terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Cultivo de lupulo no Rio Grande do Sul

Uma nova cultura

FONTE: SITE O PIONEIRO

gustavo laurindo
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Produtor de São Francisco de Paula colheu uma tonelada neste ano
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FERNANDO SOARES 
fernando.soares@pioneiro.com
Ingrediente responsável por gerar o amargor e o aroma característicos da cerveja, o lúpulo começa a ganhar espaço em solo gaúcho. Cinco produtores, sendo quatro deles na Serra, decidiram apostar no cultivo da flor nos últimos três anos. E os resultados das primeiras safras colhidas indicam que a cultura, tradicional em países como Alemanha e Estados Unidos, tem um futuro promissor no Rio Grande do Sul.
O início do plantio de lúpulo no Estado não ocorre à toa. O foco dos produtores é atender ao mercado cervejeiro nacional, que tem se expandido em ritmo acelerado. Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil conta 679 cervejarias. Cinco anos atrás, havia menos de 200 estabelecimentos cadastrados no país. O Rio Grande do Sul, atualmente com 142 empresas, lidera a fabricação de cerveja.
Como hoje todo o lúpulo utilizado na fabricação da bebida é importado, muitos investidores viram na produção da flor um nicho a ser explorado. No momento, o cultivo se encontra em um estágio inicial. A principal área plantada no Estado e uma das maiores no Brasil, até agora, é a do produtor Gustavo Laurindo, de São Francisco de Paula. Ele começou a fazer experimentos em 2015 nas terras de sua família. Desde então, deixou o emprego que tinha em uma indústria de Caxias do Sul e investiu em torno de R$ 500 mil para estruturar a plantação em um hectare.
Neste ano, entre fevereiro e abril, Laurindo colheu uma tonelada da flor. Foi sua primeira safra comercial e mais da metade dela já foi vendida para microcervejarias e cervejeiros amadores. Os 500 quilos que restaram do insumo devem acabar em poucos meses, pois há acordos encaminhados para o fornecimento a outros seis estabelecimentos em diferentes regiões do país.
Para a próxima safra, Laurindo vai expandir a área para dois hectares, com o objetivo de colher duas toneladas. Ao todo, são cultivadas 10 variedades, sendo cascade, chinook e columbus as principais. A longo prazo, as metas são ainda mais ambiciosas
– Em até sete anos, imagino produzir 10 toneladas ao ano, conforme vá expandindo a área. A tendência é de que o mercado absorva toda essa produção – projeta. 
No país
O Rio Grande do Sul não é o único Estado no qual a cultura está sendo implementada. Atualmente, existem 31 produtores espalhados por sete unidades federativas, com uma área plantada que não passa de 20 hectares, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo). A criação da entidade começou a ser articulada no final de 2016 e será formalizada neste mês, em uma assembleia em Lages, Santa Catarina.
O objetivo do grupo é conectar os interessados em realizar o cultivo em solo brasileiro e fomentar a produção da flor em escala comercial.
– O plantio de lúpulo é muito recente. Não existe ainda uma cadeia produtiva formada no Brasil. Hoje ninguém está produzindo em escala comercial – comenta Alexander Creuz, que deverá ser eleito o primeiro presidente da Aprolúpulo.
Proprietário de uma empresa de assistência técnica especializada em lúpulo, o agrônomo catarinense Felipe Francisco calcula que a cultura deve levar de 10 a 15 anos para se consolidar no Brasil. Ou seja, ainda há um longo caminho até a produção nacional conseguir se tornar uma alternativa real à importação do ingrediente. Por outro lado, os resultados obtidos até agora são animadores.
– O potencial do cultivo do lúpulo é muito grande, maior do que imaginávamos inicialmente. Fazendo experimentos, vimos que é possível cultivar em várias regiões – explica.
Entretanto, o lúpulo de qualidade, com alto teor de óleos essenciais, deverá ser obtido, principalmente, na Serra Gaúcha e na Serra Catarinense. Para Francisco, essas duas regiões devem concentrar a maior parte da produção brasileira, em função de características como clima e altitude. Desta maneira, ele lembra que o lúpulo é uma flor que requer bastante horas de sol e temperaturas amenas no verão para se desenvolver.
Dentro da flor de lúpulo, há alguns pontos amarelos chamados de lupulina. Eles congregam diversas substâncias, como resinas e óleos essenciais, que são responsáveis por dar o amargor e o aroma à cerveja.

Produtores por estado

Fonte: Aprolúpulo

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“Loucura” que deu certo

Marcelo Casagrande
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diversas frentes | Bastiani vende mudas, investe no cultivo comercial e ainda faz a própria cerveja
– Tu és louco, isso não vai dar certo.
Esta foi a frase que o produtor Guilherme de Bastiani, de Nova Roma do Sul, mais ouviu quando dizia para familiares e amigos que iria vender sua empresa de distribuição de bebidas para se dedicar ao cultivo de lúpulo. Em 2015, ele comprou algumas mudas em São Paulo e plantou-as no quintal de casa. Na primeira vez, o resultado desejado não apareceu. Mas, após insistir e fazer outras tentativas, os cones verdes brotaram. A loucura começava a dar certo.
Vendo que o lúpulo nascia na Serra, Bastiani montou uma estufa caseira, na qual testa novas variedades e multiplica as mudas. Ao compartilhar fotos de sua experiência na internet, gente de todo o Brasil passou a procurá-lo para comprar plantas. Esse virou um nicho de atuação. Há semanas nas quais o produtor comercializa mais de 100 mudas, ao preço médio de R$ 35 por unidade.
Bastiani ainda decidiu apostar no cultivo comercial do lúpulo. Para isso, comprou meio hectare de terra, no ano passado, e colocou cerca de 200 plantas das variedades cascade e chinook. Entre fevereiro e abril, colheu 30 quilos em sua primeira safra. Metade da produção foi vendida para uma cervejaria de Florianópolis. Com a outra metade, o produtor fabrica sua própria cerveja. Para ter estoque do ingrediente até a próxima safra, ele secou e embalou a vácuo as flores, o que garante a longevidade durante o ano.
E em 2019, a produtividade deve aumentar substancialmente.
– Vou aumentar para 750 mudas na próxima safra e devemos colher em torno de 150 quilos no total – afirma.
Em Nova Roma do Sul, o cultivo acontece de uma maneira pouco convencional, na horizontal, como ocorre tradicionalmente com a uva. Neste modelo, a planta atinge em torno de 2 metros de altura, facilitando a colheita dos cones. Da maneira convencional, na vertical, o pé de lúpulo pode chegar a até seis metros de altura.
O produtor Natanael Moschen, de Gramado, é outro que optou por cultivar lúpulo no formato igual ao de parreiral. Em uma área com dois hectares, ele deve colher sua primeira safra comercial em 2019, quando deverá ter em torno de 1,5 tonelada da flor. Neste ano, ele obteve uma pequena quantidade e comercializou apenas para paneleiros, aquelas pessoas que fazem cerveja em casa.
– No ano que vem, teremos produção plena, e a ideia é oferecer às cervejarias – destaca Moschen.
O gramadense constata que o mito de que o lúpulo não renderia no Brasil é coisa do passado. Segundo Moschen, a cultura tem se adaptado bem à Serra, ainda que às vezes haja problemas com ácaros, formigas e fungos na plantação. Ainda assim, as pragas têm sido controladas, muitas vezes sem o uso de agrotóxicos. Adubo orgânico e chá de fumo são alguns dos ingredientes utilizados pelos produtores gaúchos na atividade.
NATANAEL MOSCHEN, DIVULGAÇÃO
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EM GRAMADO | Moschen pretende colher primeira safra comercial no ano que vem

O tamanho do mercado

Água, levedura, lúpulo e malte. Dos ingredientes básicos da cerveja, o lúpulo era, até pouco tempo, o único sem produção no mercado interno. Por conta disso, nos últimos anos, cresceu a importação do insumo. Segundo dados do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), compilados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), o Brasil comprou 36,4 toneladas de lúpulo estrangeiro no primeiro trimestre de 2018. A quantidade é superior a todo o volume importado em 2017, quando o país trouxe 34,6 toneladas do Exterior.
A Aprolúpulo estima que os negócios envolvendo a aquisição do produto movimentam mais de US$ 50 milhões por ano no país, com perspectivas de crescimento. Neste sentido, a produção nacional vai abrir possibilidades até então inexistentes para as cervejarias brasileiras, que poderão utilizar lúpulo fresco e em flor. Hoje, o produto importado geralmente é de safras antigas e costuma chegar beneficiado em formato de pellet.
– O lúpulo que vem para Brasil é o que sobrou no Exterior. Se a gente conseguir ter lúpulo mais perto e o utilizarmos fresco, mais qualidade pode ter a cerveja – argumenta Rodrigo Ferraro, presidente da Associação Gaúcha de Microcervejarias.
A existência de uma produção brasileira pode baratear os custos das cervejarias no futuro. Atualmente, um quilo de lúpulo importado é vendido por R$ 150 a R$ 300, dependendo da variedade. O brasileiro sai entre R$ 200 e R$ 400, mas a tendência é de que o preço baixe conforme aumente a produção interna.

As primeiras cervejas com lúpulo gaúcho

MARCELO CASAGRANDE
mercado | Procura pela cerveja com lúpulo local é alta, diz Gazzola
Aos poucos, as primeiras cervejas feitas com lúpulo nacional chegam aos copos dos consumidores. A cervejaria Imaculada, de Caxias do Sul, foi uma das primeiras a colocar no mercado um rótulo feito exclusivamente com o insumo gaúcho. Trata-se de uma Summer Ale produzida com flores frescas oriundas de São Francisco de Paula. A bebida começou a ser fabricada menos de oito horas após a colheita dos cones verdes e foi lançada no final de abril.
Ao todo, a Imaculada fez 1 mil litros do rótulo, sendo que a maior parte foi envasada em garrafas de 500ml. Segundo o sócio-proprietário da empresa, Marcus Gazzola, a intenção era experimentar o lúpulo local de maneira despretensiosa. O resultado surpreendeu positivamente, gerando uma cerveja com aromas que remetem à erva-mate e bergamota.
Ainda assim, Gazzola analisa que o lúpulo gaúcho, no momento, fica devendo em alguns aspectos, se comparado com os estrangeiros.
– O nosso lúpulo não é tão intenso, talvez por ser de primeira safra. Os americanos são mais intensos. Mas o gaúcho pode ser um lúpulo nobre (que pode ser utilizado não só para amargar, mas para dar aroma à cerveja) – classifica Gazzola.
A procura pela cerveja com lúpulo gaúcho tem sido intensa. A cervejaria caxiense já forneceu para estabelecimentos em Caxias e São Paulo e tem negócios encaminhados para outros lugares do Rio Grande do Sul e do nordeste do país.
A Taberna MF, de Gramado, é outra cervejaria que apostou nas flores de São Francisco de Paula. O estabelecimento fez uma releitura de uma American Pale Ale (APA), que já era produzida com insumos importados. Foram fabricados 1,2 mil litros da bebida, que passará a ser disponibilizada apenas nas torneiras do bar ainda em maio.
– Resolvemos experimentar o lúpulo gaúcho até para incentivar esse tipo de investimento. O mercado cervejeiro só tem a ganhar com esse plantio – salienta Elenilton Baretta, mestre-cervejeiro da Taberna MF.
A tendência é de que o número de cervejas contendo lúpulo gaúcho se multiplique ao longo deste ano. Há, pelo menos, uma dezena de rótulos brasileiros que estão sendo preparados com o insumo do Rio Grande do Sul e logo devem ser disponibilizados para venda.

Lúpulos registrados no Brasil 

Fontes: Condado da Cerveja, Gustavo Laurindo e Ministério da Agricultura

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Como fazer muda de abacateiro - Rio Grande Rural

pitanga-da-restinga ou pitanga-de-cachorro, Neomitranthes obscura

Fonte: blog e-jardim

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Graciosos frutos de ca. 1,5 cm, arredondados e multicoloridos (vermelho-intensos a quase negros, conforme o estágio de maturação). São coroados no ápice por um pequeno vestígio de uma estrutura floral denominada caliptra (ver fotos). Possuem casca fina, polpa suculenta de sabor bastante doce quando maduros, com marcante presença de taninos. A planta é uma arvoreta (1,5-4 m), com folhas muito brilhantes na face superior, dotada de tronco marrom acinzentado cuja casca desprende-se em placas.

Resultado de imagem para Neomitranthes obscura
Usos: Os frutos são consumidos ao natural, apreciados em sua região de origem. Por conterem elevados níveis de tanino, são também utilizados para o combate da diarreia. Constituem o alimento predileto do cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), animal outrora tão comum nas restingas e florestas. A floração é abundante e muito melífera. A pitangueira-de-cachorro pode ser mantida em vasos e bonsais.
Cultivo: De fácil cultivo, desde que mantido a sol pleno e sobre solos bem drenados. Vai bem em climas tropicais e subtropicais.
Origem: Restingas e florestas pluviais da costa atlântica, desde a Bahia até Santa Catarina. Particularmente frequente no Rio de Janeiro.
Família: Myrtaceae.



Observações: Leiam o interessante relato "A misteriosa pitanga-de-cachorro" em nosso blog, no link http://e-jardim.blogspot.com.br/search?q=Neomitranthes

sábado, 8 de dezembro de 2018

A Corticeira: conhece??



Corticeira é uma árvore que possui vários nomes e é da família das leguminosas. É mais encontrada no sul do Brasil e nas regiões próximas como Uruguai, Paraguai e Argentina. Pode ser chamada também de sananduva (nome original vindo do tupi), bico-de-papagaio, flor-de-coral e outros. Em lugares que possui condições boas para progredir pode chegar até dez metros de altura. Sua aparência conta com folhas compostas, flores vermelhas em formato de cálice e com os troncos tortuosos. Hoje é em dia é muito usada em paisagismo, pois sua flor é fica muito bonita em ambientes ornamentais.
Seus frutos parecem vagens, cheios de sementes, bem parecidos com o feijão. Algo muito interessante da árvore é que quando chega a época das flores, as folhas caem junto, isso ocorre em poucos casos, como o ipê e a cerejeira. Faz parte do mesmo gênero científico das árvores chamadas suinã ou mulungu.
Devido a quantidade de corticeiras na Argentina e no Uruguai presentes nas paisagens a flor da árvore se tornou a flor nacional dos países. Alguns cientistas denominam essa planta como floríferas decíduas.
Corticeira Para Que Serve (2)
Corticeira Para Que Serve (1)
Corticeira Para Que Serve (3)
Além disso, a árvore possui propriedades medicinais muito importante, ela apresenta os mesmos benefícios que as árvores do mesmo gênero como o mulungu. O interessante é que a maioria das partes da árvore são utilizadas, tanto as cascas da planta, as sementes, as flores e os frutos podem ter algum benefício.
O chá tem muitas propriedades associada, podendo ser indicada contra estresse, sendo uma boa para quem sofre diariamente com isso por ser tranquilizante. Também é indicado em problemas emocionais, pelo mesmo fato de ser tranquilizante, antidepressivo, ajudando em problemas como ataque de pânico, compulsão, distúrbio do sono entre outros.
Também indicado para problemas de insônia e ansiedade, o extrato da planta já teve comprovações que diminui a ansiedade por ter propriedades calmantes. Também ajuda no combate ao inchaço, por ter algumas propriedades diuréticas, por isso se o inchaço é provindo de líquido retido, o chá de corticeira irá ajudar a eliminar esse líquido em excesso. Porém é sempre válido que é muito importante se manter hidratado.
Ajuda em diversas dores e condições de saúde como hepatite, esclerose, pressão alta, insuficiência urinária, bronquite e outros diversos problemas. Algumas experiências com ratos dizem que a planta também consegue amenizar a sensibilidade do corpo em relação às dores. Outra pesquisa foi feita em relação ao epilepsia e comportamento deixou claro a influência que a planta tem sobre a inibição de convulsões.
Diminui a pressão arterial, melhora a proteção do fígado, tentando auxiliar na tonificação do órgãos em geral e na sua antioxidação. Sendo também muito bom para o controle do ritmo cardíaco. É bom para ajudar pessoas que desejam diminuir a utilização do cigarro ou pretendem parar. Sendo um ótimo uso para inibir receptores da nicotina.
Para fazer o chá é melhor ser usado a casca da árvore. É necessário cerca de quatro gramas apenas e uma xícara de água fervente para produzi-lo. Para fazê-lo é bem simples, é só colocar as cascas na água fervente durante três minutos e depois coar. É indicado que o chá seja tomado ainda morno, três vezes ao dia.
Apesar de ser um ótimo chá, com diversos benefícios, não pode ser consumido em excesso, no máximo três dias seguidos, quem insiste em tomar muito chá acaba tendo possíveis paralisias musculares.
Ainda existem contraindicações para pessoas que já tomam remédios anti-hipertensivos, pois os compostos não combinam e podem fazer mal. Também quem possui pressão baixa não é indicado pois ele já tende a diminuir a pressão.
Pedaços de Casca de Corticeira
Pedaços de Casca de Corticeira
A mistura de remédio com o chá com certeza é o maior perigo e por isso deve ser consultado um médico para isso. Na verdade a consulta do médico é imprescindível para ser uma utilização correta.
Sem muita recomendação também para mulheres grávidas ou que estão em período de amamentação. Para aqueles que podem usar o cuidado também deve existir, pois o chá pode trazer sonolência, sedação e paralisias musculares.
Vale lembrar que o chá auxilia, por isso deve ser acompanhado de medicações corretas.

Bananeiras e Taiobas transformam esgoto em água limpa



baciaOs chamados “Jardins Filtrantes” têm sido implementados em vários locais do planeta para tratar o esgoto e despoluir a água. O programa Cidades e Soluções, da Globo News, divulgou várias experiências, nacionais e internacionais 
Com ideias criativas é possível tratar os resíduos de residências, de comunidades e de indústrias, utilizando-se técnicas e plantas específicas que são poderosas aliadas para a despoluição das águas.


Conheça a experiência de Embu das Artes!

Em Embu das Artes, casal usa criatividade e aposta em sistema alternativo para tratar o esgoto – a evapotranspiração

Tudo começou com um sonho: morar em Embu das Artes! A casa, cercada pela exuberância da Mata Atlântica, parecia perfeita. Bruno Cavalcante e Silvana Ribeiro descobriram logo que a casa tinha problemas, a fossa estava vazando! “Água preta, bichos, moscas, esse esgoto infiltrando na terra e escoando por cima. Na primeira noite nós já deitamos no travesseiro com a cabeça quente... Precisamos resolver essa questão”, conta Cavalcante.
Para solucionar o problema o casal buscou alternativas que não agredissem o meio ambiente, pois o local não possui rede coletora de esgoto. Chamaram amigos profissionais em permacultura para decidir o melhor caminho e juntos indicaram a Bacia de Evapotranspiração para o tratamento do esgoto doméstico – uma solução simples, de fácil implementação e custo bastante acessível, onde se reutilizam entulhos e outros materiais como pneus. 

“A Bacia de Evapotranspiração é uma caixa impermeabilizada que une diferentes sistemas num mesmo espaço: a fossa, o filtro anaeróbico e uma área de evapotranspiração formada com plantas que potencializam a capacidade de evaporar, geralmente a bananeira e a taioba, plantas de folhas largas que possuem raízes rasas”, explica Guilherme Castagna, engenheiro civil e permacultor.
Cavalcante e o grupo de permacultores, empenhados em resolver o problema de forma educativa e formar multiplicadores de ideias sustentáveis, aproveitaram os conhecimentos e organizaram um Curso Teórico e Prático de Manejo Sustentável das Águas. Contaram com o apoio e parceria de diversos grupos: Humana Terra, Livraria Tapioca, Condomínio Meu Recanto, Sítio São Francisco, Grupo Solares, Rodoareia Materiais de Construção e a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE). 

O curso foi ministrado por vários profissionais da área, durante dois dias, abordando temas relacionados à situação hídrica da cidade de São Paulo com foco no tratamento das águas servidas, o esgoto. Os participantes puseram a mão na massa e aprenderam como se constrói a Bacia de Evapotranspiração. O curso ainda rendeu um vídeo, “Chega de Fossa”, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=HQMgotBb7FQ, onde são apresentadas todas as etapas do processo.

“Os resultados são excelentes, o sistema funciona de forma eficiente por muito tempo, sem entupir”, afirma Léo Tannous, engenheiro ambiental. Ribeiro ficou muito feliz com o resultado, “nós não sentimos nenhum odor. Realmente é uma tecnologia que recomendamos para todas as pessoas que moram em locais onde ainda não tem o saneamento básico, pois todas as águas que antes estavam poluindo o nosso jardim, hoje vão para o ar”, finaliza.

Indaia Emília - Assessoria de Comunicação SEAE

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Minhocas unem produção animal e sustentabilidade

Fonte: site portal nacional de seguros https://www.segs.com.br/demais/146919-minhocas-unem-producao-animal-e-sustentabilidade


Conhecimento transformador: alunos Pedro e Welber aproveitam iniciativa da professora Sheila para embasamento prático Conhecimento transformador: alunos Pedro e Welber aproveitam iniciativa da professora Sheila para embasamento prático Gabriela Oliveira

 
Projeto do curso de Zootecnia traz conhecimento prático aos acadêmicos; minhocário pode ser destinado para revenda ou adubação orgânica
A criação de minhocas pode ter várias finalidades, dentre elas, a produção do húmus, que é um excelente adubo orgânico ou a comercialização de iscas para a pesca. A minhocultura é uma opção viável também para o oeste paulista, uma região caracterizada por solos arenosos (carentes em nutrientes) e que possui um grande número de pesqueiros. Diante disso, o curso de Zootecnia da Unoeste conta com um minhocário, espaço destinado ao desenvolvimento de projetos e estudos na área.
De acordo com a professora Dra. Sheila Merlo Garcia Firetti, responsável pelo setor, a universidade adquiriu minhocas selecionadas geneticamente, que produzem mais e melhor, especificamente da espécie Eisenia andrei, conhecida como Vermelha-da-Califórnia. “Inicialmente, aproveitamos os resíduos gerados pela bovinocultura de leite do Centro Zootécnico da Unoeste, localizado no campus II. Esse esterco é pré-curtido para atingir os níveis de pH e temperatura ideais e depois é servido como alimento para as minhocas”.
Ela explica que o produto da digestão das minhocas é chamado por húmus, que possui excelente valor nutricional. “Utilizamos esse material orgânico no viveiro de mudas e na horta da universidade. Constatamos que ele contribuiu com a fertilização do solo e, consequentemente, a melhor produção de legumes e verduras”.
Sheila destaca que por meio dessa iniciativa foi possível tirar 100% de proveito dos resíduos gerados pela produção leiteira, obtendo-se um produto de ótima qualidade. “O próximo passo será a realização de testes de germinação e de indicadores qualitativos do húmus produzido, avaliando se ele poderá substituir integralmente o adubo químico. Além disso, a nossa intenção é avaliar outros tipos de esterco como o de ovinos, suínos e aves”.
Para a pesquisadora, a minhocultura possibilita agregar produção animal e sustentabilidade. “Pensando nos produtores, eles conseguirão solucionar o problema de eliminação dos dejetos, reduzindo também os custos com adubação química, utilizando o húmus produzido pelas minhocas”. Outra alternativa é fazer dessa atividade uma fonte de renda extra. “É possível também comercializar o próprio húmus ou até mesmo as minhocas que se reproduzem com grande facilidade como iscas vivas para pesca”.

Aquisição de conhecimento
Sheila pontua que o minhocário proporciona aos acadêmicos um embasamento prático diferenciado. “Juntos, identificamos os problemas e necessidades e trabalhamos para conquistar melhores condições de trabalho no setor”. Quem também visualiza a relevância desse engajamento são os estudantes Welber Jonathas Araújo de Almeida, 26, e Pedro Paulo Pires Sampaio, 19, ambos do 3º termo de Zootecnia.

Almeida conta que sempre gostou de produção rural e visualizou na Zootecnia da Unoeste, a chance de se qualificar atrelando as áreas animal e agrícola. Bolsista do Programa Universidade para Todos (Prouni), está há mais de 1,6 mil km de casa, já que mora na cidade de Palmas, capital do Tocantins. “O curso é muito bom e a infraestrutura da instituição é excelente, aspectos que contribuem bastante para o meu aprendizado”.
Sobre a experiência no minhocário, destaca que está sendo muito positiva. “Já realizamos algumas ações e desenvolvemos um manejo que nos proporcionou material suficiente para concretizar pesquisas que podem ampliar o nosso conhecimento”.


Da cidade de Pereiras (SP), há 432 km de Presidente Prudente (SP), Pedro Paulo Pires Sampaio acredita que o ensino superior pode oportunizar a realização profissional. “Apesar de morar na cidade, sempre tive contato com o meio rural, por conta dos meus familiares. Essa afinidade me motivou a cursar técnico em agropecuária na cidade de Itapetininga (SP) e, foi lá, que um professor me indicou a Unoeste. Fiz a inscrição para uma bolsa no Prouni e fui selecionado para estudar aqui”.
Ele conta que não se arrepende em nada pela sua escolha. “Estou gostando muito do curso e fiquei surpreso com a qualidade da graduação e a dedicação dos professores, que são muito prestativos com a gente”. Cita ainda, a chance de se envolver em vários projetos desenvolvidos pelo curso, como é o caso do minhocário. “Estava querendo participar em ações da área e um colega me convidou. Já tive contato com minhocas no curso técnico, mas o meu conceito sobre produção de húmus e as minhocas evoluiu com a experiência na universidade. Além do mais, temos planos para estudos científicos e isso me anima muito”.

Não perca tempo
Se as suas afinidades são parecidas com as do Welber e do Pedro, o curso de Zootecnia pode ser uma opção de graduação. Aproveite o Vestibular de Verão Unoeste e comece a trilhar uma trajetória de sucesso. As inscrições podem ser feitas no site da universidade até o dia 16 de janeiro de 2019. Quer mais informações? Confira o edital do processo seletivo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Curar feridas de árvores, pasta bordalesa

Os agricultores familiares dos Vales da Boa Esperança e Santa Joana, em Colatina -ES fazem pasta bordalesa para ser usada como fungicida. É empregada nos cortes provenientes das podas feitas nas plantas e lesões de origem parasitária. Quando pincelada nos troncos e galhos mais grossos ajuda a evitar muitas doenças. 

Os ingredientes para fazer a pasta bordalesa são: 1Kg de sulfato de cobre, 2Kg de cal virgem ou 3Kg de cal hidratada nova, e 12 litros de água limpa. Numa vasilha de plástico, madeira ou barro, deixe o sulfato de cobre dissolver em seis litros de água morna. Numa outra vasilha, com mais de 6 litros de água, dissolva a cal. Jogue lentamente o sulfato de cobre no leite de cal. Depois de dissolvido o sulfato de cobre e a cal, mexa bem até formar uma pasta de cor azul. 

A pasta deve ser aplicada com o auxílio de uma brocha, pincelando os troncos, galhos mais grossos ou partes que tenham sofrido feridas. É ótima na proteção de cortes e lesões de origem parasitária, principalmente de árvores frutíferas. Deve ser preparada e usada dentro de 3 dias.

fonte: http://agroecologiaemrede.org.br/experiencias.php?experiencia=289

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Araçá Piranga - Eugenia leitoni

Fonte: site viveiro ciprest

ARAÇÁ PIRANGA

( Eugenia leitonii ) - RNC 35194


Árvore de pequeno porte quando cultivada, e de médio porte quando encontrada nativa na Mata Atlântica. O Araçá Piranga produz grande quantidade de frutos amarelos de casca aveludada, com polpa espessa e carnosa, de agradável sabor adocicado. Estes podem ser consumidos in-natura, sucos, sorvetes, geleias e doces.

Frutifica geralmente no período de janeiro a março. Aconselhamos sempre o consumo dos frutos quando estão totalmente maduros, pois se não estiverem totalmente amadurecidos, possuem leve adstringência e um leve amargor final.

Espécie muito ornamental, seu tronco adquire varias tonalidades no decorrer do ano, sendo desde cores acinzentadas e alaranjadas, até chegar finalmente na cor vermelha-ferrugíneo, geralmente na primavera. Uma excelente opção para uso no paisagismo, pois além do lindo tronco, produz também bela florada branca no período anterior a frutificação.

Árvore com madeira de excelente qualidade, que não pode faltar em reflorestamentos. Também é uma excelente opção para arborização urbana, pois quando cultivada em áreas urbanas dificilmente passa dos 6 metros de altura.

De fácil cultivo, deve ser plantada a pleno sol ou meia sombra. Gosta de solos férteis e úmidos, porém com boa drenagem. Começa a frutificar em 3 a 4 anos após o plantio das mudas.

Mudas desta espécie são comercializadas pela Ciprest. www.ciprest.com.br

Veja mais fotos abaixo:


Detalhe dos frutos

Detalhe do fruto cortado

Detalhe dos frutos

Detalhe dos frutos

Tamanho dos frutos

Um belo exemplar de Araçá Piranga florescendo na propriedade do nosso amigo Flores Welle em Holambra-SP

Detalhe da florada

Detalhe das flores

Detalhe dos frutos ainda verdes na árvore

Detalhe dos frutos maduros na árvore

Detalhe de árvore carregada de frutos

Exemplar de Araçá Piranga frutificando na arborização urbana

Vários exemplares na arborização urbana

Arvoreta na arborização urbana com tronco avermelhado

Arvoreta na arborização urbana com tronco alaranjado

Detalhe do exuberante tronco do Araçá Piranga

Detalhe do tronco do Araçá Piranga

Detalhe do tronco do Araçá Piranga




Ora Pro Nobis Rosa PERESKIA GRANDIFOLIA FAMÍLIA DAS CACTACEAE



FLORES
FRUTOS

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: O nome indígena e sua etimologia não foram descobertos. Também recebe os nomes de Gameleira de Espinho, Figueira espinhenta, Ora-pros-nobis arbóreo, Quiabento e Rosa mole ou Rosa de cão.

Origem: Aparece com bastante raridade na floresta atlântica e Mesófila desde os estados do Nordeste até o Sudeste. Por causa da destruição de seu habitat natural, dificilmente é encontrada de forma espontânea, sendo mais facilmente encontrada como cultivo ornamental. Mais informações no link: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do

Características: É uma arbusto ou arvore de 2 a 10 m de altura, com tronco espesso e esverdeado de 20 a 80 cm de diâmetro com feixes ou grupos de acúleos (espinhos) de 2 a 4,5 cm de comprimento. Os ramos são eretos ou arqueados e armados de acúleos ou espinhos que nascem nas axilas (na base de onde nascem as folhas), sempre aos pares ou em feixes nos ramos mais velhos. As folhas são coriáceas (grossas como couro), simples, fixadas sob pecíolo (haste ou suporte) de 1 cm de comprimento. A lamina é verde escura em ambas as faces, oblongas (mais longa que larga) a obovada (forma de ovo invertido) ou ainda lanceolada (com forma de lança) medindo 6 a 26 cm de comprimento por 3 a 9 cm de largura. Os espinhos são salteados e intercalados por 1 ou 4 folhas, agrupados em aréolas ou feixes arredondados contendo 1 ou 3 chegando até a 11 espinhos em plantas adultas. As flores estão dispostas em cimeiras terminais (cachos com forma de funil invertido) com proliferação de receptáculos (hastes) florais, contendo de 10 a 35 flores. As flores abertas são de cor de rosa e tem 3 a 7 cm de diâmetro; com 2 a 5 sépalas e 5 a 12 pétalas espatuladas (com forma de espátula), medindo 1,5 a 3,2 cm de comprimento. Os frutos são do tipo bagas piriformes (forma de pêra), achatados ou angulosos, medindo 4 a 8 cm de comprimento por 3 a 7 cm de largura, que ficam verde amarelados quando maduros. 

Dicas para cultivo: Arbórea de crescimento rápido que resiste a baixas temperaturas (até - 5 graus), vegeta bem desde o nível do mar até altitudes superiores a 1.000 m. O solo deve ser profundo, neutro e de rápida drenagem da água das chuvas; tendo constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). Pode ser cultivada em todo o Brasil e é muito resistente a seca; e divido aos espinhos e as belas flores a planta normalmente é cultivada como cerca viva.

Mudas: As sementes são achatadas e lisas, com formato alongado, medem 3 a 4 mm de diâmetro e conservam o poder germinativo por mais de 1 ano se forem guardadas secas e limpas. Após plantada germinam com facilidade em 30 a 40 dias em qualquer tipo de substrato rico em matéria orgânica, estando as prontas para o plantio com 35 cm em 4 a 5 meses após a germinação. A melhor forma de reprodução é por estacas de 2 a 3 cm de diâmetro, enterrando 10 cm da base em substrato organo-arenoso. Plantas cultivadas de sementes levam 5 a 7 anos para frutificar enquanto plantas multiplicadas por estacas começam a frutificar com 1 a 2 anos após o plantio.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol, bem como na sombra bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento entre plantas 5 x 5 m. As covas devem ser abertas 2 ou 3 meses antes do plantio, e devem ter 50 cm de largura, 50 cm de comprimento e 50 cm de altura; reserve os 30 cm de solo fértil para ser preparado, misturando cerca de 500 g de calcário, 500 g de cinzas e 5 a 6 pás de matéria orgânica. Após o plantio, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses se faltar água.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os brotos que nascerem na base do caule. A planta pode receber podas de modelagem para formar cerca viva. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 pás cama de frango + 30 gr de N-P-K 10-10-10 nos meses de novembro e dezembro, distribuído-os a 30 cm do tronco.

Usos: Frutifica nos meses de Janeiro a Maio. Essa espécie é mais cultivada como ornamental e suas flores atraem beija-flores e borboletas. Os frutos maduros não são comestíveis in-natura; mais depois de cortados ao meio ou em 4 pedaços e fervidos com um pouco de bicarbonato, jogando a primeira água fora, a carne espessa pode ser usada em pratos salgados e na fabricação de doces. As folhas são mais usadas e comestíveis in-natura, com sabor que lembra o almeirão. São usadas como salada, em refogados, em sopas e outros pratos culinários. Essa espécie também pode ser usada em projetos de reflorestamentos, para fornecer alimento para a fauna.

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