Estima-se que são
gerados 800 kg/dia nas cozinhas e copas das cantinas das unidades e no
refeitório central, com potencial para reciclagem via biodigestão ou
compostagem
·
FONTE : https://jornal.usp.br/?p=13949
28/06/2016 - Publicado há 9 anos
A técnica da compostagem envolve a
reciclagem de restos de materiais orgânicos alimentares que são misturados a
folhas e podas de jardim e se transformam em um condicionador de solo, ou seja,
um composto orgânico (adubo) rico em nutrientes que deixa o solo em excelente
condição para o crescimento das plantas.
Diagnóstico preliminar sobre resíduos
orgânicos do USP Recicla de Ribeirão Preto identificou que são gerados 800
quilos por dia nas cozinhas/copas das cantinas das unidades e no refeitório
central, com potencial para reciclagem via biodigestão ou compostagem.
Uma das sete composteiras do campus da USP em Ribeirão Preto – Foto: Divulgação
Parte desses restos de materiais
orgânicos do campus da USP em Ribeirão Preto já é depositada em sete
composteiras distribuídas em várias unidades, com apoio do USP Recicla,
iniciativa da Superintendência de Gestão Ambiental de Ribeirão Preto (SGA-RP).
A primeira composteira foi implantada
em 1997 na casa de hóspedes da Prefeitura do Campus (PUSP-RP). Logo depois, em
2000, foi inaugurada a do Centro de Tecnologia da Informação (CeTi-RP). E, em
2013, foram instaladas na Faculdade de Direito (FDRP), na Creche Carochinha e
na Escola de Educação Física e Esportes (EEFERP). Em 2015, foi a vez das
faculdades de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) e de Odontologia (FORP) e na casa
19 da Faculdade de Medicina (FMRP).
Na composteira da Creche Carochinha, um
dos responsáveis pela manutenção é o auxiliar de serviços gerais José Roberto
Cassandri. “O trato é diário e os resíduos da cozinha como cascas, restos de
frutas e outros alimentos são reciclados.” O composto orgânico é usado nos
jardins e horta da creche. Cassandri revela que é feito um trabalho anual com
as crianças para conhecerem a técnica de compostagem.
Desperdício e descarte de alimentos
O relatório de 2013 da Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) afirma que 33% de todo o
alimento produzido no mundo se torna lixo. A compostagem, além de outras
estratégias para redução do desperdício, é uma maneira de minimizar os impactos
desse descarte na natureza.
Restos de alimentos tornam adubo para hortas e jardins – Foto: Divulgação/Manual USP Recicla
Segundo o
engenheiro e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), João Tinoco
Pereira Neto, em seu Manual de
Compostagem, referência para o programa USP
Recicla, essa “é uma técnica controlada de decomposição ou degradação de
materiais orgânicos pela ação de microrganismos em um meio aerado, que ao final
do processo é produzido composto orgânico fertilizante de solo”.
Resto alimentar, cascas, borra de café,
ossos, caroços, galhos, plantas, folhas e serragem podem ser separados para a
compostagem. Essa técnica simples e de baixo custo pode ser feita em casa, em
apartamento e em qualquer outro pequeno espaço de terra.
Para criação de uma composteira é
obrigatória a licença ambiental, de acordo com a Resolução SMA nº102 de
20/12/2012; entretanto, ficam dispensadas de licença aquelas que receberem até
100 kg de restos por dia.
Aprenda a fazer sua composteira
Para compostar, basta misturar restos
alimentares com folhas secas ou podas de jardim, na proporção de um para três:
por exemplo, 500 gramas de restos de alimentos para 1,5 kg de folhas e podas. É
necessário aerar, ou seja, mexer a composteira de uma a duas vezes por semana,
para garantir oxigênio por toda sua área, além de cuidar para que haja
equilíbrio de umidade – nem seca nem encharcada de água. Não se deve cavar
buracos nem cobrir com lonas, para não impedir a aeração do monte, orientam
especialistas.
Ao final de dois meses seu composto
estará maduro, com a pilha fria, cor e cheiro de terra molhada e com minhocas.
O composto aumenta a fertilidade do solo e pode ser usado em vasos, hortas e
jardins.
A Superintendência de Gestão Ambiental
de Ribeirão Preto promove, bimestralmente, oficinas que introduzem os
conteúdos básicos de tratamento de resíduos orgânicos e a prática de técnicas
de compostagem que podem ser feitas em residências.
Composteiras também podem ser feitas em
residências – Fotos: Divulgação
Giovanna
Grepi / Serviço de Comunicação Social do Campus de Ribeirão Preto
Nenhum comentário:
Postar um comentário