quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Minhocas unem produção animal e sustentabilidade

Fonte: site portal nacional de seguros https://www.segs.com.br/demais/146919-minhocas-unem-producao-animal-e-sustentabilidade


Conhecimento transformador: alunos Pedro e Welber aproveitam iniciativa da professora Sheila para embasamento prático Conhecimento transformador: alunos Pedro e Welber aproveitam iniciativa da professora Sheila para embasamento prático Gabriela Oliveira

 
Projeto do curso de Zootecnia traz conhecimento prático aos acadêmicos; minhocário pode ser destinado para revenda ou adubação orgânica
A criação de minhocas pode ter várias finalidades, dentre elas, a produção do húmus, que é um excelente adubo orgânico ou a comercialização de iscas para a pesca. A minhocultura é uma opção viável também para o oeste paulista, uma região caracterizada por solos arenosos (carentes em nutrientes) e que possui um grande número de pesqueiros. Diante disso, o curso de Zootecnia da Unoeste conta com um minhocário, espaço destinado ao desenvolvimento de projetos e estudos na área.
De acordo com a professora Dra. Sheila Merlo Garcia Firetti, responsável pelo setor, a universidade adquiriu minhocas selecionadas geneticamente, que produzem mais e melhor, especificamente da espécie Eisenia andrei, conhecida como Vermelha-da-Califórnia. “Inicialmente, aproveitamos os resíduos gerados pela bovinocultura de leite do Centro Zootécnico da Unoeste, localizado no campus II. Esse esterco é pré-curtido para atingir os níveis de pH e temperatura ideais e depois é servido como alimento para as minhocas”.
Ela explica que o produto da digestão das minhocas é chamado por húmus, que possui excelente valor nutricional. “Utilizamos esse material orgânico no viveiro de mudas e na horta da universidade. Constatamos que ele contribuiu com a fertilização do solo e, consequentemente, a melhor produção de legumes e verduras”.
Sheila destaca que por meio dessa iniciativa foi possível tirar 100% de proveito dos resíduos gerados pela produção leiteira, obtendo-se um produto de ótima qualidade. “O próximo passo será a realização de testes de germinação e de indicadores qualitativos do húmus produzido, avaliando se ele poderá substituir integralmente o adubo químico. Além disso, a nossa intenção é avaliar outros tipos de esterco como o de ovinos, suínos e aves”.
Para a pesquisadora, a minhocultura possibilita agregar produção animal e sustentabilidade. “Pensando nos produtores, eles conseguirão solucionar o problema de eliminação dos dejetos, reduzindo também os custos com adubação química, utilizando o húmus produzido pelas minhocas”. Outra alternativa é fazer dessa atividade uma fonte de renda extra. “É possível também comercializar o próprio húmus ou até mesmo as minhocas que se reproduzem com grande facilidade como iscas vivas para pesca”.

Aquisição de conhecimento
Sheila pontua que o minhocário proporciona aos acadêmicos um embasamento prático diferenciado. “Juntos, identificamos os problemas e necessidades e trabalhamos para conquistar melhores condições de trabalho no setor”. Quem também visualiza a relevância desse engajamento são os estudantes Welber Jonathas Araújo de Almeida, 26, e Pedro Paulo Pires Sampaio, 19, ambos do 3º termo de Zootecnia.

Almeida conta que sempre gostou de produção rural e visualizou na Zootecnia da Unoeste, a chance de se qualificar atrelando as áreas animal e agrícola. Bolsista do Programa Universidade para Todos (Prouni), está há mais de 1,6 mil km de casa, já que mora na cidade de Palmas, capital do Tocantins. “O curso é muito bom e a infraestrutura da instituição é excelente, aspectos que contribuem bastante para o meu aprendizado”.
Sobre a experiência no minhocário, destaca que está sendo muito positiva. “Já realizamos algumas ações e desenvolvemos um manejo que nos proporcionou material suficiente para concretizar pesquisas que podem ampliar o nosso conhecimento”.


Da cidade de Pereiras (SP), há 432 km de Presidente Prudente (SP), Pedro Paulo Pires Sampaio acredita que o ensino superior pode oportunizar a realização profissional. “Apesar de morar na cidade, sempre tive contato com o meio rural, por conta dos meus familiares. Essa afinidade me motivou a cursar técnico em agropecuária na cidade de Itapetininga (SP) e, foi lá, que um professor me indicou a Unoeste. Fiz a inscrição para uma bolsa no Prouni e fui selecionado para estudar aqui”.
Ele conta que não se arrepende em nada pela sua escolha. “Estou gostando muito do curso e fiquei surpreso com a qualidade da graduação e a dedicação dos professores, que são muito prestativos com a gente”. Cita ainda, a chance de se envolver em vários projetos desenvolvidos pelo curso, como é o caso do minhocário. “Estava querendo participar em ações da área e um colega me convidou. Já tive contato com minhocas no curso técnico, mas o meu conceito sobre produção de húmus e as minhocas evoluiu com a experiência na universidade. Além do mais, temos planos para estudos científicos e isso me anima muito”.

Não perca tempo
Se as suas afinidades são parecidas com as do Welber e do Pedro, o curso de Zootecnia pode ser uma opção de graduação. Aproveite o Vestibular de Verão Unoeste e comece a trilhar uma trajetória de sucesso. As inscrições podem ser feitas no site da universidade até o dia 16 de janeiro de 2019. Quer mais informações? Confira o edital do processo seletivo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Curar feridas de árvores, pasta bordalesa

Os agricultores familiares dos Vales da Boa Esperança e Santa Joana, em Colatina -ES fazem pasta bordalesa para ser usada como fungicida. É empregada nos cortes provenientes das podas feitas nas plantas e lesões de origem parasitária. Quando pincelada nos troncos e galhos mais grossos ajuda a evitar muitas doenças. 

Os ingredientes para fazer a pasta bordalesa são: 1Kg de sulfato de cobre, 2Kg de cal virgem ou 3Kg de cal hidratada nova, e 12 litros de água limpa. Numa vasilha de plástico, madeira ou barro, deixe o sulfato de cobre dissolver em seis litros de água morna. Numa outra vasilha, com mais de 6 litros de água, dissolva a cal. Jogue lentamente o sulfato de cobre no leite de cal. Depois de dissolvido o sulfato de cobre e a cal, mexa bem até formar uma pasta de cor azul. 

A pasta deve ser aplicada com o auxílio de uma brocha, pincelando os troncos, galhos mais grossos ou partes que tenham sofrido feridas. É ótima na proteção de cortes e lesões de origem parasitária, principalmente de árvores frutíferas. Deve ser preparada e usada dentro de 3 dias.

fonte: http://agroecologiaemrede.org.br/experiencias.php?experiencia=289

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Araçá Piranga - Eugenia leitoni

Fonte: site viveiro ciprest

ARAÇÁ PIRANGA

( Eugenia leitonii ) - RNC 35194


Árvore de pequeno porte quando cultivada, e de médio porte quando encontrada nativa na Mata Atlântica. O Araçá Piranga produz grande quantidade de frutos amarelos de casca aveludada, com polpa espessa e carnosa, de agradável sabor adocicado. Estes podem ser consumidos in-natura, sucos, sorvetes, geleias e doces.

Frutifica geralmente no período de janeiro a março. Aconselhamos sempre o consumo dos frutos quando estão totalmente maduros, pois se não estiverem totalmente amadurecidos, possuem leve adstringência e um leve amargor final.

Espécie muito ornamental, seu tronco adquire varias tonalidades no decorrer do ano, sendo desde cores acinzentadas e alaranjadas, até chegar finalmente na cor vermelha-ferrugíneo, geralmente na primavera. Uma excelente opção para uso no paisagismo, pois além do lindo tronco, produz também bela florada branca no período anterior a frutificação.

Árvore com madeira de excelente qualidade, que não pode faltar em reflorestamentos. Também é uma excelente opção para arborização urbana, pois quando cultivada em áreas urbanas dificilmente passa dos 6 metros de altura.

De fácil cultivo, deve ser plantada a pleno sol ou meia sombra. Gosta de solos férteis e úmidos, porém com boa drenagem. Começa a frutificar em 3 a 4 anos após o plantio das mudas.

Mudas desta espécie são comercializadas pela Ciprest. www.ciprest.com.br

Veja mais fotos abaixo:


Detalhe dos frutos

Detalhe do fruto cortado

Detalhe dos frutos

Detalhe dos frutos

Tamanho dos frutos

Um belo exemplar de Araçá Piranga florescendo na propriedade do nosso amigo Flores Welle em Holambra-SP

Detalhe da florada

Detalhe das flores

Detalhe dos frutos ainda verdes na árvore

Detalhe dos frutos maduros na árvore

Detalhe de árvore carregada de frutos

Exemplar de Araçá Piranga frutificando na arborização urbana

Vários exemplares na arborização urbana

Arvoreta na arborização urbana com tronco avermelhado

Arvoreta na arborização urbana com tronco alaranjado

Detalhe do exuberante tronco do Araçá Piranga

Detalhe do tronco do Araçá Piranga

Detalhe do tronco do Araçá Piranga




Ora Pro Nobis Rosa PERESKIA GRANDIFOLIA FAMÍLIA DAS CACTACEAE



FLORES
FRUTOS

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: O nome indígena e sua etimologia não foram descobertos. Também recebe os nomes de Gameleira de Espinho, Figueira espinhenta, Ora-pros-nobis arbóreo, Quiabento e Rosa mole ou Rosa de cão.

Origem: Aparece com bastante raridade na floresta atlântica e Mesófila desde os estados do Nordeste até o Sudeste. Por causa da destruição de seu habitat natural, dificilmente é encontrada de forma espontânea, sendo mais facilmente encontrada como cultivo ornamental. Mais informações no link: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do

Características: É uma arbusto ou arvore de 2 a 10 m de altura, com tronco espesso e esverdeado de 20 a 80 cm de diâmetro com feixes ou grupos de acúleos (espinhos) de 2 a 4,5 cm de comprimento. Os ramos são eretos ou arqueados e armados de acúleos ou espinhos que nascem nas axilas (na base de onde nascem as folhas), sempre aos pares ou em feixes nos ramos mais velhos. As folhas são coriáceas (grossas como couro), simples, fixadas sob pecíolo (haste ou suporte) de 1 cm de comprimento. A lamina é verde escura em ambas as faces, oblongas (mais longa que larga) a obovada (forma de ovo invertido) ou ainda lanceolada (com forma de lança) medindo 6 a 26 cm de comprimento por 3 a 9 cm de largura. Os espinhos são salteados e intercalados por 1 ou 4 folhas, agrupados em aréolas ou feixes arredondados contendo 1 ou 3 chegando até a 11 espinhos em plantas adultas. As flores estão dispostas em cimeiras terminais (cachos com forma de funil invertido) com proliferação de receptáculos (hastes) florais, contendo de 10 a 35 flores. As flores abertas são de cor de rosa e tem 3 a 7 cm de diâmetro; com 2 a 5 sépalas e 5 a 12 pétalas espatuladas (com forma de espátula), medindo 1,5 a 3,2 cm de comprimento. Os frutos são do tipo bagas piriformes (forma de pêra), achatados ou angulosos, medindo 4 a 8 cm de comprimento por 3 a 7 cm de largura, que ficam verde amarelados quando maduros. 

Dicas para cultivo: Arbórea de crescimento rápido que resiste a baixas temperaturas (até - 5 graus), vegeta bem desde o nível do mar até altitudes superiores a 1.000 m. O solo deve ser profundo, neutro e de rápida drenagem da água das chuvas; tendo constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). Pode ser cultivada em todo o Brasil e é muito resistente a seca; e divido aos espinhos e as belas flores a planta normalmente é cultivada como cerca viva.

Mudas: As sementes são achatadas e lisas, com formato alongado, medem 3 a 4 mm de diâmetro e conservam o poder germinativo por mais de 1 ano se forem guardadas secas e limpas. Após plantada germinam com facilidade em 30 a 40 dias em qualquer tipo de substrato rico em matéria orgânica, estando as prontas para o plantio com 35 cm em 4 a 5 meses após a germinação. A melhor forma de reprodução é por estacas de 2 a 3 cm de diâmetro, enterrando 10 cm da base em substrato organo-arenoso. Plantas cultivadas de sementes levam 5 a 7 anos para frutificar enquanto plantas multiplicadas por estacas começam a frutificar com 1 a 2 anos após o plantio.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol, bem como na sombra bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento entre plantas 5 x 5 m. As covas devem ser abertas 2 ou 3 meses antes do plantio, e devem ter 50 cm de largura, 50 cm de comprimento e 50 cm de altura; reserve os 30 cm de solo fértil para ser preparado, misturando cerca de 500 g de calcário, 500 g de cinzas e 5 a 6 pás de matéria orgânica. Após o plantio, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses se faltar água.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os brotos que nascerem na base do caule. A planta pode receber podas de modelagem para formar cerca viva. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 pás cama de frango + 30 gr de N-P-K 10-10-10 nos meses de novembro e dezembro, distribuído-os a 30 cm do tronco.

Usos: Frutifica nos meses de Janeiro a Maio. Essa espécie é mais cultivada como ornamental e suas flores atraem beija-flores e borboletas. Os frutos maduros não são comestíveis in-natura; mais depois de cortados ao meio ou em 4 pedaços e fervidos com um pouco de bicarbonato, jogando a primeira água fora, a carne espessa pode ser usada em pratos salgados e na fabricação de doces. As folhas são mais usadas e comestíveis in-natura, com sabor que lembra o almeirão. São usadas como salada, em refogados, em sopas e outros pratos culinários. Essa espécie também pode ser usada em projetos de reflorestamentos, para fornecer alimento para a fauna.

Hortas abrem janela para a saúde!

Cultivo de hortaliças, em pequenas áreas no campo e na cidade, ganha atenção da pesquisa



Hortaliças frescas com “gostinho de antigamente”. É possível e existe até pesquisa no país. A novidade vem de Santa Catarina. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), na Estação Experimental de Campos Novos, dá a receita para cultivar hortaliças de forma ecológica aproveitando pequenas áreas, inclusive nas cidades. São as chamadas ecohortas, horta agroecológica.

O engenheiro agrônomo Cirio Parizotto simplificou a ideia. “No campo ou na cidade, manter uma horta para consumo da família não exige grandes áreas nem muita mão de obra”, esclarece. Para tanto, diz ele, basta seguir algumas orientações, a começar pelo que plantar, levando em conta o clima, solo, variedades etc.

De acordo com Parizotto, as opções para as pequenas hortas são muitas. Batata, tomate, pimentão, alface, repolho, couve-flor, brócolis, feijão-vagem, moranga, pepino, melancia, cenoura, beterraba, alho e cebola são alguns exemplos. “A horta também é ideal para cultivar temperos e plantas medicinais”, ensina.




Onde fazer a horta - “Escolha um local ensolarado, próximo à residência e com água por perto. A horta deve ficar longe de sanitários, esgotos e lixo e protegida dos animais. O espaço não precisa ser grande”, observa. Em 50m² é possível produzir uma grande diversidade de espécies (16 espécies) para uma família de cinco pessoas. “São necessários de 6 a 10m² de horta/pessoa”, descreve o agrônomo.

O terreno deve ser plano ou ligeiramente inclinado e bem drenado. O solo ideal é medianamente leve (areno-argiloso), permeável e de boa fertilidade. A horta deve ser ainda de fácil acesso (boas estradas). Dar preferência a áreas próximas à vegetação nativa (quebra-vento, inimigos naturais).




Preparo do solo - Conforme o agrônomo, o interessado deve fazer a análise do solo para avaliar a necessidade de aplicar calcário e fosfato natural e, caso seja preciso, corrigir com uma camada de 20 cm. “A dosagem de adubo para semeadura ou plantio é de aproximadamente 3kg/m² de composto orgânico, 4 a 5kg/m² de esterco de gado ou 2kg/m² de esterco de aves”, orienta.




Quando plantar - Antes de plantar, informe-se sobre o período recomendado para cada espécie, pois a época varia de acordo com a região. Para o Sul, a recomendação geral é o ano todo para alface, beterraba, cebolinha, cenoura, chicória, rúcula e salsa. Já abóbora e moranga, de agosto a dezembro. O alho é de abril a julho; a cebola, de março a julho; brócolis e couve-flor, de março a setembro.

Já para o feijão-vagem trepador, melancia e melão o período ideal vai de agosto a dezembro; o pepino, de setembro a fevereiro, pimentão e tomate, de setembro a janeiro; rabanete, de abril a junho, e o repolho, de março a janeiro.



Transplante - Normalmente as mudas permanecem no abrigo de 30 (verão) a 40 dias (inverno). O transplante é realizado com 4-6 folhas definitivas ou 10-15 cm (sementeiras). Um dia antes do transplante, suspender a irrigação para provocar uma pequena murcha (“endurecimento” das mudas).


Um pouco antes da retirada das mudas é importante fazer uma boa irrigação para facilitar a retirada da muda com o torrão. Enterrar apenas o torrão com raízes, não permitindo o contato da terra com o colo da muda. Após, irrigar no local definitivo.


Ecológicas têm mais nutrientes

Hortaliças cultivadas em casa de forma ecológica são mais saudáveis dos que as convencionais? “As hortaliças agroecológicas são ricas em vitaminas A, C, B, E e K e sais minerais (cálcio e ferro), têm bom teor de carboidratos, proteínas e fibras”, garante o engenheiro agrônomo Cirio Parizotto, da Epagri, baseado também em pesquisas internacionais.

Segundo o pesquisador da Epagri, uma dieta à base de produtos orgânicos está relacionada à prevenção de alguns tipos de câncer e doenças coronarianas, dermatites, sequelas neurológicas, Mal de Parkinson, esterilidade em adultos e alergias e hiperatividade em crianças. “A dieta orgânica é livre de produtos radiolíticos (provenientes das irradiações) de ação carcinogênica”, explica. Além dessas vantagens, a horta tem importância na terapia ocupacional, educacional, econômica e medicinal.

Consorciação e rotação de culturas

A rotação de culturas, prática comum no sistema agroecológico, diminui a incidência de doenças, pragas e de plantas espontâneas. Mantém e ajuda a melhorar fertilidade do solo. Aumenta eficiência do controle da erosão, a produtividade e estabiliza a produção. Além disso, viabiliza o sistema de plantio direto e melhora o desempenho de máquinas e da mão de obra.

Para o agrônomo Círio Parizotto, é fundamental que o agricultor conheça a família a que cada hortaliça pertence para poder fazer a rotação de culturas. “Toda vez que fizer um novo plantio o agricultor deve mudar de família para romper o ciclo das doenças e pragas”, frisa.

Já a consorciação de culturas é o cultivo simultâneo de duas ou mais culturas na mesma área. Os objetivos são o melhor aproveitamento da área; maior produção física por área; redução de riscos, da erosão, melhor cobertura do solo e estabilidade de produção.

A rotação de culturas melhora também o aproveitamento da água, luz e nutrientes. A iniciativa diversifica a dieta alimentar e a renda, diminui a incidência de pragas, plantas espontâneas e doenças.

Plantas atraem insetos e pragas


Para manter a ecohorta saudável é simples. Deve-se fornecer água de qualidade às plantas. As folhosas são irrigadas diariamente e frutos e raízes a cada três dias, no verão. Retirar as plantas espontâneas. “Elas competem com as hortaliças por água, luz e nutrientes”, destaca Círio Parizotto. Para manejar os insetos, usar plantas atrativas como tayuyá, mostarda, porongo e couve-chinesa. Já o cravo-de-defunto (tajete), losna, gerânio, urtiga, camomila e cavalinha ajudam a repelir insetos. “A consorciação aproveita o espaço, estabiliza a produção, reduz a erosão e a incidência de pragas, plantas espontâneas e doenças”, detalha ao CR.

Para diminuir a incidência de pragas e doenças cultivar plantas de famílias diferentes a cada ciclo. Por exemplo, a cebola, alho e o alho poro pertencem à família botânica Aliaceae. Já o repolho, couve-flor, brócoli, rúcula, rabanete, à Brassicaceae; beterraba, espinafre, acelga, Chenopodiaceae.

Fonte: jornal Correio Riograndense

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Moradores de Salvador ganham delivery gratuito de mudas nativas da Mata Atlântica

Fonte: site conexão planeta

delivery de mudas em Salvador
Quer plantar uma árvore em sua casa, mas não sabe que espécie escolher ou onde comprar? O problema já está resolvido! Pelo menos, para os moradores de Salvador. A Secretaria Municipal da Cidade Sustentável e Inovação lançou um serviço de entrega e distribuição gratuito de mudas nativas da região.
Chamado de Delivery da Mata Atlântica, o serviço entregará 1 mil mudas neste primeiro mês: são pés de aroeiras, sibipirunas e ingás. Até duas árvores serão doadas por residência.
Os interessados em ganhar as mudas devem ligar para os telefones (71) 3611 3802 ou 156, número da ouvidoria da prefeitura, e escolher entre a entrega em casa ou a retirada nos lugares pré-determinados. Outra maneira é enviar uma mensagem de WhatsApp para (71) 98549-8453. Para participar do projeto é preciso informar nome, e-mail, telefone e endereço completo.
Para aqueles que optaram por buscar as árvores, os locais de retirada são o Parque da Cidade, no Itaigara, o Jardim Botânico de Salvador, na avenida São Rafael, e o Horto Sagrada Família, no bairro do Bonfim. Já as entregas em casa, serão feitas sempre às quarta-feiras.
Nos últimos quatro anos, a prefeitura de Salvador plantou mais de 50 mil árvores na cidade, sendo 95% espécies da Mata Atlântica, entre elas, pau-brasil, ipê e oiti. A escolha de nativas é importantíssima para assegurar a preservação da biodiversidade e assim, criar habitat adequado para animais, como abelhas e outros polinizadores, por exemplo.
Além disso, cidades arborizadas oferecem ar puro e melhor qualidade de vida a seus moradores. Em 2015, um estudo da Agência Espacial Americana (Nasa), que divulgamos aqui, revelou que a temperatura das grandes metrópoles está diretamente ligada à extensão de sua cobertura vegetal.
O que cientistas perceberam é que durante o verão, centros urbanos cobertos por solos impermeáveis – como asfalto, estradas, edifícios – apresentam temperatura 1,9ºC superior ao de áreas rurais próximas, onde a existência de árvores e folhagens é maior.
Para uma cidade quente como a capital baiana, está aí a solução ideal para não gastar dinheiro com o ar condicionado: plantar árvores!
Foto: Prefeitura de Olinda/creative commons/flickr
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos

7 dicas para deixar sua horta mais produtiva




Plantar uma horta é uma tarefa recompensadora, mas que exige muita precaução para evitar o fracasso e o desperdício. O Projeto Interagir, patrocinado pelo programa Petrobras Socioambiental, preparou uma lista com cuidados que vão desde o trato das sementes ao uso do adubo correto. Veja abaixo:
1. Use sementeiras
Toda horta começa com uma sementeira, que são bandejas de isopor e plástico ou simplesmente copinhos descartáveis onde você vai produzir suas mudas. A terra , chamada de substrato, é diferente da terra das hortas e pode ser encontrada em lojas agrícolas. No substrato úmido devem ser plantadas, no mínimo, três sementes para garantir que pelo menos uma vingue.
2. Bom solo é fundamental
O local da implantação da horta deve ser plano, com disponibilidade de água e bem iluminado, o ideal é que fique exposto ao sol de quatro a cinco horas durante o dia. Para que a terra fique fofa, ela precisa ser revirada a cerca de 15 com de profundidade e precisa estar livre de pedras, mato e qualquer tipo de lixo.

Foto:©nixoncreative/iStock

3. Use brita e bidin
É aconselhado colocar uma camada de bidin (material que pode ser comprado em lojas agrícolas) sobre um pouco de brita no fundo do canteiro para melhorar a drenagem da água. Tomando essas preocupações, evita-se o endurecimento e o desmanche da terra.
4. Canteiros são práticos
Plantar as hortaliças em canteiros, ao invés de longas fileiras, é a maneira mais prática de cultivar sua horta. Os canteiros devem ser elevados entre 10 e 15 cm do chão e estar a, no mínimo, 40 cm de distância um do outro.
5. Plante na vertical
Se existe a possibilidade de plantar na vertical, não perca tempo.  Você pode apoiar frutas, legumes e vegetais como tomate, feijão, ervilhas, abóbora, melão em treliças, cercas e estacas. As plantas que crescem na vertical recebem mais circulação de ar ao redor das folhas, diminuindo assim a possibilidade de doenças provocadas por fungos.
6. Intercale culturas
Intercalar cultivos só traz vantagens ao jardineiro, uma vez que ele consegue colher variadas culturas em um mesmo canteiro. É preciso pesquisar, entretanto, quais plantios são compatíveis. Por exemplo, a colheita de alface pode ser seguida pela de rúcula, a de manjericão pode ser seguida por cebola e assim por diante.

Foto:©iStock/Zocchi2
7.  Use adubo orgânico
Para adubação de canteiros, os adubos químicos por serem prejudiciais à saúde e a natureza, portanto devem ser evitados. Recomenda-se o uso apenas de adubos orgânicos como húmus de minhoca, esterco curtido e terra vegetal.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Moradores de Londres vão plantar 80 mil árvores em apenas dois dias

Fonte: site conexão planeta

Moradores de Londres vão plantar 80 mil árvores no final de semana
Quem já teve a chance de visitar a capital da Inglaterra, sabe que a cidade é extremamente arborizada. Os ingleses não costumam ter dias ensolarados com frequência, mas por outro lado, têm à disposição parques lindíssimos e extremamente bem cuidados. Opções não faltam: Regent’s, Hyde, St. Jame’s, Greenwich, Hampstead Heath, Battersea, Victoria, Richmond e tantos outros.
Mas o atual prefeito, Sadiq Khan, acha que ainda não é suficiente. Para ele, Londres precisa de mais árvores, por isso ele organizou o “plant-a-thon”, uma brincadeira com a palavra maratona – marathon, em inglês. Durante os próximos sábado e domingo, 1 e 2/12, 80 mil mudas serão plantadas na capital. O evento conta com a parceria de diversas organizações locais de proteção e preservação ambiental.
A data foi escolhida porque marca o fim da Semana Nacional da Árvore. Será o maior plantio coletivo de mudas já realizado. São esperados 15 mil voluntários para participar da iniciativa. Eles se registraram online para fazer parte do “plant-a-thon”. As plantas serão colocadas em escolas, jardins públicos, espaços comunitários, parques e nos quintais das casas.
“É fantástico saber que haverá tantos londrinos trabalhando juntos nestes final de semana, plantando árvores pela cidade”, disse Khan.
O grande objetivo de Khan é que, no verão de 2019, Londres seja a primeira cidade do mundo a ganhar o título de National Park City. Para isso, o prefeito criou um fundo verde e investiu nele £12 milhões, quase R$ 60 milhões. A meta é que até o próximo ano, a floresta urbana da capital britânica tenha 8 milhões de árvores.
Não é apenas em beleza que o prefeito de Londres está interessado. Segundo cálculos feitos pela administração municipal, as árvores fornecem pelo menos, £133 milhões – RS 657 milhões -, em benefícios, por ano, ao por exemplo, melhorar a qualidade do ar e reduzir a concentração de dióxido de carbono, além de diminuir o volume de água que escoa para bueiros e canais de esgoto. Outro importante serviço ambiental das chamadas “florestas urbanas” é servir de habitat para a vida selvagem. Nos parques londrinos vivem veados, raposas, esquilos e uma série de outros animais.
Atualmente, os bairros da capital têm uma extensão de cobertura vegetal de 20%, mas em algumas áreas, ela chega a 58%. Sadiq Khan quer aumentar em 10% a porcentagem desse dossel até 2050.
Mapa da cobertura de árvores da grande Londres
Foto: reprodução Tree for Cities
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos

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