quinta-feira, 9 de maio de 2013

Resposta da alface à aplicação de biofertilizante

              

A utilização de biofertilizantes é interessante para a agricultura, pois além de ser uma alternativa econômica e ambiental favorável, aproveita resíduos orgânicos e reduz a aplicação de fertilizantes minerais. 
 
Objetivou-se com este trabalho, avaliar o efeito de doses de biofertilizante de origem bovina (efluente de biodigestor) aplicadas no solo e de dois níveis de irrigação na cultura da alface. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, em vasos, aplicando-se ao solo diferentes doses de biofertilizante de origem bovina obtido de reator anaeróbio (10, 20, 40 e 60 m3 ha e adubação mineral como testemunha em dois níveis de irrigação calculados com base em 50 e 100% deevapotranspiração de referência. 
 
As plantas de alface foram analisadas em: altura, número de folhas, diâmetro de copa, massa de matéria fresca e massa de matéria seca da parte aérea. Os tratamentos com biofertilizante apresentam melhores resultados que a adubação mineral, e tem aumento com a elevação das doses de biofertilizante; a maior dose (60 m3 ha-1) apresentou os melhores resultados em todas as variáveis analisadas. Para a massa seca, a adubação mineral apresentou maiores valores. Os níveis de irrigação não influenciaram no crescimento das plantas.
 
artigo completo em http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/14077/12277

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Como cuidar das árvores frutíferas no inverno


Eduardo M. de C. Nogueira
Josiane T. Ferrari
Como todas as plantas cultivadas, as fruteiras de clima temperado são suscetíveis a inúmeros micro-organismos que atacam brotações, ramos, troncos flores e frutos, levando a perdas na cultura e a enormes prejuízos aos produtores. Esses micro-organismos permanecem no pomar de um ano para o outro e constituem uma fonte de inóculo para o próximo ciclo produtivo.
Tratamento de inverno é o conjunto de medidas utilizadas para reduzir a fonte de inóculo no campo, diminuindo, assim, a possibilidade de infecção pelo patógeno remanescente e preparar as plantas para a brotação, florescimento e frutificação, além de reduzir os micro-organismos por métodos simples e menos agressivos ao homem e ao meio ambiente.
Esse controle deve ser iniciado nos meses de maio/junho e início de julho, fase em que as plantas entram em repouso vegetativo e pode ser subdividida. 

Primeira fase:
• Podar os ramos secos, ladrões, fracos e doentes, até encontrar a parte sadia, de forma a permitir melhor arejamento e insolação das árvores;
• Retirar os frutos mumificados, doentes e caídos ao solo, juntamente com os ramos podados e as folhas velhas. Todos esses materiais devem ser amontoados e retirados do pomar;
• Tratar o corte resultante da poda, pincelando-se pasta bordalesa ou cúprica (produto à base de cobre diluido em água), que tem como função a vedação do corte, impedindo a entrada de patógenos ou ainda pode-se utilizar tinta plástica que possui maior durabilidade, pois é mais difícil de ser lavada pela água da chuva ou irrigação por aspersão. 

Segunda fase:
• Após a limpeza das árvores e do pomar, antes do início do florescimento, pulverizar as plantas com calda sulfocálcica ou calda bordalesa, que servem para proteção da planta contra patógenos e pragas, além de antecipar ou regularizar floradas, proporcionando um talhão mais homogêneo e o escalonamento da colheita;
• Esta pulverização deve atingir uniformemente todos os troncos e ramos, para eliminação dos esporos remanescentes que não foram eliminados com a poda, além de eliminar alguns insetos, preparando a planta para a próxima frutificação.
 
Resultado final de um pomar de pêssego bem tratado.
 
Parreral bem cuidado.

Origem: Instituto Biológico - www.biologico.sp.gov.br
Eduardo Monteiro de Campos Nogueira é Pesquisador Científico do Centro de P&D de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico.
Contato: nogueira@biologico.sp.gov.br

Josiane Takassaki  Ferrari é Pesquisador Científico do Centro de P&D de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico.
Contato: takasaski@biologico.sp.gov.br


Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):
NOGUEIRA, E.M.C.; FERRARI, J.T.  Como cuidar das árvores frutíferas no inverno. 2009. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_3/frutiferas/index.htm>. Acesso em: 7/5/2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

A adubação foliar é um processo de nutrição complementar à adubação via solo

A adubação foliar é um processo de nutrição complementar à adubação via solo, acrescentando inclusive que deve haver a preocupação em aplicar adubos de solo que forneçam macro e micronutrientes.


Este tipo de adubação é mais comumente utilizado na agricultura, em produções como as de arroz, café, soja, laranja, entre outros. Já para as plantas ornamentais, aquelas que se utilizam em paisagismo, o uso se restringe a algumas espécies de bromélias e orquídeas.
De qualquer maneira, é imprescindível que seja feita uma consulta detalhada com profissional especializado, o qual poderá indicar a melhor solução para cada caso. As principais vantagens da adubação foliar são:
  • Os nutrientes aplicados via foliar são rapidamente absorvidos pelas folhas das plantas, corrigindo as deficiências ou evitando que as mesmas se manifestem – as plantas absorvem cerca de 90% do adubo, sendo que uns elementos são mais assimiláveis que outros, enquanto isso, o adubo colocado no substrato perde cerca de 50% de sua eficiência – minutos após a aplicação do adubo, ele completa uma primeira fase de absorção e no fim de algumas horas chega às raízes.
  • Aumenta o aproveitamento dos adubos colocados no solo, principalmente os NPK, pois as plantas terão maior capacidade de absorção.
  • Pode-se aplicar o nutriente específico na fase em que a planta apresentar maior demanda deste, isto é, nos momentos mais críticos.
  • Estimula o metabolismo vegetal devido à rápida absorção e utilização dos nutrientes, o que proporciona estímulo na formação de aminoácidos, proteínas, clorofila, etc.
Na aplicação das soluções para este fim, é importante observar o PH (acidez/alcalinidade), pois as plantas só absorvem os nutrientes numa estreita faixa de PH e esses valores irão variar dentro de certos limites de acordo com cada espécie vegetal.
Como é o mecanismo de absorção? Os estômatos (as estruturas que compõe a camada superficial das folhas) são os responsáveis pela maior parte da absorção dos nutrientes, mas a própria cutícula que recobre as folhas, quando hidratada, permite a passagem dos nutrientes; ela é permeável à água e às soluções de adubo.

Para melhorar as condições de absorção das folhas, costuma-se adicionar às soluções nutritivas substâncias denominadas agentes umectantes, que pela sua ação adesiva, impedem que a solução escorra por ação da gravidade, e por sua ação umectante dificultam a evaporação da água, mantendo os nutrientes mais tempo em contato com a superfície foliar. A concentração da solução depende da tolerância de cada planta, e não devem ser aplicadas nas horas mais quentes do dia (entre 9 e 16 horas).

Algumas pessoas argumentam que a adubação foliar é muito cara, no entanto, deve-se lembrar que ela deve ser complementar, sendo que as quantidades utilizadas são pequenas. E mais, observe que a escolha do adubo é muito importante, pois alguns elementos utilizados de maneira errada podem queimar as plantas. Fique atento!
Texto: Patrícia Siqueira Cosignani
http://www.jardineiro.net/adubacao-foliar.html

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Começou a safra 2013 de bergamota no sítio em Montenegro




Feriado do dia do trabalho é para trabalhar. Melhor se o trabalho for no paraíso da natureza! 

Estivemos no sítio,  colhemos algumas bergamotas pokan e umas deliciosas laranjas do céu. Para chegar nas laranjas foi dureza, pois primeiro atravessar a famosa ponte que será reformada em 2013 (por enquanto em projeto), depois enfrentar capins e maricás brotando. Dificuldades superadas com paciência e vestimenta adequada (botas).





No meio do brejo quem encontramos? Vistosas manchas do amendoim forrageiro, mudas plantadas em 2011 e 2012.


 




Outra supresa agradável foi colhermos tomates cerejas, cujos tomateiros estavam pelo chão. Tarefa seguinte, fixar os tomateiros com taquaras para futuras colheitas. 


Com pequenas ações conseguimos um sítio produtivo,  já temos aipim (mandioca) e batata doce para colher, sem contar o pé de pimenta que parece ter chegado ao fim do ciclo produtivo. Também desde setembro produzindo pimenta.


Executamos a melhoria da iluminação externa, pois projetamos colher mel do apiário no final do mes.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Semente é diamante!! "Passado Semente Futuro"





O que importa mais num alimento a quantidade ou a qualidade?
Quanto vale uma semente rara que é cultivada melhorada há mais de 1.000 anos? Comecei a tratar o assunto em 2010, produzindo o documentário "Passado Semente Futuro".
"Semente é Diamante" é a continuação dessa pesquisa. Gravado em 2011, em Botucatu, durante a 2ª Feira de trocas de Sementes Tradicionais e Crioulas de São Paulo e também em Itapevi, no Sítio Vida de Clara Luz. Entrevistados: Denilza Santos, Lin Chau Ming, Ademar do Nascimento, Pedro Jovchelevich, Marcelo Laurino, Peter Webb, Edmar Costa e Ivete de Almeida.
Produção:Resgate Cultura

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Compostagem diminui a emissão de metano












Uma atitude simples e rica em nutrientes: ao invés de jogar os restos de alimentos diretamente no lixo, por que não transformá-los em adubo?A quantidade produzida de lixo é reduzida e, com ela, a liberação de metano, um gás altamente tóxico. Além de ajudar o planeta, você pode adubar sua horta e evitar o uso de agrotóxicos, prejudiciais à saúde. Saiba mais sobre compostagem e seus benefícios, na 10ª edição do Almanaque, com a pesquisadora do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Adriana Charoux.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Agrosoft Brasil :: Cuidados com a lavoura começam pela análise de solo

Agrosoft Brasil :: Cuidados com a lavoura começam pela análise de solo

Compostaje soluciona tus problemas de residuos

El compost es una excelente forma de aprender el valor de la reducción de residuos, su descomposición natural y cómo las plantas usan los nutrientes para crecer.
Fabiola Torres hace 6 meses
Como una forma de contrarrestar las grandes acumulaciones de residuos en los vertederos, la realización de compost es una solución sencilla y económica al alcance de todos.
Toda la basura orgánica que se produce en una casa es capaz de convertirse en un material rico en nutrientes para nuestras plantas o cosechas, además de ayudar en la lucha contra la contaminación. Es por eso que cada día más personas y plantas industriales usan el sistema de compostaje para transformar la basura orgánica en diversas aplicaciones ecológicas. Un simple contenedor, unas cuantas instrucciones y paciencia es lo único que se necesita para comenzar a tener tu propio compost en casa.
¿Por qué compostar?
Con el compostaje se pueden reducir de manera económica la cantidad de residuos orgánicos urbanos, agroforestales y ganaderos. Al igual que en los sistemas de desecho tradicionales, se usa un contenedor para depositar los residuos al que se llama compostador. La diferencia es que la basura no es llevada por un camión recolector a un vertedero, sino que se aprovecha.
Las microorganismos realizar un proceso de descomposición aeróbica (en presencia de oxígeno) que transforma la basura en compost. El proceso, si se realiza de la manera adecuada, no produce malos olores.
El material resultante se puede usar como complemento a los abonos en la agricultura o jardinería, para controlar la erosión y mejorar los suelos o bien destruir organismos patógenos. El compost también sirve para los sistemas de biorremediación, degradar hidrocarburos y otros compuestos tóxicos. El compostaje se puede realizar en activo o caliente, en pasivo o temperatura ambiente, o bien mediante el uso de lombrices rojas o de la familia Lumbricidae.
El compost es una excelente forma de aprender el valor de la reducción de residuos, su descomposición natural y cómo las plantas usan los nutrientes para crecer.
Ver en Vimeo
Fuente: Compostaje para acabar con los residuos (Placc.org)

Fabiola Torres
Fabiola Torres estudia periodismo en la Universidad de Chile y se traslada por Santiago en una single speed despues del robo de su anterior bicicleta. Le gusta todo lo que tenga relacion con el uso de medios alternativos de transporte y la libertad que estos confieren en una ciduad como Santiago; ademas adorna su cuerpo con 14 tatuajes y un piercing. Puedes seguirla en su twitter @fabsy_

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Quase 900 milhões de pessoas vão dormir com fome. Relatório aponta risco de uma catástrofe.


“Temos um problema muito importante. Quase 900 milhões de pessoas vão dormir com fome, o que é um desastre para a humanidade, para a ONU e para os Objetivos do Milênio. Se as coisas não mudarem, teremos uma catástrofe alimentar. Temos que intervir, agora, para resolver problemas que serão inevitáveis dentro de 50 anos”. O economista Gonzalo Fanjul foi o encarregado, neste meio dia, de dar voz para “O desafio da fome”, um relatório elaborado por Mãos Unidas, com a colaboração da AECID e que foi apresentado na Universidade Pontifícia Comillas.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada no sítio Religión Digital, 24-04-2013. A tradução é do Cepat.
Entre as propostas deste relatório, Mãos Unidas advoga por uma “mudança de sistema econômico”, que elimine o consumo desenfreado e que incorpore decisões políticas que freiem a destruição ambiental. “Urge enfrentar o problema orientando os sistemas de produção de alimentos, as regras econômicas e as decisões políticas para garantir o direito à alimentação, acima de qualquer interesse”, destaca o relatório, que sustenta que “ao menos uma em cada seis pessoas não tem alimentos suficientes para ser saudável e levar uma vida ativa. A fome e a desnutrição são consideradas, em nível mundial, o principal risco para a saúde, mais do que a AIDS, a malária e a tuberculose juntas”.

“Jogamos 30% dos alimentos produzidos, afetando tanto o meio ambiente como o seu preço”, uma situação que é absolutamente inapresentável, sustenta o relatório, que acrescenta que três quartas partes dos que sofrem a fome vivem em áreas rurais, principalmente na Ásia e África, expostos a secas e inundações.
Por isso, Mãos Unidas propõe aplicar reformas agrárias e outros mecanismos que garantam aos pobres o acesso a terra, para que possam cultivar seus alimentos e gerar excedentes de maneira sustentável.
Entre suas recomendações, inclui a de vigiar as novas gerações de biocombustíveis, de maneira que não afetem a disponibilidade de terra para os pequenos camponeses, além de limitar a possibilidade de que investidores privados e governos estrangeiros adquiram grandes extensões de terras cultiváveis nos países em vias de desenvolvimento.
Segundo o relatório anual da FAO, “O Estado de insegurança alimentar no mundo - 2012”, atualmente há 870 milhões de pessoas com fome.
Péssimas perspectivas
No mundo, há uma população de 7 bilhões de pessoas, sendo que na metade do século poderá aumentar em outros 2 bilhões. No ano 2025, 1,8 bilhão de pessoas viverão em países ou regiões com escassez absoluta de água, e dois terços da população poderão estar vivendo em condições de carência, prenuncia.
Também lembra que, segundo a Agência Internacional de Energia, os biocombustíveis poderão proporcionar, em 2050, 27% do total de combustível para o transporte (em comparação aos 2% atual) e reduzir notavelmente o uso de diesel, querosene e combustível de avião.
O ato foi aberto pela presidente de Mãos Unidas, Soledad Suárez, que defendeu que “somos nós os que temos que mudar o mundo, desafiando a fome, como aquelas mulheres fizeram há 54 anos”.
A apresentação serviu como motivação para que alguns especialistas dessem sua opinião a respeito do atual estado das coisas. Estas foram algumas das reflexões mais relevantes:
Imaculada Cubillo, membro da campanha Direito à Alimentação, Cáritas, opina que “o documento me parece muito completo e expõe com toda clareza os conceitos básicos para entender a magnitude da situação da fome, num contexto de mudança climática. É imprescindível sua compreensão para adotar a atitude solidária e a visão política de sua solução. Os exemplos ilustram bem esta necessidade”.
Jerônimo Aguado, membro da Via Campesina - Plataforma Rural, considera que o relatório resulta “muito bem elaborado e um bom diagnóstico da questão da alimentação e do problema da fome em escala global”.
Lourdes Benavides, da campanha CRECE, Intermón Oxfam, destaca que “entre todos e todas, devemos conseguir mudanças urgentes em políticas públicas, em práticas de empresas, em nosso modo de consumir, para que todos nós, pessoas que habitamos o planeta, voltemos a estar no centro de um mundo mais justo, mais equitativo e sustentável. E Mãos Unidas, com seu relatório, contribui para esse fim”.
Marco Gordillo, coordenador do Departamento de Campanhas da Mãos Unidas, que é o responsável da elaboração deste relatório e para quem o documento “insiste que para garantir o direito à alimentação, é necessário reorientar nossos sistemas de produção agrícola, recuperando sua função social, ambiental e econômica, priorizando o acesso aos alimentos para todos, especialmente para os mais pobres e vulneráveis”.
Além disso, através do Skype, houve a participação de Henry Morales, Movimento Tzuk Kim-Pop (Guatemala), que lembrou como em seu país a maioria da produção alimentar (80%) está nas mãos de apenas 2% da população, num país onde a desnutrição infantil é um gravíssimo e secular problema.
Carlos García, do Instituto Socioambiental – ISA (Brasil), denunciou que, nos últimos anos, 100 povos indígenas desapareceram, 1.500 líderes foram assassinados e 700.000 quilômetros quadrados (uma Espanha e meia de superfície) da Amazônia foram desmatados.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Participando do fórum internacional de mudanças climáticas. Pesquisadores tentam salvar o café das mudanças climáticas

Interessantes palestras sobre as mudanças climáticas. O que estamos fazendo para minimizar seus efeitos???


Pesquisadores tentam salvar o café das mudanças climáticas



Pesquisadores tentam salvar o café das mudanças climáticas: O Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas isso pode mudar com as alterações no clima
Créditos: DW
O café é a bebida preferida do mundo e a commodity mais requisitada depois do petróleo. Mas ele pode estar ameaçado pelas mudanças climáticas. Com um quarto da produção mundial, o Brasil é o maior produtor e exportador de café do planeta, e o consumo da bebida aumenta cada vez mais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa para o ano de 2013 no Brasil é de colher 47,8 milhões de sacas de 60kg de café, mais de 2 milhões de toneladas.

No entanto, pesquisadores afirmam que as alterações no clima podem influenciar na produção do grão. Especialmente o café do tipo arábica, sensível a altas temperaturas, pode ter a produção seriamente prejudicada. Para evitar problemas no futuro, pesquisadores fazem simulações e tentam achar uma maneira de manter o cultivo, mesmo em situações adversas.

Previsões pessimistas

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) estima que as temperaturas ao redor do globo podem subir de 1,8ºC a 4ºC até o final do século 21. O que, segundo especialistas, apresenta sérios desafios para a indústria cafeeira nas próximas décadas.

No Brasil, o tipo café mais ameaçado é o arábica, que representa 73% do grão colhido no país. A temperatura ideal para este tipo de café é de 18ºC a 22ºC. De acordo com o professor Hilton Silveira Pinto, pesquisador e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o aumento de 1ºC na temperatura já implicaria na perda de cerca de 25% da produção.

Isso porque se durante o florescimento das árvores houver um único dia de temperatura acima de 23ºC, a perda de flores é significativa. O professor comenta ainda que, nos últimos anos, em algumas regiões como São Paulo, foram registrados até 10 dias com temperaturas acima de 23ºC no período de setembro a outubro.

Pinto explica que, numa previsão mais pessimista e extrema, em que o aumento da temperatura fosse de 3ºC -- o que aconteceria entre 2030 e 2040 --, a queda na produção de café poderia chegar a 30 milhões de sacas. O que significaria uma quebra de safra de 90%, ou seja, 10,6 milhões de hectares de café a menos.

Atualmente são produzidos cerca de 2 milhões de toneladas de café por ano. Com o aumento de 1ºC, esse número cairia para 1,54 milhão. Com 3ºC a mais, a produção seria de apenas 840 mil toneladas por ano. E num caso crítico, com 5,8ºC de aumento na temperatura, a produção cairia para 160 mil toneladas.

Soluções encontradas

Para fugir das altas temperaturas, a solução encontrada pelos especialistas é ganhar altitude. Pinto diz que já se está perdendo café nas áreas mais baixas de Minas Gerais e São Paulo. No entanto, o Paraná está ganhando áreas para os cafezais, já que, com o aquecimento, em muitas regiões altas praticamente não há mais geadas.

O pesquisador explica que as plantações são feitas agora em áreas acima de 650 metros, com temperaturas mais amenas, o que favorece também a qualidade do café.

De acordo com o professor, em uma situação extrema, a saída seria mudar a região de plantio para Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas embora a temperatura venha a ser adequada, no Sul não ocorre o período de seca necessário para a secagem do café.

Projeto piloto

Com o objetivo de capacitar produtores de café, sobretudo de base familiar, para reagir aos impactos das mudanças climáticas, foi criada em 2010 a iniciativa internacional Coffee & Climate (Café e Clima). O projeto está sendo executado em quatro países-chave para a cafeicultura: Brasil, Guatemala, Tanzânia e Vietnã.

O Coffe & Climate criou uma série de práticas que ajudam os produtores rurais a buscar saídas contra a falta de água e o aumento da temperatura. Os produtores locais participam ativamente do projeto.

"Nós desenvolvemos uma metodologia de triangulação de informações entre produtores rurais, extensionistas de campo, pesquisadores e cientistas para analisar os pontos convergentes em relação às alterações climáticas e buscar formas para atenuar ou se adaptar a esta mudança" diz Patrik Avelar Lage, coordenador do projeto no Brasil pela Fundação Hans Neumann.

O Brasil é o primeiro país em que o projeto entrou em execução. De acordo com Lage, foram desenvolvidas no país oito práticas para monitorar e ajudar na adaptação às mudanças no clima. "A ideia é estabelecer unidades demonstrativas para colher informações sobre as novas práticas, como a utilização de mudas de café de um ano, em vez de mudas de seis meses. Assim, as raízes já estão mais profundas e reagem melhor às condições adversas do clima, como em períodos de seca", diz.

Segundo o coordenador, produtores rurais e líderes comunitários estão ajudando a monitorar o clima, ao registrar regularmente temperatura e precipitação local. "As estações de coleta de dados climáticos geralmente têm um nível muito abrangente, então nós identificamos produtores que podem fazer este monitoramento local", diz Lage. Ele comenta que, pelos resultados obtidos, as oito práticas desenvolvidas no projeto podem ser uma boa saída para salvar as plantações das alterações climáticas.

O projeto é desenvolvido em Minas Gerais, nos municípios de Perdões, Santo Antônio do Amparo, Lambari, São Francisco de Paula, Ribeirão Vermelho e Cana Verde.

FONTE

Deutsche Welle
Autoria - Kamila Rutkosky
Edição - Francis França

Links referenciados

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
www.ipcc.ch

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
www.ibge.gov.br

Universidade Estadual de Campinas
www.unicamp.br

Fundação Hans Neumann
www.hrnstiftung.org/projects.html

Coffee & Climate
www.coffeeandclimate.org

Deutsche Welle
www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Amigos do planeta







Óleo de fritura vira combustível veicular. Garrafas pet iluminam ambientes. Permacultura dá vida a aldeia em Goiás. Paisagista recria a natureza em Minas.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Amendoim forrageiro brotando após 15 dias

Preparando as mudas em Montenegro
No último final de semana , visitando um dos sítios que presto consultoria, na zona sul de Porto Alegre. 
Observei a brotação das mudas de amendoim forrageiro que havia plantado em 6 de abril,. Estão começando a mostrar as primeiras folhas, como assinalei nas fotos com elipse vermelha. O local é de meia sombra , sendo que de 20 mudas , 12 brotaram. 
Estão localizadas nas entrelinhas de pomar de bananeiras, com o objetivo de melhorar o solo fixando nitrogênio e provocando a descompactação.
Em dezembro de 2012 plantei algumas mudas neste mesmo local e não tive sucesso.  Agora utilizei mudas com 35 cm de comprimento com o mínimo de folhas, para evitar o ressecamento das mudas.



Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...