árvores podadas
Luiz Gustavo Ripani explica que 100% das árvores podadas ou retiradas voltam para o meio ambiente. “Elas viram adubo para novas árvores ou briquet para alimentar processos de biomassa”.
O engenheiro agrônomo acredita que, para avançar neste segmento, o Brasil precisa dar mais valor aos artigos técnicos, dar mais espaço para as acedemias. Isso porque não adiante tantos estudantes e profissionais escrevem trabalhos interessantes, frutos de intensa pesquisa, e a prefeitura não implementã-los.
“O que estamos vivendo hoje é consequência da ausência de planejamento no passado. Não é só plantar e largar. É preciso preparar o solo, monitorar o crescimento e conduzí-lo com podas corretas, de forma que a árvore seja compatível com os equipamentos urbanos (rede elétrica, semáforos, parques). Antes de plantar árvores é preciso consultar um engenheiro agrônomo ou a prefeitura”, finaliza.
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