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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

11 Frutas da Mata Atlântica que Todo Brasileiro Deveria Conhecer


Fonte: blog Nó de Oito  

Mesmo nas grandes cidades é possível experimentar algumas dessas delícias.
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Em 1521 ficaram prontas o que é considerado hoje o primeiro pedaço de legislação ambiental do Brasil – as Ordenações Manuelinas, ordenadas por D. Manuel I. O código versava sobre todas as áreas do Direito, com as partes sobre meio ambiente espalhadas ao longo do texto, sem uma sessão específica. Ainda assim, é de se admirar os pontos tratados no documento (para a época, claro) – como a proibição da caça de determinados animais com instrumentos capazes de lhes causar dor e sofrimento; a restrição da caça em determinadas áreas e a proibição do corte de árvores frutíferas, com a atribuição de severas penalidades e multas para o infrator.
As coisas mudaram, obviamente. A Mata Atlântica, que abrange toda a costa nordeste, sul e sudeste do Brasil e é uma das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta, já teve cerca de 93% de suas extensão desmatada. Infelizmente, com a devastação foi-se também um conhecimento que deveria fazer parte da vida de mais de 70% da população brasileira que habita a faixa de Mata Atlântica. Conheça agora algumas das frutas mais comuns da nossa incrível Mata Atlântica (e, se possível, empolgue-se o bastante para cultivá-las!):

Cabeludinha

Também chamada de Café cabeludo, Fruta cabeluda, Jabuticaba amarela, Peludinha e Vassourinha da praia. Doce, pode ser aproveitada in natura, ou em sucos, sorvetes e doces entre o final do inverno e começo da primavera. Se você é de São Paulo e quiser ver uma árvore de cabeludinha ao vivo, fique de olho no Parque do Ibirapuera e no jardim do Instituto de Biociências da USP. A árvore é ornamental e ideal para arborização urbana. E, olha só, é fácil encontrar mudas para cultivar! #ficaadica.
frutas mata atlântica

Cereja do Rio Grande

Também conhecida por Cerejeira-da-terra, Cerejeira-do-mato, Guaibajaí, Ibá-rapiroca, Ibajaí, Ibárapiroca, Ivaí e Ubajaí, a cereja-do-rio-grande dá numa árvore absolutamente linda (que ficaria mais linda ainda na sua calçada). O fruto é carnudo e docinho – muito parecido com a cereja cara e importada que a gente compra no supermercado em época de ano novo. Você encontra ela no pé no começo da primavera (e dá para ir caçar uma sementes na esquina do Palácio Nove de Julho com a rua Abílio Soares, se você for de São Paulo).
frutas mata atlântica

Ameixa da Mata

Mais encontrada na faixa de Mata Atlântica litorânea entre o Rio de Janeiro e a Bahia, a ameixa da mata é pequenininha, mas carnuda e com sabor agridoce. A árvore é um espetáculo à parte, com tronco avermelhado e copa que alcança até 6 metros de altura. A ameixa-da-mata dá no verão, mas é bem rara. Você vai ter que se empenhar para encontrá-la.
frutas mata atlântica

Pitangatuba

Típica da restinga do estado do Rio de Janeiro, a pitangatuba é daquelas frutas docinhas e azedinhas ao mesmo tempo, e dá em uma ‘árvore’ tipo arbusto. O incrível da pitangatuba, além do gosto excepcional (que não carrega aquele amarguinho característico da pitanga), é o tamanho – algumas podem alcançar até 7cm – e a sua suculência, dado que ela só tem uma semente bem pequenininha no meio de um monte de polpa.  Muito adaptável, pode ser plantada em pomares, vasos e jardineiras, sem problemas. Infelizmente, a pitangatuba é extremamente rara na natureza, mas se você encontrar uma mudinha para cultivar, prepare-se para colher os frutos na primavera.
frutas mata atlânticaFrutas de dar água na boca.

Araçá

Mais conhecido, o araçá dá também em um arbusto – ideal para jardins residenciais. O fruto tem um sabor parecido com o da goiaba (com a qual compartilha parentesco), mas um pouco mais azedinho. É ideal para a a recuperação de áreas degradadas, pois tem crescimento rápido e atrai muitos passarinhos, que se encarregam de espalhar suas sementes. É bastante comum no litoral de São Paulo, por isso fique de olho durante as férias de fim de ano, pois ela frutifica no verão.
frutas mata atlântica

Cambuci

Todo paulistano deveria conhecer o cambuci, tão abundante na cidade antigamente que emprestou o nome a um de seus bairros. Azedinha no nível do limão, é rica em vitamina C e pode ser consumida in natura (para os fortes), ou em sucos, compotas e doces. Sua árvore tem uma madeira de excelente qualidade – fato que quase a levou à extinção. Sua presença em uma floresta é sinal de que a mata está bem conservada. Aproveite agora no verão – que é a época dela – para andar no bairro do Cambuci, em São Paulo, que ainda tem alguns espalhados.
frutas mata atlântica

Cambucá

Como a jabuticaba, o cambucá dá direto no tronco da árvore e sua polpa também tem que ser sugada da casca. Há quem diga que é uma das frutas mais saborosas do Brasil, mas, apesar de ter sido muito comum em toda a faixa litorânea da Mata Atlântica até a primeira metade do século XX, hoje em dia é uma árvore rara, limitada à pequena faixa que restou de seu ambiente natural, jardins botânicos e pomares de frutas raras. Se algum dia passar no verão pela cidade de Santa Maria do Cambucá, no Pernambuco, dê uma paradinha para saboreá-la.
frutas mata atlântica

Uvaia

Encontrada principalmente nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, a uvaia é uma fruta azedinha que pode ser consumida in natura (para quem gosta de coisas azedas – *salivando*) ou em sucos e compotas. Sua árvore é bastante utilizada em projetos de reflorestamento, pois a uvaia atrai muitos passarinhos, que espalham as suas sementes. Sua época vai de setembro à janeiro.
frutas mata atlântica

Guabiroba

Natural da Mata Atlântica e do Cerrado, a guabiroba – ou gabiroba – é encontrada principalmente nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. É uma fruta saborosa e azedinha, rica em vitamina C, que lota o pé entre os meses de dezembro e maio. Além de consumida in natura, é bastante utilizada em sucos, sorvetes e licores.
frutas mata atlântica

Grumixama

Parecida com a cereja-do-rio-grande, a grumixama é uma frutinha arroxeada e suculenta que dá na primavera. Sua ocorrência vai do sul da Bahia até o estado de Santa Catarina e o gosto é um misto de pitanga com jabuticaba. Quem mora em São Paulo, pode ver dois pés enormes na frente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
frutas mata atlântica

Cambuí

Nome de bairro, em Campinas, e de cidade, em Minas Gerais, o cambuí é uma fruta roxa, vermelha ou amarela saborosa a perfumada que lota os pés durante o mês de janeiro. Sua árvore é muito bonita e bastante delicada, levando bastante tempo para crescer – o que a coloca em risco.
frutas mata atlântica

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Armadilha feita com PET ajuda a combater a mosca-das-frutas

Há alguns anos utilizo esta armadilha em alguns pomares. E utilizo vinagre de vinho como substância de atração as moscas. Coloque uma armadilha por planta e confira os resultados. alexandre


Armadilha feita com garrafa de plástico ajuda a combater a mosca-das-frutas, um mal que causa muitos prejuízos ao produto.


Texto Gustavo Laredo

Ilustração Francisco da Costa



Pergunte a qualquer fruticultor qual é a praga que lhe tira o sono. A resposta fatalmente será mosca-das-frutas. Este bichinho matreiro, pertencente ao gênero Anastrepha, é capaz de causar estragos à lavoura e prejuízos ao produtor.



As fêmeas, principalmente, são as maiores vilãs. Elas encontram nas frutas as proteínas e os carboidratos necessários para a maturação de seus ovos. Depois de alimentadas, colocam seus futuros descendentes para se desenvolver no interior dos frutos, deixando a porta aberta para que fungos e bactérias também se instalem. Resultado: apodrecimento e queda prematura das frutas.



Uma forma de combater esse mal está no uso de uma armadilha simples que contém uma solução atrativa para o inseto. A Embrapa Agrobiologia adaptou com garrafa PET um modelo conhecido como McPhail, muito utilizado nos pomares comerciais, mas pouco conhecido de pequenos e médios produtores.





Mosca-das-frutas

Dentro dos recipientes, é colocada uma solução de suco de fruta, melaço de cana-de-açúcar ou proteína hidrolisada, mistura capaz de atrair o inseto para dentro da garrafa e fazer com que ele acabe se afogando. Em pomares com área de um a quatro hectares, o uso dessa armadilha dispensa agrotóxicos e, para fazê-la, gasta-se apenas 3,50 reais, em média.



"Os fruticultores da região Sul, de São Paulo e do pólo de fruticultura do Nordeste são os que mais utilizam esse tipo de armadilha. Mas em regiões onde não há assistência técnica e extensão rural, o frasco caça-moscas ainda é pouco conhecido", comenta a pesquisadora Elen Aguiar.



10 ARMADILHAS PARA AFASTAR AS MOSCAS DE CASA

fonte site  greeme


armadilhas para moscas
Verão na área e vêm aí com toda a força as chatas das moscas. Se a presença delas te incomoda (e como!), esqueça os inseticidas clássicos que são prejudiciais ao meio ambiente e à nossa saúde.
Moscas existem em tudo que é clima da nossa Terra - dizem que existem mais de 1,2 milhão de tipos (espécies) de moscas voando em volta da gente. E moscas também são um dos mais perigosos vetores de doenças.

O risco das moscas

Sim, não é que elas só sejam assim, tão chatas mas, para além de incômodas as moscas são perigosas pois transportam, no seu vai e vem voador, 1 milhão de bactérias por indivíduo (não é força de expressão, não: cada mosca pode transportar cerca de 1 milhão de bactérias em seu corpinho voador!).
moscas tipos
Acontece que moscas voam, e pousam, em tudo que é lugar e, principalmente onde há matéria orgânica em decomposição - fezes, lixo, carniça, podridão - pois é esse o “aroma” de que elas mais gostam. Tem a ver com a busca pela alimentação - se bem que tem mosquinha que adora um néctar de flor, que nem abelha ou beija-flor - e também com a busca de lugar adequado para botar seus ovos, criar suas larvas e novas gerações de moscas.
Então, nesse voa e pousa, seja lá pela razão que for, a mosca se contamina com as bactérias da putrefação e mais, com as patogênicas que estão por lá dispersas.
Nem toda mosca pica - não é picando que a mosca vai te contaminar - e nem toda mosca vai te injetar ovos que virarão berne depois. Para contaminar basta a mosca pousar, levemente, na sua pele, na sua comida, na sua roupa, na sua água. e, conforme for o patógeno transportado por ela você poderá vir a sofrer de viroses diversas, diarréia, disenteria, febre tifóide ou cólera.
O melhor jeito da gente se proteger é não ter alimentos expostos, não ter ajuntamento de matéria orgânica em decomposição perto da casa e, claro, achar uma maneira efetiva de manter as moscas longe (a gente sabe que não bastam telas na janela para que isso seja realidade).
Assim, separei aqui algumas receitas antigas que vão ajudar você a lidar melhor com este problema. Faça você mesmo as armadilhas para as moscas, usando materiais reciclados e ingredientes naturais, que podem ser facilmente encontrados em sua cozinha. Aqui vão alguns exemplos:

1. Garrafa plástica

Para fazer essa armadilha você vai precisar de uma garrafa plástica, fita adesiva e uma panela com água e açúcar. Corte a garrafa em duas partes de uns 5 centímetros abaixo do seu “pescoço”, onde a garrafa começa a se alargar. Ponha o pedaço da “cabeça” (a parte menor) dentro do outro pedaço com o bico virado para baixo.
Fixe as duas partes da garrafa, onde elas foram cortadas, com uma fita adesiva fazendo toda a volta. Em uma panela, coloque 5 colheres de sopa de açúcar, espalhe uniformemente sobre o fundo e adicione água até cobri-lo. Mexa e deixe ferver até dissolver o açúcar completamente.
Deixe esfriar e despeje a mistura dentro da garrafa. A armadilha funciona melhor se você a esquentar ao sol ou esfregando-a com as mãos. Em vez do açúcar e água você pode colocar no fundo da garrafa de um pedaço de comida, por exemplo, uma fatia de maçã. Veja mais instruções aqui.
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fonte foto: wikihow.com
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2. Pote de vidro com cerveja

Uma opção para evitar o uso do plástico é utilizar um pote de vidro. Pegue um pote grande de vidro e coloque nele um pouco de cerveja. Ao que parece as moscas adoram cerveja! São atraídas pela presença de dióxido de carbono e por odores não muito agradáveis.
Também lhes atrai substâncias doces, então você pode tentar adicionar à cerveja uma ou duas colheres de chá de açúcar. Depois, com um pedaço de cartolina (reutilize capa de revista, flyer de festas etc) e fita adesiva, crie um cone para ser colocado na boca do pote. Funcionará como um funil e não deve entrar em contato com a cerveja.
Coloque a armadilha perto de uma janela, do cesto de frutas ou em cima da mesa quando você for comer ao ar livre. Provavelmente as moscas irão deixar você beber a tua cerveja em paz!
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Fonte foto: blogspot

3. Armadilha ao ar livre

Esta é uma armadilha pensada para espaços abertos como o quintal, o jardim ou a varanda. Você vai precisar de uma garrafa de plástico. Lave-as muito bem antes de preparar a armadilha. Encha pela metade a garrafa com água e despeje dentro meio copo de açúcar, agitando bem.
Com um funil, adicione vinagre, como você pode ver no vídeo. Em seguida, ponha uma casca inteira de banana. Basta agitar levemente o frasco e colocá-lo no jardim.Você também pode pendurá-lo. As moscasserão atraídas pelo cheiro do líquido no seu interior.

4. Papel Mosca

Para preparar seu papel mosca você precisa ter à disposição papel de embrulho (papel de pão), água, açúcar e mel ou xarope líquido (de milho, arroz ou agave). Em uma panela, coloque um copo de água, um copo de açúcar e um de xarope ou mel. Mexa em fogo baixo até que a mistura fique homogênea e pegajosa.
Despeje-a em uma panela ou em um prato e mergulhe uma a uma as tiras feitas com o papel de embrulho. Pendure-as no varal e espere a chegada das moscas… longe de você!
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5. Armadilha de vinagre aquecido

Dizem que é preciso fazer essa armadilha com vinagre de maçã mas, na verdade, é suficiente que seja vinagre, ácido acético, de qualquer tipo (o mais barato também funciona).
O truque é você colocar o vinagre quentinho em um vidro de boca larga na boca do qual você ajeita um funil (de plástico, de papel, como preferir) para que a entrada das moscas seja facilitada e a saída, não.
Deixe essa sua armadilha no lugar mais frequentado pelas moscas, em sua casa. Enquanto o vinagre estiver quentinho o seu cheiro se espalhará atraindo as moscas do entorno que, afoitas, entrarão no funil e ficarão presas no vidro. De tempos em tempos, esvazie a armadilha e renove o vinagre.
Mas, também é verdade que o vinagre atrai, assim como as frutas maduras, aquelas mosquinhas pequeninas (mosca de fruta ou mosca de vinagre que é uma Drosophila sp.) que voam em nuvens rodeando a fruteira.
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6. Vaporizador com vinagre

Você também pode vaporizar vinagre puro nas moscas que por aí voam - elas não morrerão mas ficarão mais lentas sendo mais fácil de usar o “cata-mosca” de forma eficiente. É bem melhor do que a antiga “bomba de Flit” que a gente usava, tão eficiente quanto, mais barato e muito mais saudável para você e o resto da humanidade.

7. Limão

O cheiro de limão na casa não atrai nem moscas nem pernilongos, mais bem os afasta assim como outros cheiros - canela, cravo, alfazema, calêndula, capim santo e, bem, arruda que espanta mosquinha, moscão e encosto.
Para usar limão como “espanta mosca” a receita começa na noite anterior:
Corte um limão em quartos e deixe-os nas prateleiras do seu forno, a porta aberta, o forno apagado, durante a noite.
Na manhã seguinte, ligue o forno na temperatura mais baixa que tiver. O objetivo é só espalhar o aroma pelo aquecimento das células do limão, por isso a temperatura deve ser suave (até, no máximo, 100ºC). Apague o forno assim que o aroma do limão se espalhar.

8. Armadilha de leite, açúcar e pimenta

Esta é uma antiga receita inglesa para a qual você vai precisar de meio litro de leite, 2 colheres de sopa de açúcar (quanto mais escuro, melhor pois é mais atrativo para as moscas) e 4 colheres de sopa de pimenta-do-reino moída.
Cozinhe os ingredientes, todos juntos, em fogo baixo, por 15 minutos. Despeje em pratos rasos e espalhe estes pela casa nos locais habituais que as moscas frequentam. Após um tempo você verá que o leite está coalhado de moscas mortas que você poderá “coar e jogar no lixo”.

9. Defumador de ervas para afastar moscas

Café, canela, cravo, alfazema, calêndula, capim santo, crisântemo e arruda são alguns dos aromas que não agradam às moscas e mosquitos.
Uma boa dica é você deixar defumadores acesos com os aromas que lhe agradem mais, da lista acima, nos cômodos de onde precisa expulsar as moscas caseiras.
Esta dica também é eficaz se você usar o óleo essencial em difusor de calor, com vela ou na tomada, ou até quando você ferve, durante um tempo, a erva escolhida espalhando seu aroma pela cozinha.
Leia também:
Eu gosto de fazer borrifador de ambiente com as ervas e usar, a torto e a direito.

10. Plantas aromáticas na janela da cozinha

Outra dica interessante bastante usada nos países mediterrânicos é ter, nas janelas da cozinha e nas portas (à saída) jardineiras com plantas aromáticas como as alfazemas, sálvia, alecrim, tomilho, manjericão, orégano, crisântemos e arruda que, de por si espantam moscas e mosquitos por seus fortes óleos aromáticos que se expandem ao vento invadindo os cômodos.
Esta solução é linda, colorida e adequada para quem tem janelas ao sol, com beirais que permitam a colocação de vasos.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

ADUBAÇÃO VERDE - Consórcio Leguminosas x Banana



Neste vídeo são apresentadas informações de um dos projetos de pesquisa desenvolvidos na Fazendinha Agroecológica de Palmas, da Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS, em Palmas/TO.
- Projeto desenvolvido com apoio financeiro do Programa Primeiros Projetos - PPP CNPq/SEDECTI-TO.
- Adubação verde em consórcio com bananeira (var. Thap Maeo): Calopogônio e Feijão de Porco.
- Pesquisador: Dr. Arison José Pereira
- Maio/2013

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Como fazer adubação orgânica de frutíferas

Extraído do blog:http://microfundiourbano.blogspot.com.br/

Para manter nossas árvores frutíferas sempre saudáveis, um dos fatores que devemos observar é mantê-las sempre bem adubadas, pois é através deste alimento que nossas árvores irão gerar flores e, consequentemente, bons frutos.


Cada espécie de frutífera tem uma exigência especial de adubação. Algumas plantas necessitam mais zinco que outras, algumas precisam de boro em menor quantidade. Devemos consultar as literaturas disponíveis para conhecermos as exigências nutricionais específicas de cada frutífera que desejamos adubar.


Entretanto, quanto falamos de frutíferas nativas regionais brasileiras, como dizemos aqui em Minas "aí é que o trem desanda!", pois: quais são as necessidades de adubação de uma grumixama? de um gravatá? de um cambuci, da uvaia, do araçá??? Praticamente não temos nenhum estudo sobre estas necessidades!


Para todas as frutíferas já estabelecidas, que já produzam frutos, inclusive as nativas regionais, podemos adotar uma fórmula básica orgânica, que atenda as necessidades primárias de nutrição de qualquer espécie frutífera, assegurando particularmente uma boa colheita anual.


1 - Fórmula básica para adubação de frutíferas:
- Farinha de osso = 200 g a 300 g por m2 de área da árvore; 
- Cinza de madeira = 50 g a 150 g por m2 de área da árvore;
- Esterco de gado = 6,5 litros, ou Composto orgânico = 10 litros, ou Esterco de galinha = 1 litro, por m2 de área da árvore;
- Húmus de minhoca = 1 kg a 1,5 kg por árvore;
- Pó de rocha (opcional) = 500 g a 1000 g por árvore;



Para a farinha de osso, a cinza de madeira, o pó de rocha e o húmus de minhoca: quanto mais alta e frondosa a arvore, maior a quantidade destes produtos.


2 - Calculando a área da frutífera:
Quando falamos de metros quadrados de área de um árvore, nos referimos a sua circunferência. Para calcular esta área, medimos a distância entre base do tronco da árvore, o mais próximo ao chão possível, até o ponto máximo de projeção da copa da mesma. Esse valor é o raio da árvore (R). Usamos a fórmula abaixo para obter a área:


Área da árvore = R x R x 3


Exemplo: para uma árvore com R = 2,1 metros, temos:  


Área da árvore = 2,1 x 2,1 x 3 = 13,23


Arredondados o valor da área da árvore para cima - para um valor múltiplo de 0,5 - temos que a área desta árvore é de  13,5 metros quadrados.



3 - Quando adubar:
Recomenda-se que façamos uma adubação, bem caprichada, uma vez por ano, pelo menos, de 1 mês a  mês e meio antes do período que anteceda a floração da frutífera. Se o período de floração precede a época das chuvas, podemos fazer a adubação 15 dias antes da floração. Se você não tem certeza de quando sua frutífera começa a florir, faça esta a adubação em meados de setembro.



4 - Como adubar:
Podemos, simplesmente, utilizar está fórmula em cobertura, sob a projeção da copa de nossa frutífera. Podemos também abrir alguns buracos, sob a copa, e preenche-los com esta adubação.



Aqui na minha casa, a técnica que utilizo é a da meia-lua, que consiste em abrir um sulco, em formato de meia-lua, a 2/3 do tronco até projeção da copa, região esta onde se concentram as raízes responsáveis pela nutrição da planta. Esta meia-lua deve ter, aproximadamente, 15 cm de profundidade, por 15 a 20 cm de largura, e medir de 1,5 a 3 metros de comprimento (quanto maior a árvore, maior o comprimento da meia-lua). Se o terreno é inclinado, devemos abrir a meia-lua do lado de cima da planta.



Dentro da meia-lua, depositamos primeiro a metade do húmus de minhoca. Misturar previamente a a farinha de osso, a cinza de madeira e o pó de rocha e espalhar dentro da meia-lua. Sobre esta mistura, espalhamos o resto do húmus. Umedecer levemente a meia-lua.

Sulco em meia-lua.


Se você tem alguns pés de confrei, colher algumas folhas, picar bem, e colocar as folhas de confrei sobre o húmus.


Colocar o esterco/composto, de modo a tampar toda a meia-lua. Se sobrar esterco/composto, espalhe-o ao redor da árvore. Umedecer todo o esterco e cobrir tudo com material orgânico (capim seco, ou casca de arroz, ou palha de café, etc...).


Para umedecer a meia-lua, costumo usar uma mistura de humato com EM ativado - que são sinérgicos entre si, pois um potencializa a ação do outro - diluídos em água.


5 - Adubação pós-colheita:
Um mês após a colheita de todas as frutas, faremos uma adubação de reforço, da seguinte maneira: Se tiver confrei, espalhar folhas picadas, na projeção da copa. Cobrir com 3 litros de esterco curtido, ou 5 litros de composto orgânico, por metro quadrado, misturado a 500 g de bokashi (ou bocac), mais 100 g de calcário. Umedecer bem a área e cobrir com material orgânico. Se não tiver confrei e/ou bokashi/bocac, fique, pelo menos, como o esterco/composto + calcário.



Mais detalhes no vídeo:


6 - Dicas:
- Durante o ano, para uma melhor nutrição da planta, aplicar caldas fermentadas de espécies diferentes, chorume de urtiga, solução de cálcio e humato, intercalando a aplicação mês a mês, em intervalos regulares;
- Fazer adubação verde, envolta da frutífera, com feijão de porco, para suprir as necessidades de nitrogênio, antes do período vegetativo da árvore;
- As exigências nutricionais específicas de cada espécie, podem ser agregadas a fórmula básica, para garantir uma nutrição completa;
- Se a frutífera tiver menos de 3 anos, e ainda não tiver produzido, aplicar 1/3 da fórmula básica de adubação no primeiro ano. Nos próximos anos, aplicar metade da fórmula básica;
- Plantas que entram em dormência, no inverno, não devem ser adubadas neste período. Aguardar meados de setembro, para adubá-las;
- Não utilizar cinza proveniente de churrasqueira, para compor a fórmula básica de adubação.

sexta-feira, 29 de março de 2019

O que é o caqui chocolate?



Caqui que ganhamos dos vizinhos em Porto Alegre




Os caquis (Diospyros kaki) são divididos em três grupos: taninosos ou shibugaki, não taninos ou amagaki e variáveis.

- Os frutos dos caquis pertencentes ao grupo taninoso ou shibugaki são de coloração amarela quando maduros, podendo ou não ter sementes e sempre possuem polpa taninosa. Ex. de cultivares: 'Pomelo' e 'Taubaté'

- Os frutos dos caquis do grupo não taninoso ou amagaki, são conhecidos como caquis doces. São de coloração mais amareladas quando maduros, são firmes, podendo ou não possuir sementes e não possuem tanino. Ex. de cultivares: 'Fuyu' e 'Jirô'

- Já os caquis do grupo variáveis são os caqui que podem ser tanto de polpa amarela, possuir adstringência e não possuir sementes, como possuírem sementes e assim adquirirem a polpa escura (chocolate) e assim não possuirem adstringência. Ex. de cultivares: 'Giombo' e 'Rama Forte'.

Assim, quando as flores femininas ou hermafroditas das plantas dos cultivares pertencentes ao grupo variável são polinizadas, forma-se as sementes nos frutos. As sementes liberam substâncias conhecidas como fenóis, que insolubilizam o tanino, removendo assim a adstringência da polpa e consequentemente, causando oxidação, assim tornando a polpa escura, conhecida popularmente como "caqui chocolate".

Para remover a adstringência dos frutos em casa, basta pingar algumas gotas de vinagre no cálice do fruto (restos florais que ficam em cima do fruto), embrulhar em folhas de jornal e manter a sombra por três dias. Comercialmente, os produtores removem o tanino dos frutos com o emprego de combustão, pulverizações com solução alcóolica ou com carbureto.

sábado, 9 de março de 2019

Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro

Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro
Emater-Rio estimula a produção de caqui em Trajano de Moraes




 Atualizado em 04/09/2012 - 13:22h



Dia de campo sobre a cultura da fruta reúne agricultores da microbacia Alto Macabu





A Emater-Rio, empresa vinculada à secretaria estadual de Agricultura, e a Prefeitura de Trajano de Moraes promoveram, na última sexta-feira (31/8), na localidade de Gravatá, na microbacia Alto Macabu, o terceiro encontro técnico do caqui. Os trabalhos foram conduzidos pelo engenheiro agrônomo e supervisor regional da Emater-Rio na Serra, Alexandre Jacintho Teixeira, autor de uma cartilha sobre cultivo do caqui, publicada pela Emater-Rio em parceria com o Sebrae-RJ.





Na ocasião, Alexandre explicou como é feito o controle fitossanitário e a prática de poda do caquizeiro. Durante a parte teórica, ele falou sobre as duas principais doenças que podem acometer a lavoura de caqui (cercosporiose e antracnose), além de algumas pragas como a lagarta dos frutos, tripes e cochonilhas.

A segunda parte foi prática, onde os participantes acompanharam as demonstrações de poda. Segundo Alexandre, após a poda é recomendável fazer dois procedimentos de pulverização no pé de caqui, utilizando defensivos agrícolas alternativos: o primeiro, com a calda bordalesa; e o segundo, após 30 dias, com a calda sulfocálcica.



- Essa técnica protege a planta e ajuda com eficiência no controle de pragas e doenças - afirmou.

Um das propriedades visitadas foi a da produtora rural Rosimar Fonseca Ouverney, que vive há 30 anos na região com a família. Há quatro anos, ela e o marido introduziram o amendoim forrageiro na lavoura do caqui, uma das técnicas sustentáveis de adubação incentivada pelo Programa Rio Rural.

- Se a poda não for realizada, os frutos tendem a ser mais fracos e suscetíveis a doenças. Além de facilitar a colheita, esse manejo aumenta a produtividade em longo prazo, já que a planta fica mais exposta à luminosidade - explicou a agricultora.

O próximo dia de campo sobre caqui está previsto para 6 de setembro (quinta-feira), às 10h, na localidade Tirol, em Trajano de Moraes.   fonte: http://www.rj.gov.br/web/seapec/exibeconteudo?article-id=1137457

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Fazendo poda de limpeza no pomar


Executando aquela poda de limpeza, veja abaixo os tipos de podas.


Pode definir poda como sendo a eliminação ou retirada de partes de uma planta, com o objetivo de dar melhor forma e equilíbrio entre folhagem e floração. Antes de podar qualquer planta deve conhecer os seus hábitos de crescimento e floração.

As podas têm várias funções. Podem ser utilizadas para fins estéticos, para estimular a produção de ramos, flores e frutos e, também, como medida de controle fitossanitário. As podas podem ser divididas em: limpeza, formação e de condução. Independentemente do tipo da poda, estimulam a produção de ramos, flores e frutos.


1) Poda de limpeza ou Manutenção


Este tipo de poda é utilizado para remoção de partes indesejadas da planta como:

Retirada de galhos velhos e doentes.

Retirada de ramos e partes das plantas que estejam mortos.

Retirada de ramos e partes infestadas (irremediavelmente) por insetos.

Retirada de ramos partidos em consequência de ventos, tempestades.

Retiradas de ramos que se cruzam e raspam um no outro.


2) Poda de Formação

Tem o objetivo de dar à planta ou a um conjunto de plantas, uma forma básica de tronco e ramos, a fim de se ter uma distribuição equilibrada. Normalmente este tipo de poda é realizado nos viveiros, dando uma formação inicial à planta.


3) Poda de Condução

Objetiva orientar a planta em determinado sentido ou sobre um suporte. Esta poda é muito utilizada para as cercas vivas e trepadeiras, pois geralmente possuem um crescimento limitado ou direcionado.


4) Desbrota


Consistem na retirada dos brotos “ladrões” que surgem de gemas laterais existentes em mudas de árvores e arbustos e mesmo em espécies adultas, quando podadas. Tem a finalidade de conduzir com maior vitalidade a haste principal.


5) Podas de Raízes

As podas de raízes são realizadas quando as raízes superficiais afloram na superfície ou quando se faz a troca de recipiente. Nas plantas de porte pequeno a eliminação das raízes é um processo fácil, mas no caso de árvores mais velhas é uma técnica onerosa e pouco recomendada, pois as árvores ficam suscetíveis à queda, sendo somente recomendado em casos excepcionais.

fonte: portal da educação
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/tipos-de-poda/64635

terça-feira, 29 de maio de 2018

Como, Quando e Porque Podar suas árvores frutíferas?



Com a chegada do frio, o agricultor precavido sabe que está chegando a hora correta. Começa a amolar as ferramentas, limpa as lâminas impregnadas de ferrugem por estarem guardadas desde o ano anterior, engraxa a mola da tesoura e afia o serrote. O ritual do corte está para começar. Todo ano é a mesma coisa. Mas porque fazer ? Por que deixar esse ao aquele ramo ? Qual o verdadeiro objetivo da Poda ? Devo ou não devo cortar ?

Essas são perguntas que mais ouvimos desde um simples possuidor de uma fruteira de fundo de quintal até um grande fruticultor. Mas quais são as finalidades desta habilidosa arte milenar, a poda, que dela depende em grande parte a explosão da vida na primavera que virá a seguir, a fartura e a qualidade da colheita de qualquer pomar.

Muito embora seja praticada para dirigir a planta segundo a vontade do homem, como no campo da estética em algumas árvores, arbustos e jardins ornamentais, em fruticultura, ela é utilizada para regularizar a produção e melhorar a qualidade dos frutos.


A poda é umas das práticas culturais mais antigas realizadas em fruticultura que, juntamente com outras atividades não menos importantes, torna o pomar muito mais produtivo.


Alguns autores chegam a citar a poda como uma espécie de bisavó da enxertia e da hibridização, citando que foi um jumento que, devorando os sarmentos de uma videira, deu aos nauplianos a idéia de podá-la. Verdade ou não, o fato é que ela se tornou imprescindível no manejo de pomares frutíferos, principalmente.


CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DA PODA:


Existem diversos conceitos para o termo poda dentre os quais:

- É o conjunto de cortes executados numa árvore, com o objetivo de regularizar a produção, aumentar e melhorar os frutos, mantendo o completo equilíbrio entre a frutificação e a vegetação normal;
- É a arte e a técnica de orientar e educar as plantas, de modo compatível com o fim que se tem em vista;
- É a técnica e a arte de modificar o crescimento natural das plantas frutíferas, com o objetivo de estabelecer o equilíbrio entre a vegetação e a frutificação.
- É a remoção metódica das partes de uma planta, com o objetivo de melhorá-la em algum aspecto de interesse do fruticultor.


Poderíamos continuar com vários conceitos, mas como podemos notar, tudo se resume em cortar para direcionar e equilibrar. Com uma boa filosofia de interpretação, podemos até considerar a poda como uma autêntica cirurgia. Quando a decisão foi de podar, é porque todos os parâmetros indicaram que ela é necessária. Mas qual é a importância de se podar ?


A importância de se podar varia de espécie para espécie, assim poderá ser decisiva para uma, enquanto que para outra, ela é praticamente dispensável. Com relação à importância, as espécies podem ser agrupadas em:

- Decisiva: Videira, pessegueiro, figueira.
- Relativa: Pereira, macieira, caquizeiro.
- Pouca importância: Citros, abacateiro, mangueira.


O podador, deverá fazer uso de seus conhecimentos e habilidades, onde um gesto seguro reflete a convicção de quem acredita que a interferência humana é imprescindível para modelar um pomar. Na natureza, as plantas crescem sem qualquer modelamento, buscam sempre a tendência natural de crescerem em direção à luz, tomando a forma vertical, e com isso perdem a regularidade de produção.


Toda a importância da arte de usar a tesoura, não está em simplesmente cortar esse ou aquele ramo, dessa ou com aquela espécie. Cada fruteira tem o seu hábito específico de frutificação, tendo conseqüentemente, exigência muito diversa quanto à poda. E quanto a isso, devemos então entender o básico de como funciona a planta frutífera, para adaptarmos a cada espécie que pretendemos podar. Com citamos anteriormente, o podador assemelha-se a um cirurgião, e como tal, não opera sem entender como funciona o organismo que ele está lidando.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Época de semear crotalária! Excelente adubo verde.


Crotalária

Crotalaria juncea cv. Comum 
( CROTALÁRIA JUNCEA )

Origem: Índia e Ásia Tropical
Nome científico: crotalaria junceae
Ciclo vegetativo: Anual (210 a 240 dias)
Fertilidade do solo: Média a alta (solos bem drenados)
Forma de crescimento: Ereto, subarbustivo
Utilização: Tóxica aos animais pode ser usada para adubação verde, prod. de fibras e controle de nematóides
Altura: 2,0 a 3,0 m
Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Média
Tolerância ao encharcamento: Baixo
Profundidade de plantio: 2 a 3 cm
Produção de forragem: 30 t MS/ha/ano
Produção de fibra: 2,5 t/ha
Fixação de Nitrogênio: 150 kg/ha/ano


ORIGEM
    
Originária da Índia tropical (explorada como planta têxtil).


CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

Leguminosa subarbustiva, de porte alto (2,0 a 3,0 m), pubescente de caule ereto, semilenhoso, ramificado na parte superior, com talos estriados. Folhas unifolioladas (simples), com pecíolo quase nulo, sésseis, elípticas, lanceoladas e mucronadas; nervura principal fortemente pronunciada. Flores de 2 a 3 cm de comprimento (15 a 50 por inflorescência). Vagens longas, densamente pubescentes, com 10 a 20 grãos de coloração verde-acinzentado, reniformes, de face lisa. 
    

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS

É uma leguminosa anual, de crescimento inicial rápido, com efeito alelopático e/ou supressor de invasoras bastante expressivo.
Planta de clima tropical e subtropical, não resistindo a geadas. Tem apresentado bom comportamento nos solos argilosos e arenosos.
Semear de setembro até dezembro, nas regiões onde ocorrem geadas a partir de abril/maio; em locais onde não ocorrem geadas, pode ser semeada até março/abril.
Pode ser cultivada solteira, consorciada com milho, mandioca, etc, ou intercalada ao cafeeiro e outras culturas perenes. Semeia-se a lanço, em linhas ou, em alguns casos, com matraca (registro todo fechado). Quando em linhas, recomenda-se um espaçamento de 25 cm, com 20 sementes por metro linear (40 kg/ha de sementes). O peso de 1.000 sementes é de 50 gramas.
A Crotalária em algumas situações apresenta problemas com a lagarta Utetheisa ornatrix, que ataca as inflorescências e as vagens, e alguns casos de Fusarium sp. que causa a murcha e o tombamento das plantas.
Para os problemas com Fusarium recomenda-se a rotação de cultivos ou a utilização de variedades resistentes.
No estado de São Paulo é empregada principalmente nas áreas canavieiras com problemas de nematóides obtendo-se bastante êxito na diminuição das populações desses organismos do solo.
O manejo deverá ser feito na fase de plena floração (110 a 140 dias), com rolo-faca, incorporação através da aração, roçadeira, ou corte com enxada ou gadanho. 
Para produção de sementes, recomenda-se o plantio de 15 a 20 sementes por metro linear, com um espaçamento de 40 a 50 cm entre linhas (20 a 30 kg/ha de sementes). A colheita poderá ser feita manualmente ou através de colheitadeira, quando mais de 70% das vagens estiverem secas.
O ciclo completo varia de 210 a 240 dias.


VANTAGENS 

Crescimento relativamente rápido e um importante efeito supressor e/ou alelopático às invasoras. Tem produzido elevada fitomassa, adaptando-se bem em diferentes regiões. Por seu rápido desenvolvimento é um cultivo de notável valor para cobertura do solo e adubação verde. Nos EUA tem sido empregada para silagem.
Quando cultivada por muito tempo no mesmo local, intensificam-se os problemas fitossanitários (especialmente com Fusarium spp). Às vezes, ventos fortes poderão causar o tombamento das plantas.

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