Mostrando postagens com marcador #aguapé. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #aguapé. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Unesp Notícias | Aguapés podem contribuir com preservação dos rios e pro...


Aguapés podem contribuir com preservação dos rios e produção de energia O aguapé é uma planta aquática considerada praga em rios e lagos por se proliferar de forma descontrolada. Mas pesquisas feitas na Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp em Botucatu apontam que os aguapés podem ser utilizados para despoluir águas contaminadas inclusive com metais pesados. Além disso, sua biomassa pode ser fonte de energia com a produção de biocombustíveis.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Aguapé e azola podem reduzir em até 50% gastos na piscicultura!



sexta-feira, 26 de maio de 2023

Aguapé remove poluentes pesados da água e ainda tem múltiplas utilidades

 


 26 de janeiro de 2017  Liana John

fonte: conexão planeta

As folhas são suculentas, de um verde vivo, e as flores oscilam entre diversos tons de azul, anil e violeta, com uma pincelada de amarelo no meio. Totalmente flutuante, o aguapé (Eichhornia crassipes) alcança um metro de altura, do topo dos talos, acima d’água, às pontinhas das raízes que se estendem abaixo da superfície. Eventualmente é considerada uma espécie-praga, quando se alastra sem controle, tomando a superfície de reservatórios de hidrelétricas ou de abastecimento. Ou mesmo quando chega a impedir a navegação em corixos e lagos do Pantanal.


Apesar dessa fama, o fato é que o aguapé também ganhou notoriedade como faxineiro das águas, capaz de remover poluentes orgânicos. Em geral, a espécie prolifera de maneira exagerada em águas excessivamente ricas em matéria orgânica. Porém, quando instalada em sistemas controlados de tratamento natural de efluentes, sem químicos, essa planta aquática é um excelente agente de limpeza.


Ocorre que os prosaicos aguapés se provaram aliados das águas cristalinas também quando a fonte de poluição é pesada e os efluentes se encontram contaminados com detergentes, fenóis ou metais pesados (chumbo, cádmio, cromo). E ainda têm outras serventias depois de completar a faxina, transformados em adubo (após a compostagem), ração animal e matéria prima para a indústria de papel e celulose ou para a produção de artesanato.


Em seu mestrado de Engenharia Agrícola na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Juliana Bortoli Rodrigues Mees comprovou a eficácia do aguapé em remover poluentes orgânicos de efluentes de matadouros e frigoríficos. Além de reduzir a carga de matéria orgânica dissolvida na água e diminuir a turbidez, a planta aquática chegou a absorver 77% dos nutrientes associados à eutrofização, como nitrogênio, nitrogênio amoniacal e fósforo.


A eutrofização, vale lembrar, é um processo de “sufocamento” de um corpo d’água relacionado à poluição orgânica causada por esgotos domésticos, efluentes agroindustriais ou excesso de fertilizantes lavados pelas chuvas. Devido ao acúmulo de nutrientes na água, ocorre a multiplicação repentina de algas, que passam a impedir a penetração dos raios solares. Há, então, uma redução drástica da quantidade de oxigênio dissolvido (anóxia) com a consequente mortandade de microrganismos, invertebrados aquáticos e peixes.


No caso dos efluentes de matadouros e frigoríficos, os efluentes contém resíduos de sangue, carne, gordura e vísceras. A pesquisadora fez medições durante 11 meses em um tanque com aguapés de 870 metros quadrados e depois ainda avaliou quatro tipos de compostagem para saber qual o melhor tratamento para os aguapés retirados do sistema. Além de eficaz, o uso de aguapés também tem custo reduzido em relação aos tratamentos convencionais.


Outros estudos demonstraram o potencial do aguapé para limpar efluentes de laticínios e abatedouros de aves. Em seu mestrado em Ecologia Aquática na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Cátia Viviane Gonçalves ainda atestou a viabilidade de remover o metal pesado cromo dos efluentes da indústria de couro em um período mínimo de 5 dias num tanque com aguapés.


No experimento, a acidez da água foi monitorada diariamente pela pesquisadora. Segundo ela, o pH se manteve entre 6 e 7,2, caracterizando um ambiente ideal para o desenvolvimento da planta aquática, mas inviável para a redução do cromo hexavalente (industrial)  para o cromo trivalente (de ocorrência natural). Ou seja: o cromo industrial poluente foi mesmo absorvido e acumulado pelo aguapé e não houve redução por atividade microbiana. A conclusão é condizente com análises de amostras de tecido da planta, onde a concentração de cromo aumentou ao longo do tempo.


Resta dizer que o aguapé se alastra de forma vegetativa, lançando novos talos nos quais crescem raízes e folhas. Assim, uma planta de aguapé pode se duplicar em duas semanas. Em um corpo d’água rico em matéria orgânica, a produtividade média chega a uma tonelada de biomassa por hectare por dia! Essa tonelada de aguapés, se processada em biodigestores, gera 30 metros cúbicos de biogás, passíveis de serem transformados em 300 litros de metanol.


Haja utilidade para um modesto aguapezinho!


Foto: Liana John



Liana John

Jornalista ambiental há mais de 30 anos, escreve sobre clima, ecossistemas, fauna e flora, recursos naturais e sustentabilidade para os principais jornais e revistas do país. Já recebeu diversos prêmios, entre eles, o Embrapa de Reportagem 2015 e o Reportagem sobre a Mata Atlântica 2013, ambos por matérias publicadas na National Geographic

segunda-feira, 22 de maio de 2023

AGUAPÉ, Planta aquática é usada no tratamento do esgoto do Refúgio Biológico

 Um exemplo a ser seguido pelas prefeituras deste imenso Brasil!
bom dia!
Alexandre

No tratamento do esgoto no Refúgio Biológico Bela Vista (RBBV), uma planta aquática nativa do lago de Itaipu tem grande importância. O aguapé (Eichhornia crassipes) é uma espécie flutuante, ou seja, que não se prende por raízes ao fundo do lago. Por conta disso, depende da absorção da matéria orgânica suspensa na água para sobreviver. Tal característica torna a espécie um interessante filtro natural para tratar o esgoto doméstico.







Estação de tratamento no Refúgio Biológico utiliza a planta aquática aguapé como "filtro".

Segundo a bióloga Simone Benassi, gestora do programa Monitoramento Ambiental e da ação de Monitoramento das Plantas Aquáticas do Reservatório de Itaipu, o aguapé é capaz de retirar da água quantidades consideráveis de matéria orgânica e de nutrientes como fósforo e nitrogênio.

Segundo Simone, aguapé é uma das várias plantas aquáticas que podem ser utilizadas no tratamento de esgoto. Flutuante, a espécie utiliza os arênquimas, pequenos bulbos cheios de ar, para sustentar o seu peso fora da água.

“Essa planta é muito eficiente. A remoção de DBO é em média de 70%”, disse a bióloga, se referindo à Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), um parâmetro que analisa a quantidade de oxigênio exigida de um corpo d'água, medindo indiretamenmte a quantidade de matéria orgânica - quanto mais matéria orgânica, maior é a pressão sobre o oxigênio existente no lago e mais "poluída" está a água.

Toda semana, os técnicos do refúgio retiram grandes quantidades do aguapé da lagoa de tratamento.

O esgoto que chega à lagoa de tratamento do refúgio vem de algumas casas da Vila C e da parte administrativa do RBBV. Para medir a eficiência da retenção de matéria orgânica pelas plantas, é feita uma coleta na entrada e outra na saída da lagoa. As duas amostras são, então, comparadas sendo medida a DBO de cada uma. A água tratada pode, enfim, chegar ao lago, sem causar passivos ambientais.

A engenheira civil Lissa Maria Nock da Divisão de Serviços, da Coordenação, também participa dos estudos.

Por estarem em uma área de nutrientes fartos, os aguapés se multiplicam muito rapidamente. “Toda semana são retiradas grandes quantidades da planta do lago”, disse Simone. A cobertura vegetal na estação de tratamento, além de dar um aspecto paisagístico mais agradável, reduz o odor do esgoto no local.





Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...