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Milho mais leguminosa |
O plantio de culturas consorciadas é uma prática da qual, principalmente o agricultor familiar não pode abrir mão. Com
o consórcio o produtor minimiza os riscos de seu trabalho, em especial,
onde as condições climáticas não são regularmente favoráveis. A
monocultura não deve existir para ele, diversificar é uma questão de
sobrevivência.
O cultivo de duas espécies numa mesma área, entre uma gramínea e uma leguminosa, conhecido como
consórcio, é uma forma de aumentar a quantidade de nitrogênio no solo,
através da fixação biológica do nitrogênio atmosférico pela leguminosa, com evidente aumento de produtividade pelas duas culturas.
Milho
e feijão formam o consórcio mais antigo e também conhecido por pequenos
agricultores, no entanto a incorporação de nitrogênio é pequena e as
duas culturas têm ciclo curto, deixando o solo descoberto pelo restante
do ano. O consórcio de milho com
mucunas, feijão de porco ou feijão guandu tem se mostrado eficiente em
diversos aspectos, principalmente para pequenos agricultores, no sentido
de manter o solo coberto durante o ano todo, evitando a incidência de
plantas daninhas e melhorando as propriedades do solo.
Gessi Ceccon, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, participa do programa e destaca que, com
o consórcio, o agricultor terá a produção de grãos e de sementes de
adubo verde além dos benefícios que a leguminosa traz para o solo da sua
propriedade. “Um dos grandes problemas das pequenas propriedades é
adquirir essa semente de adubo verde. É difícil alguém que seja produtor
de sementes de adubo verde. Aí está o diferencial que garante um lucro
certo nesse modelo de consórcio”, explica.
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crotalária |
A produção de sementes de adubos verdes em consórcio com
milho é uma tecnologia que pode viabilizar o cultivo de grãos nas
pequenas propriedades, além de aumentar o aporte de matéria orgânica ao
solo, com maior fornecimento de nitrogênio e incremento na produtividade das culturas.