quinta-feira, 25 de julho de 2013

Itália proíbe milho transgênico da Monsanto

Itália é o nono país europeu a proibir o milho da Monsanto
Com informações da Reuters, 12/07/2013.
Três ministros italianos – da agricultura, da saúde e do meio ambiente – assinaram um decreto banindo o cultivo do milho transgênico da Monsanto MON810.
O ministro da agricultura citou os impactos negativos à biodiversidade como principal justificativa para a publicação do decreto. “Nossa agricultura é baseada na biodiversidade, na qualidade, e precisamos continuar a buscar esses objetivos, sem jogos [os transgênicos] que mesmo do ponto de vista econômico não nos tornariam competitivos”, declarou o ministro.
Enquanto as aprovações para o cultivo de transgênicos na Europa são definidas de forma conjunta no nível da União Europeia, governos nacionais podem, individualmente, estabelecer salvaguardas caso considerem que o plantio represente riscos para a saúde ou o meio ambiente.
No ano passado, a França estabeleceu uma moratória similar aos transgênicos.
Segundo a maior organização de agricultores da Itália, a Coldiretti, uma pesquisa recente apontou que cerca de 80% dos italianos apoiam a proibição.
N.E.: Até hoje a União Europeia só autorizou o cultivo de dois transgênicos: o milho MON810, da Monsanto, tóxico a lagartas, e a batata Amflora, da Basf, modificada para produzir amido industrial, que foi um fiasco de mercado e já teve a comercialização suspensa pela Basf. Antes da Itália, outros nove países europeus já tinham proibido o cultivo do milho da Monsanto: Polônia, Alemanha, Áustria, Hungria, Luxemburgo, França, Grécia, Itália e Bulgária.
BLOG PRATOS LIMPOS

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Projeto tenta salvar da extinção alimentos que saíram de moda.


araruta

Janice Kiss
Do UOL, em São Paulo

Há sete anos, Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças, em Brasília, se dedica a recuperar alimentos que se perderam no tempo. Cará-moela, peixinho (ou lambari da horta), capuchinha, taioba, vinagreira, mangarito e ora-pro-nóbis estão entre as 40 espécies que compõem um projeto de preservação coordenado por ele.

Madeira comenta que a empresa, na época, decidiu fortalecer uma espécie de acervo que garante a manutenção de plantas importantes para o país.  "Nesse momento descobrimos que muitas hortaliças e raízes do passado não estavam contempladas", informa.
Segundo o pesquisador, esses alimentos são importantes para pequenos produtores e comunidades de diferentes regiões do país mesmo que não sejam mais encontrados como antigamente.
Conforme a Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO)  houve uma redução (de 10 mil para 170) do número de plantas comestíveis e usadas pelo homem nos últimos cem anos. Elas foram trocadas por outras de alta produtividade.
O próprio pesquisador começou a colaborar com a recomposição do acervo da Embrapa a partir de algumas plantas do quintal da própria casa. Madeira sempre teve interesse por essas "hortas antigas" desde quando era estudante de agronomia.
"São plantas rústicas que produzem bem em qualquer lugar e de forma quase espontânea", informa.
As mudas provenientes dos canteiros da Embrapa vão abastecer outros projetos semelhantes no país. Um deles pertence ao Polo Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Uma área de 2.000 metros quadrados abriga 20 tipos de hortaliça classificadas como "não convencionais".
ora-pro-nobis
"Elas correm o risco de desaparecer por terem sido substituídas por outras de maior escala e que se tornaram comuns em nossas mesas", afirma a pesquisadora Cristina Maria de Castro.
A engenheira agrônoma afirma que esses alimentos jamais estarão em quantidade nos supermercados. "Nem por isso precisamos abrir mão deles", diz. O projeto da Apta atende os pequenos produtores na região de Pindamonhangaba.

 

A nutricionista que preserva alimentos que se perderam no tempo

A nutricionista Neide Rigo tem o hábito de andar por São Paulo sempre de olho em ervas e hortaliças que podem ser encontradas por cantos de praças e parques da capital. Por meio da coleta delas, Neide formou canteiros de hortaliças "não convencionais" em sua casa.
cará do ar
"Uns crescem plantados, outros largados e alguns de teimosos", diz.  É num pequeno espaço que Rigo colhe ora-pro-nóbis, mangarito e cará-do-ar. Tem também capiçoba (folha similar ao espinafre), jambu (a erva amazonense que amortece de leve os lábios), e sementes de vários lugares.
"Tenho um interesse histórico por alimentos, e por isso eles nunca perdem a importância para mim", diz.
Por resgatar alimentos à beira da extinção, Neide Rigo já contribuiu com o restabelecimento de alguns deles pelo país. Ela mandou para a região de Garanhuns, em Pernambuco, um tipo de melão (o cruá) que estava desaparecido por lá. Uma outra vez, recebeu de um produtor um punhado de farinha de araruta, que anda sumida do mercado.
Segundo ela, o que mais se encontra é o amido (fécula) de mandioca sendo vendido no lugar da outra. "Quem conhece sabe que os biscoitos de araruta são mais leves e branquinhos", afirma.
A dedicação aos alimentos quase desaparecidos levou a nutricionista a participar da Arca do Gosto, braço do movimento internacional Slow Food, que prega a recuperação da tradição de alguns produtos em seus respectivos países.



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Enraizador de plantas caseiro


TIRIRICA USADA COMO ENRAIZADOR NATURAL PARA AUXILIAR NO ENRAIZAMENTO DE MUDAS DE ORQUÍDEA ARUNDINA


Tiririca

     A tiririca conhecida como planta daninha e combatida em todos os jardins surge como erva que promove o enraizamento de plantas reproduzidas a partir de estacas. Suas folhas e tubérculos são ricos em FITORMÔNIOS por este motivo pode ser usada como enraizador natural e em nosso caso em orquídeas terrestre da espécie Arundina graminifolia.
      Pertence à família Cyperaceae, e ao gêneo Cyperus, é uma planta de rápido desenvolvimento, sua raiz produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo. Tem um difícil controle com enorme capacidade de multiplicação.
Mudas de arundina 
 
     Preparo do enraizador:
     Lave os tubérculos com sabão neutro e água e bata no liquidificador ou em um pilão numa proporção de um para um, exemplo: 1 kg de tubérculo de tiririca para 1L de água de preferência filtrada ou fervida, e logo depois regue sua orquídea Arundina graminifolia. Depois de 5 dias repita o procedimento.
     Obs.: Não utilize este procedimento em outras espécies de orquídeas, pois poderá causar efeitos indesejáveis, como a queima das raízes e outros, devido a concentração do ácido indol acético (IAA).
     Este mesmo procedimento pode se utilizado para enraizamento de plantas ornamentais onde se utiliza a estaquia na produção de mudas.
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domingo, 21 de julho de 2013

O Mundo segundo a Monsanto - dublado




Publicado em 30/06/2012
Este vídeo tem intuito informativo e educacional e não infringe direitos autorais.

O Mundo segundo a Monsanto

Marie-Monique Robin
Excelente documentário produzido pela autora do livro "O mundo segundo a Monsanto". Mostra como essa multinacional está patenteando sementes transgênicas e introduzindo-as em países emergentes como o Brasil. Presente em 46 países, a Monsanto se tornou líder mundial em sementes e plantações transgênicas e também uma das empresas mais controvertidas na história industrial. Desde sua fundação em 1901, a empresa foi processada judicialmente inúmeras vezes devido à toxidade de seus produtos. Hoje se reinventou como a empresa das "ciências da vida" que se converteu às virtudes do desenvolvimento sustentável.

Usando de documentos até agora não publicados e os testemunhos de vítimas, cientistas e políticos, "O Mundo Segundo a Monsanto" reconstitui a gênese de um império industrial construído sobre mentiras, cumplicidade do governo americano, pressões e tentativa de corrupção. A empresa se tornou principal fabricante de sementes do mundo, espalhando seus cultivos transgênicos para todo o planeta -- em meio à falta de controle em relação a seus efeitos para com o meio ambiente e a saúde humana.

Uma empresa que quer o seu bem seguindo as regras do codex alimentarius até quando vamos engolir isso.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013

NOAA fala em frio extraordinário e grande nevada no Sul do Brasil !!

Por: Julho, 19-07-2013 | 13:57 | Categoria:

   




 

geada negra junho 2012
Boletim diário para a América do Sul desta sexta-feira que acaba de ser publicado pelo NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera) descreve a onda de frio que atingirá o Cone Sul da América e o Rio Grande do Sul como “extraordinária” (remarkable), tal como a MetSul Meteorologia vem informando desde o começo da semana. A análise diz que a onda polar trará temperatura atípica para locais tão ao Norte como o Norte da Bolívia e o Sul peruano assim como para o Centro-Oeste do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. De acordo com o NOAA, o fluxo de umidade que vem do mar trará neve para áreas costeiras da Patagônia até o Sul do Brasil, incluindo a província de Buenos Aires e ainda no Uruguai. 

O boletim acrescenta que forte nevadas atingirão grande parte da Patagônia, alcançando Viedma e Bahia Blanca com acumulados de 10 a 15 centímetros. Deve nevar, diz o NOAA, na maior parte da província de Buenos Aires. Na área do Rio da Prata e no Sudeste do Uruguai podem ser esperadas pancadas de neve e de neve misturada com chuva (agua nieve). O NOAA afirma que a neve vai se estender às partes altas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná com acumulações de até 10 centímetros nos pontos mais elevados. Há 10 anos a MetSul acompanha os boletins do NOAA para a América do Sul, coordenados pelo meteorologista Michael Davidson, e jamais nossa equipe tinha visto previsão tão incisiva de frio para a nossa região, nem nas ondas de frio mais intensas dos últimos anos e que em alguns locais não serão superadas pela atual.

http://www.metsul.com/blog2012/

Aprenda a fazer um minhocário - até criança aprende.



A professora de culinária infantil Márcia Aruda, com a ajuda da pequena Lena María, ensina como se faz um minhocário. Com restos de comida, caixas plásticas e algumas minhocas, ele está pronto! Aí muita gente já pensa com nojo: "minhoca? argh!", e já torce o nariz para a pobre coitada da bichinha. Mas apesar de não ser um animal tão bonito que desperte uma simpatia imediata, as minhocas tem um papel bem importante na natureza: elas produze o húmus, um tipo de adubo que é um produto da digestão dela e tem muitos nutrientes para as plantas.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

30% dos alimentos têm agrotóxicos acima da lei

Nada menos que 29% dos alimentos in natura consumidos pela população contém agrotóxicos acima do limite permitido por lei. 


A revelação consta em um estudo realizado pela Embrapa Meio Ambiente chamado “Análise das violações encontradas em alimentos nos programas nacionais de monitoramento de agrotóxicos”
“Em todos os anos de monitoramento é possível observar um número significativo de amostras classificadas como insatisfatórias, que englobam presença de agrotóxicos em níveis acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), com presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura (NA) e [ambos juntos]”, denuncia o estudo, assinado por engenheiros agrônomos e químicos (Robson Rolland Monticelli Barizon, Claudio Aparecido Spadotto, Manoel Dornelas de Souza, Sonia Cláudia Nascimento de Queiroz e Vera Lúcia Ferracini).
Os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), divulgado em dezembro de 2011, mostraram percentual alarmante de amostras com violações. Do total de 3.130 analisadas, 907 (29%) foram consideradas insatisfatórias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A maioria (23,8%) é referente ao uso não autorizado de agrotóxicos na cultura.
De acordo com o estudo, o percentual de violações variou de forma expressiva entre as culturas. As que apresentaram os maiores percentuais foram: pimentão, uva, pepino e morango. Os menores índices ficaram com banana, batata, feijão e maçã.
Para a Embrapa, os resultados são recorrentes e não podem ser atribuídos a fatores casuais. “O percentual de amostras insatisfatórias na cultura do morango, por exemplo, manteve-se acima de 35% desde 2002. As culturas de pimentão e da uva, incluídas no programa em 2008, também apresentaram percentual de violações bastante elevado, correspondendo a 64,36% e a 32,67% de amostras insatisfatórias”, afirma o estudo.

Rótulo e bula - Os resultados indicaram que uma parte dos agrotóxicos não está sendo utilizada de acordo com as informações que constam no rótulo e bula destes produtos. São desconsideradas orientações sobre a dose recomendada, o número de aplicações e o intervalo entre a última aplicação e a colheita, entre outras.
Outro fator que explica as violações é a falta de produtos adequados no mercado. Muitas empresas que desenvolvem ou formulam agrotóxicos optam por não comercializar substâncias para culturas com menor retorno financeiro. Com isto, os produtores utilizam agrotóxicos não autorizados, em razão da falta de produtos registrados.


Banidos lá fora e usados aqui



A Embrapa denuncia ainda no estudo “Análise das violações encontradas em alimentos nos programas nacionais de monitoramento de agrotóxicos” a presença de substâncias banidas do Brasil, ou que nunca foram registradas”, como o heptenofos, clortiofos, PBO (piperonylbutoxide), dieldrina, azinfos-metílico, dodecacloro, parationa-etílica e monocrotofos. “A constatação destas substâncias indica que pode estar ocorrendo contrabando do ingrediente ativo, com posterior processo de formulação dentro do país; contrabando do produto formulado, pronto para comercialização; venda ilegal de agrotóxicos banidos no Brasil; e utilização de estoques antigos de agrotóxicos banidos”, denunciam os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente.
Para os pesquisadores, é fundamental o fortalecimento de canais de comunicação que possibilitem maior esclarecimento dos produtores, seja por intermédio dos serviços de extensão rural, da indústria de agrotóxicos ou de órgãos de capacitação, como o Senar. Além disso, a fiscalização deve ser exercida constantemente por parte dos órgãos competentes. “Neste quesito, a rastreabilidade é também um importante fator que pode agir conjuntamente com a fiscalização”, conclui o estudo.


fonte correio riograndense 10 de julho

terça-feira, 16 de julho de 2013

Gibi ou almanaque infantil da agricultura orgânica - EMBRAPA


Agricultura orgânica ganha páginas de almanaque infantil

Publicado em: 09/07/2013

Criado para incentivar o consumo de hortaliças pelo público infantil, o Almanaque Horta & Liça traz histórias em quadrinhos e diversos passatempos que aliam lazer e informação. A proposta é estimular entre os pequenos novos e bons hábitos – tanto o da leitura quanto o da alimentação saudável – e tudo isso com uma abordagem lúdica e descontraída.

Em sua quarta edição, a publicação, idealizada pela Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), explica como funciona o sistema de produção orgânico à turminha do Zé Horta e da Maria Liça. Quem não vai gostar nada do assunto é a Marina, que se assusta com as minhocas no solo, mas isso até descobrir que os túneis cavados por elas são essenciais para a ventilação das raízes das plantas e para a infiltração da água da chuva.

Eles vão aprender que na agricultura orgânica o que vale é produzir sem prejudicar o meio ambiente, por isso, os produtos químicos são proibidos nesse sistema de cultivo. Assim, o modo de produção orgânica preserva a biodiversidade e garante uma salada mais saudável.

Embrapa & Escola
O almanaque Horta & Liça é distribuído para instituições de ensino e para as crianças que

De acordo com Orébio de Oliveira, responsável pelo programa na Unidade, o almanaque tem uma aceitação muito boa entre os pequenos. “Eles ficam felizes com o brinde e logo começam a folhear as páginas para ler as histórias e preencher os passatempos”, conta.

Ele ainda diz que a animação é tanta que o brinde tem que ser entregue no final para não atrapalhar o andamento da visita. Este ano, o período de visitação vai até novembro e as escolas interessadas podem fazer o agendamento pelo telefone (61) 3385.9110 ou cnph.sac@embrapa.br.


visitam a Embrapa Hortaliças por meio do programa Embrapa & Escola. Em 2012, mais de 1300 alunos de escolas da rede pública e privada conheceram a Unidade, os campos experimentais, as casas de vegetação e uma horta demonstrativa com produtos como alface, pimenta, berinjela, cebolinha, tomate, cenoura, entre outros.

Divirta-se!
Nos links abaixo, é possível conferir as aventuras do Zé Horta e sua turma.
- Almanaque Horta & Liça - Número 1
- Almanaque Horta & Liça - Número 2
- Almanaque Horta & Liça - Número 3
- Almanaque Horta & Liça - Número 4


Paula Rodrigues (MTB 61.403/SP) 
Assessoria de Imprensa
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Hortaliças
Tel.: (61) 3385-9109
E-mail: paula.rodrigues@cnph.embrapa.br

sábado, 13 de julho de 2013

Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países



veneno

O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial.
Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países 

http://www.unisinos.br/blogs/projeto-alerta/2011/03/30/agrotoxicos-nos-alimentos/
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) encaminhou à presidenta da República, Dilma Rousseff, Exposição de Motivos (EM) com as propostas elaboradas pela Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, realizada em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro de 2012. A EM foi aprovada na Plenária do Conselho de junho deste ano, depois de ter sido discutida nas Comissões Permanentes.
O documento é uma crítica ao processo de “modernização” agrícola conhecido como “Revolução Verde”. Esta “modernização” transformou o modelo de produção agrícola e o país em uma grande fazenda monocultora e dependente de insumos químico-industriais. O governo de Ernesto Geisel estimulou a “Revolução Verde” e esse padrão se mantém, sendo a diretriz das políticas agrícolas governamentais.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) realizou a Conferência Internacional sobre a “Agricultura Orgânica e Segurança Alimentar” e concluiu que a agricultura convencional esgotou sua capacidade de alimentar a população global e que existe a necessidade de substituição pela agricultura ecológica.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), realizada em 2010, recomendou que os governos estimulassem o uso de diferentes formas de agricultura sustentável, entre elas a orgânica. Por sua vez, o Relator Especial sobre o Direito Humano à Alimentação, Olivier de Schutter, afirmou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que a agroecologia é um novo paradigma de desenvolvimento agrícola que pode efetivar rapidamente o direito humano à alimentação adequada.
O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial.
A evolução da taxa de consumo de agrotóxicos, em 2005, cresceu de 7,5 quilos por hectare para 15,8 quilos por hectare em 2010. O percentual mais elevado se encontra entre os estabelecimentos com mais de 100 hectares dos quais 80% usam agrotóxicos
A Exposição de Motivos avalia o peso dos agrotóxicos nos custos de produção, os incentivos e das isenções tributárias aos produtos químicos que reduziu a zero as alíquotas, o impacto agroquímico dos produtos transgênicos.
O documento coloca em dúvida a legitimidade dos estudos que são feitos pelas próprias empresas solicitantes, para o registro de produtos agrotóxicos.
venenoO Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional apresentou à presidenta Dilma Rousseff uma série de propostas, entre as quais se podem destacar a de Proibir no Brasil os agrotóxicos já vedados em outros países; Proibir as pulverizações aéreas de agrotóxicos; Definir metodologia única de monitoramento em todos os órgãos ambientais nas três esferas federativas; Criar penalidades, incluindo o pagamento de ressarcimento financeiro, para os responsáveis pela contaminação por agrotóxicos e por transgênicos de sistemas agroecológicos, entre outras.
O INESC faz parte da coordenação da Comissão Permanente 1 do Consea, que trata do Sistema e da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. O Instituto contribuiu para a elaboração da Exposição de Motivos e tem se posicionado nos diversos espaços institucionais contra a maciça utilização de agrotóxicos e sementes transgênicas.
Edélcio Vigna (Consultor do Inesc)
Informe do Inesc, publicado pelo EcoDebate, 12/07/2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Nova York anuncia programa de reciclagem de resíduos orgânicos



Nova York pode se tornar um exemplo para outras cidades no mundo no quesito reciclagem. A prefeitura local prepara um projeto que tornará obrigatória a separação de resíduos orgânicos, que serão usados para a produção de energia.
Este é mais um dos esforços anunciados pelo prefeito Michael Bloomberg para reduzir a quantidade de lixo que é destinado diariamente aos aterros sanitários. Em abril deste ano, a população já havia sido informada sobre a expansão no sistema, que passou a coletar os plásticos rígidos. Agora, a atenção com a separação dos itens descartados deve ser ainda maior.
Os resíduos orgânicos serão destinados à compostagem. Em consequência disso, a cidade se beneficiará com um aumento na produção de adubo orgânico e com a produção do biogás, usado para a produção de energia limpa.
Conforme informado pela Folha, o sistema de reaproveitamento do material orgânico já acontece em cidades menores norte-americanas, entre elas San Francisco e Seattle. A principal mudança a ser feita, além do trabalho cultural, é de logística, mas Nova York já passa por reestruturações.
O prefeito Bloomberg explica que, inicialmente, o sistema será voluntário, mas é possível que com o desenvolvimento do programa, ele se torne obrigatório e resulte em multa para quem não cumprir a norma.
Redação CicloVivo

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...