Aprenda a fazer compostagem em sua casa
A baiana Clara Corrêa, profissional de mídias digitais, ainda morava em São Paulo quando conheceu a prática da compostagem, técnica que reaproveita os chamados resíduos orgânicos que as pessoas costumam jogar diariamente nas lixeiras, o que contribui para a sobrecarga dos aterros sanitários. Misturados ao lixo comum, esses resíduos podem gerar efluentes que contaminam os lençóis freáticos, a atmosfera e o solo.
“Foi por meio do projeto Composta SP (que conheci a prática), que visava a compostagem doméstica. Meu namorado e eu morávamos em um apartamento pequeno, mas conseguimos arrumar um cantinho para a composteira na varanda e foi uma experiência muito legal, pois, além de reduzir muito lixo, a gente conseguia material para a adubagem, tanto o chorume quanto o composto sólido, que chegávamos a doar para o condomínio, porque nossas plantinhas de casa não davam conta”, relata.
Antes disso, no entanto, ela teve que convencer o namorado a comprar a ideia.
“Achava que iria feder e atrair bichos, o que não se confirmou. Quando isso ocorre é porque o usuário da composteira deixou de seguir as instruções corretas”, explica Clara, que também é criadora do blog Simplificando, onde dá dicas de sustentabilidade e qualidade de vida.
O processo de vermicompostagem (um dos mais praticados) funciona assim: a pessoa adquire uma composteira, conjunto de três caixas de plástico dotadas de divisórias. Duas se revezam no recebimento dos resíduos orgânicos, como casca de frutas, restos de legumes e mesmo podas de jardim. A terceira caixa acumula o excesso de líquido produzido no processo, chamado de composto líquido. Colocam-se os resíduos orgânicos produzidos no dia pelo domicílio em uma das caixas e cobre-se com matéria vegetal seca (serragem ou folhas secas). Em aproximadamente 60 dias, as minhocas nas caixas já fizeram seu trabalho, se alimentando dos resíduos, transformando-os em húmus.
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