A Estação Experimental Agronômica da UFRGS (EEA) oferece curso prático de podas e condução em rosáceas, com foco nas culturas de ameixeira, macieira, pereira e pessegueiro. O evento acontece no dia 12 de julho, na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, localizada na BR-290, km 146, Eldorado do Sul/RS.
O curso é conduzido pelo professor Gilmar Marodin e pelo engenheiro agrônomo Cassiano Vasconcelos e oferece certificado com duração de 8 horas letivas. Para participar, é necessário ser engenheiro agrônomo ou estudante de Agronomia, com pré-requisito de já ter participado da disciplina de Introdução à horticultura. Os participantes também devem levar suas próprias tesouras de poda.
Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo telefone (55) 99605-3525 ou pelo e-mail cassianovs2@gmail.com .
Antes de saber comopodar rosas com sucesso, é preciso conhecer algumas técnicas. Mas antes, vamos falar um pouco dessa linda planta. A preferida de milhões de pessoas.
Então, uma planta que apesar de ter espinhos que requerem cuidados no seu manuseio e cultivo, também é a flor símbolo do amor, do carinho e da fraternidade. Portanto, quanto mais conhecemos as roseiras mais surgem novidades sobre as mesmas e maior é a nossa admiração por elas, não é mesmo?
Muitas pessoas tem pena de podar as roseiras. Mas é muito importante, pois sobretudo é a poda que estimula a fortificação e a fim de que a planta tenha uma grande produção de rosas. Então, para ter rosas como essas da foto, você precisa necessariamente, fazer a poda!
Modalidades de roseiras – Saiba como podar rosas
Roseiras são plantas que existem em várias modalidades, que vão das minis roseiras, às roseiras trepadeiras, rosas gigantes, rosa dobradas e as simples que também são belas.
Além disso, as roseiras podem dar rosas de todas as cores: do branco intenso à rosa negra. Uma curiosidade é que tem algumas espécies de plantas que são chamadas de rosa, mas que não são da família das rosáceas, como por exemplo a rosa-do-deserto.
Dormência – quando se faz a poda de roseiras
As roseiras são plantas caducifólias. Ou seja: uma vez ao ano renovam todas as suas folhas. Não deixa de ser um processo de higiene, pois a planta deposita seus excrementos na folha que quando morre, joga esses excessos que já não são mais úteis para fora do seu organismo. Legal, não é mesmo?
Além disso permitem que sol chegue no centro da planta, o que é importantíssimo para seu desenvolvimento.
Quando entram em dormência, todos os tipos de roseiras diminuem a produção de flores. Isso acontece no fim do outono e no decorrer de todo o inverno.
Então, no hemisfério Sul o inverno é o tempo para poda de rosas. Mas não esqueça de deixar o período de geadas passar, pois elas podem danificar muito os novos brotos. Então, se puder, deixe para fazer a poda de rosas bem no finalzinho do inverno. Viu como não é difícil saber como podar rosas?
Em que lua se faz a poda de roseiras?
As pessoas tem uma grande dúvida quando querem aprender como podar rosas; e geralmente, perguntam se há uma lua própria para a fazer a poda das roseiras? Não há nenhuma evidência científica.
Mas há uma certeza popular que as roseiras devam ser podadas nas luas nova e/ou crescente. E o Jardineiro Amador já fez essa experiência. E por mais incrível que possa parecer, as roseiras podadas nessas luas produzem mais flores.
A poda de roseiras feita anualmente, de forma regular auxilia no crescimento das plantas e produção de flores. Essa foto é de uma roseira amarela plantada e cuidada pelo Jardineiro Amador. Veja, então, se temos ou não temos razão?
Passo a passo de como podar rosas
Primeiro de tudo você deve ter uma boa tesoura para usar na poda de rosas. Ela deve estar bem afiada e limpa (esterilize com fogo, água sanitária ou álcool) para não magoar os galhos podados.
A poda pode ser de formação para os tipos de roseiras que são trepadeiras, por exemplo, dando às mesmas a forma e a condução que se deseja, permitindo o arejamento e a entrada de sol na planta, eliminando-se os ramos secos, fracos ou doentes. Para saber como podar rosas, portanto, você deve seguir a risca esses segredinhos.
Já na poda de limpeza são eliminados os ramos improdutivos ou mortos ou que estão muito compridos. Muitas plantas precisam de podas para produzirem mais flores e terem saúde.
Identifique o caule da roseira. Dele saem os ramos. Esses devem ser podados. Contudo, preservando-se o caule. Portanto, não tenha medo. Pode todos os galhos que saem do caule. Mas antes, identifique o gomo ou nó (olho de broto) para fazer o corte correto.
Esses gomos ou nós (olhos de broto) estão sempre onde saem as folhas. É recomendável deixar sempre dois olhos de broto e que se faça o corte a um ou dois centímetros do gomo.
Em que ângulo o corte dos ramos das rosas deve ser feito?
Entretanto, temos uma dica muito importante quando você for aprender como podar rosas é cortar sempre na diagonal, num ângulo de 45º (faça como na foto deste post) para que a água das chuvas e das regas não se acumulem, propiciando o aparecimento de fungos e doenças. Assim também deve se proceder quando se colhem as flores.
Desta forma, lembre-se que para sua roseira ter saúde ela precisa estar sempre limpa, com a retirada de todas as folhas e flores secas. No entanto, nunca jogue os restos de poda e de limpeza perto da planta para não atrair pragas. Porém, jamais se esqueça de usar os galhos podados para fazer novas mudas ou mesmo enxertia.
Contudo, não se esqueça de um detalhe muito importante: após a poda, leve para longe da planta mãe, todos os ramos, folhas e flores retiradas para evitar a atração de pragas, como fungos, ácaro, cochonilhas, formigas, pulgão, etc.
Use os galhos podados para fazer mudas
No momento em que estiver fazendo a poda, você vai ter uma grande oportunidade de fazer uma seleção de excelentes estacas retiradas da sua roseira, para fazer mudas.
E, a época das mudas serem feitas é exatamente nos meses de dormência da planta. Por isso, aproveite…
Logo depois de fazer a poda, faça uma seleção dos galhos podados que sejam os mais viçosos e saudáveis. Pode ser galhos com subdivisões na parte superior. Corte as pontas e deixe com pelo menos 30 centímetros, retirando as folhas.
Seja como for, nunca se esqueça de manter os ângulos dos cortes.
Antes de tudo você deve procurar usar um bom enraizador. No momento em que fizer a seleção das estacas para fazer as mudas, prepare uma vasilha com água com o enraizador. Temos um vídeo bem legal, ensinando a fazer enraizador natural.
Deixe os galhos ou estacas que formarão as mudas mergulhados na água com enraizador por pelos menos 2 dias.
Neste ínterim, prepare vasos com terra orgânica para plantar e fazer as mudas. Faça uma pequena cavidade com um perfurador, enterre a estaca na terra por cerca de 10 centímetros e deixe em local bem iluminado sem pegar sol direto. Faça uma rega leve, uma vez por semana.
Se puder, use um esteio para amarrar a estaca, evitando que elas se mova. Como resultado, ela vai formar melhor o processo de enraizamento.
Assim que você notar que os brotos estejam saudáveis e viçosos, já pode fazer o transplante das mudas, com todo o cuidado para o lugar definitivo.
Devo adubar as roseiras quando fizer a poda?
A resposta é sim!
Do mesmo modo que as roseiras precisam de uma poda anual, elas necessitam de adubações e, como já dissemos, limpezas constantes.
De tal forma que a adubação fortifica a planta, entregando os nutrientes que necessita para o seu completo e saudável desenvolvimento.
Assim como as pessoas, as plantas também precisam ter uma alimentação balanceada e correta.
Seja como for, acerta na adubação é ter a certeza de ter floradas constantes, intensas, com plantas saudáveis que trazem alegria e colorido para a casa e jardim.
Então, além de saber como podar rosas, você deve saber também como adubar rosas.
Em primeiro lugar, como referido, a poda das roseiras se faz uma vez ao ano.
Ao passo que a adubação deve ser feita, no mínimo 4 vezes ao ano quando as roseiras estiverem plantadas na terra.
Com toda a certeza, se as roseiras estiverem plantadas em vasos, você você deve fazer adubação mensal
De tal sorte que adubando, terá resultados muito melhores e surpreendentes.
Como fazer a adubação das roseirasem canteiros
De acordo com a natureza dessa planta, ela é muito sensível. Em contrapartida, se você fizer o manejo correto, pode ter roseiras por muitos anos.
Existem plantas com vida muito longa, que podem facilmente ultrapassar 40 anos ou mais.
Dessa forma, tome todo o cuidado quando for fazer as adubações.
Só para exemplificar, escolha um adubo de boa qualidade. De preferência orgânico.
Faça três furos em forma de triangulo ao redor da roseira. Mas tenha cuidado! Mantenha uma distância de pelo menos 20 centímetros do pé da roseira em cada furo.
Os furos devem ter uma profundidade de pelo menos 10 centímetros de tal sorte que possam ser completados com o adubo na quantidade de 500 gramas gramas por pé.
Dessa maneira, complete os furos com o adubo fertilizante. Depois que completar, cubra com uma leve camada de terra.
Outra técnica muito legal é a do coroamento, se bem que exige alguma experiência é muito cuidado.
Cave um círculo de cerca de 5 centímetros de profundidade ao entorno de toda a base da roseira, mantendo uma distância de pelo menos 20 centímetros de raio. Não afunde mais que isso com a finalidade de não lesar as raízes.
Em seguida preencha esse sulco com o adubo ou esterco, conforme comentamos abaixo.
Em princípio o processo de adubação de roseiras plantadas em vaso é o mesmo que as roseiras plantadas na terra.
Entretanto, em roseiras plantadas em vasos, evite de todas as formas fazer o coroamento.
Não se esqueça, também, que os vasos precisam ser bastante grandes. O ideal é que tenha capacidade de pelo menos 100 litros de terra. Assim também, devem ter boa profundidade com o fim de permitir que as raízes das roseiras se alastrem com conforto.
O que muda é a frequência, que de acordo como já referimos, o ideal é que seja mensal.
Outra dica muito legal, é você mudar a cobertura da terra do vaso, sempre que efetuar a poda da roseira.
Desse modo, você vai repor os nutrientes necessários com a finalidade de manter a fortificação da planta.
Assim sendo, use uma pazinha de jardinagem e remova uma capa de cerca de 5 centímetros da terra que recobre o vaso. Em seguida, reponha essa camada usando uma terra orgânica renovada, de boa qualidade.
Antes de mais nada, faça tudo com muito cuidado, sempre evitando lesionar as raízes mais superficiais da roseira.
Da mesma forma, em seguida, faça uma rega bem leve.
Que adubo ou substrato fertilizante usar nas roseiras?
Com toda a certeza, quem planta roseiras quer colher muitas rosas, não é mesmo?
Então existem vários adubos e substratos que podem ser utilizados.
Antes de mais nada, não se pode esquecer que a adubação deve ocorrer desde o plantio e por toda a vida das roseiras.
Finalmente agora que suas roseiras estão plantadas, seja na terra ou em vasos, é hora de escolher o adubo certo.
Nós, do Jardineiro Amador, preferimos produtos naturais e orgânicos.
Então, se você tiver acesso a esterco de currar curtido, pode usar. Mas tome cuidado para que esteja bem curtido. Pode ser estrume de gado, porco, aves ou carneiro. Em princípio evite esterco de cavalo. Sempre procure saber a procedência antes de usar.
A fim de atender nossos amigos e amigas, o Jardineiro Amador desenvolveu um excelente adubo que pode ser usado com toda a segurança e confiança nas suas roseiras plantadas na terra ou em vasos.
Temos alguns belos vídeos no nosso canal no YouTube. ensinando a podar roseiras.
E, também, temos muito material ensinando como cultivar todos os tipos de roseiras, como fazer mudas de roseiras por estaquia e como fazer enxerto de roseiras aqui no nosso site e no YouTube.
Ademais, você encontra todos os produtos que precisa para sua casa e jardim em nosso site. Nas nossas redes sociais também temos posts sobre adubação de roseiras com nossos substratos fertilizantes.
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A babosa, também conhecida como aloe vera, é uma planta bastante versátil e cheia de benefícios. Utilizada há milhares de anos para fins medicinais e cosméticos, a babosa também pode ser uma ótima aliada na jardinagem. Se você é um entusiasta do café e está expandindo seus conhecimentos sobre plantas, saiba que é possível fazer um fertilizante de babosa para suas plantas, incluindo aquelas que você utiliza para preparar seu café favorito. Neste artigo, vamos te ensinar como fazer esse fertilizante de forma simples e eficaz.
Benefícios da babosa para as plantas
Antes de aprendermos a fazer o fertilizante de babosa, é importante entendermos por que essa planta é tão benéfica para o cultivo de outras plantas. A babosa possui um gel mucilaginoso, rico em nutrientes essenciais para o crescimento saudável das plantas. Além disso, ela contém enzimas que ajudam a decompor a matéria orgânica, melhorando a qualidade do solo.
O gel da babosa é composto por uma grande quantidade de água, vitaminas, aminoácidos, minerais e fitonutrientes. Essa combinação de nutrientes torna a babosa um fertilizante natural excelente para promover o crescimento e a saúde das plantas.
Como fazer o fertilizante de babosa
Agora que você entendeu os benefícios da babosa para as plantas, vamos aprender como fazer o fertilizante. O processo é simples e requer apenas alguns ingredientes básicos.
Ingredientes: – 1 folha de babosa – 1 litro de água – Liquidificador ou processador de alimentos – Recipiente para armazenar o fertilizante
Passo a passo: 1. Comece selecionando uma folha de babosa saudável. Certifique-se de escolher uma folha grande e robusta, pois estas contêm mais gel. 2. Lave bem a folha de babosa para remover qualquer sujeira ou resíduo. 3. Com cuidado, retire a casca da folha de babosa, expondo o gel. Utilize uma faca afiada para fazer um corte longitudinal na folha e, em seguida, raspe o gel com uma colher. 4. Coloque o gel da babosa no liquidificador ou processador de alimentos. 5. Adicione a água e bata por alguns minutos, até obter uma mistura homogênea. 6. Despeje o líquido em um recipiente adequado para armazenar o fertilizante. É importante escolher um recipiente que possa ser vedado, para evitar a evaporação dos nutrientes. 7. Deixe o fertilizante descansar por pelo menos 24 horas antes de utilizá-lo.
Como utilizar o fertilizante de babosa
Agora que você já sabe como fazer o fertilizante de babosa, é hora de utilizá-lo nas suas plantas. A quantidade e a frequência de aplicação do fertilizante irão depender do tipo de planta que você está cultivando. No entanto, como regra geral, recomenda-se diluir o fertilizante em água antes de aplicá-lo.
Para plantas de interior, dilua 1 parte de fertilizante de babosa em 3 partes de água. Aplique a solução diretamente na terra, ao redor da base da planta. Evite aplicar a solução diretamente nas folhas, pois isso pode causar queimaduras.
Para plantas de jardim, dilua 1 parte de fertilizante de babosa em 5 partes de água. Utilize um regador ou borrifador para distribuir a solução sobre o solo, ao redor das plantas.
É importante lembrar que o fertilizante de babosa não deve substituir completamente outros fertilizantes convencionais. Ele pode ser utilizado como um complemento, para fornecer nutrientes extras às plantas. Procure alternar o uso do fertilizante de babosa com outros fertilizantes orgânicos ou químicos, de acordo com as necessidades das suas plantas.
Outras formas de utilizar a babosa no jardim
Além de fazer um fertilizante de babosa, você pode utilizar essa planta de outras formas no seu jardim. A babosa pode ser plantada diretamente no solo, tanto em vasos quanto no jardim, e suas propriedades benéficas irão se estender às plantas ao redor.
Outra forma de utilizar a babosa é fazer um chá com as folhas. Basta ferver algumas folhas de babosa em água por cerca de 15 minutos. Deixe o chá esfriar e utilize-o para regar suas plantas. O chá de babosa é rico em nutrientes e pode ajudar a fortalecer as plantas, prevenindo doenças e pragas.
Conclusão
A babosa é uma planta incrível, com benefícios que vão além da medicina e da cosmética. Fazer um fertilizante de babosa para suas plantas é uma ótima maneira de aproveitar os nutrientes e as propriedades dessa planta, garantindo o crescimento saudável e vibrante das suas
Siga estas etapas para garantir que ao podar uma roseira elas prosperem:
Remova todas as folhas restantes. Pois, isso permite que você veja a estrutura do arbusto e veja claramente todas as bengalas (hastes). Além disso, esse passo também remove quaisquer pragas ou doenças que possam estar escondidas na folhagem.
Comece com madeira morta. Como você sabe que está morto? Corte ele, marrom está morto, verde está vivo.
Abra o centro da planta. Retire todos os ramos que se esfregam, causando danos e encorajando doenças. Pois o objetivo é ter galhos ascendentes com uma estrutura aberta.
Remova qualquer crescimento fino e fraco. Remova brotos, galhos novos, eu gosto de deixar apenas o caule principal.
Podar os galhos restantes. Corte 1 dedo acima de um nó voltado para fora (uma pequena saliência encontrada onde uma broto nasce). Dessa forma novos caules cresceram, trazendo novas rosas. Faça cortes em um ângulo de 45 graus inclinado, isso vai permitir que a água escorra.
Sele os cortes. Proteja os caules recém-cortadas, porque pode causar podridão, sele as feridas com própolis.
Limpar. Limpe a bagunça e se preferir faça mudas novas com os galhos saudáveis.
Fertilize suas rosas. Além disso, aproveite para fertilizar (link para youtube) suas rosas, elas gostam de solo rico. Isso fica a sua escolha do que ira usar.
Carta já conta com o endosso de mais de 1.000 entidades
Coletivo com a participação de movimentos e instituições do Rio Grande do Sul lançou um documento, intitulado “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza”, que propõe medidas para a reconstrução do estado após a tragédia climática que causou quase 200 mortes. O grupo conta com o endosso de mais de 1.000 entidades.
Uma das principais medidas apontadas é a criação de agroflorestas, que permite conciliar a produção com a preservação da natureza. Esse sistema imita o que a natureza faz normalmente, com diversos tipos de plantação juntos, com o solo sempre coberto. O sistema mistura culturas de importância agronômica com plantas nativas.
“Isso vai ajudar a infiltrar a água no solo para que chegue nos lençóis freáticos. Isso permite uma camada de matéria orgânica, o que retém água e isso pode ser usado para o próprio ecossistema, mas também provoca um ‘efeito esponja’”, explica Gabriela Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS.
“Só é possível a gente avançar através da reestruturação dos solos, que fazem a água infiltrar, não ganhar muita velocidade”, completa o produtor rural Vicente Guindani.
A ideia das agroflorestas, inclusive, já consta no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), como aponta Nilton Tavares, advogado, socioambientalista e mestrando em Desenvolvimento Rural. “A agrofloresta vem dentro da agroecologia como uma das soluções que presta um serviço ecossistêmico. A gente já tem no próprio plano nacional de adaptação como estratégia esse tipo de solução”.
A ideia das agroflorestas consta no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, instituído em 10 de maio de 2016 pelo governo federal. Foto: reprodução/ Pretaterra
Impacto das chuvas no RS poderia ter sido menor com preservação ambiental, diz coletivo
Muitas das medidas apontadas pelo coletivo já poderiam ter sido implementadas como forma de mitigar os impactos das mudanças climáticas no estado do Rio Grande do Sul e em outros lugares.
Ao contrário disso, no entanto, o que se viu no Rio Grande do Sul foi o afrouxamento da legislação ambiental em muitos sentidos, como explica a bióloga Kátia Zanini. “Cada vez mais a gente sabe que a legislação tem sido flexibilizada e isso é um dos problemas. Isso, no mínimo, agravou o problema das enchentes”.
“Um dos elementos essenciais é restaurar tanto as áreas de encosta, que são áreas de riscos, quanto as áreas de mata ciliar. Já se tem um conhecimento amplo de restauração ambiental que possibilita inclusive práticas produtivas. Às vezes, se coloca que preservação seria uma visão apenas conservacionista, mas hoje se tem possibilidade de se restaurar uma área de APP (Área de Preservação Permanente) e ter atividades produtivas junto dessa área”, completa.
Grupo propõe medidas para povos tradicionais
Um outro eixo das propostas contidas na “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza” foca nos povos tradicionais do Rio Grande do Sul, como a população ribeirinha, quilombolas, comunidades pesqueiras, entre outros. De acordo com o coletivo, esses grupos já possuem a expertise das agroflorestas.
“O programa proposto é que essas comunidades possam ter um olhar adequado das políticas públicas. Que se olhe para esses grupos, essas populações, que foram muito impactadas, mas que já têm expertises na construção de agroflorestas”, resume Gabriela Coelho.
“A ideia é a construção de moradias que possam ajudar na questão do fluxo das águas, além da ampliação das áreas para que sejam mais seguras para moradia e conviver com esses fluxos de água”, completa.