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terça-feira, 7 de julho de 2020

Maracujá-doce BRS Mel do Cerrado ganha mercado de frutas especiais!!!

 

Foto: Fábio Faleiro

Fábio Faleiro - Valorizado, maracujá-doce alcança preço até quatro vezes maior que o azedo

Valorizado, maracujá-doce alcança preço até quatro vezes maior que o azedo

A primeira cultivar da espécie Passiflora alata Curtis registrada e protegida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), BRS Mel do Cerrado, abriu aos fruticultores brasileiros o seleto e valorizado nicho de frutas especiais. A qualidade e o sabor adocicado são os diferenciais dos frutos, que chegam a alcançar preço até quatro vezes superior ao do maracujá-azedo. Desenvolvida pela Embrapa, a cultivar de maracujazeiro-doce tem dado bom retorno financeiro aos produtores e seu fruto recebeu ótima aceitação dos consumidores.

No momento, a cultivar é indicada para a região de Cerrado, no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Tocantins. Há trabalhos de validação em andamento em outras regiões brasileiras, incluindo o Sul, o Norte e o Nordeste.

O agricultor familiar Gilmar Santos plantou 250 mudas em sua propriedade em Pouso Alegre (MG) logo após a cultivar ter sido lançada, em dezembro de 2017, e não se arrepende. Ele está em plena colheita e estima que cada planta tenha produzido, em média, 150 maracujás, o que dá cerca de 37,5 quilos por planta.

“Temos muito mais frutos nesta próxima colheita, as plantas estão mais carregadas. Eu as vendo em caixas de papelão, cada uma com cinco ou seis maracujás, dependendo do tamanho deles, e embalo um por um com papel específico, igual à goiaba, para não machucar a casca. Cada caixa saiu de R$ 15,00 a R$ 19,00 – um ótimo preço”, comemora o produtor.

Os maracujás saem de Minas Gerais, da chácara São José, e vão para São Paulo, onde são comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em um mercado que atua com frutas especiais exóticas, disputando espaço com o melão Andino, a granadilla do México e a graviola-baby da América Central, por exemplo. “Eu colho as frutas bem cedo, o pessoal do transporte busca a carga por volta das 15h e às 5h da manhã do outro dia, elas já estão em São Paulo para serem vendidas”, conta.

Quando dispostas no mercado, uma das frutas é cortada para que os clientes possam experimentá-la. “Essa é a tática de venda adotada para mercadorias diferentes e é muito importante no caso desse maracujá, também porque a fruta por si só não atrai pelo seu visual”, explica o vendedor Celso de Oliveira. Mas o retorno é certo. Apesar de não ser uma venda rápida, justamente por se tratar de um produto pouco conhecido pelos consumidores, o resultado é bom, já que a novidade tem agradado aos clientes. “A fruta é maravilhosa, uma delícia. Todos que provam gostam. Vou continuar trabalhando com ela aqui no mercado”, garante Celso.

O vendedor disse que já conhecia o maracujá-doce de uma produção que recebia de Janaúba, em Minas Gerais, há uns seis anos. Mas em relação ao Mel do Cerrado, Celso diz que a variedade melhorada pela Embrapa tem melhor sabor e mais tempo de prateleira do que a fruta nativa, apesar de ainda ser um período curto, cerca de uma semana depois de colhida. Depois desse prazo, a fruta começa a amolecer.

Colheita precoce em períodos quentes

O amolecimento da ponta das frutas é um dos principais problemas da espécie P. alata, fato que é agravado nos períodos mais quentes do ano. “A alternativa é colher o fruto no início do amadurecimento, assim que começar a mudança de cor,” recomenda o pesquisador da Embrapa Cerrados (DF) Fábio Faleiro, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar. Outra medida é realizar a pulverização foliar com cálcio para aumentar a consistência da casca dos frutos. O cientista ressalta que o amolecimento da ponta do fruto não está relacionado a pragas ou doenças e tem menor ocorrência nas épocas mais frias.

Gilmar Santos conheceu a cultivar BRS Mel do Cerrado em uma reportagem de TV e de imediato se interessou pela planta: “Fiquei um pouco receoso em plantar uma fruta diferente, mas resolvi arriscar. Não me arrependi. Estou conseguindo ganhar um bom dinheiro com ela. Pagam muito mais pelo maracujá-doce do que pelo azedo”, explica.

“Quem experimenta o maracujá-doce gosta e elogia seu sabor e se impressiona com o tamanho do fruto”, conta o produtor. A nova fruta tem conquistado os consumidores, tanto que a pequena plantação a céu aberto não consegue atender a demanda. O agricultor diz que já recebeu pedidos de mercados locais e de pessoas conhecidas, mas sua produção só é suficiente para atender o mercado paulista. “Estou com a ideia de aumentar a produção. Vou aproveitar uns mourões e uns arames de outra cultivar que não deu certo aqui e vou plantar mais maracujá-doce”, planeja Gilmar.

Adaptação a diferentes tipos de produtores

Os custos de produção do maracujá-doce variam conforme a capacidade de investimento do produtor, já que a cultivar pode ser plantada a céu aberto, em pequenas propriedades, em sistema orgânico e também em estufa, explica Faleiro. “Não existe um pacote tecnológico para essa cultivar, ou seja, o agricultor pode produzir o maracujá dentro da sua realidade de investimento”, esclarece.

Agricultores periurbanos confirmam isso. Valdete Frota cultivou 50 mudas em sistema orgânico. Na primeira carga, foram colhidos 146 quilos de frutos, já descontadas as perdas. O produtor entregou parte da primeira safra para uma banca de orgânicos de Sobradinho (DF). Em dois dias, foram vendidos 40 quilos. Também forneceu os frutos a supermercados da região. “Um deles, ao experimentá-lo, me pediu mais 30 quilos. Mesmo sendo um fruto desconhecido, vendeu muito bem. E nem usamos o apelo do orgânico”, afirma, satisfeito com os resultados iniciais.

Agora que se mudou de Brasília (DF) para uma propriedade em Formosa (GO), Frota planeja aumentar o investimento na BRS Mel do Cerrado. “A experiência foi boa. Eu consegui vender por volta de R$ 5,00 o quilo. É melhor que produzir vinte quilos do outro [maracujá-azedo] e vender a R$ 1,50 na safra. Agora em agosto ou setembro eu vou plantar 500 mudas”, planeja.

Mesmo sabendo que se trata de um mercado novo, Frota está confiante de que mais uma vez fará uma boa venda: “Apesar de não ter oferta, assim que eu começar o plantio, vou sair para procurar clientes. Vou atrair pela novidade, a fruta é bem saborosa e muito cheirosa. Vou às feiras de produtos orgânicos. O pessoal do orgânico é mais aberto a novas experiências. Isso pode ajudar a vender e a conquistar mercado”, acredita. Frota diz que a variedade da Embrapa sofre menos com virose do que as outras de maracujá-doce, não atrapalhando o desenvolvimento nem a produtividade da planta.

Vantagens e diferenciais da cultivar

O produtor de Brazlândia (DF) Mauro César Santos, que participou do teste de validação da cultivar, destaca o fato de as flores se abrirem pela manhã, enquanto as do maracujazeiro-azedo se abrem à tarde. Isso permite melhor aproveitamento da mão de obra na propriedade. “É possível colocar um funcionário para polinizar o maracujazeiro-doce de manhã e o maracujazeiro-azedo, à tarde”. O produtor explica que otimizar a mão de obra é importante para a saúde financeira do negócio, considerando todos os tratos culturais como adubação, podas e irrigação.

Pesquisadora apresenta vantagens do maracujá doce BRS Mel do Cerrado

O custo de produção, segundo o produtor, foi exatamente o mesmo do maracujazeiro-azedo. Mas por se tratar de um produto diferenciado, o preço da fruta pode ser até quatro vezes maior do que o do maracujá-azedo comercial. “Por se tratar de um fruto especial, ele alcança um mercado consumidor de maior poder aquisitivo e isso agrega valor ao produto”, justifica.

Manejo de pragas e doenças

Apesar de a variedade da Embrapa apresentar maior tolerância a bacterioses e viroses, o maracujá-doce, em geral, é mais suscetível a determinadas pragas e doenças do que as variedades de maracujazeiro-azedo. As recomendações de manejo fitossanitário, que são as mesmas do maracujá-azedo, precisam ser seguidas rigorosamente. “É importante ter como princípio o manejo integrado, no qual são combinadas diferentes estratégias de controle genético, biológico, cultural e químico”, enfatiza o pesquisador.

Quanto às pragas, é importante o produtor ficar atento à abelha Irapuá, ao tripes, ao besouro-da-flor, aos percevejos, à mosca-da-fruta e à mosca-do-botão-floral, que danificam as flores e os frutos. “É importante não deixar frutos maduros na planta ou no chão para não atrair a mosca-das-frutas”, recomenda Faleiro.

Para que a cultivar possa conviver melhor com a virose, a Embrapa recomenda o uso da tecnologia do mudão, na qual as mudas são conduzidas em ambiente protegido até atingirem um metro de altura ou mais, quando então são levadas ao campo. Também é importante evitar, ao máximo, o plantio próximo a pomares de maracujazeiro-azedo com a ocorrência de virose.

Para conhecer mais sobre as pragas e doenças do maracujazeiro e as estratégias de manejo integrado, clique aqui.

Foto: Gilmar Santos

30 toneladas por hectare em estufa

Em testes com diferentes perfis de produtores e sistemas de produção, nas condições do Distrito Federal, a BRS Mel do Cerrado produziu de 15 a 25 toneladas por hectare, em polinização aberta, com potencial para alcançar mais de 30 toneladas em plantio em estufa.

Segundo o pesquisador Fábio Faleiro, a expectativa é de que as cultivares desenvolvidas a partir das diferentes espécies de maracujá possam diversificar os sistemas de produção, para oferecer novas opções de geração de emprego e renda, melhorar a qualidade de vida dos produtores e proporcionar aos consumidores produtos derivados de uma biodiversidade essencialmente brasileira.

Os frutos maduros têm a casca de cor amarela, pesam de 120 gramas a 300 gramas (média de 200 gramas) e têm formato oboval, o que lhes dá uma aparência externa semelhante ao de um mamão papaia. A polpa tem cor amarelo-alaranjada e sabor adocicado, acima de 17º Brix, enquanto o do maracujá-azedo é por volta de 12º a 13º Brix (indicador de doçura da fruta). A polpa, sementes e casca são comestíveis, e esta última pode ser usada em farinhas, saladas, compotas e outras receitas, além de servir de alimento para o gado.

O cultivo de qualquer tipo de maracujá exige planejamento desde a implantação do pomar até a comercialização do produto. “É importante que o agricultor busque as informações técnicas sobre o cultivo e siga todas as recomendações de manejo. Antes de plantar, o produtor deve saber quem vai comprar a produção”, recomenda Faleiro.

Potencial ornamental

A vertente ornamental da nova cultivar pode ser apreciada, inclusive, por quem pratica o cultivo de fundo de quintal. Foi o caso de Jacinta de Toledo, que mora em um condomínio em Formosa (GO). Ela plantou quatro mudas em um pergolado na garagem de casa. Com a adubação das plantas, a floração foi intensificada. “A flor é muito bonita. Depois da chuva, a mamangava apareceu e o maracujá produziu os frutos muito rápido”, lembra.

Faleiro explica que a cultivar tem um uso nobre na linha da fruticultura ornamental, na qual as plantas são utilizadas como ornamento devido à beleza das flores, da planta, e também dos frutos, os quais permitem o processamento de diferentes tipos de alimentos.

Jacinta distribuiu os cerca de cem frutos colhidos para amigos e vizinhos, que também se interessaram em produzir a BRS Mel do Cerrado no fundo do quintal. Ela aprendeu uma receita para utilizar, além da polpa e sementes, a parte branca da casca do maracujá-doce, na forma de salada.

Para saber como utilizar a polpa, sementes e cascas do maracujá-doce no processamento de alimentos, clique aqui.

Duas décadas de pesquisa

BRS Mel do Cerrado é resultado de um trabalho de quase 20 anos, iniciado com a seleção e recombinação de acessos de diferentes origens, principalmente da região do Cerrado do Planalto Central. O melhoramento genético convencional, em cinco ciclos de seleção, resultou em uma cultivar com maior produtividade, maior tolerância à bacteriose e à virose e frutos com maior qualidade física e química, além de formato adequado ao mercado.

Os interessados em adquirir as mudas da BRS Mel do Cerrado devem entrar em contato com os viveiristas licenciados pela Embrapa. A relação desses fornecedores, além de outras informações sobre a cultivar, podem ser encontradas aqui.

 

Foto: Breno Lobato

 

Breno Lobato (MTb 9417/MG)
Embrapa Cerrados

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3388-9945

Juliana Miura (MTb 4563/DF)
Embrapa Cerrados

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

11 Frutas da Mata Atlântica que Todo Brasileiro Deveria Conhecer


Fonte: blog Nó de Oito  

Mesmo nas grandes cidades é possível experimentar algumas dessas delícias.
topo
Em 1521 ficaram prontas o que é considerado hoje o primeiro pedaço de legislação ambiental do Brasil – as Ordenações Manuelinas, ordenadas por D. Manuel I. O código versava sobre todas as áreas do Direito, com as partes sobre meio ambiente espalhadas ao longo do texto, sem uma sessão específica. Ainda assim, é de se admirar os pontos tratados no documento (para a época, claro) – como a proibição da caça de determinados animais com instrumentos capazes de lhes causar dor e sofrimento; a restrição da caça em determinadas áreas e a proibição do corte de árvores frutíferas, com a atribuição de severas penalidades e multas para o infrator.
As coisas mudaram, obviamente. A Mata Atlântica, que abrange toda a costa nordeste, sul e sudeste do Brasil e é uma das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta, já teve cerca de 93% de suas extensão desmatada. Infelizmente, com a devastação foi-se também um conhecimento que deveria fazer parte da vida de mais de 70% da população brasileira que habita a faixa de Mata Atlântica. Conheça agora algumas das frutas mais comuns da nossa incrível Mata Atlântica (e, se possível, empolgue-se o bastante para cultivá-las!):

Cabeludinha

Também chamada de Café cabeludo, Fruta cabeluda, Jabuticaba amarela, Peludinha e Vassourinha da praia. Doce, pode ser aproveitada in natura, ou em sucos, sorvetes e doces entre o final do inverno e começo da primavera. Se você é de São Paulo e quiser ver uma árvore de cabeludinha ao vivo, fique de olho no Parque do Ibirapuera e no jardim do Instituto de Biociências da USP. A árvore é ornamental e ideal para arborização urbana. E, olha só, é fácil encontrar mudas para cultivar! #ficaadica.
frutas mata atlântica

Cereja do Rio Grande

Também conhecida por Cerejeira-da-terra, Cerejeira-do-mato, Guaibajaí, Ibá-rapiroca, Ibajaí, Ibárapiroca, Ivaí e Ubajaí, a cereja-do-rio-grande dá numa árvore absolutamente linda (que ficaria mais linda ainda na sua calçada). O fruto é carnudo e docinho – muito parecido com a cereja cara e importada que a gente compra no supermercado em época de ano novo. Você encontra ela no pé no começo da primavera (e dá para ir caçar uma sementes na esquina do Palácio Nove de Julho com a rua Abílio Soares, se você for de São Paulo).
frutas mata atlântica

Ameixa da Mata

Mais encontrada na faixa de Mata Atlântica litorânea entre o Rio de Janeiro e a Bahia, a ameixa da mata é pequenininha, mas carnuda e com sabor agridoce. A árvore é um espetáculo à parte, com tronco avermelhado e copa que alcança até 6 metros de altura. A ameixa-da-mata dá no verão, mas é bem rara. Você vai ter que se empenhar para encontrá-la.
frutas mata atlântica

Pitangatuba

Típica da restinga do estado do Rio de Janeiro, a pitangatuba é daquelas frutas docinhas e azedinhas ao mesmo tempo, e dá em uma ‘árvore’ tipo arbusto. O incrível da pitangatuba, além do gosto excepcional (que não carrega aquele amarguinho característico da pitanga), é o tamanho – algumas podem alcançar até 7cm – e a sua suculência, dado que ela só tem uma semente bem pequenininha no meio de um monte de polpa.  Muito adaptável, pode ser plantada em pomares, vasos e jardineiras, sem problemas. Infelizmente, a pitangatuba é extremamente rara na natureza, mas se você encontrar uma mudinha para cultivar, prepare-se para colher os frutos na primavera.
frutas mata atlânticaFrutas de dar água na boca.

Araçá

Mais conhecido, o araçá dá também em um arbusto – ideal para jardins residenciais. O fruto tem um sabor parecido com o da goiaba (com a qual compartilha parentesco), mas um pouco mais azedinho. É ideal para a a recuperação de áreas degradadas, pois tem crescimento rápido e atrai muitos passarinhos, que se encarregam de espalhar suas sementes. É bastante comum no litoral de São Paulo, por isso fique de olho durante as férias de fim de ano, pois ela frutifica no verão.
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Cambuci

Todo paulistano deveria conhecer o cambuci, tão abundante na cidade antigamente que emprestou o nome a um de seus bairros. Azedinha no nível do limão, é rica em vitamina C e pode ser consumida in natura (para os fortes), ou em sucos, compotas e doces. Sua árvore tem uma madeira de excelente qualidade – fato que quase a levou à extinção. Sua presença em uma floresta é sinal de que a mata está bem conservada. Aproveite agora no verão – que é a época dela – para andar no bairro do Cambuci, em São Paulo, que ainda tem alguns espalhados.
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Cambucá

Como a jabuticaba, o cambucá dá direto no tronco da árvore e sua polpa também tem que ser sugada da casca. Há quem diga que é uma das frutas mais saborosas do Brasil, mas, apesar de ter sido muito comum em toda a faixa litorânea da Mata Atlântica até a primeira metade do século XX, hoje em dia é uma árvore rara, limitada à pequena faixa que restou de seu ambiente natural, jardins botânicos e pomares de frutas raras. Se algum dia passar no verão pela cidade de Santa Maria do Cambucá, no Pernambuco, dê uma paradinha para saboreá-la.
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Uvaia

Encontrada principalmente nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, a uvaia é uma fruta azedinha que pode ser consumida in natura (para quem gosta de coisas azedas – *salivando*) ou em sucos e compotas. Sua árvore é bastante utilizada em projetos de reflorestamento, pois a uvaia atrai muitos passarinhos, que espalham as suas sementes. Sua época vai de setembro à janeiro.
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Guabiroba

Natural da Mata Atlântica e do Cerrado, a guabiroba – ou gabiroba – é encontrada principalmente nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. É uma fruta saborosa e azedinha, rica em vitamina C, que lota o pé entre os meses de dezembro e maio. Além de consumida in natura, é bastante utilizada em sucos, sorvetes e licores.
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Grumixama

Parecida com a cereja-do-rio-grande, a grumixama é uma frutinha arroxeada e suculenta que dá na primavera. Sua ocorrência vai do sul da Bahia até o estado de Santa Catarina e o gosto é um misto de pitanga com jabuticaba. Quem mora em São Paulo, pode ver dois pés enormes na frente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
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Cambuí

Nome de bairro, em Campinas, e de cidade, em Minas Gerais, o cambuí é uma fruta roxa, vermelha ou amarela saborosa a perfumada que lota os pés durante o mês de janeiro. Sua árvore é muito bonita e bastante delicada, levando bastante tempo para crescer – o que a coloca em risco.
frutas mata atlântica

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Frutas pouco conhecidas caem no gosto dos brasileiros e ganham espaço na...





Frutas que até pouco tempo eram desconhecidas, como a lichia, o kiwi amarelo e a 
pitaya, caíram no gosto dos brasileiros. Se antes era difícil encontra-las, 
agora elas têm espaço em destaque nas feiras e supermercados. 
E além de chamar atenção pela beleza, as novidades 
são gostosas e cheias de nutrientes.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Bacupari é a grande esperança nas pesquisas contra o câncer

https://globoplay.globo.com/v/3198414/

A pesquisadora Maria das Graças, da Universidade Federal de Minas, buscou nos livros de história o mapa para encontrar as frutas nativas do Brasil! Tesouros que brotam no mato.
O bacupari é uma grande esperança nas pesquisas contra o câncer. Essa fruta da região amazônia apresenta um potencial três vezes maior do que o blueberry, fruta americana conhecida por pesquisadores como tendo um alto potencial antioxidante.
Do mato para o laboratório: é esse o caminho para descobrir o poder das frutas nativas.
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Bacupari
E tem gente com essas preciosidades no quintal de casa.

 Uma outra fruta é quente: pimenta de macaco. Para quem é do Cerrado o uso há gerações vem comprovando os benefícios da pimenta de macaco.

Pimenta-de-Macaco (xylopia aromatica)


Nome botânico: Xylopia aromatica
Nome popular: pimenta-de-macaco
Angiospermae – Família Annonaceae
Origem: nativa brasileira, ocorrendo em Minas Gerais e Centro-Oeste até São Paulo.

Descrição

Árvore de folhagem semidecídua (isto é, que perde parcialmente as folhas no inverno), de copa estreita e altura em torno de quatro a seis metros.
Folhas ovais acuminadas simples opostas nos ramos e flores brancas pequenas surgindo ao longo dos ramos na axila das folhas.
Floresce na primavera, produzindo sementes esporadicamente .
Pode ser cultivada em todo o país, principalmente na região do Cerrado Brasileiro.

Como Plantar a Pimenta-de-Macaco

pimenta-de-macaco
Xylopia aromatica, ou pimenta-de-macaco
Excelente para plantio de árvore de sombra em ruas estreitas por conta de sua copa ovalada.
Deve ficar em local com sol e não sujeito a inundações, pois tem característica xerófita.
Para cultivar, adquirir mudas em viveiro com o tamanho padrão de 1,80 a 2,20 metros.
Abrir uma cova maior que o torrão e colocar no fundo e nas laterais descompactadas a mistura feita com composto orgânico, dois a três kgs de adubo animal de curral bem curtido e 200 gramas de fosfato natural de rocha ou farinha de ossos.
Colocar um tutor amarrado com corda de algodão em formato de oito, que poderá ser retirado quando a muda estiver desenvolvida. Regar bem até que a muda demonstre que está aclimatada. Depois, espaçar as regas.

Mudas e Propagação da Xylopia Aromatica

pimenta-de-macaco
Frutos da pimenta-de-macaco
A propagação é feita por sementes que são colhidas diretamente da árvore quando maduras, sendo facilmente visíveis pela coloração vermelha do invólucro.
Escarificar as sementes passando-as em lixa de madeira para facilitar a germinação.
Colocar em caixotes com substrato de terra de canteiro e areia, mantendo-os sempre úmidos.
Transplantar para sacos individuais quando tiverem de 15 a 20 centímetros, já com o substrato semelhante ao do plantio em local definitivo.
Seu plantio em local definitivo poderá ocorrer em aproximadamente uma dois anos, pois seu desenvolvimento é mais lento que o de outras espécies.




quinta-feira, 4 de abril de 2019

O exotismo das frutas da Mata Atlântica


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Grumixama

Você conhece grumixama? Já comeu geleia de uvaia? Para a grande maioria, provavelmente a resposta será "não". Mas no que depender de Marcio Schittini, das empresas Tiferet, e Paulo Lima, da Estilo Gourmand, essas frutas da Mata Atlântica, hoje ainda consideradas exóticas, se tornarão mais conhecidas do consumidor. Para isso, eles estão fazendo um mapeamento de frutas nativas no estado do Rio, para identificar quais são e em que regiões elas crescem abundantes ou têm potencial para atender demanda comercial.
 
O projeto, que está sendo desenvolvido com financiamento do edital de Inovação Tecnológica, da Faperj, é amplo. "A Mata Atlântica é uma fonte de riquezas ainda pouco exploradas. Existem frutas nativas ainda muito pouco conhecidas do consumidor e por isso mesmo consideradas como exóticas. É o caso do cambuci, do cambucá, da grumixama, da própria pitanga, jabuticaba, da uvaia e do araçá. Elas são, na verdade, as nossas berries nativas, ou seja, nossas cerejas fluminenses, bastante adequadas à produção de geleias, sorvetes, sucos, molhos e até pratos com ingredientes 100% do Rio de Janeiro", explica Schittini.
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uvaia


Identificadas as regiões de maior potencial, a equipe da Tiferet e da Estilo Gourmand vem visitando e entrando em contato com os agricultores da área para desenvolver estilos de cultivo orgânico, biodinâmico e amplo. "Alguns se mostram mais arredios; outros, ao saber que poderão contar com comprador para frutas que até então praticamente não tinham mercado, se entusiasmam."

Segundo Schittini, ao valorizar frutas nativas, também se está valorizando os pequenos produtores rurais. "Nesse sentido, procuramos estabelecer treinamento e melhoria de práticas agrícolas sustentáveis, transformando esse produtor em fornecedor de frutas frescas e para uso industrial."

Apesar de serem frutas abundantes em toda a Mata Atlântica, ainda não existem cultivos em escala. "Na região do município de Varre-Sai, encontramos agricultores bem animados em ampliar sua plantação de jabuticaba e em conhecer novos métodos de cultivo. Na área de Quissamã, no entanto, embora adequada à grumixama, os agricultores ainda não acreditam que haja consumidores para ela por se tratar de uma fruta esquecida", explica.

O fato é que Schittini está investindo com certo conhecimento de causa. Para saber como anda o gosto do público, a Tiferet, que já produz molhos diferentes para atender a um público mais sofisticado, submeteu amostras de geleias de cinco sabores diferentes a testes cegos com especialistas da área de alimentos e donos de restaurantes.

"Testamos pitanga, araçá, jabuticaba, uvaia, grumixama e cambuci, além de outras quatro mais conhecidas, como goiaba, ameixa, laranja e amora. O resultado foi que esse público se mostra disposto e curioso a experimentar novos sabores." Segundo Schittini, ao consultar seus compradores sobre seu interesse em geleias, o resultado foi o mesmo. "Eles querem produtos diferenciados, não o que já existe no mercado e que o público já conhece", garante.

Enquanto procura aprimorar as amostras desses novos sabores de geleia, tanto no sabor quanto na formulação, já que se trata de produtos que não usam conservantes, a empresa também se prepara para começar a produzir de duas a cinco toneladas de geléia. Isso já garantirá a aquisição de quantidades importantes de frutas in natura junto aos plantadores.

"De início, não conseguiríamos adquirir mais devido à escassez de plantios. O nosso objetivo é implementar novas áreas de cultivo pelo estado. Ao comercializar produtos com valor agregado, visamos ao desenvolvimento sustentável das comunidades fruticultoras. Se inicialmente queremos conquistar o mercado fluminense, no futuro, pretendemos direcionar nossas geleias também para exportação, que é um mercado sempre em busca de novidades do Brasil."

Para Schittini, estimular o consumo desses novos produtos será também um grande incentivo à fruticultura no estado, com geração de empregos e renda no interior. Como argumento, ele apresenta números: "O mercado de produtos orgânicos tem aumentado 10% ao ano no Brasil e 20% no exterior. O público consumidor de produtos light ou diet no País é de 30 milhões de pessoas e a receita das empresas do setor cresceu 870% nos últimos dez anos, segundo dados da Apex-Brasil. Além desses argumentos econômicos, temos ainda o fato de que preservar e reflorestar as áreas de Mata Atlântica é uma prioridade para o estado do Rio de Janeiro. Com a exploração econômica de frutas, é exatamente isso que estamos propondo."

FONTE

Faperj
Vilma Homero - Jornalista

Links referenciados

Estilo Gourmand
estilogourmand.blogspot.com

Mata Atlântica
pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atlântica

jabuticaba
pt.wikipedia.org/wiki/Jabuticaba

grumixama
pt.wikipedia.org/wiki/Grumixameira

cambucá
pt.wikipedia.org/wiki/Cambucá

Tiferet
www.epicuro.com.br

araçá
pt.wikipedia.org/wiki/Araçá-rosa

cambuci
pt.wikipedia.org/wiki/Cambuci_(fruta)

pitanga
pt.wikipedia.org/wiki/Pitanga

Faperj
www.faperj.br

uvaia
pt.wikipedia.org/wiki/Uvaia

Como fazer adubação orgânica de frutíferas

Extraído do blog:http://microfundiourbano.blogspot.com.br/

Para manter nossas árvores frutíferas sempre saudáveis, um dos fatores que devemos observar é mantê-las sempre bem adubadas, pois é através deste alimento que nossas árvores irão gerar flores e, consequentemente, bons frutos.


Cada espécie de frutífera tem uma exigência especial de adubação. Algumas plantas necessitam mais zinco que outras, algumas precisam de boro em menor quantidade. Devemos consultar as literaturas disponíveis para conhecermos as exigências nutricionais específicas de cada frutífera que desejamos adubar.


Entretanto, quanto falamos de frutíferas nativas regionais brasileiras, como dizemos aqui em Minas "aí é que o trem desanda!", pois: quais são as necessidades de adubação de uma grumixama? de um gravatá? de um cambuci, da uvaia, do araçá??? Praticamente não temos nenhum estudo sobre estas necessidades!


Para todas as frutíferas já estabelecidas, que já produzam frutos, inclusive as nativas regionais, podemos adotar uma fórmula básica orgânica, que atenda as necessidades primárias de nutrição de qualquer espécie frutífera, assegurando particularmente uma boa colheita anual.


1 - Fórmula básica para adubação de frutíferas:
- Farinha de osso = 200 g a 300 g por m2 de área da árvore; 
- Cinza de madeira = 50 g a 150 g por m2 de área da árvore;
- Esterco de gado = 6,5 litros, ou Composto orgânico = 10 litros, ou Esterco de galinha = 1 litro, por m2 de área da árvore;
- Húmus de minhoca = 1 kg a 1,5 kg por árvore;
- Pó de rocha (opcional) = 500 g a 1000 g por árvore;



Para a farinha de osso, a cinza de madeira, o pó de rocha e o húmus de minhoca: quanto mais alta e frondosa a arvore, maior a quantidade destes produtos.


2 - Calculando a área da frutífera:
Quando falamos de metros quadrados de área de um árvore, nos referimos a sua circunferência. Para calcular esta área, medimos a distância entre base do tronco da árvore, o mais próximo ao chão possível, até o ponto máximo de projeção da copa da mesma. Esse valor é o raio da árvore (R). Usamos a fórmula abaixo para obter a área:


Área da árvore = R x R x 3


Exemplo: para uma árvore com R = 2,1 metros, temos:  


Área da árvore = 2,1 x 2,1 x 3 = 13,23


Arredondados o valor da área da árvore para cima - para um valor múltiplo de 0,5 - temos que a área desta árvore é de  13,5 metros quadrados.



3 - Quando adubar:
Recomenda-se que façamos uma adubação, bem caprichada, uma vez por ano, pelo menos, de 1 mês a  mês e meio antes do período que anteceda a floração da frutífera. Se o período de floração precede a época das chuvas, podemos fazer a adubação 15 dias antes da floração. Se você não tem certeza de quando sua frutífera começa a florir, faça esta a adubação em meados de setembro.



4 - Como adubar:
Podemos, simplesmente, utilizar está fórmula em cobertura, sob a projeção da copa de nossa frutífera. Podemos também abrir alguns buracos, sob a copa, e preenche-los com esta adubação.



Aqui na minha casa, a técnica que utilizo é a da meia-lua, que consiste em abrir um sulco, em formato de meia-lua, a 2/3 do tronco até projeção da copa, região esta onde se concentram as raízes responsáveis pela nutrição da planta. Esta meia-lua deve ter, aproximadamente, 15 cm de profundidade, por 15 a 20 cm de largura, e medir de 1,5 a 3 metros de comprimento (quanto maior a árvore, maior o comprimento da meia-lua). Se o terreno é inclinado, devemos abrir a meia-lua do lado de cima da planta.



Dentro da meia-lua, depositamos primeiro a metade do húmus de minhoca. Misturar previamente a a farinha de osso, a cinza de madeira e o pó de rocha e espalhar dentro da meia-lua. Sobre esta mistura, espalhamos o resto do húmus. Umedecer levemente a meia-lua.

Sulco em meia-lua.


Se você tem alguns pés de confrei, colher algumas folhas, picar bem, e colocar as folhas de confrei sobre o húmus.


Colocar o esterco/composto, de modo a tampar toda a meia-lua. Se sobrar esterco/composto, espalhe-o ao redor da árvore. Umedecer todo o esterco e cobrir tudo com material orgânico (capim seco, ou casca de arroz, ou palha de café, etc...).


Para umedecer a meia-lua, costumo usar uma mistura de humato com EM ativado - que são sinérgicos entre si, pois um potencializa a ação do outro - diluídos em água.


5 - Adubação pós-colheita:
Um mês após a colheita de todas as frutas, faremos uma adubação de reforço, da seguinte maneira: Se tiver confrei, espalhar folhas picadas, na projeção da copa. Cobrir com 3 litros de esterco curtido, ou 5 litros de composto orgânico, por metro quadrado, misturado a 500 g de bokashi (ou bocac), mais 100 g de calcário. Umedecer bem a área e cobrir com material orgânico. Se não tiver confrei e/ou bokashi/bocac, fique, pelo menos, como o esterco/composto + calcário.



Mais detalhes no vídeo:


6 - Dicas:
- Durante o ano, para uma melhor nutrição da planta, aplicar caldas fermentadas de espécies diferentes, chorume de urtiga, solução de cálcio e humato, intercalando a aplicação mês a mês, em intervalos regulares;
- Fazer adubação verde, envolta da frutífera, com feijão de porco, para suprir as necessidades de nitrogênio, antes do período vegetativo da árvore;
- As exigências nutricionais específicas de cada espécie, podem ser agregadas a fórmula básica, para garantir uma nutrição completa;
- Se a frutífera tiver menos de 3 anos, e ainda não tiver produzido, aplicar 1/3 da fórmula básica de adubação no primeiro ano. Nos próximos anos, aplicar metade da fórmula básica;
- Plantas que entram em dormência, no inverno, não devem ser adubadas neste período. Aguardar meados de setembro, para adubá-las;
- Não utilizar cinza proveniente de churrasqueira, para compor a fórmula básica de adubação.

sábado, 2 de março de 2019

BUTIÁ, COQUINHO DE COMER! FONTE DE FIBRAS E VITAMINA C

butiá
Butiá é uma palmeira brasileira. Bem, é um gênero de palmeiras (Arecaceae) nativas da América do Sul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina) que ocorre nos pampas, na mata atlântica e no cerrado. Seus frutos, os butiás são alimentícios, suas folhas são são usadas para tecer cestos e o óleo da semente é usado na cosmética.
São de 9 espécies as palmeiras conhecidas como butiáButia archeriButia campicolaButia capitataButia eriospatha, Butia microspadixButia paraguayensisButia purpurascensButia stoloniferaButia yatay.
Os butiazais são uma formação vegetal bastante importante na manutenção dos ecossistemas aos quais pertencem já que seus frutos servem de alimento a diversas aves, mamíferos e répteis que, por seu lado, ao defecarem as sementes do butiá, contribuem com a sua disseminação.
“A Rota dos Butiazais envolve o comprometimento das comunidades com a restauração e a manutenção da vegetação nativa, além de gerar oportunidades de emprego e renda”.
Do coquinho do butiá se faz geleia, licor, cachaça, vinagre e doces diversos. Das sementes, que podem ser comidas in natura ou assadas, também se extrai o óleo de butiá. Do estipe da palmeira, caule, se fabrica papel. O artesanato com palha e semente de butiá é uma fonte de renda para as comunidades onde há butiazeiros.
artesanato butia
Foto - Artesanato com butiá
Na mitologia das tribos indígenas brasileiras, o butiazeiro é uma árvore sagrada.

Composição nutricional dos coquinhos de butiá

butiazal
Foto - butiazal
Segundo uma tabela nutricional do IBGE (2011), para cada 100 gramas de butiá comestível existem:
Calorias: 105,00 kal
Proteínas:1,90 g
Lipídios: 2,00 g
Glicídios: 22,80 g
Carboidratos: 22,80 g
Fibra: 7,40 g
Cálcio: 20 mg
Fósforo: 36 mg
Ferro: 2,20 mg
Vitamina A ( Retinol ): 30 mcg
Vitamina B1 (Tiamina ): 0,04 mg
Vitamina B2 ( Riboflavina ): 0,04 mg
Vitamina B3 (Niacina ): 0,50 mg
Vitamina C ( Ácido Ascórbico ): 33,00 mg
Mas, existem diferenças significativas nas propriedades nutritivas dos coquinhos, em função das espécies. O butiá Yatay foi estudado pela nutricionista Jéssica Fernanda Hoffmann que definiu, para a sua polpa, os valores na tabela abaixo:
valores tabela
* Valores diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias

Características medicinais dos coquinhos butiá

cacho de butiá
Foto - cacho de butiá
As propriedades nutricionais têm a ver com as características medicinais dos coquinhos butiá ou com suas propriedades funcionais, segundo um estudo sobre o butiá Yatay feito por Márcia Vizzoto, da Embrapa Clima Temperado de Pelotas.
Compostos Fenólicos Totais: 496,8mg/100g
Carotenóides Totais: 5,6mg/100g
Atividade Antioxidante: 5.558,79µg/g
Por outro lado, o butiá é considerado uma importante fonte de fibras e vitamina C e, como alimento “laranja”, é um fortalecedor do sistema imunológico, previne contra o envelhecimento das células, contra a cegueira, doenças cardíacas e câncer, segundo a nutricionista Juliane Freitag.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Mais uma fruta nativa CEREJA-DO-RIO-GRANDE

FONTE:

eugenia-involucratadeliciosa-cereja-do-rio-grande
Nome científico: Eugenia involucrata DC.
Nomes populares: cereja-do-rio-grande, cereja-nativa, cereja-do-uruguai, cereja-do-mato, araçazeiro.
Família botânica: Myrtaceae
Distribuição geográfica e habitat: ocorre de forma natural no Brasil, na Bolívia, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. No Brasil, ocorre desde São Paulo até o Rio Grande do Sul, nas formações florestais do complexo atlântico e nas florestas e cerrados da bacia do Paraná. Ocorre ainda no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais e em Goiás, nas florestas estacionais semidecíduas e nos cerrados “senso lato”. 
Características geraisárvore de porte pequeno a médio, com  5 a 10 m de altura. Tronco ereto, com ramificações tortuosas, pouco suberoso, com casca acinzentada. Folhas simples opostas, lanceoladas, com pelos curtos nas nervuras, aromáticas e com pontos translúcidos. No inverno, há queda de parte das folhas velhas, com nova vegetação no início da primavera, quando floresce. Flores brancas, numerosas, pequenas, com odor agradável, usadas na indústria de perfumaria. Fruto baga, subglobosa ou globosa, com 3 cm ou mais, levemente pubescente, amarelado, velutino quando jovem, com uma semente grande castanho-clara. 
Clima e solo: pode ser encontrada em temperaturas entre 8,2 a 24,7 °C, com chuvas uniformemente distribuídas na região Sul e periódicas, nas demais regiões. O regime de precipitação pluvial média anual pode ocorrer desde 1.000 mm, no estado de São Paulo, a 2.500 mm, no estado do Rio de Janeiro. Suporta geada. Requer solos de alta fertilidade, bem drenados, com textura areno-argilosa.        
Usos: usualmente consumido ao natural, o fruto contém em média 74% de polpa, 24,5% de semente e 1,5% de casca. Pode ser usado para geleia, doces e licores.
Curiosidades: é uma excelente espécie ornamental devido às suas folhas persistentes, de coloração verde-escura, brilhantes e lisas, que dão ao vegetal uma aparência vistosa, podendo ser utilizada na arborização de ruas estreitas, sob redes elétricas. Por atraírem a fauna silvestre, especialmente os pássaros, é indicada para plantios destinados à recuperação de áreas degradadas.

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