quinta-feira, 21 de julho de 2016

bombas de sementes de jornal

Bela postagem do blog SABERES DO JARDIM


Um belo dia, estou eu procurando informações sobre a germinação de alguma espécie de semente, que não lembro mais qual era, quando encontro um post falando sobre bombas de sementes. Fiquei fascinada pela idéia!
Depois de muita pesquisa, encontrei bastante informação e mais de um método de preparo, vários na verdade, por isso resolvi fazer pelo menos dois posts sobre as bombas de sementes. Vou mostrar os métodos que testei e os resultados com todo o passo a passo....   Nesse primeiro post, vou apresentar as bombas de sementes feitas de jornal.
Material
– Jornal ou outro papel picado ou cortado em tiras finas;
– Pote com água;
– Substrato (opcional);
– Sementes;
– Papel toalha.
Como Fazer 
Eu fiz com jornal, mas podem ser usados outros tipos de papel e até papéis coloridos que vão deixar as bombas de sementes mais bonitas. O papel deve estar picado ou cortado em tiras.
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Coloquei o papel picado em um pote e enchi com água até cobrir. Eu esperei 2 horas para o papel amolecer, mas acho que deveria ter esperado mais. Quanto mais mole o papel estiver melhor.
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Eu ainda não fiz novos testes com o jornal, mas se fosse fazer, deixaria na água de um dia para o outro.
A maioria dos sites nos quais entrei, que ensinam a fazer as bombas de sementes com jornal, mandam bater no liquidificador ou processador, mas eu não fiz isso e deu certo. Eu realmente não quis usar meu liquidificador, nem meu mini processador para bater jornal.
Depois de deixar o papel amolecer, tirei do pote e espremi bem para tirar o excesso de água. Com a quantidade de jornal que usei resolvi fazer duas bombas de semente, uma eu fiz com substrato e a outra só com as sementes direto no jornal.
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Sementes de ipoméia purpurea
Com o papel bem menos encharcado, fiz uma caminha com o jornal e em uma das bombas coloquei um pouco de substrato e sementes de ipoméia e erva do gato e na outra somente as sementes, sem nenhum substrato.
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A caminha pronta
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Eu consegui fechar e fazer uma bolinha, mas coloquei substrato demais.
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Caminha pronta com substrato e as sementes
Cuidadosamente fechei a bomba fazendo uma bola com o jornal, dobrando as laterais da caminha para dentro, cobrindo o “recheio”. Apertei bem para firmar o jornal, mas achei que ficou muito solto, parecendo que ia se desfazer.
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A bomba pronta, mas parecendo que ia desmontar
Para deixar a bomba mais firme usei uma folha de papel toalha para envolvê-la e apertei tirando o excesso de água e moldando como se fosse uma bolinha. O papel usado pode ser colocado no minhocário depois.
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Logo em seguida desenrolei o papel com cuidado e coloquei as bombas para secar na varanda.
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Bombas prontas e firmes
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As bombas ficaram com um tamanho ótimo, nem muito grandes, nem pequenas demais
Recolhi as bombas no dia seguinte já bem secas e estavam firmes.
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As bombas secas
Resultado
Depois que as bombas estavam secas, coloquei em um vaso e reguei todos os dias. Em poucos dias as ipoméias já estavam germinando em ambas as bombas, tanto com substrato quanto sem.
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Ipoméias são sempre apressadas para germinar
Não notei diferença no tempo de germinação entre uma bomba e outra, mas ainda vou preferir colocar substrato das próximas vezes porque acho que fica mais fácil para acomodar as sementes.
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Depois de apenas 3 dias as ipoméias estavam germinando
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As bombas de sementes foram criadas para serem usadas como tal e arremessadas por aí com o intuito de reflorestamento, então se seu propósito for usar as bombas dessa forma tome o cuidado de só colocar nelas sementes de árvores e plantas nativas.
Pesquisando para fazer essas bombas de jornal, vi vários posts com idéias muito legais de bombas feitas com papéis coloridos. Também tiveram aqueles posts que mencionei que recomendavam que o jornal fosse batido no liquidificador.
Na hora de fazer as minhas bombas de sementes eu senti falta dos moldes em formato de estrela e coração que vi em alguns blogs. Achei tão fofos! Também senti falta de ter colocado uma luva de borracha na hora de manusear o jornal, que acaba manchando os dedos.
Eu gostei de fazer essas bombas, não foi trabalhoso e, tirando a parte de amolecer o papel, é bem rápido. As desvantagens de fazer as bombas de jornal é que sujam os dedos (e depois não sai tão fácil) e demandam um pouco mais de trabalho do que as de argila (assunto para os próximos posts) que são bem mais práticas de se fazer. Por outro lado, acho que as bombas feitas de jornal permitem uma germinação mais rápida.
Achei essa uma ótima forma de usar aquelas sementes velhas que a gente nem sabe se germinam mais. É só fazer as bombas, colocar nos vasos ou soltar pelo jardim, regar e quem sabe um dia aparecerá uma muda. Também são ótimas para dar de presente em embalagens bonitas e criativas.

procuro sementes orgânicas ou crioulas de milho


Amigos estou auxiliando um produtor rural e precisamos de Sementes de milho orgânico ou crioulo. 
Com a finalidade de desenvolver a atividade de avicultura orgânica.
Precisamos de 20 quilos de sementes.
Podem indicar de quem ele pode comprar??


obrigado




alexandre panerai 
agropanerai@gmail.com

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Agroflorestas se espalham pelo país: cultivo sem desmatamento. Agricultura Sintrópica

O agricultor Adeílson Ataliba mostra um cafeeiro do seu terreno em Silva Jardim: “A terra era seca e o solo, rachado, quase pedra. Depois que comecei a agrofloresta, mudou tudo. Você cava com o pé, de tão macio”. Foto: Hermes de Paula


À primeira vista, pode parecer uma mata crescendo sem interferência humana, tal a quantidade de árvores. Mas, caminhando pela área, o visitante identifica a grande variedade de alimentos brotando de arbustos e das próprias árvores. Limão, açaí, manga, acerola, caju, banana, laranja e muito mais. Nada está ali por acaso. As espécies que geram esses frutos foram cuidadosamente plantadas neste terreno em Silva Jardim, no interior do estado. Trata-se de uma agrofloresta.

— Quando me falaram, achei que era coisa de maluco. ‘Plantar sem desmatar a floresta? Vai semear como? Vai ter que fazer casa em árvore e morar que nem índio’ — conta a agricultora Marlene Assunção, de 52 anos, dona da propriedade. — Hoje eu entendo. As coisas vão estar aqui para nossos netos. É menos egoísta.

As agroflorestas, também chamadas de sistemas agroflorestais (SAF), vêm ganhando relevância no país como uma alternativa que alia a produção de alimentos, necessária num mundo de população crescente (seremos 8,5 bilhões de Homo sapiens em 2030, segundo estimativas da ONU), com a preservação de florestas, não menos importante num planeta que precisa manter seus recursos naturais e, assim, frear as mudanças climáticas. O conceito preconiza que a agricultura pode se beneficiar, e muito, de áreas intensamente arborizadas.

prática agroflorestal já existe há décadas, mas agora começa a receber a devida atenção, disseminando-se pelo país. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, está dando início a um projeto para identificar, mapear e estimular agroflorestas nas regiões Sul e Sudeste. No Estado do Rio, há exemplos de SAFs concentrados, principalmente, em Paraty, no Maciço da Pedra Branca (Zona Oeste do Rio) e na região de Casimiro de Abreu, onde uma oficina do Projeto Agenda Gotsch está capacitando 60 agricultores para adotar essas práticas em suas terras.

Marlene Assunção corta palmito em sua fazenda em Silva Jardim, interior do Estado do Rio. Foto: Agência O Globo

Agricultura sintrópica

A oficina é ministrada pelo pesquisador suíço Ernst Götsch, um dos pioneiros desse método de cultivo no país. O agricultor veio para o Brasil na década de 1980, estabelecendo-se numa fazenda no Sul da Bahia. Desde então, desenvolve técnicas de recuperação de solo com métodos de plantio que mimetizam a regeneração natural de florestas.

— Queremos trabalhar para criar agroecossistemas, que promovem essa integração. Em vez de estabelecer áreas de proteção permanente, constituir sistemas de integração permanente, que permitam ao agricultor produzir melhorando o solo e criando um ecossistema mais próspero — afirma Götsch, que está gravando uma série de vídeos para divulgar suas técnicas na internet.

O europeu usa a expressão “agricultura sintrópica” para definir o conceito que busca divulgar. Trata-se do uso de dinâmicas naturais para enriquecer ou recuperar o solo, que se torna apto para a produção agrícola sem a necessidade de fertilizantes químicos, apenas usando os recursos naturais. E sem devastação da mata.

Mas, para aproveitar ao máximo o que a natureza oferece para o cultivo, o manejo da floresta é fundamental. Quem explica é o técnico ambiental Nelson Barbosa, coordenador do Programa de Extensão Ambiental da Associação Mico-Leão-Dourado, em Silva Jardim. Segundo ele, a cada cinco anos, é preciso podar árvores, até mesmo derrubar algumas delas, e deixar os resíduos no solo. São estes resíduos (galhos e folhagens, por exemplo) que espalham na superfície os nutrientes absorvidos, anteriormente, pelas raízes das árvores nas camadas profundas da terra.

— É importante ter áreas de luz direta e sombras na plantação. É aí que ajudamos, levando equipamentos adequados para o manejo e mostrando onde fazer — explica Barbosa.

Cortar árvores da tão degradada Mata Atlântica pode parecer negativo, mas órgãos e ONGs ambientais dão força à prática feita de forma consciente. O Ministério do Meio Ambiente apoia agroflorestas em diferentes regiões. Em setembro de 2015, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) publicou uma resolução que regulamenta o manejo sustentável da floresta, para apoiar os SAFs em território fluminense.

— A agrofloresta é uma alternativa de proteção ambiental, mas também uma reserva de segurança alimentar — diz o pesquisador Eduardo Campello, da Embrapa Agrobiologia, que trabalha no mapeamento das SAFs. — Já temos um questionário pronto e espero ter resultados desse projeto em breve.

Fonte: O Globo

Agrotóxicos: ANVISA divulga lista dos alimentos com maior nível de contaminação


Se você acha que frutas e legumes eram saudáveis, é melhor rever seus conceitos. Ao invés de nutrientes, você pode estar ingerindo produtos tóxicos que fazem muito mal para sua saúde
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou uma lista com alimentos considerados saudáveis por todos, mas que em testes exibiram alto nível de contaminação por agrotóxicos. Para fazer o levantamento, a Anvisa levou em consideração dois pontos fundamentais:
1) Teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido;
2) Presença de agrotóxicos não autorizados para o tipo de alimento.
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos analisou quase 2.500 amostras de 18 tipos de alimentos nos estados brasileiros. O resultado das análises é preocupante: cerca de 1/3 dos vegetais que o brasileiro mais consome apresentaram resíduos de agrotóxicos acima dos níveis aceitáveis.
Se você acha que frutas e legumes eram saudáveis, é melhor rever seus conceitos. Ao invés de nutrientes, você pode estar ingerindo produtos tóxicos que fazem muito mal para sua saúde. Os agrotóxicos são amplamente utilizados no campo para proteger as plantações de pragas. Um levantamento de 2010 indica que só naquele ano foram usadas 1 milhão de toneladas de agrotóxicos em plantações no país. Isso dá cerca de 5 kg para cada brasileiro. Na lista, quase todas as amostras coletadas de pimentão apresentavam contaminação acima do aceitável. Só a batata se salvou, não apresentando nenhum lote contaminado.
Consumo de alimentos contaminados pode causar câncer
A Anvisa alerta os consumidores para os riscos de se ingerir agrotóxicos. Segundo o órgão, o consumo prolongado e em quantidades acima dos limites aceitáveis pode acarretar vários problemas de saúde. Uma menor exposição pode causar dores de cabeça, alergias e coceiras, enquanto uma exposição maior pode causar distúrbios do sistema nervoso central, mal formação fetal e câncer.
A Academia Americana de Pediatria conduziu um estudo com mais de mil crianças, onde 119 apresentaram transtorno de déficit de atenção. Essas 119 crianças passaram por exames mais detalhados e constatou-se que seus organismos tinham organofosforado (molécula usada em agrotóxicos) acima da média.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Aprenda a fazer compostagem 100% vegetal e gere seu próprio adubo orgânico





Obs: Se você já está produzindo o Composto 100 % Vegetal, mesmo com alguma alteração no processo e nos materiais, ou se pretende iniciar a produção, pode entrar em contato conosco para compartilhar essa experiência pelo e-mail cnpab.monitoramento@embrapa.br

A Compostagem 100% vegetal utiliza matérias-primas renováveis e abundantes para obtenção de fertilizantes e substratos orgânicos, também conhecidos como adubos naturais. Aproveita resíduos e subprodutos de origem vegetal, que são isentos ou apresentam reduzida carga de contaminação química e biológica. É uma técnica muito simples, que pode ser utilizada com baixo custo e com reduzido emprego de mão-de-obra.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Aprenda a fazer uma horta em apenas um metro quadrado

Extraído do site: ciclo vivo


Aprenda a fazer uma horta em apenas um metro quadrado
Muitas pessoas que têm pouco espaço em casa acham que não é possível cultivar seus próprios alimentos. Mas, paisagistas ensinam que mesmo em pequenos ambientes é possível fazer hortas caseiras.
Em 2011, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostrou que 28% dos vegetais consumidos no Brasil  possuem resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. A alternativa então é cultivar seus próprios orgânicos, mesmo que o espaço seja pequeno.
Hoje, o CicloVivo separou o sistema do SERPAR (Serviço de Parques de Lima, no Peru) que ensina a cultivar uma horta quase completa ocupando apenas um metro quadrado.
Ideal para pequenos espaços, esta horta é cada vez mais popular entre os jardineiros urbanos. Ela é suficiente para o abastecimento diário de legumes de uma pessoa por um mês.
Por ocupar um pequeno espaço, a horta permite que o cultivador alcance toda ela para plantar, regar e colher, sem que precise de muito esforço. Além disso, é possível trabalhar na horta ao nível da cintura, o que facilita o cultivo por deficientes físicos.
Este sistema de cultivo é dividido entre quadrados e retângulos menores. Cada espaço tem um legume ou erva diferente.
Veja quais alimentos você pode cultivar e suas categorias:
Plantas pequenas: Rabanete, cenoura, cebola, espinafre, beterraba, alface e salsa.
Plantas grandes: Repolho, brócolis, couve-flor, berinjela e pimentas.
Plantas verticais: Tomate, pepino, vagem, ervilha e feijão.
Imagem: SERPAR (Serviço de Parques de Lima, Peru)
Na construção da estrutura podem ser usados tubos de ferro ou de PVC utilizados em alambrados ou também é possível adaptar e reutilizar algum outro material, como pedaços de madeira.
As plantas maiores ficam nas fileiras de trás e as menores, na frente, para que todas recebam a luz do sol. As plantas verticais, como os tomates, devem ser penduradas na estrutura. Amarre-as bem para que suportem o peso e o vento.
A rotação de cultivos é automática. Por exemplo, um cultivo que leva mais tempo, como o do tomate, pode ser plantado entre outros cultivos de colheita rápida e que seriam colhidas antes que a planta precise de mais espaço.
Redação CicloVivo

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Consultório agrícola: laranjas manchadas


Como tratar manchas pretas que estão cobrindo as folhas de mudas de laranjeiras?


por João Mathias
 Shutterstock
Fungo se desenvolve na substância açucarada expelida por inseto sugador (Foto: Shutterstock)
Como tratar as manchas pretas que estão cobrindo as folhas das mudas de laranjeiras que plantei em minha chácara? Arnaldo Rangel Costa 
Bragança Paulista, SP 

Em geral, mancha preta que cobre folhas de citros é denominada fumagina. Ela é resultado do ataque de inseto sugador, como cochonilha, pulgão, entre outros. A praga expele uma substância açucarada resultante de sua sucção e um fungo aproveita desse substrato para se desenvolver. O controle deve ser feito sobre o inseto sugador. Use inseticida nas doses indicadas pelo fabricante do defensivo associado a óleo mineral diluído em água. O produto tem de ser comprado com uma receita agronômica, muitas vezes conseguida na própria revenda. A fumagina desaparece quando o inseto for eliminado.

Consultor: José Dagoberto De Negri, engenheiro agrônomo e pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Rod. Anhanguera, km 158, Caixa Postal 04, CEP 13490-970, Cordeirópolis, SP, tel. (19) 3546-1399,faleconosco@centrodecitricultura.br

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Hibisco: do uso ornamental ao medicinal

É tempo de hibisco ... de novo


A flor cai depois de fecundada. O fruto cresce e seca com as sementes, enquanto o cálice (ou sépala) avermelhado se espessa - é isto que comemos.

Já falei de hibisco aqui e aqui. De novo é tempo dele. Caruru-azedo, quiabo-roxo, quiabo-róseo ou simplesmente Hibiscus sabdariffa L.. Os mexicanos o chamam de flor da Jamaica e os franceses, de roselle. Não tem nada a ver com as groselhas, frutinhos redondos, em cachos, vermelhos. Mas talvez a similitude com roselle levou a nomes como rosélia e, finalmente, a groselha - já vi escrito assim em hortifrutis. Também não tem nada que ver com ameixas, embora japoneses o chamem de umê, pois pode ser feito em conserva como umeboshis. Quando batido é gosmento como o quiabo. Aliás, são da mesma família, originários da África. Por isto, a melhor maneira de fazer suco com ele é cozinhando ou picando para liberar a cor, mas não a baba (a acidez mais o calor cortam qualquer intenção babenta). Para geléia com pedaços, pode ser triturado ligeiramente ou picado. Para geléias límpidas, o melhor é usar a infusão combinada com suco de maçã. As folhas azedinhas também podem ser usadas como verdura. No Maranhão, é chamada de vinagreira e entra no Cuxá, prato que combina as folhas com camarões secos, gergelim e farinha de mandioca e é servido com arroz.

No Clube da Cidade (Pelezão, aqui na City Lapa) há dezenas de pés carregados espalhados pela trilha de caminhada. E em Fartura um só pé produziu o suficiente para muita coisa. Aqui vão algumas idéias:

Para descartar o fruto com as sementes, é só cortar a base e empurrar com o dedo ou com a própria ponta da faca.
Para desidratar: tirei o miolo com as sementes – é só cortar o fundinho e empurrar o fruto seco central (só descobri isto ao caso há pouco tempo e me parece a forma mais óbvia), lavei bem, sequei com pano limpo e espalhei numa peneira. Cobri com tule e coloquei sob sol - no final do dia, tem que recolher por causa do sereno. Quando saí de lá, ainda não estavam prontos. Mas agorinha meu pai disse que já estão guardados num vidro. Cinco dias no sol.


Para fazer chá de hibisco: coloquei numa chaleira 1 litro de água, 5 ou 6 hibiscos frescos (em lojas de especiárias há deles secos), sem sementes, umas 3 rodelas de maçã, um pau de canela e dois cravinhos. É só levar para ferver por 3 minutos ou até o pigmento ser todo liberado (os frutos devem ficar esbranquiçados). Adoce se quiser. Tome quente ou frio (gelado, numa taça de vinho) ou use para fazer reduções, gelatinas, sorbet, sugoli, sagu ou para reduzir o álcool do vinho-quente.

Muito melhor que aquelas caixinhas com pó artificial. Para fazer sagu de hibisco: levei o chá para ferver, juntei ½ xícara de bolinhas de sagu e mexi delicadamente, só para evitar que fiquem grudadas. Deixei cozinhar por uns 30 minutos em fogo baixo ou até que as bolinhas ficassem translúcidas. Juntei ¼ de xícara de açúcar nos últimos 5 minutos e mexi devagar para dissolver. Servi com natas (2 a 3 porções).


Para fazer geléia de hibisco (ou chimia de hibisco, como se diz lá no Sul): numa tábua piquei grosseiramente 350 g de hibisco bem lavado e sem sementes e coloquei numa panela de inox com 1 xícara (180 g) de açúcar. Mexi para dissolver o açúcar e cozinhei em fogo baixo até virar um doce cremoso e começar a soltar do fundo (cerca de 15 minutos). Sirva com torradinhas ou use para fazer sorvetes ou batidas com saquê (testei só por brincadeira e deu muito certo).


Batida de hibisco: use açúcar, hibiscos frescos picados, bastante gelo e saquê ou cachaça para completar. Mas, se quiser, faça como eu: coloquei 1 colher (sopa) da geléiade hibisco no fundo do copo, juntei um pouco da bebida e misturei para dissolver. Enchi o copo com gelo e completei com a bebida escolhida. Ficou gostoso, ligeiramente ácido, doce, refrescante e com uma cor linda.

No México este hibisco comestível é chamado de flor de jamaica. É que esta variedade, diferente dos tipos ornamentais, tem os cálices ou sépalas da flor espessos e são estas as partes úteis. A próxima receita, traduzida do livro Sazones de México, de Marilyn Tausend, não testei, mas não tem como dar errado. Por isto, transcrevo-a com segurança aqui:

Água de Jamaica: numa panela cozinhe por 5 minutos 1,5 litro de água e 2 xícaras de hibiscos secos (185 g). Se quiser, junte a casca de 1 laranja para cozinhar junto. Passe para uma jarra refratária, junte 1/2 xícara de açúcar ou 185 g de mel. Mexa bem. Depois de resfriado por 10 minutos, junte 2 colheres (sopa) de suco de limão. Junte mais açúcar ou mel, se julgar necessário (lembre-se que este suco será diluído - nota minha). Tampe e refrigere por até 3 dias. Na hora de servir, dilua a gosto o suco com água mineral com ou sem gás ou com suco de laranja. Sirva em copos altos com bastante gelo e rodelas de limão.

Biofertilizante, aprenda como se faz. EMBRAPA




Resumo:
Este folder foi elaborado com objetivo de informar sobre tecnologias para agricultura orgânica. Apresenta uma formulação de biofertilizante, o modo de preparo, como utilizar e cuidados no armazenamento. O biofertilizante é um adubo feito com materiais fáceis de serem encontrados, com tempo de preparo relativamente curto e, por ser adubo foliar, tem capacidade de resposta mais rápida do que os fertilizantes aplicados no solo. Funciona como complementação da adubação do solo, fornecendo os nutrientes fundamentais para planta, auxiliando no controle de doenças e insetos.

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...