Fonte: portal DBO
Pesquisa para tese de mestrado na UFLA comprova que consórcio da leguminosa com capim reduz demanda por adubação nitrogenada e eleva a produtividade
Por Larissa Vieira
Considerando que o custo da adubação nitrogenada pode ser um fator limitante ao aumento da produtividade em áreas de recuperação de pastos, até que ponto é possível lançar mão de leguminosas como o amendoim forrageiro, em consórcio com gramíneas, para alcançar esse objetivo?
A resposta a essa pergunta motivou a realização de experimento que baseou tese de doutorado defendida no final de 2020 pelo zootecnista Bruno Grossi Costa Homem, aluno do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, MG.
O experimento com fêmeas Nelore ‒ idade inicial (em 2017) de oito meses (terminou em 2019) ‒ mostrou que o consórcio do amendoim forrageiro das cultivares Belomonte e BRS Mandobi com capim Brachiaria brizantha cv. Marandu (braquiarão) proporcionou melhor retorno econômico do que área adubada com 150 kg de N/ha (valores do adubo nitrogenado atualizados para 2021), ainda que tenha apresentado menor produtividade em arrobas produzidas por hectare.
Mas, com relação a um pasto sem adubação, a produtividade do consórcio foi 35% superior, além de um lucro uma vez e meia maior. Para o zootecnista Daniel Rume Casagrande, professor de Pastagem da UFLA e orientador de Bruno no experimento, a adoção da leguminosa é uma alternativa interessante para fornecer ao solo o nitrogênio, via fixação biológica, a um custo mais baixo e só perde para a adubação nitrogenada se o custo do N contido na ureia (45%) for inferior a R$ 4,30/kg. No experimento, o custo atualizado ficou em R$ 4,80/kg.
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