quinta-feira, 27 de outubro de 2022

20 Espécies nativas para arborização urbana

 

Fonte: archdaily

Não há dúvidas que as árvores são essenciais para a qualidade de vida. Têm impacto na sustentabilidade econômica, social e ambiental das cidades e suas vantagens são muitas: contribuem para o conforto visual e ambiental, ajudam a reduzir a poluição do ar e sonora, servem de refúgio e alimento para animais, criando ambientes mais verdes e mais agradáveis. Além disto, tem papel fundamental na redução do efeito das ilhas de calor em centros urbanos. É considerado arborização urbana as árvores que compõem o cenário urbano, e podem estar não apenas plantadas nas calçadas das cidades, mas inclui também praças, parques, canteiros e demais logradouros públicos, e além dos jardins privados. No entanto, existe uma série de recomendações que os projetistas devem seguir na ocasião da escolha da espécie de árvore para sua utilização em ambientes urbanos, como já publicamos por aqui as 25 espécies de árvores adequadas para calçadas urbanas.

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Comumente, as prefeituras disponibilizam um Plano de Arborização Municipal elaborado por corpo técnico especializado. Nele constam recomendações para o desenho, implementação, preservação e manejo da arborização urbana, confira se é o caso da sua cidade. Municípios como São PauloRio de JaneiroPorto AlegreGoiânia e outros já contam com um Manual. Arborização também exige planejamento; na hora da escolha das espécies, pode-se seguir inúmeros princípios de projeto, mas é fundamental levar em consideração alguns itens e ter cautela para evitar riscos e danos à paisagem urbana, como por exemplo:

  • Quando próximas às vias, não deve possuir frutos muito grandes, pois pode cair sobre pessoas ou carros.
  • Não possuir sistema reticular muito superficial nem muito agressivas, uma vez que podem romper calçadas e prejudicar instalações subterrâneas.
  • Evitar aquelas de crescimento muito rápido, pois apresentam madeira mais mole e frágil, e portanto, mais sucetível à quebra.
  • Evitar aquelas espécies que apresentam espinhos e propriedades tóxicas em suas folhas ou frutos.
  • Atentar para o porte da espécie arbórea e o local onde será plantada, observando características da copa e raízes, evitando interferências na rede elétrica.
  • Garantir uma área permeável em volta das árvores, permitindo espaço  para o desenvolvimento radicular e correta infiltração de água e aeração do solo.
  • Priorizar a diversidade genética nos projetos afim de evitar a propagação de doenças e propiciar diferentes estágios fenológicos.

No paisagismo de cidades, embora comumente também se utilizam espécies exóticas adaptadas, é sempre preferível optar por uma das inúmeras espécies nativas da flora brasileira. Antes de selecionar, verifique se está adequada para o tipo de clima e bioma de sua cidade, pois apesar de ser nativa do Brasil pode não ser o caso na sua cidade e a espécie pode prejudicar o equilíbrio do ecossistema local. Vale lembrar que as árvores nos ambientes urbanos estarão submetidas a condições diferentes daquelas presentes em ambiente natural, e a escolha correta da espécie é fundamental para não comprometer seu crescimento, adaptabilidade e desenvolvimento.

Conheça a seguir 20 espécies de árvores nativas indicadas para plantios de arborização urbana.

Pau-ferro | Caesalpinia leiostachya

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Pau-ferro | Caesalpinia leiostachya. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Nativa da mata atlântica, esta árvore de grande porte pode atingir até 30 metros de altura, com copa arredondada e ampla que pode chegar a 12 metros de diâmetro proporcionando boa sombra. Possui tronco ereto e ramificado de coloração clara e manchada, o que lhe confere caráter altamente ornamental. Importante ressaltar que apesar do seu grande porte, não possui raízes agressivas, sendo adequado para plantio em áreas urbanas onde possa desenvolver sua grande copa, principalmente grandes áreas abertas e longe de fiação elétrica. 

Sibipiruna | Caesalpinia peltophoroides

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Conjunto de Sibipiruna | Caesalpinia peltophoroides. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Esta árvore nativa da mata atlântica também é de grande porte, podendo atingir facilmente aos 20 metros de altura. Quando bem cultivada, pode chegar aos 100 anos, devido à suas características longevas. De caráter ornamental, não possui raízes agressivas, e apresenta intensa floração na cor amarela ouro em copa arredondada e ampla que proporciona boa sombra. Deve-se evitar seu plantio junto à rede elétrica.

Cambuci | Campomanesia phaea 

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Cambuci (Campomanesia phaea). Imagem via Wikimedia Commons, licença CC BY-SA 4.0

É uma pequena árvore semidecídua ornamental, de copa alongada e ereta, com flores brancas melíferas e frutos comestíveis e também muito apreciados pela fauna. O curioso formato do fruto lembra um pequeno disco voador. Nativa da Mata Atlântica e espontânea em maiores altitude, pode chegar de 3 a 5 metros de altura.

Guanhuma Cordia superba 

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Guanhuma (Cordia superba). Imagem © Sitio da Mata

Também conhecida como Jangada-do-campo, está árvore endêmica e nativa do Brasil possui de copa densa e porte considerado pequeno a médio, podendo atingir até 10 metros de altura. Apreciada por populações indígenas que a partir dela produzem uma aguardente, possui floração marcante branca que contrasta com as folhas escuras, e frutos suculentos muito atrativos à avifauna.

Mulungu Erythrina speciosa

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Flor do Mulungu | Erythrina speciosa. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Genuinamente brasileira, esta árvore decídua possui floração exuberante em forma de candelabro que cresce para o alto na cor vermelho intenso e muito atrativa para beija-flores e fauna em geral. Quando floresce no inverno, a árvore permanece destituída de folhagem enaltecendo sua beleza ornamental. Também nativa da mata atlântica, se adapta bem à climas de cerrado. É considerada de pequeno porte, atingindo de 4 a 6 m de altura.

Cereja-do-mato | Eugenia involucrata

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Cereja-do-mato (Eugenia involucrata. Imagem via viveirofeltrin.com.br

Esta é uma árvore nativa ornamental e frutífera, bastante atrativa para a avifauna. De porte pequeno a médio, pode chegar a 12 metros de altura, com uma copa decídua colunar e tronco reto e liso. A floração melífera é na cor branca e os frutos são comestíveis e saborosos - ambos ocorrem na primavera. É utilizada para reflorestamento por seu caráter nativo e grande atratividade de vida silvestre.

Pitangueira | Eugenia uniflora

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Pitangueira | Eugenia uniflora. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0
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Flor da Pitangueira | Eugenia Uniflora. © Malani Q. M.Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Árvore frutífera e ornamental nativa brasileira, de pequeno porte com altura de 2 a 5 metros como ocorre mais comumente, mas pode chegar a 10 m. É uma árvore rústica e exige pouca manutenção, tolera bem podas drásticas, e também é utilizada para reflorestamento. De caule tortuoso e copa arredondada bastante ramificada, produz pequenas flores brancas melíferas e deliciosos frutos vermelhos comestíveis - ambos muito apreciados pela fauna.

Jacarandá | Jacaranda mimosaefolia

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Conjunto de Jacarandás floridos | Jacaranda mimosaefolia. © Beatrice Murch Via Flickr. Licença CC BY 2.0

De origem sul americana, esta é uma das espécies mais utilizadas para arborização pública no Brasil, por sua rusticidade e de floração muito exuberante, nas cores roxa e lilás. Perde suas folhas no inverno, para florescer na primavera. É uma árvore decídua que pode chegar a 15 metros de altura, apresenta copa irregular, arejada e pouco rala.

Oiti | Licania tomentosa

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Oitis (Licania tomentosa). © Gabriel Pedrotti

Árvore brasileira já muito usada na arborização urbana sobretudo no sudeste do país, e que pode chegar a 15 metros de altura. Possui a copa farta e produz boa sombra, além de ser uma espécie frutífera comestível, com fruto com sabor que lembra a manga e bastante procurados pela fauna.

Jabuticabeira | Plinia grandifolia

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Tronco da Jabuticabeira com frutos | Plinia grandifolia. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0
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Detalhe Fruto Jabuticabeira | Plinia grandifolia. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Árvore brasileira com alguns sinônimos botânicos, esta espécie é muito celebrada por sua intensa floração e frutificação que surgem diretamente do caule. Surgindo na primavera, os frutos são comestíveis e assim como as flores, são apreciadas pela fauna diversa. Alcança até 8 metros de altura de copa frondosa bastante ramificada composta de pequenas folhas.

Araçá | Psidium cattleianum

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Araçá | Psidium cattleianum. © Candise Sorensen Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Espécie endêmica da mata atlântica, ocorrendo naturalmente da Bahia ao Rio Grande do Sul. É uma árvore de pequeno porte, de 3 a 6 metros de altura, perenifólia e ideal para ser cultivada sob fiação elétrica. Possui pequenas flores brancas melíferas que dão origem a frutos de cor amarela ou vermelha, comestíveis e também muito apreciada pela fauna. Também utilizada para recuperação de áreas degradadas.

Aroeira salsa | Schinus molle

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Aroeira salsa | Schinus molle. © Forest and Kim Starr Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Considerada espontânea em florestas de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, esta árvore perene de pequeno porte que pode chegar a 10 metros de altura, em copa globosa e ramos pendentes, indicada para plantio sob rede elétrica. Espécie pioneira, é bastante resistente, podendo tolerar sombreamentos médios e períodos de estiagem. Apresenta pequenas flores melíferas de pétalas brancas e pequenos frutos com cheiro de pimenta, atrativo para a avifauna. É atribuída às folhas e caule propriedades medicinais.

Aroeira | Schinus terebinthifolius 

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Aroeira (Schinus terebinthifolius). © Enio Pedrotti

Também conhecidas como pimenta-rosa, são árvores rústicas, perenes e de caule tortuoso. Possui floração branca de pouca relevância ornamental, mas assim como seus pequenos frutos vermelhos, são muito atrativos para a fauna e também para consumo humano, como tempero. De pequeno porte, pode atingir de 8 a 10 metros de altura. Pioneira, também é utilizada em reflorestamentos de áreas degradadas.

Canafístula Senna spectabilis 

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Canafístula em Rua de São Paulo| Senna spectabilis. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Também conhecida como Acássia, é uma árvore decídua brasileira nativa do nordeste, mas se adapta bem aos diversos climas brasileiros. Possui florescimento ornamental intenso na cor amarela. De pequeno porte, sua copa frondosa e arredondada pode chegar a 9 m de altura.

Canudo-de-pito |Senna bicapsularis

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Canudo-de-pito (Senna bicapsularis). Imagem via Modos de Olhar

Nativa da América do Sul, esta espécie de porte pequeno pode atingir até 5 metros de altura e copa arredondada e aberta, é ideal para plantio sob fiação elétrica. Exige pouca manutenção e tem crescimento rápido, com floração amarelo ouro marcante bastante atrativo para os insetos.

Ipê | Tabebuia spp 

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Ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha). © Gabriel Pedrotti

Um verdadeiro clássico do paisagismo brasileiro, esta é na verdade um gênero de árvores, que em sua grande maioria são nativas do Brasil. De floração exuberante, ocorre frequentemente sem a presença das folhas desta árvore caduca, e em diversas cores: amarelo, branco, rosa e roxo. Dependendo da espécie, podem atingir de 8 até 35 metros de altura.

Quaresmeira | Tibouchina granulosa

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Dupla de Quaresmeiras de diferentes cores | Tibouchina granulosa. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Está é uma espécie nativa da Mata Atlântica brasileira, considerada de pequeno porte, também já é muito utilizada na arborização urbana. Possui floração de caráter ornamental intensa e marcante, nas cores roxas ou rosadas. Altura média é de 8 a 12 metros, com uma copa arredondada bem distribuída.

Manacá-da-serra | Tibouchina mutabilis

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Manacá-da-serra | Tibouchina mutabilis. © mauroguanandi Via Flickr. Licença CC BY 2.0

Nativa da mata atlântica, esta árvore de pequeno porte é notável por sua intensa floração tricolor branca, rosa e violeta que ocorre simultaneamente. A cor da flor está relacionada com sua idade, desabrocham brancas, passam pelo rosa e vão se tornando violetas gradativamente. Pode chegar à 5 m de altura.

Tipuana | Tipuana tipu

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Tipuana (Tipuana tipu). Foto de Daniel Ventura, via Wikimedia Commons, licença CC BY-SA 3.0

Árvore decídua de grande porte nativa da América do Sul de copa ampla e densa, com floração marcante na cor amarela e altura superior a 12 m. Embora era comum sua utilização em ruas de centros urbanos brasileiros, hoje em dia recomenda-se evitar o plantio em calçadas e estacionamentos, pois apresenta crescimento considerado rápido, de madeira pouco resistente e propícia a quebras, além de suas raízes agressivas e grande porte. Ideal para utilização em canteiros centrais, parques e praças onde possa se desenvolver mais livremente.

Marinheiro Trichilia cathartica

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Marinheiro (Trichilia cathartica). Imagem via combatenteambiental.blogspot.com

Árvore nativa brasileira, possui folhas perenes em copa de forma elíptica, com floração branca que surge entre os meses de maio e junho. De pequeno porte, tem altura média entre 4 e 6 m, pode ser plantada sob rede elétrica.

Contribuíram Lorenzi (2006), Portal Embrapa, Fundação SOS Mata Atlântica.
Publicado originalmente em 26 de setembro de 2018. Atualizado em 20 de janeiro de 2021. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Mudas de flores em troca do que muitos consideram lixo !!

 

Fonte:jornal de floripa

No projeto Harmoniza Chapecó a população tem incentivo para descartar corretamente o resíduo orgânico. Entenda como funciona o processo de compostagem

Quem faz o trabalho de transformar os resíduos em adubo são as minhocas que “moram” na composteira, neste caso o processo é chamado de vermicompostagem – Foto: DivulgaçãoQuem faz o trabalho de transformar os resíduos em adubo são as minhocas que “moram” na composteira, neste caso o processo é chamado de vermicompostagem – Foto: Divulgação

Cascas e sobras de alimentos descartados diretamente nas hortas e pomares como um adubo para as plantas. A técnica ainda é usada hoje, mas quem tem algumas décadas de vida deve lembrar que era muito comum antigamente. A decomposição desses materiais resulta num fertilizante natural e é resultado de uma técnica chamada compostagem, que pode ser feita de várias maneiras. Hoje as composteiras cabem até nos apartamentos ou ocupam um cantinho da casa.

O engenheiro ambiental e sanitarista Eduardo Olivo separa corretamente todos os resíduos da residência e também faz compostagem num recipiente com duas caixas, nos fundos da casa. Duas vezes por semana, ou conforme vai enchendo a lixeira da cozinha com os materiais orgânicos, ele “alimenta” a composteira. “Ela é bem simples de operar, ela vai duas frações de seco – serragem, jornal ou folhas e gramas secas, para uma porção de úmido – que é o orgânico.”

Quem faz o trabalho de transformar os resíduos em adubo são as minhocas que “moram” na composteira, neste caso o processo é chamado de vermicompostagem. A cada quarenta dias o fertilizante natural está pronto. “A parte sólida tem uma cor bem escura e nenhum odor”, mostra o engenheiro. A parte líquida, que escorre na parte inferior da composteira, é o chorume.  Ambos são usados para nutrir as plantas da horta e do jardim da casa.

Em Chapecó, para quem ainda não tem uma composteira, o município desenvolve o projeto piloto Harmoniza Chapecó – laboratório de compostagem, que fica no horto florestal, dentro do Parque das Palmeiras. A população pode levar os resíduos orgânicos três vezes por semana: segundas, quartas e sábados, das sete e meia às dez horas da manhã. Ao fechar doze entregas, que são registradas num cartão fidelidade, o morador recebe em troca cinco mudas de flores.

A aposentada Marilis Helena Wagner participa ativamente, inclusive divulgando a ideia e agregando adeptos: “eu trago pra mim, pra minha cunhada que trabalha fora, pra minha vizinha e já falei para outras amigas trazerem também”. A gerente de saneamento do município Graciela Hackler comemora: “é disso que o projeto precisa, de gente engajada, para que possamos multiplicar esta experiência em outros locais”.

Por isso, o Harmoniza Chapecó também é divulgado nas escolas. A compostagem representa economia para o município e para o consumidor, já que todo material que deixa de ir para o aterro sanitário é um custo a menos para o poder público reverter na tarifa do lixo e é um ganho para a saúde do planeta.

No amplo canteiro de compostagem do projeto, o que vem das casas é misturado e cuidado e 6 meses depois vira adubo para as flores do horto florestal. Parte dessas flores é a recompensa para quem traz o resíduo e a outra parte vai embelezar as ruas da cidade, nos canteiros e rótulas. O servidor municipal Helton Schefer,  cuida de tudo, com muita dedicação, ele trabalha com compostagem há 4 anos: “eu tenho amor, eu aprendi a amar. E aí as pessoas perguntam pra mim como é amar o lixo e eu respondo que não é o lixo, é o que você faz que tem que fazer com carinho e com amor e que vai refletir em toda a cidade”.

Vale a pena fazer uma visita. Para quem pensa que no local, só porque tem resíduo orgânico tem mal cheiro, está enganado. E uma composteira sem odor e sem moscas é sinal de que está bem feita. Mas para isso é preciso a colaboração de todos. Existem materiais, mesmo sendo orgânicos, que não podem ir para a compostagem: frutas cítricas, carnes e derivados do leite, por exemplo. O Helton também alerta que, ainda vem muito material que não deveria: plástico molhado, tampas de embalagens, caixinhas…” tudo aquilo que deveria ser lavado e depositado no material reciclável.

É como lembra dona Marilis: “depende sim, da conscientização de cada um” . E, não há desculpa para falta de tempo e conhecimento, a informação está disponível para todos e as facilidades só aumentam.


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Proteção de nascentes: conheça um modelo eficiente e de baixo custo


Proteção de nascentes modelo Caxambu é uma tecnologia de baixo custo que pode ser utilizada pelas famílias rurais para garantir água de qualidade, com sustentabilidade ambiental. Extensionistas da Epagri mostram o passo a passo da proteção de uma fonte de água.

Indicação de espécies arbóreas para solos encharcados - blog plantando vida

 

Fonte blog, plantando vida

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Solos permanente ou temporariamente encharcados apresentam características peculiares, como a baixa disponibilidade de oxigênio e um comportamento diferenciado da matéria orgânica no solo. São exemplos desses ambientes,  beiras de rio (área ciliar) e áreas de brejo.

Ambiente com solo encharcado. Assentamento 23 de Maio, Itapetininga-SP.

Por conta das características e condições especiais desses ambientes, não é qualquer espécies vegetal que consegue sobreviver neles. Sendo assim, quando formos restaurar a vegetação arbórea desses de áreas com solo úmido, devemos nos atentar para a escolha de espécies adaptadas a tais condições.

Pensando nessa questão, elaborei uma pequena lista com algumas espécies adaptadas a solos úmidos e nativas da região do estado de São Paulo.

Xylopia emarginata (pindaíba) 

Protium spruceanum (almecegueira)

Protium heptaphyllum (almecegueira-cheirosa)

Calophyllum brasiliense (guanandi)

Magnolia ovata (pinha-do-brejo)

Dendropanax cuneatus (maria-mole)

Xylopia emarginata (pindaíba)

Cedrela odorata (cedro-do-brejo)

Rapanea gardneriana (capororoca)

Styrax pohlii (benjoeiro)

Tapirira guianensis (peito-de-pombo)

Pterogyne nitens (amendoim-bravo)

Schinus terebinthifolia (aoreira-pimenteira)

Croton floribundus (capixingui)

Cecropia pachystachya (embaúba-do-brejo)

Ficus insipida (figueira-do-brejo)

Campomanesia rhombea (guariroba)

Inga vera (ingá-do-brejo) 

Handroanthus umbellatus (ipê-amarelo-do-brejo)

Genipa americana (jenipapo)

Enterolobium contortisiliquum (orelha-de-negro)

Citharexylum myrianthum (pau-viola)

Croton urucurana (sangra-d’água)

Alchornea sidifolia (tapiá)

Erythrina crista-galli (corticeira)

Erythrina speciosa (eritrina-candelabro)

Sebastiania commersoniana  (branquinho)

Tabebuia insignis (ipê-branco-do-brejo)

Tapirira guianensis (fruto-de-pombo)

Triplaris americana (pau-formiga)

Felipe Furtado Frigieri

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