sábado, 16 de janeiro de 2016

Suco para desintoxicar o fígado | Vida & Saúde

Receitas de suco verde: descubra os benefícios


Suco verde é ótimo para o corpo. (Foto: iStock)Se você deseja eliminar a prisão de ventre, melhorar a digestão, combater o envelhecimento precoce e de quebra perder peso, o suco verde é ótimo para o seu caso. Esses sucos são ricos em vitaminas, nutrientes e minerais: aminoácidos, oligoelementos, fitoquímicos e principalmente enzimas. Alguns deles possuem ação antioxidante que melhora a qualidade sanguínea e ajustam o metabolismo, proporcionando uma sensação de bem-estar.


Antes de começar a sugerir as receitas, a nutróloga Liliane Oppermann dá uma dica de fruta que combate o mau humor. “O abacate é uma fruta que age no sistema nervoso central fazendo a manutenção dos hormônios. É rica em vitamina B3 e beta-sistosterol que bloqueia as taxas de cortisol, hormônios do estresse, além de melhorar o humor”, diz ela.

A alface é outro alimento benéfico que combate a irritação e um ótimo calmante, produzido pela substância lactucina. Veja 5 receitas de sucos verdes:

SUCO A BASE DE COUVE
Rico em vitaminas, o suco de couve ajuda a combater as seguintes doenças: depressão, úlceras e até elimina as substâncias cancerígenas. Auxilia no bom funcionamento do intestino. Além disso, a couve é anti-inflamatória e cicatrizante.
Receita
Calorias: 40 calorias por copo
  • 2 folhas de couve lisa
  • 2 folhas de couve-de-bruxelas
  • 1 rama de couve-flor
  • 1 rama de brócolis
  • 4 cenouras
  • 1 maçã pequena (pode ser feito com outras frutas)
  • 1 copo de suco de laranja
  • Bata no liquidificador e adoce com mel.

SUCO DE ESPINAFRE COM GENGIBRE
Aumenta o metabolismo facilitando na perda de peso.
Receita
Calorias: 25 cal por copo 
  • 2 xícaras (chá) de espinafre
  • 2 copos de pepinos cortados
  • 1 cabeça de aipo
  • 1 colher (chá) de gengibre
  • 1 porção de salsa
  • 2 maçãs cortadas
  • Suco de limão
  • Bata no liquidificador e adoce com mel








quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Mondini Plantas: Como Cultivar Guabiroba



A Guabiroba é uma planta que se estende pelo Brasil todo. Seu cultivo é fácil por ser uma planta rústica não requer muitos cuidados. Nesse vídeo irei explicar Como Cultivar Guabiroba.

A ora-pro-nobis é uma trepadeira ou arbusto lenhoso e tropical, de qualidades como comestível e ornamental.

Ora-pro-nobis – Pereskia aculeata

 Pereskia aculeata, Trepadeira-limão, Carne-de-pobre, Groselha-da-américa, Orabrobó, Lobodo, Lobrobô, Lobrobó, Rogai-por-nós, Rosa-madeira, Jumbeba, Azedinha, Surucucú, Lobolôbô, Espinho-de-santo-antônio
Foto: Scott Zona
A ora-pro-nobis é uma trepadeira ou arbusto lenhoso e tropical, de qualidades como comestível e ornamental. O nome curioso vem no latim e significa “rogai-por-nós”. Diz a lenda que os moradores de um vilarejo colhiam as folhas da planta no quintal da igreja, enquanto se ouvia o padre rezar, por isso o nome “ora-pro-nobis”. Ela pertence à família das cactáceas, mas é uma espécie bastante diferente dos cactos que estamos acostumados a ver, sendo considerada um representante primitivo da família. Suas folhas são elípticas, acuminadas, simples, decíduas, suculentas e de cor verde clara. Ela se inserem em ramos finos, escandentes, espinhosos, ramificados e bastante longos. Nos ramos jovens, os espinhos tem a forma de pequenos ganchos, enquanto que nos ramos mais velhos, ocorrem grupos de espinhos retilíneos, longos, lenhosos e pontiagudos. Floresce no verão e outono, despontando inflorescências do tipo panícula, com numerosas flores brancas ou levemente rosadas, dobradas, com o centro alaranjado e um característico perfume de limão. As flores tem néctar abundante e atraem muitos ponilizadores. Os frutos que se seguem são bagas amarelas, comestíveis, esféricas, com numerosas sementes pretas.
No paisagismo, esta belíssima espécie, pode ser conduzida com trepadeira, servindo para cobertura de pérgolas, caramanchões, acompanhando cercas, gradils e coroando muros também. Sua plasticidade também permite que se faça dela uma excelente cerca-viva, bastante defensiva, devido aos espinhos. Para conduzi-la assim, basta que se façam podas de formação durante o crescimento, que estimulam a ramificação e o adensamento da planta. Uma boa cerca-viva de ora-pro-nobis, funciona como quebra-vento, não deixa passar invasores e não permite que animais domésticos, mesmo pequenos, fujam. Não obstante, é uma hortaliça de grande valor, podendo ter suas folhas colhidas em qualquer época, sem necessitar de cuidados que outras hortaliças geralmente demandam.
As flores e folhas da ora-pro-nobis são comestíveis, nutritivas e ricas em mucilagem. É também uma das espécies vegetais mais ricas em proteínas, sendo que sua matéria seca, apresenta cerca de 25% do nutriente. Além disso é abundante em ferro, o que faz da ora-pro-nobis, uma fonte de alimento considerável no combate à fome e a desnutrição, com especial atenção às regiões áridas. De suas folhas e flores cruas, desidratadas ou cozidas, se fazem deliciosos refogados, pães, suflês, risotos, sopas, omeletes, saladas, etc. Ela é a estrela principal de diversos pratos da culinária mineira e até um festival anual lhe é dedicado, no município de Sabará/MG.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. Após sua plena implantação, resiste bem muito bem à estiagem. Não tolera extremos de temperatura, de frio ou calor intenso. Aceita bem podas e colheitas das folhas. Pode perder as folhas no período de estiagem, rebrotando no início da estação das chuvas. Por ser escandente, é bom ajudá-la a fixar-se no suporte, com amarrios. Multiplica-se facilmente por estaquia de ramos semilenhosos ou por sementes. As estacas rústicas plantadas diretamente no campo tem índice de pegamento maior se realizadas no início do período das chuvas.

Medicinal:

  • Indicações: Dor, Inflamação, Queimaduras, Desnutrição, Anemia, Cólicas
  • Propriedades: Antiinflamatório, Anti, Fortificante, Nutriente, Emoliente, Cicatrizante, Analgésica
  • Partes Utilizadas: Folhas

Alerta:

Maneje a planta com luvas, na ocasião das podas e da colheita das folhas, pois os espinhos podem ferir. Pode escapar ao cultivo e se tornar invasiva em determinadas situações. Ela pode sufocar árvores e por formar uma densa cerca de espinhos, sua remoção se torna difícil.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Suco de couve e hortelã cultivadas no jardim é super saudável

Suco de couve e hortelã cultivadas no jardim é super saudável

Um dos sucos que considero mais saudável é o de folhas de couve-manteiga, folhas de hortelã e água de coco. Para mim é Detox total! Eu planto no meu jardim vários pés de couve e hortelã.

Leia mais no BLOG Jardim de Helena



terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Viveiristas aprendem a produzir espécies para conservação e reflorestamento da Mata Atlântica no RJ

Extraído do site da embrapa


Foto: Arquivo pessoal
Arquivo pessoal - Curso de coleta e manejo de sementes
Curso de coleta e manejo de sementes
De agosto a novembro de 2015, a Embrapa esteve envolvida no desenvolvimento e organização de um curso para viveiristas, coletores de sementes e técnicos de secretarias municipais de meio ambiente da Região dos Lagos. O curso foi ministrado em três módulos, com a intenção de orientar e direcionar os hortos municipais e viveiristas a produzirem espécies nativas para cobrir a demanda identificada nos planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica e no Código Florestal.
 
O primeiro módulo, sobre coleta e manejo de sementes florestais, foi ministrado pela pesquisadora da Embrapa Agrobiologia Juliana Freire no município de Silva Jardim/RJ, com a participação de 33 pessoas. O segundo, na mesma cidade, abordou a produção de mudas florestais, tendo sido ministrado pelo pesquisador Alexander Resende, também da Embrapa Agrobiologia, com a presença de 30 pessoas. "Essas duas primeiras atividades tiveram como público-alvo viveiristas que produzem mudas ao redor da Reserva Biológica de Poço das Antas, para serem usadas no reflorestamento local", destaca Juliana. Além de abordar a importância da produção de mudas com qualidade genética local, foram repassados diversos conceitos e práticas sobre o uso de equipamentos de segurança, técnicas de escalada, de quebra de dormência e de manejo de sementes, entre outros tópicos. "Essa aproximação também foi muito importante porque sugeriu vários gargalos de pesquisa que a gente pode trabalhar", explica.
 
O terceiro e último módulo foi sobre coleta de sementes e mudas de espécies de restinga, mais específico para a região costeira. Ele foi realizado no município de Iguaba Grande e teve como facilitador o professor Luiz Roberto Zamith, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com a capacitação de 41 participantes. "Quase ninguém conhece bem a restinga. Até para mim foi uma novidade. Então a presença do Zamith, que é especialista em restinga, foi fundamental. Fizemos uma coleta de espécies em flor e fruto em uma área de reserva de Cabo Frio e dividimos a turma em grupos, que pesquisaram sobre cada espécie coletada, incluindo sua distribuição geográfica, potenciais usos, taxa de germinação, tipo de secagem e armazenamento indicado, entre outros itens", revela a pesquisadora. Ela esclarece, ainda, que a coleta em restinga não é permitida para comercialização, já que quase todas as áreas são protegidas. "A coleta pode ser feita apenas para fins de pesquisa ou recuperação local", aponta.
 
Ao todo, mais de 15 instituições diferentes foram representadas em cada módulo.
 
Conservação e recuperação da Mata Atlântica
 
As atividades foram feitas como um desdobramento dos chamados planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica, elaborados pela Secretaria Estadual do Ambiente com o intuito de apontar ações prioritárias e áreas para conservação e recuperação da vegetação nativa e da biodiversidade. A intenção da Secretaria é implementar esses planos nas diferentes regiões do Estado, em parceria com as prefeituras. Além da Região dos Lagos, também já foi beneficiada a região Noroeste Fluminense. Pela Embrapa, os cursos estão previstos no projeto especial Soluções tecnológicas para a adequação da paisagem rural ao Código Florestal.
 
A finalização do processo de implantação dos planos municipais se dá com o oferecimento dessas capacitações, que, segundo Juliana, são importantes para a atualização dos viveiristas em relação ao Código Florestal, de forma que seja viável a reativação de hortos municipais e viveiros particulares para a produção de mudas de espécies nativas. 
 
Além da Secretaria Estadual do Ambiente, foram parceiros na realização dos módulos o Consórcio Lagos São João, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense.
 
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

Telefone: (21) 3441-1500
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

How I Built Our Chicken Tractor - galinheiro trator





This an an explanation of how I built our chicken tractor for raising 14 chickens. The coop is movable/ portable so the chickens can feed on new grass and bugs each day. This cost just under $100 in materials. The design is made to be lightweight enough that my 11-year old daughter can move it by herself. The nesting boxes are low enough for my 5 year old to collect eggs.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

galinheiro ecologico.wmv

Meio Ambiente: o que o cristão tem a ver com isso?

 Extraído do blog celeiro sustentável

Reflorestamento de mangue na Lagoa de Itaipu - Niterói/RJ


Érica Peixoto - http://prazerdapalavra.com.br/

Você sabia que um estudioso relacionou mais de 2.400 versículos que de alguma maneira se referem ao meio ambiente na Bíblia? Isso corresponde a quase 8% do total! Não podemos ignorar isso!
 
Abaixo colocarei sete razões para você se preocupar com o meio ambiente. Na verdade, você terá sete respostas para a seguinte pergunta: Por que você deve como cristão/cidadão se preocupar com o meio ambiente?
 
Em primeiro lugar, você deve se comprometer com o meio ambiente porque foi Deus que o criou! A Bíblia começa com a seguinte afirmação: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1:1). Deus planejou e criou todas as coisas com muito zelo, criatividade e perfeição. Se você ama a Deus também deve amar aquilo que Ele criou! A preocupação com o meio ambiente demonstra pra Deus que você o valoriza, que você o reconhece como o criador e dono de todas as coisas. Quem é o dono da terra? A Bíblia nos responde em Salmos 24:1-2: “Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios”. Se você crê em Deus e crê que Ele criou os céus e a terra, você deve se importar em preservar a natureza!
 
Em segundo lugar, você deve se comprometer com o meio ambiente porque a natureza reflete a bondade/glória de Deus! Em Romanos 1:20 está escrito: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. Quando destruo a natureza, também destruo um pouquinho da manifestação da glória de Deus. Salmos 19:1 diz: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”.
 
Em terceiro lugar, porque Deus se utiliza da natureza para ajudar os Seus filhos e para servir como parceira de proclamação do caráter de Deus. Em inúmeros exemplos bíblicos, Deus se utiliza da natureza para ajudar, suprir, exortar ou incentivar o homem. James Jones, em seu livro “Jesus e a Terra”, constata também a preciosa função da natureza ao anunciar as boas-novas. Assim ele escreve: “As aves do céu são evangelistas que cantam as boas novas da providência de Deus para nós na terra: ‘Se ele nos alimenta, alimentará você também’. Deus é a fonte da suficiência sustentável; a humanidade é um obstáculo a ela e não acredita nela. As aves, por sua própria existência, desafiam nossas dúvidas e despertam nossa fé na generosidade da provisão de Deus”.
 
Em quarto lugar, você deve se comprometer com o meio ambiente porque Deus se importa com toda a criação! Deus se importa com a natureza, Deus continua cuidando e se preocupando com a natureza. Mateus 6:26a diz: “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta”.  Salmos 65:9-10 diz: “Tu visitas a terra, e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe preparas o trigo, quando assim a tens preparada. Enches de água os seus sulcos; tu lhe aplanas as leivas; tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas novidades”. O Salmo que mais revela a preocupação de Deus com a criação é, sem dúvida, o Salmo 104! Ele fala da preocupação de Deus com o sustento e moradia dos animais, a abundância das árvores que Ele plantou etc.
 
Em quinto lugar, porque Deus nos deu a responsabilidade de guardá-lo e cuidar dele. Desde o Éden, Deus confiou a guarda e o cuidado da natureza nas mãos do homem. Quanto privilégio! Quanta responsabilidade! A ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
 
Em sexto lugar, porque não temos o direito de privar as presentes e futuras gerações de usufruírem das bênçãos naturais que Deus ofereceu para todos os seres humanos. Não tenho o direito de esgotar os recursos naturais como se eles tivessem sido dados apenas para a minha geração. Pensar no amanhã. Pensar no outro. Pensar no meu irmão e se importar com a situação dele. Que mundo nossos filhos e netos herdarão? Eles serão capazes de usufruir as bênçãos de um ar limpo? Sustentabilidade. Responsabilidade. Compromisso. Todos os filhos de Deus deveriam se preocupar com isso.
 
Em sétimo lugar, porque Deus nos ensina por meio dos animais e das plantas. A Bíblia usa muitas comparações entre nós e os animais e os vegetais. Ela é rica nessas comparações com o intuito de nos fazer mais conscientes de nossas características. Através dessas comparações, somos capazes de perceber o que Deus está nos mostrando em relação ao nosso agir e ao nosso pensar. Deus nos dá grandes lições por meio da natureza. Os animais e as plantas são, por diversas vezes, utilizados como exemplos para que possamos aperfeiçoar algumas áreas da nossa vida. Deus quer aperfeiçoar o nosso caráter. Os exemplos se multiplicam: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio”. Pv 6:6. “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”. Is 40:31. “Como leão rugidor, e urso faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre”. “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce”. Sl 103:15.
 
A pergunta que todo cristão deve responder no seu íntimo nessa hora é esta: Somos dignos de confiança na mordomia dos nossos recursos?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pesquisadora da UNICAMP obtém mirtilo em pó e passa.



Também conhecida como blueberry, fruta originária da América do Norte é rica em antioxidantes
LUIZ SUGIMOTO





O mirtilo é uma fruta muito pouco conhecida no Brasil, mas a mais rica em antioxidantes dentre as já estudadas, com conteúdo particularmente elevado dos polifenóis que conferem funções protetoras às paredes das células. Suas propriedades medicinais vão do combate aos radicais livres, efeito anti-inflamatório, melhora da circulação e redução do colesterol ruim, até a prevenção ou reversão de catarata e glaucoma. Seu nome em inglês, blueberry (cereja azul), pode soar mais familiar aos brasileiros. Nos Estados Unidos e Europa, o consumo é elevadíssimo e a fruta ganhou fama de promover a longevidade.



O que americanos e europeus talvez não conheçam é o blueberry nas formas de passa e em pó, produtos obtidos através de processos de secagem na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. "Eles consomem muito o mirtilo in natura, como suco e adicionado a uma variedade de alimentos como sorvetes, biscoitos, geléias e muffins. Não encontrei a fruta em passa ou em pó na literatura, nem em recente viagem à Europa", afirma Graziella Colato Antonio, que é pesquisadora colaboradora da Feagri e chegou aos dois produtos em pesquisa de pós-doutorado supervisionada pelo professor Kil Jin Park e financiada pela Fapesp.



Graziella Colato informa que o mirtilo começou a ser plantado no Brasil apenas em 2002, a partir de
 sementes trazidas do Chile por um agricultor do Rio Grande Sul, que as distribuiu aos vizinhos. "Em pouco tempo, criou-se a Associação dos Plantadores de Mirtilo da Serra Gaúcha, em Caxias do Sul, visando principalmente à exportação. A nossa safra vai de meados de janeiro ao final de fevereiro, justamente o período de entressafra nos Estados Unidos, o que traz uma boa perspectiva de comercialização".


Segundo a pesquisadora, o mirtilo (Vaccinium myrtillus L.) é uma planta selvagem originária das matas da América do Norte e seu melhoramento genético ainda é alvo de pesquisas recentes. "A aparência da fruta é semelhante à do araçá, mas com a coloração roxo-azulada e o tamanho da uma uva pequena. O sabor é agridoce e de difícil comparação com outros alimentos. Além do consumo in natura, pode ser empregado tanto em pratos doces como salgados".



Por causa da quantidade de água, o mirtilo é bastante perecível, o que vem fazendo com que a associação de produtores gaúchos recorra ao seu congelamento em embalagens de 100 gramas para a comercialização. Daí, a ideia de estudar processos de desidratação da fruta como técnica adicional de conservação. "O professor Kil Jin Park, que é um dos maiores especialistas em secagem de alimentos do país, coordena o projeto no âmbito de um convênio de cooperação técnico-científica entre a Unicamp e a empresa Nutrisaúde Indústria e Comercio de Frutas Ltda., que teve a intermediação da Inova".



De acordo com a autora, seu estudo foi realizado a partir de lotes de três safras enviados pela empresa parceira, com a avaliação de três processos: a desidratação osmótica e a secagem convectiva (com a passagem de ar aquecido ascendente por bandejas contendo a fruta para retirada da água), para a obtenção da fruta em passa, e a secagem por atomização (utilizando o spray dryer) para a produção da polpa em pó. "A secagem é uma técnica milenar e largamente utilizada na indústria. O que buscamos foi o melhor processo de aproveitamento, custo e tempo de secagem. Alcançamos 25% de umidade do mirtilo em passa com cinco horas de processo, o que é pouco em comparação a outros produtos".


A pesquisa incluiu a análise sensorial do mirtilo em passa junto a consumidores potenciais, recebendo excelentes notas por seu sabor peculiar e agradável. "Registramos uma grande intenção de compra, apesar de não haver no Brasil o hábito de consumir frutas desidratadas devido à grande quantidade e variedade de produtos frescos disponíveis durante todo o ano. "Tanto a polpa em pó como o mirtilo desidratado poderão ser utilizados como ingredientes para outras formulações, como biscoitos, bolos etc.".



Antocianina

Graziella Colato Antonio adianta que o próximo passo pensado para o projeto é a extração da antocianina - pigmento vermelho, mas que de tão intenso torna-se violeta, dando a coloração roxo-azulada e que concentra as propriedades medicinais da fruta. "O mirtilo contém 25 tipos de antocianina, uma quantidade impressionante, maior do que em qualquer outra fruta ou legume. Pretendemos extraí-la para destinação a fármacos, estando aí o maior interesse da Nutrisaúde".



A propósito da antocianina, a pesquisadora da Feagri verificou que no processo de secagem para obtenção do mirtilo em passa houve uma redução de 46% do pigmento. Esclarece, entretanto, que isto não significa uma perda equivalente. "Quando retiramos a água da fruta, diminuímos a massa, mas concentramos as propriedades. Isto significa que é preciso consumir menos fruta seca do que a fruta fresca para obter os mesmos benefícios".



Ao seu estudo, Graziella Colato somou informações de análises realizadas por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comprovando que o mirtilo produzido no Brasil possui as mesmas características do blueberry - a versão original do fruto cultivada nos Estados Unidos e na Europa. Os pesquisadores asseguram que a quantidade de pigmentos antocianos também é a mesma.



Quanto à composição nutricional, o mirtilo é indicado na literatura como uma fruta saudável, com teores baixíssimos de gordura e de sódio, e como boa fonte de fibra e vitamina C. Uma xícara de mirtilo fresco fornece 5 gramas de fibra - mais do que a maioria das frutas e legumes - e 15% da necessidade diária de vitamina C, com valor calórico de apenas 80 calorias.



A Embrapa Clima Temperado, que incentiva o plantio de mirtilo no Rio Grande do Sul e vem atuando no melhoramento das mudas, aponta diferenças na composição química entre produtos de algumas propriedades dos plantadores gaúchos. Contudo, atribui tais diferenças à variedade da planta, tipo de solo, tempo de cultivo e época de colheita.



 
Visão noturna

Além de todas as propriedades medicinais mencionadas no início deste texto, a autora da pesquisa leu sobre a possibilidade de que dietas contendo mirtilo podem prevenir problemas relacionados a doenças neurodegenerativas, o que inclui o mal de Alzheimer, o mal de Parkinson e a esclerose lateral. "Uma matéria publicada na revista Época destaca o sucesso que faz o blueberry entre os esportistas, depois de estudos sugerindo que as antocianinas ajudam na prevenção de câncer e combatem o envelhecimento".



Graziella Colato ressalta que um benefício comprovado está ligado a doenças da visão, como catarata e glaucoma, atribuindo-se ao mirtilo a capacidade de reverter ou evitar tais complicações, melhorando a capacidade de leitura e o foco visual. "O site Bluberries conta a história de que, na Segunda Guerra, os pilotos britânicos comiam a fruta antes dos vôos noturnos, acreditando que assim enxergavam melhor o alvo inimigo".


Avicultura colonial é alternativa para a economia familiar



Criar galinhas está deixando de ser uma atividade de lazer ou passatempo. A avicultura colonial desponta como uma excelente alternativa de renda nas propriedades de economia familiar. Nossa equipe foi conhecer nos municípios de Mariana Pimentel e Guaíba, um exemplo de produção orgânica de frangos, que além de rentável exige pouco investimento.

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