quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

PANC no Quintal! | Neide Rigo (Blog Come-se)

Grumixama, fruta desconhecida do público é protagonista de livro e pesquisas





A grumixama pode não ser um nome comum nas quitandas e supermercados brasileiros, mas deveria: repleta de substâncias antioxidantes, ela apresenta compostos que poderão ser usados na formulação de antibióticos, anti-inflamatórios e cosméticos, como protetores solares. 


As pesquisas que demonstram tamanho potencial farmacológico são desenvolvidas em Ajapi, na propriedade de Sergio Sartori, que há 16 anos dedica-se, além da medicina, ao cultivo de espécies diversas da flora brasileira e mundial. 


São 1,8 mil espécies de plantas frutíferas, muitas desconhecidas do público, mas genuinamente brasileiras, como a própria grumixama, nativa da mata atlântica.


Livro

O interesse pela fruta deu origem a um livro, escrito pelo próprio Sartori, que é lançado neste sábado no 8º Encontro Brasileiro de Frutas Raras, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), junto a outros livros da série "Frutas da Mata Atlântica", desenvolvida pela Associação Brasileira de Frutas Raras. Além da grumixama, a série traz dez livros com os títulos: Biribá, Cabeludinha, Cambucá, Cambuci, Cerejeira do Rio Grande, Grumixama, Guabijuzeiro, Jaracatiá, Pitangatuba e Pitomba, todos escritos por associados da ABFR com coordenação de Luiz Carlos Donadio e do próprio Sartori. Os livros podem ser adquiridos na Banca da Matriz, localizada na Rua 6 com a Avenida 3, ao valor de R$ 12 cada exemplar

MAIS SOBRE A GRUMIXAMA

A cereja da Mata Atlântica


foto de Ricardo Cardim
Nativa da Mata Atlântica a Grumixama é uma árvore de porte médio, altamente resistente à variação climática, que ocorre do sul da Bahia até Santa Catarina. 

É uma árvore elegante com flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar até 15 metros de altura. 

A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces (Veja abaixo receita de Cheescake). 

Acredita-se que a Grumixama é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel. 

A origem do nome Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. A fruta deve “pegar na língua” por ser bastante palatável e com sabor inigualável, misto de pitanga e jabuticaba. 

Na época de frutificação (novembro-dezembro) são as árvores repletas de frutos que fazem o convite para o início da festa das crianças e também dos adultos, que depois experimentar in natura várias frutinhas (é impossível comer uma só!) ainda levam mais um pouco para casa. 

Como toda frutífera nativa a grumixama serve como alimento para a fauna e, apesar do seu crescimento lento, é muito utilizada nos projetos de restauração florestal. 

Neste Natal, enquanto a natureza nos mostra cada dia mais que devemos valorizar a nossa biodiversidade, a Apremavi convida você a apreciar a beleza e os sabores da Mata Atlântica. 

Grumixama

Nome científicoEugenia brasiliensis Lam
Família: Myrtaceae 
Utilização: Madeira utilizada para obras de torno, carpintaria. Bom potencial para paisagismo. Bastante cultivada para produção de frutos, que são saborosos e consumidos principalmente ao natural. São atrativos para a avifauna. 
Época de coleta de sementes: Novembro a dezembro. 
Coleta de sementes: Diretamente da árvore ou no chão após a queda dos frutos. 
Fruto: Amarelo, vermelho ou preto carnoso. 
Flor: Branca. 
Crescimento da muda: Médio. 
Germinação: Normal. 
Plantio: Mata ciliar, área aberta. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Nogueira-Pecã - Alternativa para Diversificação da Matriz Produtiva da A...


O Dia de Campo na TV desta semana apresenta um projeto desenvolvido pela Embrapa que busca estimular o cultivo sustentável da nogueira-pecã no sul do País. O objetivo é avançar nos conhecimentos sobre essa frutífera, desenvolver tecnologias para aprimorar o sistema de produção e, assim, consolidar a cultura na região. Até o fim do projeto, em 2021, os pesquisadores pretendem apontar as regiões e solos mais favoráveis ao cultivo, indicar variedades, identificar problemas fitossanitários que afetam a cultura e, ainda, elaborar recomendações de manejo.
“Antes de implantar a cultura, é fundamental a busca por informações. Conhecer um pouco a cadeia produtiva e realizar o planejamento são etapas fundamentais e determinantes para o sucesso de um pomar de nogueira-pecã. Soma-se a isso a qualidade da muda, que é extremamente importante na formação de um pomar”, complementa o pesquisador responsável pelo projeto, Carlos Roberto Martins. O investimento na cultura está crescendo em função de a nogueira-pecã representar uma alternativa de diversificação e de consorciação com outras atividades, como pecuária e lavouras.
Além disso, a noz-pecã exige pouca mão-de-obra (porém, qualificada) em comparação a outras frutíferas, apresenta pouca perecibilidade após a colheita e possui demanda significativa de mercado, chegando a 12 reais o quilo (4 dólares, em média). Uma vez iniciada a produção de nozes, o pomar pode ser explorado economicamente durante 30 a 60 anos, ou até mais, com relativo baixo custo de produção. A nogueira-pecã é originária da América do Norte, mas se adaptou ao sul do Brasil, região favorecida pelas condições climáticas. O destaque é o Rio Grande do Sul, onde existem mais de 6 mil hectares plantados e mil propriedades frutícolas envolvidas, além do setor de mudas e agroindústria específica do setor. Os principais produtores são os municípios gaúchos de Anta Gorda e Cachoeira do Sul.

Como os antigos povos da Amazônia construíram um dos solos mais férteis ...

Araçá atrai por múltiplos benefícios

Foto: Divulgação

Araçazeiro: as folhas brilhantes e as flores brancas tornam a planta decorativa para pequenos jardins

O araçá é uma planta que tem cerca de 150 espécies diferentes. A fruta possui diversos benefícios medicinais, que podem variar de acordo com o seu tipo. Entre os benefícios estão ação calmante, anti-inflamatória, diurética e combate doenças inflamatórias da boca, garganta e do intestino (ver quadro).
Conhecida cientificamente como Psidium araca Raddi, é uma planta nativa do Brasil, pertence à família das Myrtaceae. Ela geralmente cresce em planícies costeiras e Mata Atlântica até cerca de 1.200 metros de altitude. No geral, é cultivada como árvore frutífera ornamental.
Frutifica de novembro até abril, dependendo a região. Os frutos são muito saborosos e refrescantes, e lembram o sabor do morango, principalmente a variedade que produz frutos vermelhos. Esses são ótimos para o consumo in natura, pois tem baixa caloria e boa quantidade de fósforo e vitamina C.
A árvore do araçá amarelo é perenifólia e de porte reduzido. Por isso serve para arborização urbana sob redes elétricas. As folhas brilhantes e as flores brancas tornam a planta decorativa para pequenos jardins, além de seus frutos atraírem pássaros.
Essa espécie não pode faltar em projetos de reflorestamentos, pois a planta é muito rústica quando em solos fracos e a pleno sol. A produção precoce de frutos alimenta a fauna. As flores são melíferas e indicadas, principalmente, como pasto apícola para as abelhas indígenas.

Características
A árvore do araçá geralmente chega a medir 10 metros de altura, seu tronco possui casca lisa que se descama em placas. As suas folhas são geralmente avermelhadas quando novas e as suas flores são pequenas e de cor alvo-esverdeada.
As frutas do araçá são tipo baga, de cor verde, amarela ou avermelhada. Sua polpa é comestível, adocicada, branco-amarelada ou avermelhada, é mucilaginosa e aromática. Com a polpa é possível fazer suco e outros produtos alimentícios.

Riqueza
A fruta é rica em minerais. É mucilaginosa (espessa) e adstringente, possui óleos essenciais com atividade antimicrobiana, carotenoides e antocianinas. O óleo extraído das folhas é utilizado como antidiarreico e como antibiótico, pois apresenta forte atividade contra as bactérias.
Por possuir um alto teor de vitamina C, maior até do que os frutos cítricos, o araçá é muito eficaz em tratamentos contra a gripe e resfriados. É possível fazer o suco da fruta, sorvete, doces, geleias, comê-la crua e extrair o óleo das folhas (ver receitas).

Redação Jornal Correio Riograndense

domingo, 14 de fevereiro de 2021

SEGREDOS DO CULTIVO DA ACEROLA


Veja abaixo algumas sugestões para o cultivo da acerola: Como cultivar acerola: 

A aceroleira é uma planta rústica, desenvolve-se e produz bem em clima tropical e subtropical, sendo sensível às geadas. A temperatura ideal gira em torno de 26ºC. 

Cresce e produz melhor quando as chuvas variam entre 1.200 e 1.600 mm anuais, bem distribuídos. Não há restrições específicas quanto ao tipo de solo, sendo possível cultivá-la tanto nos solos arenosos como nos argilosos. 

O método de propagação mais utilizado é por meio de estaquia. A propagação por sementes pode ser utilizada, mas gera pomares desuniformes. As mudas, propagadas por estaquia ou por enxerto, devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idôneos. 

O terreno deve ser arado e gradeado para que possa oferecer condições ao desenvolvimento inicial da planta. Preparam-se as covas com 30 dias de antecedência, nas dimensões de 40 x 40 x 40 cm; o espaçamento indicado é de 5 x 4 m ou 6 x 5 m. 

Adubam-se as covas com 20 litros de esterco de curral, 1 litro de torta de mamona, 200 g de superfosfato simples e 3 gramas de zinco. Misturar com terra e encher as covas. 

O plantio consiste em tirar o saco plástico que envolve o torrão deixando sua face superior no mesmo nível ou um pouco acima do solo. Construir uma bacia de irrigação ao redor da muda e regar com, no mínimo, 40 litros de água. 

Amarrar cada muda a um tutor com uma fita que tenha área de contato larga, para evitar o estrangulamento da planta. 
Quando a planta atingir uma altura de 60 a 70 cm, executar a poda de formação, com intuito de formar uma planta com copa baixa, no formato de uma taça. 

Essa poda consiste em extrair parte da porção terminal do ramo principal a uma altura de 50 cm do solo. Da brotação que ocorrer, escolhem-se 3 ou 4 ramos, dispostos radialmente, para formar a copa. 
Depois de 70 a 80 dias, extrair toda a brotação abaixo de 40 cm de altura e o excesso de ramos surgidos acima desse ponto, deixando 3 a 4 pernadas nos 10 cm terminais do tronco único. 
A planta começa a produzir com dois ou três anos após o plantio. Do florescimento à colheita, passam-se 20 a 25 dias. Em regiões quentes, o período de produção dura 8 meses, e em locais de clima ameno esse tempo é reduzido para 4 a 6 meses. 
A colheita deve ocorrer todos os dias, e consiste em colher os frutos "de vez", estes são mais firmes e resistentes que os maduros e apresentam maior quantidade de vitamina C. 

Fonte: frutas no brasil

Como cultivar a zabumba ou zinia, tendo um lindo jardim florido!

 


A Zabumba ou zínia (zinnia elegans) apresenta uma grande variedade de cores, de tamanhos e de formatos. Há cultivares pequenos, com aproximadamente 15 cm, e plantas grandes, que chegam a quase um metro de altura.

Essas flores podem ser plantadas por sementes em vasos, floreiras ou jardins. Clique aqui e confira as nossas dicas para semear flores e obter sucesso.

Como cultivar zínias
As zínias são flores versáteis e apresentam um ótimo aspecto para serem plantadas em grupos, seja no quintal ou em jardineiras.

Clima e iluminação

As zínias são plantas ideais para clima quente e seco. Elas não suportam baixas temperaturas e, principalmente, as geadas. A umidade em excesso é muito favorável para o surgimento de doenças, por isso é importante se atentar a essa questão.

A planta necessita de luz solar direta por algumas horas diárias para seu bom desenvolvimento e crescimento. Dê preferência para locais abertos. 

cultivo e plantio de zínias
O verão é uma boa estação para o plantio de zínia.

Solo

A zínia é bastante tolerante quando o assunto é solo. Mas é importante que ele seja bem drenado e leve. Precisa ser fértil, rico em matéria orgânica e com um pH entre 5,5 e 7,5.

O espaçamento dependerá da altura da variedade cultivada. Mas, geralmente, recomenda-se um espaçamento de 10 a 60 centímetros. Porém, é importante lembrar que a zínia também pode ser cultivada em vasos ou jardineiras.

Irrigação

É indispensável manter o solo levemente úmido durante a fase inicial de crescimento. É até mesmo permitido que o solo fique superficialmente seco entre as regas quando as plantas já estiverem bem desenvolvidas.

Como citado acima, a planta é relativamente resistente a seca. Bem tolerante a climas quentes. Por outro lado, não cresce bem e tem seu desenvolvimento interrompido em solos excessivamente úmidos. Sugestão: faça as regas pela manhã. 

Ciclo de cultivo

As zínias são plantas de ciclo anual. Ou seja, geralmente germinam, florescem e morrem no período de um ano. Porém podem viver mais de um ano caso sejam cultivadas em condições apropriadas.

semente de flores

Época de floração 

Em condições adequadas nas regiões de clima quente, a planta pode florescer durante todo o ano. Já nas regiões de clima frio, floresce apenas no verão e no comecinho do outono. Geralmente começa a florescer de 45 a 70 dias após a germinação. As flores podem ter cerca de 2 cm ou até mesmo 15 cm de diâmetro.

Propagação das zínias

A propagação de zínias é feita através de sementes que, na maioria das vezes, já são semeadas diretamente no local definitivo. As mudas geralmente não suportam bem o transplante.

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taioba

É necessário semeá-las a uma profundidade de aproximadamente 0,5 cm no solo. Bem superficialmente. A germinação é rápida ocorrendo normalmente em menos de duas semanas ou até mesmo de uma.

No site da Plantei, maior garden center online do Brasil, você pode adquirir sementes de zínia e começar o seu plantio agora! Clique aqui e confira.

Gostou de conhecer mais sobre a espécie?

Então mãos à terra e vá colorir o jardim com zínias! 


sábado, 13 de fevereiro de 2021

Quando falta adubação no milho. Olhem só

  




FONTE SENAR SANTA CATARINA


O desenvolvimento vegetal está diretamente relacionado à interação entre uma série de fatores, dentre os quais está a disponibilidade de nutrientes. Os nutrientes atuam em diversos processos fisiológicos das plantas, tais como fotossíntese e respiração, influenciando o crescimento e produção das culturas. Muitos deles são essenciais e absorvidos pelas plantas em quantidades específicas, ou seja, sem a presença desses nutrientes a planta não completa seu ciclo. A classificação pode ser realizada de acordo com a proporção em que aparecem na matéria seca dos vegetais:

  • Macronutrientes: Nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) fazem parte de moléculas essenciais e são necessários em grandes quantidades tendo, principalmente, função estrutural.
  • Micronutrientes: Cloro (Cl), ferro (Fe), boro (B), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu) e molibdênio (Mo) fazem parte das enzimas e tem função reguladora, são necessários em menores quantidades.

É importante ressaltar que essa divisão não significa que um nutriente seja mais importante do que outro, apenas que são necessários em quantidades e concentrações diferentes. Essas variações nas necessidades das plantas, tanto na estrutura quanto nas características químicas dos elementos, devem ser consideradas na adubação, tornando-se possível atender a demanda nutricional das plantas com foco no incremento da produção da cultura. Contudo, muitas vezes, a aplicação de fertilizantes pode não estar satisfazendo essa demanda e, consequentemente, a produção agrícola pode ser limitada.

A cultura do milho (Zea mays L.) refere-se a uma gramínea tropical originária do México, que é o terceiro cereal mais cultivado no mundo. No que se concerne à absorção de nutrientes, os macronutrientes mais limitantes para a cultura são, principalmente, o nitrogênio e o potássio, seguidos do fósforo, cálcio e magnésio. As plantas apresentam sintomas indicadores das deficiências, dependendo da função do elemento carente na planta e da mobilidade deste no vegetal.

  • Nitrogênio (N): A carência de nitrogênio reduz o crescimento da planta e as folhas mais velhas tornam-se verde-amareladas, uma clorose generalizada, seguida de necrose.

Figura 1: deficiência de N.

Fonte: brasil.ipni.net

Se houver falta de N no período crítico da cultura, as espigas permanecem pequenas e com baixo conteúdo de proteína. Os grãos da extremidade da espiga não enchem.

Figura 2: espiga com deficiência de N:

Fonte: brasil.ipni.net

  • Potássio (K): ocorre redução acentuada no porte da planta. As folhas mais velhas apresentam necrose, que se inicia nas pontas e margens da folha e evolui em direção à nervura central.

Figura 3: deficiência de K.

Fonte: brasil.ipni.net

A deficiência de K faz com que as em espigas possuam poucos grãos na extremidade e com sementes soltas, não aderidas ao sabugo.

Figura 4: espiga com deficiência de K:

Fonte: brasil.ipni.net

  • Fósforo (P): Inicialmente as folhas mais velhas adquirem coloração arroxeada, que progride para as folhas mais novas e, posteriormente, evolui para necrose.

Figura 5: deficiência de P.

Fonte: brasil.ipni.net

A deficiência de P tem influência na polinização e no enchimento dos grãos. As espigas formadas são pequenas, frequentemente retorcidas e com grãos pouco desenvolvidos.

Figura 6: espiga com deficiência de P:

Fonte: brasil.ipni.net

  • Cálcio (Ca): O sintoma característico da deficiência de cálcio inicia com a flacidez dos tecidos novos, que evolui para uma necrose seca e negra com encurvamento dos ápices. Os sintomas são visíveis nas folhas mais novas, uma vez que o Ca é um elemento praticamente imóvel no floema.

Figura 7: deficiência de Ca.

Fonte: Agrolink.

  • Magnésio (Mg): As folhas mais velhas apresentaram clorose do tipo interneval, espalhando-se das margens para o centro das folhas; encurtamento de entrenós; redução do crescimento vegetal; inibição da floração; morte prematura das folhas e degeneração dos frutos.

Figura 8: deficiência de Mg.

Fonte: brasil.ipni.net

A acidez do solo afeta a absorção de muitos nutrientes pela planta e pode causar deficiências mesmo quando há suprimento adequado de nutrientes no solo. A análise de solo deve ser usada regularmente para identificar problemas de pH e monitorar os níveis de nutrientes no solo. Não existe uma solução nutritiva ideal para todas as culturas, visto que ela é influenciada por uma série de fatores, tais como: espécie de planta cultivada e cultivar utilizada; idade da planta e estágio de crescimento; época do ano, duração do período de luz (fotoperíodo); fatores ambientais, como: temperatura, umidade, luminosidade; a parte da planta colhida, tipo de solo, entre outros.

Os sintomas de deficiência dos macro e micronutrientes mostram relações diretas com os papéis que cada nutriente desempenha na bioquímica e no metabolismo vegetal. As deficiências nutricionais na cultura do milho resultam na diminuição da produtividade e do lucro do produtor.

Autor: Fernanda Maria Mieth – Acadêmica do 4º semestre de Agronomia e Bolsista do grupo PET Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria – E-mail: fernandamieth@hotmail.com

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Porque meu pé de ameixa não produz frutos??

 


Fonte: Globo Rural On-line por João Mathias.

Plantados há oito anos, os três pés de ameixa na casa do meu pai nunca produziram um fruto sequer, embora todos se apresentem bastante floridos. Por que não conseguiram alguma produção até hoje? O que meu pai deve fazer para resolver o problema?

Gilberto Gonçalves da Silva  – São Paulo (SP)

Fatores ambientais, deficiência nutricional e origem genética podem contribuir para a não frutificação de fruteiras. No caso da ameixeira, há ainda a possibilidade de problemas relacionados ao processo de polinização. Quando possui flores autoestéreis, a planta exige a polinização cruzada para frutificar. Para isso, é necessário que haja, no mínimo, duas variedades diferentes plantadas no local, mas com florescimentos coincidentes para ocorrer a fertilização das flores. Uma sugestão é adquirir, pelo menos, uma planta do grupo de variedades que tenham como característica uma moderada autofertilidade, como as cultivares kelsey paulista, reubennel, methley, harry pickstone e rosa mineira. Vale lembrar que as mudas devem ser compradas sempre de viveiristas idôneos e com referência, a fim de garantir a qualidade das plantas.

Consultor: Diego Xavier, técnico de apoio do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Campinas (SP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tel. (11) 4582-7284, dxavier@iac.sp.gov.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Butiazeiro a Palmeira do Pampa, ameaçado de extinção, recebe atenção da Embrapa


Ameaçado de extinção, butiazeiro recebe atenção da Embrapa

09/09/2015 às 11:52 (atualizado em 10/09/2015 às 09:46)
AGRICULTURA ECOLÓGICA

Agroindústria: produtos derivados de frutas, como o butiá
Foto: Paulo Lanzetta Divulgação
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Ameaçado de extinção, o butiazeiro, palmeira nativa que faz parte da história e da cultura gaúcha, é foco de estudos que vão garantir sua preservação e o cultivo em escala comercial. Acostumados ao uso do butiá exclusivamente para curtir em cachaça, muitos não imaginam que existam outros usos para a fruta. E é essa falta de aplicação comercial que levou à redução do número de exemplares.
Além disso, os butiazais têm sofrido com a expansão das áreas urbanas e com atividades agrícolas. Para reverter esse quadro, a Embrapa está mapeamento as plantas remanescentes. A atividade visa à preservação e ao aumento do conhecimento sobre o butiá, de modo a conservar a palmeira, promover seu uso e desenvolver técnicas que permitam o cultivo em escala comercial.
Os cientistas também coletaram amostras de plantas para compor o Banco Ativo de Germoplasma de Frutas Nativas e promoveram resgate de conhecimento dos agricultores associados ao butiá.

No lugar - A pesquisadora Rosa Lia Barbieri, da Embrapa Clima Temperado, coordenadora da equipe de pesquisa, diz que o objetivo é promover a conservação in situ (localmente) e o uso sustentável de butiazais, em colaboração com o setor privado, fornecendo subsídios para políticas públicas e planos de desenvolvimento local e regional relacionados ao uso sustentável da biodiversidade.
O avanço da agricultura e a falta de interesse pelas frutas nativas, até há pouco tempo, foram os principais motivos da diminuição do número dessas palmeiras em seu habitat. Essa ameaça à biodiversidade pelo avanço das monoculturas foi denunciada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Plantas adultas 
A Embrapa, ao longo de dez anos, coordena um conjunto de ações para gerar informações e valorizar a biodiversidade associada aos ecossistemas de butiazais. Entre elas está o mapeamento da densidade populacional de palmares de Butia odorata, que teve início em 2010, na Fazenda São Miguel (leia abaixo).
“O resultado do mapeamento de densidade populacional dos butiazais permitiu identificar 70 mil indivíduos de butiá adulto, com áreas de alta densidade, 270 indivíduos/ha, e áreas de baixa densidade, com 12 a 20 indivíduos/ha, em uma área de 649,38 ha, fornecendo subsídios para o manejo conservativo”, sugere a analista da Embrapa Fábia Amorim.


Integração
A Embrapa integra o butiazal com a pecuária de corte. “Essa é uma maneira racional de associar a conservação da biodiversidade com a produção pecuária em larga escala”, observa o pesquisador da Embrapa Enio Sosinski. Houve aumento de quase uma planta por m2, o que equivale a dizer que, em um hectare, ocorreu crescimento de 7.000 plantas.
Rosa Barbieri explica que os butiazeiros demoram para produzir os primeiros cachos, porém vale o investimento. “Se você plantar um butiazeiro hoje, seus filhos, netos, bisnetos e até tataranetos poderão usufruir dos frutos dessa palmeira”, comenta. 
Redação Jornal Correio Riograndense

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