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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

As mosquinhas da composteira estão te incomodando? Saiba como eliminá-las de modos naturais

Dicas para quem deseja se livrar das moscas drosófilas em composteiras


Se você utiliza uma composteira em sua casa, é possível que algumas mosquinhas estejam te incomodando devido a desregulações do sistema. A Drosophila melanogaster, também conhecida como mosca-do-vinagre, mosca-da-banana ou mosca-de-frutas, alimenta-se das leveduras em frutos já caídos (veja mai aqui). Estas leveduras geralmente são encontradas em materiais em inicio de decomposição. Sendo assim, as mosquinhas de frutas podem aparecer na sua composteira durante o processo de transformação do material orgânico.
Como resolver este problema? Aqui vão algumas dicas para você deter facilmente essas mosquinhas inconvenientes:

1. Detectar se a umidade está elevada na sua composteira
A umidade deve ser um processo regulado para evitar problemas na sua composteira. Um teste simples para saber se a umidade está alta é apertar a mistura para verificar se há gotejamento de líquido. Se isso ocorrer, coloque mais material seco (folhas secas ou serragem) e revolva a mistura - o conteúdo deixará de ficar tão úmido.

2. Perceber se há mau cheiro na sua composteira
Quando isto ocorre, é sinal de que há um desequilíbrio no sistema. O mau cheiro e a fermentação são grandes aliados para a atração das moscas. O odor é causado quando o lixo orgânico úmido (em grandes quantidades) excede a capacidade de absorção do sistema, gerando gás metano. Em outras palavras, ele se dá quando ocorre a fermentação (entenda melhor).

3. Usar repelentes naturais e armadilhas
Também pode haver proliferação das moscas através da eclosão dos ovos já depositados nos frutos que estão sendo compostados. Nesse caso, percebendo presença das moscas-de-frutas, a dica é utilizar algum repelente natural contra insetos, como chá concentrado de capim limão e óleo de citronela. O chá deve ser borrifado na mistura e o óleo pode ser adicionado nas paredes das caixas pelo lado de fora.
Outra informação importante é que temperaturas acima de 30 °C e baixa umidade, durante algumas horas, provocam mortalidade elevada de ovos (veja mais).
A armadilha natural para mosquinhas de fruta também funciona como uma alternativa ao uso de inseticidas. Ela é feita a base de atrativo alimentar para "chamar" as moscas e auxilia no processo de controle das mesmas. Utiliza-se também, para capturar as mosquinhas, armadilha feita com vinagre de maçã e algumas gotas de sabão dentro de uma tigela (veja mais).

4. Por último, é bom lembrar
• Regular a umidade na composteira evita atração de moscas.
• Não é indicado compostar frutos com furos, ou sinais de “bichado”, pois estes podem conter ovos e larvas das moscas.
Veja mais sobre o tema em outras matérias do Portal eCycle (clique aqui e aqui). Para saber o que não deve ir para a composteira, clique aqui.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Repelente à base de neem, citronela e andiroba é alternativa natural e eficaz no combate a insetos

Extraído do site:http://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/3199-repelente-repel-alternativa-natural-sustentavel-arvore-neem-oleo-andiroba-citronela-uso-humano-medicinal-livre-quimica-nociva-propriedades-beneficios-saude-meio-ambiente-eficaz-contra-insetos-mosquitos-moscas-pernilongo-dengue-como-onde-encontrar-comprar.html

Cansado dos repelentes comuns e cheios de químicos tóxicos? Conheça o Repel-Neem: um produto sustentável que combina citronela, andiroba e neem. Confira suas propriedades

É atribuída ao Dalai Lama, figura política e espiritual do Tibete, a frase: "Se você se acha pequeno demais para mudar o mundo, tente dormir com um pernilongo no quarto". Porém, até mesmo o maior representante do budismo no mundo admite em vídeos que, quando o terceiro mosquito se aproxima para bebericar seu sagrado sangue, a paciência já ficou para a próxima encarnação. Imagine só nós, meros mortais que detestamos filas de banco ou os anúncios de cinco segundos dos vídeos na internet.
Mas graças a Deus (ou aos deuses) foi inventado o repelente de insetos natural. Na flora, existem diversas espécies de plantas que podem nos ajudar com esse karmacoletivo. Três delas estão presentes no repelente natural da Preserva Mundi: neem, andiroba e citronela.
Vamos falar um pouco das propriedades dos óleos extraídos de cada uma delas:

Óleo de neem

Neem é uma árvore nativa da Índia com propriedades medicinais e terapêuticas, podendo ter muitas de suas partes aproveitadas, como sementes, folhas e casca. É usada na indústria farmacêutica e em produtos de higiene e de limpeza. Dentro do seu fruto há uma semente que apresenta uma amêndoa. Esta, ao ser triturada e prensada a frio, gera o óleo de neem. A massa resultante da prensagem pode ser usada como adubo controlador de fungos (ou vermífugo na alimentação animal). Ou seja, tudo da árvore é aproveitado.
O óleo obtido é rico em ácidos graxos. É inseticida orgânico eficaz contra mais de 200 espécies de insetos, como baratas e piolhos. Possui propriedade antifúngica (contra 14 tipos de fungos de pele, inclusive micoses), antibacteriana (eficaz contra as causadoras de cravos e espinhas), antiviral, antisséptica (contra caspa e seborreia) e anti-inflamatória. Alivia coceiras e vermelhidões causadas por picadas de insetos. Pode ser usado nos pets, afasta pulgas, carrapatos e sarnas, além de proporcionar brilho ao pelo do animalzinho - basta adicionar ao xampu e ao sabonete do bichinho.
Por fim, uma curiosidade: melhora a aparência de objetos enferrujados.
O óleo de neem é biodegradável e não é bioacumulável.

Óleo de andiroba

A andiroba é um planta nativa da Amazônia e seu fruto é uma cápsula que se abre ao cair no chão, liberando de quatro a seis sementes - é dessas sementes que o óleo de andiroba é extraído. O método de extração é totalmente sustentável quando os responsáveis esperam os frutos caírem naturalmente.
Este óleo também é rico em ácidos graxos como o oleico e o linoleico, mais conhecidos como ômega 9 e ômega 6, respectivamente. Possui propriedades antissépticas, anti-inflamatórias, cicatrizantes, inseticidas e outros diversos benefícios. Mesmo na Amazônia, seu maior e mais tradicional uso é como repelente de insetos e no tratamento de coceiras e picadas causadas por estes, devido a suas propriedades cicatrizantes. Também pode ser aplicado em móveis e madeiras, preservando-as e protegendo-as de cupins, além de aumentar sua durabilidade. Misturado a xampus e cremes, combate a queda de cabelo e calvície, e, assim como o óleo de Neem, trata piolhos.
Não é indicado para consumo humano via oral. Um estudo realizado pelas Universidades Federais de Pernambuco e do Pará publicou que o consumo via oral desse óleo pode afetar negativamente o funcionamento do fígado.

Citronela

O mais famoso e popular inseticida. Seu uso é tópico, aplicado diretamente na pele, aliviando ardores e coceiras provocadas por insetos. Não há restrições para uso em crianças, pessoas de pele sensível ou animais. Borrifar um pouco de hidrolato de citronela na coleira de animaizinhos de estimação afasta pulgas, carrapatos e mosquitos.
Também traz alívio para dores reumáticas. Aromatizar o ambiente com hidrolato de citronela tem efeitos positivos para nervosismo, ansiedade e agitação, devido a suas propriedades calmantes.

O que é o DEET

O problema das loções repelentes comercializadas pode ser resumido em apenas quatro letras: DEET, ou dietil-toluamida. Esse componente químico está presente na maioria dos repelentes de mercado, sendo uma das principais substâncias. O DEET atua nos sensores das antenas dos pernilongos e mosquitos, impedindo-os de reconhecer o gás carbônico liberado pelos seres humanos na respiração, mantendo-os afastados. No entanto, o DEET tem um grau de toxicidade que pode desencadear processos alérgicos, tanto na pele quanto no sistema respiratório, em narinas e mucosas e, em casos graves, pode causar até danos hepáticos. Até o momento, não há um consenso entre os especialistas sobre os reais efeitos que essa substância pode provocar à saúde humana. Porém, um estudo realizado por cientistas da Grã-Bretanha comprovou que o mosquito da dengue já desenvolveu uma resistência biológica a ele, graças ao seu uso em larga escala nos repelentes.

Neem e o Meio Ambiente

De acordo com o registro de biopesticidas da EPA (Environmental Protection Agency), o óleo de Neem prensado a frio não afeta aves, abelhas, plantas ou seres terrestres como minhocas; ele é, no entanto, ligeiramente tóxico para organismos aquáticos. As categorias para medir o potencial tóxico de um elemento, segundo a EPA, variam de 1 a 4, sendo 4 o nível que apresenta menor perigo - e é nesta categoria que o Óleo de Neem se encontra, indo para 3 em alguns casos de possível alergia dermatológica.
Segundo os dados de estudos feitos em laboratório, a Concentração Letal do produto com água é de 70,6 a 84,3 ppm (partes por milhão), após um período de 96 horas para peixes .
Se convertermos esses valores para medidas mais compreensíveis, teremos: 0,0706 gramas por litro a 0,0843 g/L (gramas por litro) - considere que é menos de um grama.
Para seres invertebrados de ambiente aquático, após 48 horas a Concentração Letal é de 57,5 a 63,9 ppm (0,0575 g/L a 0,0639 g/L). Especificamente para a espécie de truta arco-íris a Concentração Letal é de 0,48 ppm.
Contudo, o óleo de Neem tem rápida biodegração, ou seja, não acumula: dentro de 50 a 100 horas o composto já é partido ao entrar em contato com a água ou a luz.
O maior componente dele é a azadiractina (pois seu nome científico é Azadirachta indica), responsável por 90% dos efeitos causados nos insetos e é um indicador de padrão de qualidade; por isso nos experimentos é avaliada a sua concentração como referência. Para quem não sabe, o óleo de Neem é usado no controle de insetos, pragas e parasitas na agricultura e pecuária.

Descarte

Vale ressaltar que o descarte indevido de óleos provoca sérios impactos ambientais, principalmente na questão de contaminação da água. Dessa forma, o descarte de óleos vegetais em ralos e pias é inadequado, pois pode causar diversos riscos ambientais e também entupimento nos encanamentos. Portanto, em caso de descarte, procure pelo local correto para esses produtos; disponha os resíduos de óleo em recipientes plásticos e leve-os a um ponto de descarte para que o óleo possa ser reciclado.
Você pode encontrar aqui o ponto mais próximo para descartá-los.
Para conhecer uma série de alternativas que a natureza nos oferece para protegermos nossa saúde e praticarmos o consumo sustentável, clique aqui.

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