O humus líquido é uma opção para a adubação orgânica em hortaliças, sendo obtido pela mistura de húmus de minhoca sólido e água, aprenda o procedimento com o pesquisador Gustavo Schiedeck.
Variedade se destaca pela alta produtividade e versatilidade
Uma variedade de batata-doce de alta produtividade que pode ser usada para consumo humano e produção de biocombustível. Assim é a BRS fepagro viola, fruto da pesquisa da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Embrapa, lançada na Expoagro, na segunda 21.
Atividades de melhoramento de batata-doce funcionam desde 1942 na Fepagro, Vale do Taquari, com variedades sendo utilizadas pelos agricultores locais há décadas. Em conjunto com a Embrapa, pesquisadores da Fepagro coletaram amostras dessas variedades utilizadas pelos produtores.
Nova cultivar Foto: Luis Suita/Divulgação/CR
No processo de seleção, foi realizada a limpeza clonal e multiplicação dos materiais mais promissores em termos de vigor e produtividade.
Dos mais de 50 materiais testados a campo, a BRS fepagro viola se destacou pela alta produtividade e versatilidade. “É uma cultivar que responde bem a qualquer trato cultural e produz de 60 a 80 toneladas por hectare”, detalha o pesquisador da Fepagro Zeferino Chielle.
Raiz
Outro diferencial da cultivar, de acordo com Chielle, é a diversidade no tamanho da raiz, que pode ter formatos diferentes e, por isso, diferentes aplicações. “Serve para consumo humano, para produção de biocombustível e até para ração animal, devido a seu alto valor energético”, enumera o pesquisador.
Zeferino Chielle ressalta que a massa aérea da planta, produzida em abundância pela BRS fepagro viola e com teor de proteína de 16%, também pode ser aproveitada para alimentação animal e produção de biocombustível.
Produção de biocombustíveis
Para a produção de biocombustíveis a batata-doce é uma cultura importante. “Sabe-se que uma tonelada de cana-de-açúcar produz 80 litros de etanol, enquanto a mesma quantidade de batata-doce, produz 158 litros”, informa o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Luis Antonio Suita de Castro.
No Brasil, este processo esbarra na baixa produtividade das cultivares e na falta de mecanização das lavouras.
Segundo Suita de Castro, as cultivares registradas pela Embrapa e recomendadas à produção, especialmente a BRS fepagro viola, obtiveram médias superiores a 3,0 kg/planta, o que indica produção de 75 t/ha em lavouras corretamente conduzidas.
Papples são importadas pela Grã-Bretanha da Nova Zelândia
Uma nova fruta tem sido
anunciada nas prateleiras de supermercados britânicos: a "papple", que
apesar do nome - que soa como mistura de pera (pear) e maçã (apple) -, é na verdade o resultado de várias combinações de peras.
Recém-importada da Nova Zelândia, a T109 - nome
da "papple" até que ela ganhe uma nomenclatura oficial - se soma a uma
longa lista de frutas de estranhas cores, formas e sabores que o homem
criou, por meio de cruzamentos e outros métodos, ao longo dos séculos.
Variações de ameixas
Muitas variações das ameixas foram criadas a
partir do cruzamento dos frutos dos arbustos do gênero prunus, que
inclui ameixeiras, cerejeiras, pessegueiras, damasqueiras e amendoeiras.
Os híbridos das misturas dessas árvores tendem a produzir frutas muito mais doces.
Uma delas é conhecida em inglês como aprium
(mistura de damasco, do qual herdou o aspecto, e ameixa) e tem sabor de
frutas variadas.
A mão de Buda
Originária do nordeste da Índia e da China, é um
dos cítricos cultivados há mais tempo e tradicionalmente usado para
fins medicinais - contra indigestão e dores de garganta - entre os
chineses.
Mão de Buda é usada para fins medicinais na China
A fruta tem dedos longos, crosta grossa e aroma
forte. Não é consumida em várias partes do mundo porque não tem um
centro carnoso.
A planta produz numerosas folhas de cor verde
intenso e pequenas flores brancas perfumadas. O arbusto dá frutos do
final da primavera até o final do verão.
Além das aplicações medicinais, a fruta serve
para fazer marmelada e para condimentar pratos salgados ou doces. Na
China também é um símbolo de felicidade e longevidade, e por isso é
usada como presente no Ano Novo chinês.
Durian
Nativa do sudeste da Ásia, é conhecida por seu poderoso aroma, adorado por alguns e considerado repulsivo por outros.
A durian tem um aroma adorado por alguns e considerado repulsivo por outros
Mas não é apenas o odor que repele alguns consumidores: a fruta é cheia de espinhos em sua casca.
Em países como a Malásia, onde o durian é
abundante, chamam-no de "o rei das frutas", por causa de seu complexo
sabor - dizem que parece com uma mescla entre caramelo e queijo francês.
Quanto mais intenso seu odor, mais forte é o sabor.
Para alguns, esse cheiro é tão repugnante que
algumas cidades asiáticas proibiram que o durian fosse comido no
transporte público.
Existem 30 espécies diferentes de durian, que é
rico em potássio, em outros minerais e vitaminas e que tem valor
nutritivo semelhante ao abacate e à manga.
Lima dedo
Há quem diga que essa fruta se assemelha ao caviar, mas com sabor de lima.
A Citrus australasica é conhecida em
alguns países como "caviar de lima", por causa das pequenas esferas
suculentas com sabor de lima, que "explodem" na boca ao serem comidas.
A lima dedo é conhecida como "caviar de lima"
Tem a aparência de uma lima comprida, semelhante
a um pepino. E tem várias cores: verde, preto, laranja, amarelo e rosa.
É cultivada na Austrália e nos EUA, sendo usada por chefs famosos para
temperar seus pratos e drinques.
Fruta milagrosa
Originária de Gana (oeste da África), essa fruta tem sido cultivada há séculos.
O gosto da "fruta milagrosa" faz com que as
comidas mais insípidas se tornem mais doces - isso ocorre porque a polpa
dessa pequena fruta contém miraculina, uma glicoproteína que engana as
papilas gustativas, fazendo com que quem a prove perceba os alimentos
como sendo mais doces do que realmente são.
Esse efeito se prolonga por 30 minutos a 1 hora após sua ingestão.
Em 1968, houve uma tentativa de extrair essa
glicoproteína e processá-la em forma de pílula. Mas a agência americana
que regula alimentos e medicamentos proibiu sua comercialização até que
se realizem mais testes.
No Japão, a frutinha é usada como adoçante por pessoas que estão de regime.
Algumas pessoas poderão ter em suas casas uma planta chamada Ora-pro-nobis, bastante utilizada como cerca viva, devido aos seus espinhos pontiagudos, mas extremamente bela, que carrega o ambiente com suas flores. O que muita gente talvez não saiba é que a Ora-pro-nobis, além de tudo, também é comestível, sendo utilizada na região de Minas Gerais como alimento, rica em proteínas, bastante conhecida por lá como o “bife dos pobres”.
Propriedades da Ora-pro-nobis
Suas propriedades já são bastante conhecidas, principalmente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida, mas já é um bom começo.
Por ser bastante popular em Minas Gerais, a Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças, tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc.
Benefícios da Ora-pro-nobis
Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;
O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras;
Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes;
As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê;
A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade;
O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia;
Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio.
Composição nutricional da Ora-pro-nobis
COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
Energia
26 kcal
Proteína
2,00 g
Lipídios
0,40 g
Carboidratos
5,00 g
Fibras
0,90 g
Cálcio
79,00 mg
Fósforo
32,00 mg
Ferro
3,60 mg
Retinol
250,00 mcg
Vitamina B1
0,02 mg
Vitamina B2
0,10 mg
Niacina
0,50 mg
Vitamina C
23,00 mg
É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em fibras.
Como consumir Ora-pro-nobis?
A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
Como preparar Ora-pro-nobis?
Para servir como incentivo, e mesmo matar a curiosidade, vamos passar algumas receitas simples com Ora-pro-nobis. É extremamente simples o preparo e manuseio das folhas.
1. Batatas ao pesto de Ora-pro-nobis
Ingredientes:
½ quilo de batata bolinha, ou algum outro tipo, mas que sejam pequenas;
1 xícara de folhas de Ora-pro-nobis rasgadas com as mãos;
½ xícara de queijo meia cura ralado;
1/3 de xícara de castanha do Pará;
½ xícara de azeite de oliva extra virgem;
½ dente de alho;
Sal e pimenta.
Preparo:
Faça primeiramente o pesto, batendo todos os ingredientes no liquidificador, com exceção das batatas. Caso tenha um processador, tecle na função pulsar, pois você não quer que vire um suco. É importante sentir a textura dos alimentos presentes no molho pesto. Reserve.
Cozinhe as batatas, mas deixe-as firmes. Coloque-as numa forma e regue com um fio de azeite e salpique sal e pimenta. Leve-as ao forno médio, pré-aquecido, até que estejam coradas.
Assim que retirar as batatas do forno, despeje o molho pesto sobre elas, e sirva imediatamente.
2. Pão vegetariano de Ora-pro-nobis
Ingredientes:
50 gramas de fermento para pão, aproximadamente 3 tabletes;
½ copo de água morna;
½ copo de água fria;
2 colheres de sopa de manteiga ou margarina;
2 ovos;
1 colher de sopa de açúcar;
1 colher de sobremesa rasa de sal;
Farinha de trigo até dar o ponto (que poderá ser substituída por farinha integral);
100 gramas de folhas de ora-pro-nobis
Preparo:
O fermento deverá ser dissolvido juntamente com o açúcar, até formar uma pastinha. A seguir, adicione a água morna, mas tenha cuidado para que não esteja quente, pois fará com que o fermento não se desenvolva. Faça um teste no dorso da mão.
Aguarde alguns minutos e verá que a fermentação se inicia, levantando pequenas bolhas. Essa etapa é importante para saber se o fermento está bom. Caso isso não aconteça, descarte e reinicie.
A seguir, junte os ovos, a manteiga e o sal. Deixe aguardando enquanto bate as folhas de Ora-pro-nobis com a água fria no liquidificador.
Agora, junte à massa. Deixe a farinha para o final, onde deverá ser adicionada aos poucos, até começar a soltar das mãos.
Nesse momento, cubra com um guardanapo e deixe essa massa descansar até notar que dobrou de volume.
Divida em duas partes, modele os pães no formato que preferir. Pincele com gema e leve ao forno para assar, em forno pré-aquecido, até dourar.
3. Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis
Essa farinha irá enriquecer suas receitas. É feita a partir das folhas desidratadas. Para isso, será preciso colher muitas folhas. Deixá-las em local seco e fresco, até que estejam totalmente desidratadas. Nesse momento, basta triturá-las ou e adicioná-las a seus pratos culinários. Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras. Guarde num vidro com tampa e utilize nos pães, bolos, tortas, panquecas, etc.
Ora-pro-nobis ajuda a emagrecer?
A princípio, sim. Um dos fatores favoráveis ao emagrecimento está diretamente ligado à grande quantidade de fibras que a planta apresenta. Numa dieta equilibrada, as fibras são essenciais para dar a sensação de saciedade, o que nos faz comer menos nas refeições.
Além do mais, elas ajudarão no esvaziamento intestinal mais rápido, evitando que toxinas estejam circulando por nosso organismo, nos livrando de inchaços e retenção de líquidos. Se essas fibras forem ingeridas cruas, mais eficientes serão.
É claro que não basta comer Ora-pro-nobis. Ela é uma aliada entre uma série de outros que precisamos para nos manter magros.
Contraindicações
Até onde se sabe, não há contraindicações ao seu consumo, a não ser por pessoas que apresentem algum tipo de alergia a ela, porém, seus índices de toxicidade são praticamente nulos.
Onde encontrar?
Nos estados do Sudeste é mais fácil, por ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada, fresca, desidratada, em saquinhos. Costumam vender um saquinho com 200 gramas por algo em torno de R$ 1,00.
Conhecendo melhor
Quem não se apaixonar por seu sabor, seguramente se apaixonará por sua beleza. Incluímos um vídeo amador, onde é possível apreciá-la, em plena floração, cercada de abelhas em processo de polinização. Infelizmente não será possível desfrutar de seu perfume. Confira:
Considerações finais
É uma pena que não se leve a sério o cultivo de Ora-pro-nobis em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar muito aos hábitos alimentares dos brasileiros, principalmente através da farinha enriquecida, que poderia chegar facilmente à nossa mesa.
Sendo possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada pela internet. É possível encontrar generosos doadores. Vale a pena!
Prefeitura não tem condições de evitar caos em temporais, denunciam funcionários
Os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre alertam a população que os transtornos ocorridos após a tempestade do dia 29 de janeiro
– quando milhares de habitantes ficaram sem água e luz durante dias por
conta da queda de mais de três mil árvores sobre as redes de
abastecimento da cidade – voltarão a acontecer “sem que a Prefeitura
consiga dar uma resposta ágil e tecnicamente eficiente à população
porto-alegrense”.
O manifesto, assinado por duas associações de classe (Sindicato dos
Engenheiros do Rio Grande do Sul, Senge, e Associação dos Técnicos de
Nível Superior do Município de Porto Alegre, Astec), denuncia que o
manejo da arborização urbana, necessário para manter os vegetais sadios e
em condições de resistir aos efeitos do clima é feito de forma precária
porque não há reposição de funcionários da área operacional – o último
concurso ocorreu há mais de 20 anos, em 1993 – e a terceirização dos
serviços é “ineficiente e subdimensionada”.
Os técnicos apontam ainda a falta de manutenção de veículos e
equipamentos e também da infraestrutura necessária para o trabalho. “Uma
parcela considerável dos danos e prejuízos causados à população poderia
ser evitada caso a Smam dispusesse das condições mínimas necessárias
para desenvolver ações programadas de manutenção preventiva da
arborização da cidade”, lamenta a nota. Manifesto foi ignorado pelos jornais
O manifesto foi divulgado na semana passada mas não recebeu atenção
da imprensa gaúcha, que preferiu comprar a tese de que as árvores da
cidade estavam velhas ou que eram inadequadas para uma cidade grande.
Os técnicos sabem que eventos extremos como o daquela sexta-feira a
noite – com ventos que ultrapassaram os 120 km/h – serão cada vez mais
comuns em razão do aquecimento global e “evidenciam que o processo de
sucateamento do órgão ambiental de Porto Alegre pode se refletir
negativamente na capacidade de resposta da cidade” frente a situações
adversas.
Para alertar as autoridades sobre a necessidade de manter a pasta em
condições de atender eventos como o do dia 29 de janeiro, um grupo de
ambientalistas vai pedir à Câmara Municipal uma audiência pública sobre o
tema. Uma reunião no Legislativo foi marcada para as 14 horas desta
quinta-feira.
O combate pode ser feito de forma simples e sem uso de produtos químicos. Uma alternativa é construir armadilhas com latas de azeite ou óleo. Tire a tampa e enterre o recipiente no nível do solo. Dentro, coloque um pouco de cerveja misturada com sal. Atraídas pela bebida, as lesmas caem na lata e morrem desidratadas pelo sal. Outra opção é colocar, ao anoitecer, estopa ou saco de aniagem molhado com água e um pouco de leite no chão ao redor das plantas. As lesmas também serão atraídas pela mistura.
Na manhã do dia seguinte, vire o material utilizado e elimine os invasores por afogamento, fogo ou pisoteio. Também podem ser espalhados pedaços de abóbora crua ou chuchu nos canteiros. As hortaliças são iscas para as lesmas, que, depois de juntas, podem ser extintas. Em se tratando de população elevada, o indicado são iscas com metaldeído, produto que pode ser encontrado em casas agropecuárias
CONSULTORA: MARIA ALICE DE MEDEIROS, pesquisadora da Embrapa Hortaliças, Rodovia Brasília/Anápolis, BR 060, Km 09, Gama, DF, Caixa Postal 218, CEP 70359-970, tel. (61) 3385-9000, sac@cnph.embrapa.br
come-se: Livro gratuito sobre abelhas nativas: Uma das jataís das minhas caixas visitando a flor de almeirão roxo O Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) acaba de lançar um...
O objetivo do livro é orientar produtores da agricultura familiar, mas mesmo que você não tenha sua própria criação de abelhas sem ferrão, sei que com o livro vai ter muita vontade de ter ao menos uma caixinha na varanda do apartamento por prazer.
Um lote de terras no Assentamento Conquista da Liberdade, em Piratini, é um exemplo de produção integrada. E as abelhas têm papel fundamental. A família cultiva de tudo e segue os princípios da agroecologia. Como resultados: alimentos de qualidade e meio ambiente preservado e sustentável.
O pó de café usado é um recurso ótimo e de graça que pode ser utilizado em seu jardim. Enriquece o solo com nitrogênio e outros minerais. Utilize-o em sua compostagem, vermicompostagem ou espalhe na superfície da terra e confira os benefícios!
A amostragem é a primeira etapa no processo de avaliação da fertilidade do solo. Através dela é possível identificar os nutrientes presentes no solo e orientar os procedimentos de adubação e correção, para que o sistema agrícola seja produtivo, eficiente e econômico.
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Uma grande dificuldade do agricultor que deseja utilizar a técnica de controle biológico é saber quem são e como agem os insetos que contribuem para a redução das pragas nas lavouras. Para auxiliar essa identificação no campo, a Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) está lançando o Guia para reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas.
Trata-se de uma publicação de bolso com fotos e informações básicas sobre os agentes naturais mais comuns utilizados no controle de pragas. Características necessárias para o seu reconhecimento, como por exemplo, tamanho e coloração são descritas no guia, que informa ainda qual a função de determinado inimigo natural no controle de pragas. A pesquisadora Alessandra de Carvalho Silva, especialista no assunto e editora da publicação, acredita que pelo caráter didático e pela facilidade com que pode ser levado para o campo, o livreto será bastante útil para os agricultores que pretendem fazer uso do controle biológico de pragas.
O controle biológico é uma alternativa ao uso de inseticidas que tanto mal podem causar à saúde do trabalhador rural, de consumidores dos produtos e ao meio ambiente. A técnica caracteriza-se pelo uso de organismos vivos, presentes na natureza, como por exemplo, os insetos que se alimentam ou parasitam, e os patógenos que causam doenças em insetos. A utilização dos insetos chamados de inimigos naturais pode ocorrer de duas formas: liberando-os na área de produção ou fazendo com que os insetos já presentes na área aumentem em número e permaneçam próximos aos cultivos agrícolas.
Entretanto, em ambos os casos, o agricultor precisa saber distingui-los dos insetos que se alimentam de plantas, visando a sua conservação no local. "De nada adianta a presença de insetos benéficos nas lavouras se o agricultor confundi-los com os insetos que podem causar danos às plantas e não souber qual o papel deles na redução dos problemas fitossanitários", diz Alessandra Carvalho.
Segundo a pesquisadora da Embrapa, além de reconhecer os agentes naturais de controle, é preciso deixar claro que nem todos os insetos que se alimentam de plantas são pragas. "Muitos podem alimentar-se da lavoura sem colocar em risco a produção ou causar prejuízos econômicos ao agricultor, servindo apenas de alimento para os inimigos naturais.
O risco de um inseto, que alimenta-se de planta, tornar-se uma praga é proporcional ao grau de desequilíbrio que nós, homens, causamos na natureza ao escolhermos as práticas agrícolas", esclarece Alessandra. Com o guia em mãos, o agricultor vai poder identificar o papel de diferentes insetos tão comuns nas lavouras como as joaninhas, tesourinhas, moscas, besouros e vespas que não causam mal algum aos cultivos e só auxiliam no controle de pragas como cochonilhas, pulgões, ácaros, lagartas e outros.
O guia não será vendido. A publicação está disponível para download e também será distribuído gratuitamente para agricultores em ações de transferência de tecnologia como dias de campo, cursos e treinamentos.
Os solos arenosos apresentam teores de argila de até 20%. São solos com maior proporção de areia.
Por isso secam mais rapidamente. A movimentação da água, para as
camadas mais profundas do solo, é feita com muita facilidade. E nesta
maior facilidade, a água carrega os nutrientes essenciais para os
vegetais.
São solos de baixa fertilidade natural, o pH é baixo,
apresentam teores muito baixos de matéria orgânica, baixa Capacitação de Troca de Cátions,
pobreza de nutrientes, deficiência de cálcio e presença de alumínio
tóxico nas camadas mais profundas.
O sistema radicular da plantas tem
dificuldade para desenvolver em área e em profundidade. Com isto, na época de estiagem, as
raízes encontram dificuldades para buscar água e nutrientes nas camadas
mais profundas, o que causa estresse na planta e contribui para a queda
da produtividade das lavouras.
A calagem nos solos arenosos é primordial
e deve ser feita com maior frequência, à profundidades maiores e com
bastante antecedência do plantio.
canteiros sítio Nena Baroni
Os solos arenosos precisam de calagem
mais frequente que os argilosos. Além da calagem, a adição de gesso
agrícola favorece a mobilização do cálcio para as camadas mais
profundas, bem como o ânion SO4-
do sulfato de cálcio (gesso) reagirá com o Al tóxico formando compostos
menos tóxico para as plantas. Isto criará um meio propício para o
desenvolvimento radicular nas camadas mais profundas do solo.
O
cálculo da necessidade de calagem (NC) em t/ha, para um solo arenoso,
com menos de 20% de argila, é feita através de duas fórmulas, das quais a
recomendação será aquela que apresentar a maior quantidade.
NC (t/ha) = Al x 2 x f (1)
NC (t/ha) = [2 - (Ca+Mg)] x f. (2)
Por
hipótese, seja um solo arenoso com 15% de argila, com teores de Ca =
0,8 cmolc/dm³, Mg = 0,28 cmolc/dm³ e Al = 0,9 cmolc/dm³, utilizando um
calcário com PRNT = 85%. Aplicando as duas fórmulas, encontramos:
NC (t/ha) = 2 x 0,9 x f (1)
Lembrando
que a recomendação oficial é para um calcário com PRNT de 100%, e como o
calcário a ser usado tem PRNT = 85%, devemos fazer a correção (f) da
quantidade:
f = 100 / 85 ou f = 1,17.
Assim sendo,
NC (t/ha) = 2 x 0,9 x 1,17
NC = 2,1 t/ha (1)
NC (t/ha) = [2 - (0,8+0,28)] x 1,17 (2)
NC (t/ha) = [2-1,08] x 1,17
NC (t/ha) = 0,92 x 1,17
NC = 1,08 t/ha (2)
A
escolha da quantidade deverá ser de acordo com o maior valor encontrado
no cálculo das duas fórmulas, que neste caso será a fórmula (1): 2,1 t/ha.