Se existisse o título de planta mais “gente boa”, provavelmente quem ganharia por unanimidade seria a batata-doce. Essa é uma planta muito fácil de cultivar, até por quem não tem experiência na jardinagem. A batata-doce adora o nosso clima quente e úmido (é nativa!), cresce rápido, pode ser plantada como planta ornamental de tão bonita que é e, produz alimento em abundância. Nossa jardineira Carol Costa conta todos os segredos dessa planta tão gentil e doce, e ainda assim, cheia de vigor!
Nativa do Brasil, a batata-doce (Ipomoea batatas) é cultivada principalmente pelas suas raízes nutritivas. Pois é, o que chamamos de batata-doce é sua raiz adaptada pra armazenar energia e nutrientes pra planta, funcionando como um cofrinho. Se você deixar uma batata-doce em contato com a água em um copo, em poucos dias surgirão raízes fininhas e logo mais desponta um ou mais brotos. Esse é o segredo da planta: guardar sua vitalidade nessa raiz bem desenvolvida pra, em caso de necessidade, rebrotar.
É a partir dessa brincadeira de criança que nossa louca das plantas ensina como você pode ter vários pés de batata-doce. Dá pra plantar a batata-doce na terra e ela brotará, mas o truque é deixá-la na água e, a partir das ramas que surgem, cortar estacas e plantar as mudinhas em vasos. Cada uma das estacas gerará um novo pé de batata-doce, inclusive com as raízes suculentas que amamos! Cultivar a planta a partir das ramas é muito mais vantajoso: a planta desenvolve batatas muito mais rápido do que se você tentasse cultivá-la a partir da raiz inteira. É como se aquele raminho só com algumas míseras folhinhas corresse pra armazenar o máximo possível pra ter um estoque de reserva, enquanto a plantada através da batata inteira não tivesse tanta pressa em se desenvolver – a "despensa" da planta já estaria bem cheia, sem necessidade de correria.
Pra fazer as ramas, escolha um segmento onde tenha três "nós", que podem ter ou não folhas. Esses nós são gemas, uma parte especial da planta que pode gerar novas folhas ou raízes. Pegue essas estacas e plante-as em um vaso pequeno que servirá de berçário pra suas mudinhas. Carol usa rolinhos de papel higiênico, um reaproveitamento esperto e perfeito pra cultivar mudas. Com quatro cortezinhos e algumas dobras, o rolinho vira um vaso biodegradável na medida. Coloque terra, espete a mudinha e deixe o berçário em um local com claridade e mantenha o substrato úmido. Aguarde a planta começar a soltar raízes pela parte debaixo do rolinho – esse será o momento pra colocar a muda num canteiro ou vaso. Pode colocar com papel e tudo, isso evita que você quebre raízes e o papel se decompõe na terra.
Se puder usar um vaso grande, melhor, a planta terá mais espaço pra desenvolver e sua colheita de batatas-doces será um sucesso. Carol usa um vaso Verona, da Vasart, com substrato e no centro, um cilindro feito de arames e preenchido com esfagno. Esse cilindro ajuda a planta a crescer de forma vertical. Em apenas 2 meses, o vaso está tomado por folhas e ramas. O vaso estiloso não foi escolhido pela nossa jardineira piracicabana à toa: a batata-doce fica tão bonita durante o período que cresce suas ramas, que dá pra usá-la como planta ornamental, fazendo bonito em qualquer área interna ou externa. Claro, se quiser deixá-la dentro de casa, escolha um canto com bastante sol. É importante garantir pelo menos, 4 horas de luz solar pra batata-doce se desenvolver bem e ter batatinhas pra colheita daqui a 4 ou 6 meses.
Uma curiosidade: não é apenas a batata-doce, a raíz, que é comestível. Suas folhas podem ser refogadas e consumidas assim, ou em outros preparos. Será que você conhece alguma receita bacana com essa planta incrível? Deixa aqui nos comentários e compartilhe, seguindo o exemplo de generosidade da batata-doce.
Materiais e plantas mostrados no vídeo:
vaso Verona, da Vasart – https://www.instagram.com/vasart_ofic...
Universidade Minhas Plantas – http://universidademinhasplantas.com.br/
Loja Minhas Plantas – http://loja.universidademinhasplantas...
Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
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