Como consumir Ora-pro-nobis?
A parte comestível dessa planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer outra verdura obviamente, devemos lavá-las bem. Seu sabor é neutro e tem uma textura macia. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, sucos e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
A parte comestível dessa planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer outra verdura obviamente, devemos lavá-las bem. Seu sabor é neutro e tem uma textura macia. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, sucos e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis
É uma pena que não temos o cultivo de Ora-pro-nobis
em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar
muito a nossa alimentação, principalmente através da farinha enriquecida, que
poderia chegar à nossa mesa.
Essa farinha enriquece uma receita. Usa-se as
folhas frescas ou secas e moídas na forma de pó. É feita com as folhas
desidratadas. Para isso, é preciso colher as folhas, espalhar em uma
forma, levar ao forno na menor temperatura para desidratar. Depois, basta
triturá-las ou adicioná-las a suas receitas. Guarde num vidro com tampa e
utilize como mistura para enriquecer farinha, massas de pães, bolos,
tortas, panquecas, etc.
Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras.
Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras.
A ora -pro-nobis já é utilisada no preparo da farinha múltipla
(complemento nutricional usado pela pastoral da criança no combate à
desnutrição).
O cultivo em larga escala do ora-pro-nóbis, devido a seu fácil
cultivo poderia representar uma revolução na alimentação por conta do seu alto
valor nutricional.
Os resultados indicaram que a farinha de
Ora Pro Nobis pode trazer benefícios para a saúde, como a melhora da motilidade
intestinal, e está associada à redução da gordura visceral e do perfil
lipídico, bem como ao aumento dos níveis de HDL-c. Com estes resultados,
podemos sugerir que a incorporação desta farinha em diferentes produtos
industriais pode ser uma maneira conveniente e eficaz para a ingestão de
produtos mais saudáveis.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27583638
Muita gente prefere consumir as folhas cruas em saladas. É muito
consumida no estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém
25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É
uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e
facilidade de cultivo, inclusive doméstico. A composição rica de proteína,
ferro, vitaminas A e C e ácido fólico fazem da ora pro nobis uma importante
aliada contra as doenças nutricionais (desnutrição).
Composição nutricional da Ora-pro-nobis
COMPOSIÇÃO EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
COMPOSIÇÃO EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
1. Energia
26 kcal
2. Proteína
2,00 g
3. Lipídios
0,40 g
4. Carboidratos
5,00 g
5. Fibras
0,90 g
6. Cálcio
79,00 mg
7. Fósforo
32,00 mg
8. Ferro
3,60 mg
9. Retinol
250,00 mcg
10. Vitamina
B1 0,02 mg
11. Vitamina
B2 0,10 mg
12. Niacina
0,50 mg
13. Vitamina
C 23,00 mg
É uma planta com alto teor de proteína
(aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a
lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C
supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em
fibras.
Benefícios do consumo da Ora-pro-nobis
É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Pessoas
com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de
ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;
Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis
nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas
para o bebê;
A alta concentração de vitamina C ajudará a
fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A
(retinol) em grande quantidade;
O retinol também é fundamental para manter a
integridade da visão em dia;
Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa
quantidade de cálcio.
O chá, ou o suco feito a partir de suas folhas, tem
excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como
cistite e úlceras;
Sua ação depurativa associado ao chá também está ligado ao tratamento e
prevenção de varizes;
Por ser muito consumida em Minas Gerais, a
Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando
que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças,
tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc.
Nesse estudo os pesquisadores constataram que os princípios da planta podem
ajudar na prevenção de doenças como varizes, câncer de colon, hemorroidas,
tumores intestinais e diabetes, além de diminuir o nível de colesterol ruim, tratar
furúnculos e sífilis.
Suas propriedades já são muito conhecidas, principalmente pelas
pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e
alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a
chegar às grandes cidades.
É possível seu cultivo em ambiente em casa, uma vez que pega bem
em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com
facilidade. Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se
desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol.
A ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil
enriquecido de matéria orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas
para o local definitivo. Em épocas de chuva pode ser plantada diretamente em
local definitivo. Seu desenvolvimento, quando feito por estaquia, é lento nos
primeiros meses, mas após formação das raízes tem o crescimento bastante
acelerado.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada
pela internet. É possível encontrar quem vende as mudas e até generosos
doadores. Vale a pena!
Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), do latim
"rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira com folhas.
Segundo as tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que
colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro
nobis. Sendo conhecido também como lobrobô ou lobrobó. O nome científico é uma
homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo
aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.
Onde encontrar?
Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas
dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca na Flórida, nos Estados
Unidos e na região sudeste do Brasil. Nos estados do Sudeste é mais fácil, por
ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada,
fresca, desidratada, em saquinhos.
É uma planta que é capaz de nutrir e auxiliar na prevenção várias
doenças. No curso vida saudável ensinamos diversas formas de uso da
ora-pro-nobis.
A cicatrização de feridas é uma
propriedade comumente atribuída à mucilagem das suas folhas ( Aburjai e
Natsheh, 2003 e Thornfeldt, 2005 ), no entanto, esta propriedade nunca foi
testada em condições experimentais.
A cicatrização de feridas é um processo
complexo que envolve etapas de migração e proliferação celular, especialmente
de células fibroblásticas ( Krishnan, 2006 ). A mucilagem pode ajudar na
promoção tanto da proliferação celular como da migração de fibroblastos, por
isso ela pode contribuir para a cicatrização de feridas. Um método conveniente
para evitar o uso da experimentação com animais foi recentemente revisto por
Yarrow et al. (2004) , onde a observação da proliferação e migração de
fibroblastos em cultura pode ser feita sobre uma placa de vidro coberta com uma
matriz, tornando o ambiente mais próximo das condições naturais.
Além dos eventos celulares, a cicatrização de feridas é geralmente acompanhada por um processo inflamatório, que desempenha um importante furo na entrega de mediadores envolvidos na sinalização química para células imunológicas ( van Solingen et al., 2014 ). É bem conhecido que os compostos polifenólicos apresentam atividade antioxidante e apresentam a capacidade de eliminar radicais livres produzidos pelo metabolismo celular ou por outras fontes exógenas ( Bianchi e Antunes, 1999 e Everette et al., 2010 ). Uma das características do estágio inflamatório de cicatrização de feridas é a produção exacerbada de radicais livres, e o conteúdo de compostos polifenólicos pode romper este processo, gerando um alívio nos sintomas inflamatórios, incluindo dor e coceira.
P. aculeata é uma planta cujas propriedades medicinais são pouco estudadas e pouca informação é encontrada sobre seu cultivo e seus efeitos no desenvolvimento geral e na produção metabólica secundária. Dado que esta espécie está amplamente distribuída no território brasileiro, crescendo em diferentes biomas ( Rosa e Souza, 2003 ), este trabalho teve dois propósitos principais: 1- Compreender a influência do substrato e, consequentemente, o teor de nutrientes na produção de mucilagem e compostos polifenólicos ; E 2- Estudar as propriedades cicatrizantes das folhas em relação ao seu conteúdo mucilaginoso.
Além dos eventos celulares, a cicatrização de feridas é geralmente acompanhada por um processo inflamatório, que desempenha um importante furo na entrega de mediadores envolvidos na sinalização química para células imunológicas ( van Solingen et al., 2014 ). É bem conhecido que os compostos polifenólicos apresentam atividade antioxidante e apresentam a capacidade de eliminar radicais livres produzidos pelo metabolismo celular ou por outras fontes exógenas ( Bianchi e Antunes, 1999 e Everette et al., 2010 ). Uma das características do estágio inflamatório de cicatrização de feridas é a produção exacerbada de radicais livres, e o conteúdo de compostos polifenólicos pode romper este processo, gerando um alívio nos sintomas inflamatórios, incluindo dor e coceira.
P. aculeata é uma planta cujas propriedades medicinais são pouco estudadas e pouca informação é encontrada sobre seu cultivo e seus efeitos no desenvolvimento geral e na produção metabólica secundária. Dado que esta espécie está amplamente distribuída no território brasileiro, crescendo em diferentes biomas ( Rosa e Souza, 2003 ), este trabalho teve dois propósitos principais: 1- Compreender a influência do substrato e, consequentemente, o teor de nutrientes na produção de mucilagem e compostos polifenólicos ; E 2- Estudar as propriedades cicatrizantes das folhas em relação ao seu conteúdo mucilaginoso.
Fonte
Revista Brasileira de Farmacognosia Volume
24, Edição 6 , Novembro-Dezembro 2014, Páginas
677-682 Propriedades cicatriciais da ferida e conteúdo de mucilagem de
Pereskia aculeata de diferentes substratos
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0102695X15000162
Leia mais: http://www.tiaxica.com/ora-pro-nobis/