AMENDOIM FORRAGEIRO OU GRAMA AMENDOIM |
adubação verde
Devem ser escolhidas para esta prática, espécies que produzam PLANTAS que produzem grande quantidade de matéria seca,resistentes ao ataque de pragas e moléstias, que possuam sementes uniformes e de bom poder
germinativo, com exigência relativamente baixa quanto ao preparo e fertilidade do solo, de rápido
crescimento, precoce, de fácil manejo, de sistema radicular profundo e que dispensem tratos culturais.
As espécies utilizadas como adubo verde se dividem em plantas de verão, normalmente leguminosas
plantadas no início das chuvas e manejadas até o final das chuvas, e as de inverno
(leguminosas e gramíneas), plantadas no final das chuvas e manejadas quando em pleno florescimento.
Crotalária breviflora (Crotalaria breviflora): Leguminosa anual arbustiva de porte baixo (60 a 120 cm),
de crescimento rápido e ciclo curto, pouco ramificada e eficiente na diminuição das populações de
nematóides. As plantas não suportam geadas mas são pouco atacadas por pragas e doenças.
O manejo se faz aos 100 dias, época do florescimento com roçadeira ou trituradores.
Crotalária juncea (Crotalaria juncea L.): Leguminosa anual de porte ereto, de crescimento rápido
(mais de 3 m de altura), boa cobertura do solo e alta produção de fitomassa, caule semilenhoso,
com efeito alelopático e/ou supressor de invasoras bastante expressivo, comportando-se bem em solos arenosos e argilosos, não suportando geadas e tombando com ventos fortes. Muito empregada em reforma de
pomares e áreas com problemas de nematóides, apresentando boa resistência à seca, pois seu
sistema radicular atinge até 4,6 m de profundidade, porém, 80% dele encontra-se nos primeiros 30 cm
do solo. Apresenta ótimo rendimento em material verde, incorporando N, P2O5 e K2O. Do caule se
extrai fibra para a indústria de papel, devendo ser manejada após a floração (110 a 140 dias).
Crotalária spectabilis |
(Crotalaria spectabilis Roth.): Leguminosa anual
subarbustiva, de porte alto (1,0 a 1,5 m),
apresenta dificuldade na germinação e
crescimento inicial lento, controladora de algumas
espécies de nematóides, possui raiz pivotante
profunda, podendo romper camadas compactadas
. Não suporta geadas, mas comporta-se bem em
solos argilosos e arenosos. O plantio convencional ocorre de setembro a dezembro e o florescimento,
aos 120-140 dias. Não recomendada para
alimentação animal, mas utilizada como planta
atrativa de lagartas em cultivos consorciados.
Lab-lab (Dolichos lablab L. ou
Lablab vulgaris Savi): Leguminosa anual ou
bianual de hábito indeterminado. Adapta-se a
solos argilosos a arenosos com melhor performance nos bem drenados e férteis, tolerando secas e
resistente a geadas. Usada na alimentação animal como forragem verde ou ensilada com milho ou
sorgo para bovinos e eqüinos. Semeadura convencional de setembro a dezembro e manejo
recomendado no florescimento/início da formação de vagens (130 a 180 dias). Tem as desvantagens
de ser suscetível ao ataque de vaquinha (Cerotoma sp, Diabrotica speciosa), não apresentar boa
nodulação e ainda ser multiplicadora de populações de nematóides.
Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis (L.) DC.): Leguminosa anual ou bianual herbácea, rústica,
de crescimento inicial lento, ereto e hábito determinado (60 a 120 cm de altura), resistente a altas
temperaturas e à seca. Tolerante a sombreamento parcial e a geada, adaptando-se a diferentes tipos
de solo, inclusive solos pobres. Semeadura convencional de setembro a dezembro e manejo no
florescimento/início da formação de vagens (100 a 120 dias). Promotora de boa cobertura do solo,
com efeito alelopático às invasoras, atuando eficientemente no controle da tiririca (Cyperus sp). O
avantajado tamanho das sementes leva a um gasto elevado na implantação. Esporadicamente sofre
ataque de vaquinha (Diabrotica speciosa), sendo hospedeira da mosca-branca (Bemisia tabaci),
transmissora do VMDF (vírus do mosaico dourado do feijoeiro) e de outras viroses do feijoeiro comum.
GUANDU |
arbustiva anual, bianual ou semiperene,
crescendo bem em solos argilosos e arenosos,
tolerante à seca e não tolerante a umidade
excessiva nas raízes. Planta rústica, pouco
exigente em fertilidade, produtora de grãos e
forrageira rica em proteínas para a alimentação
animal (pastejo, corte, silagem e feno),
com semeadura convencional de setembro a
dezembro. O manejo para adubação verde deve
ser feito aos 140 a 180 dias, fixando elevada
quantidade de nitrogênio e grande produtora de
fitomassa. Utilizada em rotação e associações
de cultivos; em consorciação com gramíneas
anuais e em cultivo intercalar a culturas perenes.
Sistema radicular pivotante bastante agressivo,
que penetra em solos compactados e adensados, capaz de reciclar grande quantidades de nutrientes no solo. Embora semiperene, deve ser cultivada por no máximo
2 anos, devido ao engrossamento dos troncos, que se tornam muito lenhosos, dificultando o manejo
do material para adubação verde, quando a mesma planta é cultivada por vários anos.
Guandu-Anão (Cajanus cajan L. Millsp): Leguminosa anual, de cilclo curto (90 a 120 dias), porte baixo
(0,8 a 1,2m), crescimento rápido e arbustiva. Pode ser utilizada em rotação, consorciada e como
forrageira. No caso do citros é mais usada no sistema intercalar, devido ao baixo porte, permitindo
o trânsito dos equipamentos para operações de adubação e pulverização.
Mucuna-Preta (Stizolobium aterrimum = Mucuna aterrima): Leguminosa anual, de crescimento rasteiro
e indeterminado, ramos extremamente trepadores, rústica, resistente à seca, sombra, temperaturas
elevadas e ligeiramente resistente ao encharcamento, desenvolvendo-se bem em solos pobres e
atuando no impedimento da multiplicação de nematóides. Semeadura convencional, de setembro a
início de janeiro e manejo após o florescimento aos 140 a 170 dias. Utilizada como forrageira, os grãos
são ricos em proteína para animais, porém as plantas são suscetíveis à cercosporiose e às viroses.
Em citros deve ser bem manejada devido ao hábito trepador.
Mucuna-Anã (Mucuna deeringiana ou Stizolobium deeringianum, Steph e Bart = Mucuna pruriens):
Leguminosa anual herbácea, ereta, de crescimento determinado, com altura em torno de 40 a 80 cm,
resistente à seca, desenvolvendo-se bem em solos argilosos e arenosos e de baixa fertilidade.
Semeadura convencional, de setembro a janeiro e manejo devendo ser realizado do florescimento
ao início do enchimento de vagens (80 a 100 dias). Recomendada para plantio intercalar, em função do
hábito determinado e não-trepador e não apresentar problemas com pragas. Em algumas regiões
verifica-se suscetibilidade à cercosporiose, mas não a ponto de inviabilizar seu cultivo.
LAB LAB |
Leguminosa anual ou bianual de hábito
indeterminado. Adapta-se a solos argilosos a arenosos
com melhor performance nos bem drenados e
férteis, tolerando secas e resistente a geadas.
Usada na alimentação animal como forragem verde ou
ensilada com milho ou sorgo para bovinos e eqüinos.
Semeadura convencional de setembro a
dezembro e manejo recomendado no florescimento/
início da formação de vagens (130 a 180 dias).
Tem as desvantagens de ser suscetível ao ataque de
vaquinha (Cerotoma sp, Diabrotica speciosa),
não apresentar boa nodulação e ainda ser multiplicadora
de populações de nematóides.
Fonte: http://www.estacaoexperimental.com.br/documentos/BC_09.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário