Uma reunião nacional da Sociedade Americana de Química, em Boston (Massachussets, EUA), terminou concluindo que frutas vermelhas – tais como morango, framboesa e amora, que em inglês são identificadas por terminar com “Berry” – são úteis para desacelerar o processo de desgaste natural do cérebro, ou seja, retardam o envelhecimento de nosso sistema nervoso.
O motivo: alguns compostos químicos, presentes nestas frutas, limpam e
reciclam proteínas tóxicas, que ocorrem naturalmente e são responsáveis
pelo declínio gradativo das capacidades mentais e pela perda de
memória. Tais compostos naturais são os polifenóis, que além destas
frutas também podem ser encontrados (em quantidade um pouco menor) em
legumes e nozes.
Os polifenóis têm um antioxidante e exercem efeito anti-inflamatório que pode proteger contra a degradação cerebral que vem com a chegada da “melhor idade”.
Os polifenóis têm um antioxidante e exercem efeito anti-inflamatório que pode proteger contra a degradação cerebral que vem com a chegada da “melhor idade”.
Os testes para comprovar essa tese foram especialmente preparados
para serem apresentados na conferência em Boston. Apesar de um
experimento como este não ser dos mais perigosos, foi inicialmente
testado em ratos. Os cientistas passaram a alimentar os camundongos
perto do final da vida (eles, assim como as ratazanas, vivem entre 2 e 3
anos), durante dois meses, com porções de morango, mirtilo (também
chamado de uva-do-monte, é outra frutinha do grupo com propriedades
quase miraculosas) ou amora. Os exames mostraram uma reversão do
declínio relativo à idade nas funções nervosa e comportamental que
envolvem o aprendizado e a memória nos ratos.
Os pesquisadores, no entanto, não têm dúvidas de que os mesmos
efeitos são observados em humanos. Isso porque os nutrientes das frutas e
os compostos tóxicos que elas limpam são os mesmos, entre ratos e
humanos. A alimentação, assim, desempenha na sanidade mental dos
velhinhos um papel mais importante do que imaginamos. [WebMD]
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