Nome Científico: Typha domingensis
Família: Typhaceae
Características Morfológicas: Planta hidrófita (aquática), perene e ereta, de tamanho que pode variar de 2 a 4 metros de altura. Floresce de julho a agosto. Detalhe interessante: a parte superior da espiga é composta de flores masculinas, que caem; já a inferior, cor de chocolate ou ocre, é das femininas. O fruto, exótico, apresenta plumas.
Ocorrência Natural: Comum em todas as sub-regiões do Pantanal, em lagoas, brejos, solos arenosos ou argilosos ácidos e alcalinos. Presente desde o Canadá e Estados Unidos, até a Patagônia (inclua-se todo o Brasil). Cosmopolita, também é encontrada na Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia.
A taboa, quando jovem, é uma planta inteiramente comestível. Para começar a espiga pode ser cozida ou assada, como um milho verde (aliás, tem proteína equivalente a ele), usada para fazer sopas, purês e até chocolate. O broto pode ser comparado a um palmito e até o pólen serve para doces. De quebra, as sementes contêm 88% de óleo (comparáveis ao de girassol e de canola).
Na natureza, a taboa funciona como um abrigo para muitas espécies de roedores e aves. As aplicações desta planta datam de 1906, quando já era explorada no delta do rio Danúbio (para celulose e produção de papel pardo, mais resistente). Utilizada como matéria-prima para papel, pastas, cestas e outros itens para artesanato.
Aliás, sua fibra é excelente (fica entre a juta e o cânhamo), com utilização em estofados, para a vedação contra água (pois incha) e como isolante térmico.
Além disso, é cultivada como filtro biológico para esgoto doméstico, efluentes industriais e de criação de animais, e também para controlar a erosão em canais. É capaz, inclusive, de remover metais pesados da água. Vai bem em solo rico em matéria orgânica, onde normalmente apresenta um crescimento vigoroso.
É conhecida também como paineira-de-brejo, capim-de-esteira, paina, paina-de-flecha, paineira-de-flecha, pau-de-lagoa, taboinha, tabu, entre outros.