quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quando se premia aos que geram fome


Esther Vivas



Vivemos em um mundo ao contrário, no qual se premia as multinacionais da agricultura transgênica enquanto acabam com a agricultura e a agrodiversidade. O Prêmio Mundial da Alimentação 2013, o que alguns chamam de Nobel da Agricultura, foi concedido este ano para os representantes da indústria transgênica: Robert Fraley, da Monsanto e Mary-Dell Chilton, da Syngenta. O terceiro premiado foi Marc Van Montagu, da Universidade de Gante (Bélgica). Todos eles distinguidos por suas investigações a favor de uma agricultura biotecnológica.

E me pergunto: Como pode ser que se conceda um prêmio que, teoricamente, reconhece “as pessoas que têm feito avançar (…) a qualidade, a quantidade e o acesso aos alimentos” aos que promovem um modelo agrícola que gera fome, pobreza e desigualdade. Os mesmos argumentos, imagino, que levam a conceder o Prêmio Nobel da Paz aos que fomentam a guerra. Como diz o escrito Eduardo Galeano, em seu livro “Patas arriba” (1998), “se premia ao contrário: se despreza a honestidade, se castiga o trabalho, se recompensa a falta de escrúpulos e se alimenta o canibalismo”.
Querem que acreditemos que as políticas que nos conduziram à presente situação de crise alimentar serão as soluções; porém, isso é mentira. A realidade, teimosa, nos demonstra, apesar dos discursos oficiais, que o atual modelo de agricultura e alimentação é incapaz de dar de comer às pessoas, cuidar de nossas terras e daqueles que trabalham no campo. Hoje, apesar de que, segundo dados do Instituto Grain, a produção de alimentos multiplicou-se por três desde os anos 60, enquanto que a população mundial desde então apenas duplicou, 870 milhões de pessoas no mundo passam fome. Fome, pois, em um planeta da abundância de comida.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reconhece que nos últimos cem anos desapareceram 75% das variedades agrícolas. Nossa segurança alimentar não está garantida, se depender de um leque cada vez mais reduzido de espécies animais e vegetais. Definitivamente, são promovidas as variedades que mais se adequam aos padrões da agroindústria (que podem viajar milhares de quilômetros antes de chegar ao nosso prato, que tenham um bom aspecto nas prateleiras do supermercado etc.), deixando de lado outros critérios como a qualidade e a diversidade do que comemos.
Nos dizem que temos que produzir mais alimentos para acabar com a fome no mundo e, em consequência, que é necessária uma agricultura transgênica. Porém, hoje, não falta comida; sobra! Não temos um problema de produção, mas de acesso. E a agricultura transgênica não democratiza o sistema alimentar; ao contrário, privatiza as sementes, promove a dependência camponesa, contamina a agricultura convencional e ecológica e impõe seus interesses particulares ao princípio de precaução que deveria prevalecer.

Marie Monique Robin, autora do livro e do documentário “O mundo segundo a Monsanto” (2008), deixa claro: essas empresas querem “controlar a cadeia alimentar” e “os transgênicos são um meio para conseguir esse objetivo”. Prêmios como os concedidos a Monsanto e a Syngenta são uma farsa ante a qual somente há uma resposta possível: a denúncia. E ressaltar que outra agricultura somente será possível à margem dos interesses dessas multinacionais.


Espécies exóticas ao nosso ecossistema causam sérios riscos ao equilíbrio ambiental da natureza. RS



Publicado em 23/10/2012
Espécies exóticas ao nosso ecossistema causam sérios riscos ao equilíbrio ambiental da natureza. Principalmente porque estabelecem concorrência às espécies nativas. Nesta reportagem vamos conferir alguns casos de plantas exóticas e invasoras da flora gaúcha, presentes no nosso Bioma Pampa.

Jornalista Guilherme Castelli
Cinegrafista José Cabral
Viamão - RS

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Produtos orgânicos atraem atenção do consumidor brasileiro - ovos coloridos


O consumidor brasileiro está cada vez mais interessado em alimentos orgânicos. Para alguns produtos, inclusive, a demanda é maior que a oferta. Em São Paulo, isso acontece com a produção de um tipo de ovo diferente

terça-feira, 9 de julho de 2013

Produtora rural orgânica se especializa e cria galinhas caipiras que botam ovos azuis e verdes







A produtora rural Dona Inês fez um curso voltado ao agronegócio e se profissionalizou na área. Agora ela cultiva algumas frutas e também cria galinhas caipiras diferenciadas, que botam ovos azuis e verdes. Conheça um pouco mais desta historia.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Palestra: “Impacto dos agrotóxicos no equilíbrio de Gaia”



Entender os danos mais graves provocados pelos agrotóxicos e como evitá-los, é a proposta da palestra “Impacto dos agrotóxicos no equilíbrio de Gaia”, com a farmacêutica e especialista em toxicologia Ana Valls. O evento acontece no dia 09 de julho, terça-feira, às 19h na Livraria Cultura em Porto Alegre, com entrada franca.

A Fundação Gaia - Legado Lutzenberger em parceria com a Livraria Cultura convida a todos para estarem presentes nas palestras que acontecem de março a dezembro sempre na segunda terça-f...eira de cada mês. A temática norteadora de 2013 é “Cuidar de Gaia” visando inspirar maior atenção ao delicado equilíbrio da biosfera que permite à vida evoluir e prosperar no planeta Terra há mais de três bilhões de anos.

Os interessados podem obter certificado de participação nas palestras, tanto para cada evento como para todas nas quais participarem. Para isso basta escrever para reservas@fgaia.org.br e solicitar maiores informações.


Resumo

Nesta palestra, Ana Valls inicialmente irá apresentar um histórico dos agrotóxicos na sociedade humana com seus impactos no planeta Terra, chegando à situação atual. “Na época em que foi criada a nossa pioneira lei para controlar os agrotóxicos, em 1982, ainda havia como classificá-los em grupos, hoje com o avança da química isto está muito complicado” alerta Ana.
O principal enfoque da palestrante serão questões de saúde decorrentes do uso e aplicação dos agrotóxicos. Segundo ela, é muito importante saber o que cada um pode fazer para evitar o mal provocado por eles, o que será bastante ressaltado na palestra.

Palestrante


Ana Valls é graduada em Farmácia tendo especialização em Toxicologia Aplicada. Autau na área de análise dos agrotóxicos nos alimentos. Faz parte do Conselho da Agapan. É Membro Fundadora da Associação Brasileira de Agroecologia. Atualmente sua atuação está voltada para questões de mobilização ambiental e saúde pública. Integra o Conselho Estadual de Saúde, representando a Agapan.


Serviço

Palestra: “Impacto dos agrotóxicos no equilíbrio de Gaia”
Palestrante: Ana Valls
Data: 09 de julho de 2013, terça-feira
Horário: 19h
Local: Auditório da Livraria Cultura no Bourbon Shopping Country - Rua Túlio de Rose, 80, em Porto Alegre.
Entrada franca.

Texto e informações: jornalista Cláudia Dreier (51) 9819 9887
Programação completa das palestras em www.fgaia.org.br

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Controle biológico para broca das morangas, abóboras e pepinos?

























Devido aos constantes ataques de brocas, principalmente na abobrinha italiana, recebi esta dica de um agroecologista. Vou utilizar esta isca e avaliar os resultados.Esta isca também pode ser utilizada para controlar mosca-das-frutas.

alexandre

O truque é apanhar as mariposas fêmeas. As mariposas darão origem as brocas que fazem tantos estragos.

A solução utilizada capturá-las  é utilizar uma garrafa de plástico tipo PET . Nessa garrafa faço um quadrado de 1cm de lado e dentro dela coloco um solução composta por agua, açucar e vinho. sendo que a mistura é feita num garrafão de 5 litros - 0,5kg açucar + 0,5litros de vinho tinto enchendo o restante com agua. 

Coloca-se 1 litro por garrafa e pendura-se na plantação fazendo triangulações de 20m a 30m, irá apanhar muitas mariposas femeas que procuram o açucar. 

Não irá erradicar a praga mas vai reduzir muito os estragos

Experimente ;)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Semeei alguns feijões olho-de-cabra e consegui multiplicar.

Semeei alguns feijões olho-de-cabra no Sítio Nena Baroni e consegui multiplicar, pois colhi uns 50.
Vou iniciar um novo plantio após agosto, quando o frio dará uma trégua aqui no sul do Brasil.
Aqui uma tenda de verduras estava vendendo o quilo do feijão a R$ 12,00 (doze reais).

Favas olho de cabra 


São provavelmente os feijões mais bonitos que já vi, rajados em 3 cores distintas: telha, café e creme.
Esses foram comprados a granel e são orgânicos. Um luxo acessível e incrivelmente barato nesses tempos de feijão transgênico.


Deixei de molho por 24hrs em água com um pouco de kefir concentrado. No dia seguinte, lavei e escorri. Então, foi só cozinhar como feijão na panela de barro.
Desprezei a água da primeira fervura e juntei 2 folhas de alga kombu (ou nori), 1 folha de louro e 1 pedaço de gengibre fresco na água do cozimento seguinte, a definitiva.


Depois do feijão cozido, retirei o gengibre e a folha de louro (a alga já havia dissolvido) e refoguei então em azeite, 1 cabeça de alho picado com a linguiça orgânica de frango da Korin, deixei apurar e caprichei no tempero: sal grosso, pimenta de cheiro, 3 cravos da Índia picados em 3 sem as coroas, cominho e gengibre em pó.
Antes de esfriar, mas com o fogo já apagado, juntei meio maço de cenouras orgânicas em rodelas com parte das ramas da cenoura fatiadas e tampei a panela até atingir a temperatura que eu queria, o sufiente para não queimar meu céu da boca.
Para comer puro, como em Portugal, de colher, no prato de sopa e com um pedaço de pão.
Sempre que como feijão, pingo um limãozinho por cima, fortalece o fígado e a vitamina C aumenta a absorção de ferro.

Quem não come carne, substitui por cogumelo Paris fresco



Custo total do panelão de 4 litros: R$20,00

http://caroldaemon.blogspot.com.br/2011/10/favas-olho-de-cabra.html

10 verduras para sombra en huertos urbanos

 Autor: Hugo Riquelme Ortega - Data: 12/06/2013

 Hoy vamos a hablar un poco sobre huertos urbanos, un tipo de jardines que nos gusta mucho, y al que le vemos muchas posibilidades, en particular en cubiertas vegetales, y sobre todo a la hora de aprovechar espacios sin uso. 

En esta ocasión vamos a ver 10 verduras que podemos cultivar en huertos de sombra o en zonas de nuestro huerto que no aprovechemos por no recibir suficiente sol. Lo normal es pensar que sólo podemos cultivar nuestra huerta si tenemos zonas de pleno sol, y esto es verdad para tomates, pimientos, calabazas y muchos más. 

Pero no por no tener insolación directa tenemos que dejar de lado nuestra huerta. En el caso de las huertos urbanos, el problema se acentúa, ya que las zonas que están disponibles son las que son, y no hay posibilidad de desplazar el cultivo, como sí lo podríamos hacer en una parcela más ámplia. 

Por tro lado, que nadie piense que a plena sombra podremos cultivar, vamos a necesitar un mínimo de sol de entre 3 y 6 horas al día. Un buen truco para saber qué tipo de verduras podemos usar es pensar en qué parte de la planta queremos aprovechar, si queremos aprovechar frutos o raíces necesitaremos sol directo; por otro lado, si lo que queremos es aprovechar las hojas, los tallos o las yemas, probablemente podremos cultivarlas. 

El listado de verduras es= . Brócoli . Coliflor . Guisantes . Remolacha . Col de Bruselas . Rábano . Acelga . Judías . Verduras de ensalada (Lechuga, rúcula, escarola, berro, achicoria.) . Hojas verdes (Col rizada, mostaza espinacas.) Lo mejor de todo esto es intentar mezclarlas entre zonas de sol y de sombra, de esta forma tendremos casi doble cosecha, además con características diferentes cada una. ¡¡

Bon appétit!!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Termina em dezembro prazo que permite uso de sementes convencionais na agricultura orgânica

Ministério da Agricultura estuda a cadeia produtiva de orgânicos e considera prorrogar este limite.

  • Andrea Parisi | Brasília

Roni Rigon
Foto: Roni Rigon
 
Sementes orgânicas são fundamentais nos processos de certificação
Pela legislação atual, a partir de dezembro fica proibido o uso de sementes convencionais na produção de cultivos orgânicos. O Ministério da Agricultura, mapa está analisando toda a cadeia produtiva do setor e estuda prorrogar a Instrução Normativa nº 64, criada em 2008, que regula o uso de sementes fazendo.
– Nós estamos fazendo uma avaliação de que tipos de materiais já e existem. Pode ser que haja materiais que não precisaremos prorrogar e outros que precisarão de mais prazo. Até o final do ano, vamos publicar a revisão da instrução normativa – diz Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura.
Enquanto decisão não é anunciada, produtores correm contra o tempo. Em seminário realizado em Brasília, pesquisadores da Emater e Embrapa relataram experiências de produção de sementes orgânicas realizadas no interior de SP, norte de Minas Gerais e região Sul do país que têm apresentado bons resultados. O objetivo é implementá-las também no Cerrado.
Durante o encontro foi criado de um grupo formado por associações do setor, produtores do Distrito Federal e órgãos do governo estadual e federal, que irão disponibilizar recursos financeiros. A utilização de sementes orgânicas é importante para os produtores conseguirem certificar sua produção, como aponta o agricultor Rodrigo Rodrigues dos Santos, que produz dez tipos de hortaliças.
– Nós, que estamos correndo atrás de uma certificação orgânica, estamos bastante preocupados com essa situação da semente – relata o agricultor, que tem dificuldades de encontrar sementes livres de conservantes e agrotóxicos no mercado.

http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/rural-noticias/2013/06/instrucao-normativa-para-cultivo-sementes-convencionais-alimentos-organicos-vence-dezembro/28051

fonte: Rural BR

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Agricultura urbana no programa de Gabeira


Veja este programa que apresenta dois exemplos de sucesso na agricultura dentro das cidades. Cidades sem fome e horta das corujas.



 clique na figurae assista

http://bandnewstv.band.uol.com.br/colunistas/coluna.asp?idc=182&idn=660769&tt=capital-natural&tc=agricultura-urbana


São Paulo, uma metrópole superlativa, composta por números imponentes que retratam sua grandiosidade, riquezas e também diferenças. Uma cidade que somada a demais 38 municípios formam a região denominada de A Grande São Paulo, o que lhe confere o título de quarta maior do mundo, com 19 milhões de habitantes, sendo que só a cidade de São Paulo abriga 11 milhões de pessoas.
É dentro deste contexto humano que convivemos diariamente, inseridos num cenário de contrastes onde coabitam riqueza e pobreza. E é dentro dessa realidade que a Organização Cidades sem Fome, através do Projeto de Agricultura Urbana e Hortas Comunitárias, busca superar essas diferenças, trabalhando para diminuir a insegurança alimentar e nutricional de comunidades em situação de vulnerabilidade social.
Reduzir a fome e o desemprego por meio de programas de agricultura urbana e hortas são contribuições importantes para o futuro da sustentabilidade das nossas cidades. Essa é a nossa missão, e a sua participação e engajamento tem papel fundamental em toda essa envolvente história de responsabilidade e cidadania.

http://cidadessemfome.org/pt/
Gärten in Sao Paulo
21 núcleos de hortas implantados, mais de 700 pessoas diretamente beneficiadas, perto de 4.000 pessoas indiretamente beneficiadas, 48 cursos de capacitação profissional ministrados.
 

Algumas dicas para plantar na Horta das Corujas

Nossa horta fica num espaço público e por isso todos são bem-vindos para plantar, colher ou apenas passear. Mas precisamos criar alguns acordos de convivência que evitam conflitos e frustrações.
O momento de colocar uma semente ou muda na terra é realmente mágico e todos adoram.  leia mais....

domingo, 30 de junho de 2013

Uvas e frutas cítricas gaúchas são a base de produtos cosméticos e perfumes


Uvas e frutas cítricas gaúchas são a base de produtos cosméticos e perfumes Divulgação/Ecocitrus
Ecocitrus, de Montenegro, produz óleos essenciais extraídos da casca da bergamota Foto: Divulgação / Ecocitrus
Da maior região produtora de citros do país para a mais tradicional indústria de cosméticos do mundo. Óleos essenciais extraídos da casca da bergamota verde no Vale do Caí são exportados para a França, onde são usados como insumos para fabricação de produtos de beleza.
Há três anos, a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), de Montenegro, vende em média oito toneladas de óleo anualmente para a Europa.
Investir em nova tecnologia e extrair essências foi a alternativa encontrada pela cooperativa para dar um destino ao raleio – técnica que consiste na colheita da fruta ainda verde para diminuir o peso da árvore e possibilitar que as demais cresçam.
Em um mês, uma nova fase industrial irá expandir os negócios da Ecocitrus. Além do processamento de 6 mil toneladas por ano de bergamota verde para fabricação de óleos, outras 20 mil toneladas de laranjas e bergamotas maduras serão usadas na produção de sucos e óleos. A nova fábrica, fruto de um investimento de R$ 6 milhões, promete aumentar ainda mais a renda dos associados. 
No ano passado, o faturamento da cooperativa com a venda do óleo chegou a R$ 800 mil, beneficiando 65 sócios-produtores.
– Uma fruta que seria descartada ganhou um mercado importante no Exterior – destaca Fábio Eisswein, presidente da Ecocitrus.

 
Essência de Fiori, de Bento Gonçalves, produz a partir de sementes de uva
Foto: Jeferson Soldi, especial
Desde o início da cosmetologia, quando os gregos passavam vinho na pele, os extratos vegetais já eram usados como nutrientes biológicos. Na maior região produtora de uvas do país, a serra gaúcha, também está a mais representativa indústria de produtos de beleza à base de vinoterapia. Ao aproveitar os resíduos da vinificação, especialmente as sementes, empresas gaúchas produzem cosméticos para o dia a dia e para os tratamentos de beleza em spas e clínicas.
Uma das pioneiras na região é a Vinotage, criada há seis anos por Morgane Franzoni. Com sede em Garibaldi, destina quase 90% da produção para fora do Estado. O óleo da semente da uva, extraído em um laboratório em Caxias do Sul, é usado na fórmula de itens como sabonete esfoliante e hidratantes – linhas que, no ano passado, geraram faturamento de R$ 1 milhão. Recentemente, a Vinotage passou a investir em pesquisas de nanotecnologia – que consiste em colocar os extratos diretamente em sistemas de moléculas.
– É uma forma de aumentar a ação na pele. A capacidade de hidratação e absorção do produto é potencializada – explica Morgane.
Ao concentrar 75% da produção em cosméticos à base de uva, erva-mate e pêssego, a Essência Di Fiori também percebeu as oportunidades desse mercado. Com faturamento de R$ 3 milhões no ano passado, a empresa de Bento Gonçalves começou a ganhar espaço quando apostou no potencial desses produtos.
– Para crescermos nesse mercado precisávamos de uma estratégia diferenciada. Apostamos no turismo regional e nos produtos típicos – explica Eder Moretto, diretor da empresa, que conta com 17 funcionários.

ZERO HORA 28/06/20013

sábado, 29 de junho de 2013

Cerco aos agrotóxicos no RS !!

Supermercados gaúchos aceitam rastrear frutas, verduras e legumes

Associação do setor anunciou que pretende buscar acordo com o Ministério Público para identificar os produtores dos hortigranjeiros vendidos pelas redes


Supermercados gaúchos aceitam rastrear frutas, verduras e legumes Ricardo Duarte/Agencia RBS
No Estado, 25% das amostras analisadas têm resíduos acima do limite permitido, apontam dados da Anvisa Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Depois de o Ministério Público (MP) iniciar uma ofensiva judicial para tentar obrigar as 10 maiores redes gaúchas de supermercados a cumprir a norma técnica estadual de 2005 que exige rastreamento dos hortigranjeiros, a entidade que representa o setor decidiu ontem buscar uma conciliação.
A iniciativa da promotoria especializada de defesa do consumidor, somada ao programa de análise de resíduos de agrotóxicos em verduras, frutas e legumes, busca identificar produtores que aplicam químicos de forma irregular nos alimentos consumidos in natura.
Apesar da posição da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) em tentar um acordo, o MP sustenta que decidiu ingressar com as ações porque as empresas e a entidade se negaram a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que formalizaria a adesão às regras.
— Estamos entrando em contato com o MP e pedindo uma audiência. Houve um mal-entendido. A Agas quer colaborar. Nossa posição também é de defender o consumidor — diz o presidente da Agas, Antonio Cesa Longo.
Para o dirigente, como foi iniciado o monitoramento dos hortigranjeiros na Ceasa, onde pequenos e médios mercados se abastecem, a tarefa fica facilitada. Os grupos maiores, diz Longo, já têm fornecedores identificados.
Mesmo estranhando a nova posição, o promotor Alcindo Bastos, à frente do caso, considera o recuo positivo:
— Um acordo é sempre possível. Para nós, é interessante. Mas precisamos de uma rastreabilidade de fato. A Agas foi enfática (à época das negociações sobre o TAC) e não houve consenso.
A entidade, por sua vez, questiona a iniciativa do MP de acionar somente as maiores redes. Segundo Alcindo, foi apenas uma estratégia inicial para, posteriormente, forçar outros varejistas a cumprirem a norma. Duas decisões judiciais saíram até agora. Uma, referente à rede Asun, foi favorável ao MP. Na outra, contra o Carrefour, o despacho beneficiou a rede.
A importância de identificar a origem do produto com inconformidade é fazer com que as propriedades sejam fiscalizadas e os erros de aplicação de químicos corrigidos, explica Suzana Nietiedt, coordenadora do Programa Estadual de Monitoramento de Hortigranjeiros.
— Se não chegarmos ao produtor, não resolveremos o problema — diz.
No Estado, 25% das amostras coletadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentam resíduos acima do limite, produtos proibidos ou não permitidos para a cultura. As coletas da Ceasa, ligadas a outra iniciativa, começaram em maio e os resultados ainda não saíram.
O consumo de alimentos contaminados com agrotóxicos ao longo dos anos é relacionado, por exemplo, ao aparecimento de câncer.

MP não aceita adotar programa do setor
Enquanto negociavam com o Ministério Público (MP), as redes propuseram a utilização do Programa de Rastreamento e Monitoramento de Alimentos (Rama), criado ano passado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apesar de também prever o acompanhamento dos resíduos de agrotóxicos e rastreamentos de frutas, legumes e verduras, o modelo não foi aceito.
— Sem a assinatura do TAC não haveria previsão de multa em caso de descumprimento e várias informações não seriam repassadas ao MP. Seria uma espécie de autocontrole — ressalta o promotor Alcindo Bastos.
Como o programa da Abras prevê a adesão espontânea dos supermercados, até agora apenas 20 redes de Santa Catarina e do Rio Grande do Norte participam, com a inclusão de 230 fornecedores monitorados.
Conforme a entidade nacional, supermercados do Pará e do Maranhão mantêm tratativas para se incorporarem ao programa de rastreamento.
Campeões de irregularidades

Percentual de amostras com resultados insatisfatórios no Estado, segundo a Vigilância Sanitária
Pimentão: 83%
Pepino: 80%
Morango: 60%
Cenoura: 60%
Couve: 50%
Alface: 50%

fonte:
ZERO HORA

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...