Árvore já apresentada aqui em outro artigo (ver), o popular Ficus (Ficus benjamina),
está sendo disseminado pela população em todo o Brasil a uma velocidade
impressionante. Acredito que não existe mais município no Brasil sem
ele. Vendido em floriculturas, supermercados e em diversos lugares por
um preço bem em conta, muitas vezes é a única árvore disponível, e que
se disfarça muito bem quando pequeno no vaso, podendo ter seu tronco
trançado e parecer um “bonsai” muito ornamental, bom para presentes
e decorar ambientes.
Sua venda devia ser proibida por lei, e
não se trata de implicância com a “pobre” árvore. Nativa da Ásia e
melhorada por viveiristas da Holanda, é produzida aos milhões em
Holambra-SP, com baixíssimo custo. Quando plantada no solo, fora do
vaso, suas raízes agressivas destroem galerias pluvias, de esgoto,
fiações enterradas, fundações e o que mais houver pela frente, causando
enormes prejuízos materiais.
Como é uma árvore que cresce em qualquer
solo e clima brasileiro, extremamente rústica, já existe até em cidades
ribeirinhas no meio da floresta amazônica, mesmo com tantas belas árvore
nativas à disposição(!!).
O problema é que ela surgiu no mercado há
cerca de 20 anos, e muitas destas belas arvorezinhas presentes nas
cidades não chegaram ainda sequer a idade adulta. Daqui algumas décadas
elas ficarão adultas e vamos ter um problema seríssimo nas edificações
das cidades e prejuízos públicos e particulares incalculáveis por causa
desta “bonsai”. A conta irá então para o bolso de todos, e o que é
pior, a fama ficará para todas as árvores urbanas, naquele velho
pensamento que árvore na cidade só dá problema.
Ricardo Henrique Cardim
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