Ana maria Primavesi
completa hoje 99 anos. Nascida na austria veio cedo ao Brasil e aqui
desenvolveu suas pesquisas e se transformou na maior cientista mundial
de solos. E a nossa mestra e pioneira dos conhecimentos científicos que
embasam a agroecologia. Confira mais dados de sua vida.
Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Jardim filtrante saneamento básico na área rural
Em São Carlos, interior de São Paulo, uma iniciativa da Embrapa Instrumentação se apresenta como o caminho ideal para a promoção do saneamento básico na área rural e a destinação correta dos resíduos sólidos, de origem domiciliar. A proposta é evitar as chamadas fossas negras, transformar o esgoto doméstico da área rural em adubo orgânico, promover o saneamento básico e proteger o meio ambiente. Para isso, foi desenvolvido o jardim filtrante, uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural, que inclui a fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa.
Como a fossa trata apenas o esgoto humano, o jardim filtrante surgiu como uma alternativa para dar um destino adequado à água cinza da residência, constituída de efluentes provenientes de pias, tanques, chuveiros e o efluente tratado da fossa. Apesar do seu poder contaminante ser bem menor que a água negra, a água cinza também merece atenção, já que vem impregnada de sabões e detergentes, bem como de restos de alimentos e gorduras.
A fossa séptica biodigestora é um sistema que o próprio produtor rural pode fazer. O esgoto doméstico é desviado do vaso sanitário por meio de uma tubulação que vai até caixas de fibra de vidro praticamente enterradas no chão. O adubo orgânico gerado pela fossa séptica biodigestora deve ser aplicado somente no solo, em pomares e outras plantas onde o biofertilizante não entre em contato direto com alimentos que sejam ingeridos crus.
O clorador Embrapa é um complemento do sistema de saneamento básico na área rural. fácil de ser montado e de baixo custo. Com peças e conexões encontradas em casas de material de construção, o produtor pode montar o clorador, que é instalado entre a captação de água e o reservatório. Para clorar a água é preciso colocar uma colher rasa de café, de hipoclorito de cálcio, no receptor de cloro. Depois de 30 minutos, a água já está clorada, livre de germes e pronta para beber.
Assista outros vídeos na nossa Rede de Pesquisa e Inovação em Leite, www.repileite.com.br
Produção: Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Instrumentação Agropecuária
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Tamarilho ou Tamarillo ou tomate de árvore
O Tamarilho por vezes escrito tamarillo, tomate japonês, tomate inglês ou tomate arbóreo (estes dois últimos nomes usados na Madeira), é o fruto da espécie Solanum betaceum, pertencente à família Solanaceae.
Nativa dos Andes na América do Sul, é rica em vitamina A, sendo indicada para controlar o colesterol[carece de fontes]. É apreciada ao natural e seu sabor agridoce também pode ser explorado com sucesso no preparo de sucos, geleias ou compotas, salada de frutas e molhos para acompanhar carnes.
É comercialmente cultivada na Nova Zelândia, Califórnia e Portugal. No Brasil, a fruta é cultivada em quintais, principalmente nos estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo. Na Bahia recebe o nome de "tomatão" e em São Paulo de "tomate francês". Na região sul de Minas Gerais é popularmente conhecida como "tomate de árvore". Em Portugal também é conhecida como "tomate brasileiro".
Nasce em uma árvore de pequeno porte, que não requer cuidados especiais, mas que sofre bastante com as geadas pelo que necessita de ser protegida no Inverno. Propaga-se por semente e por estacas dos ramos.
Descasquei com uma faquinha de legumes e fiz esta salada com catalonha, laranja, cebola, pimenta, tomatinho, hortelã, temperada com sal, azeite e um mínimo de suco de limão rosa e de laranja (só o sal, o azeite e a cebola não são do sítio).
Às vezes acontece, de uma hora pra outra, de a gente passar a gostar de alguma coisa a que nunca deu valor. Pois desta vez me encantei com os tamarillos ou tomates de árvore (Cyphomandra betacea) de um pé que tenho plantado em Fartura-SP. Comprei a mudinha no Posto Frango Assado da Rodovia Anhanguera, já com fruto, e levei para o sitio há uns 4 anos. A planta cresceu rápido, tem hoje uns 4 metros, e desde então não parou de frutificar. Frutos como ovos alaranjados. Tem também o vermelho sanguíneo, meu atual objeto do desejo. Acontece que, embora tenha tentado algumas receitas com ele, não me apeteceu logo no começo. E a ninguém da família. Então, durante todo este tempo os tomates laranjas ficaram para as galinhas, o chão forrado deles sempre. Muitos, e na porta de casa.
Há alguns dias, Nina Horta me mostrou dois deles, que alguém lhe deu e me perguntou o nome. O desprezo era tanto que os chamei displicentemente de tomatillos, fazendo confusão com o nome das physalis mexicanas. Mas também, são todos parentes do tomate e da berinjela, família das Solanáceas. Só sei que desta vez cheguei lá olhando diferente para o tal tree tomato ou tomate francês (é originário da América do Sul, provavelmente do Peru).
Descasquei, polvilhei sal e comi. Como não havia descoberto aquele sabor antes? Meio tomate, meio goiaba, meio maracujá, meio camapu, um blend, um corte dos bons. O hummm foi tão convincente que contaminou a família e logo todos estavam festejando a fartura deles a qualquer tempo, ao nosso alcance. A pele é mais firme e amarguinha que a do tomate e deve ser tirada. Já as sementes são mais duras, mas não atrapalham.
E a polpa é mais cremosa e densa que a do tomate. É ainda mais perfumado, ácido e doce, sendo, portanto, mais versátil. Vai bem como legume em molhos, sopas, cremes, chutneys e saladas. Ou como fruta em sucos, compotas, sorvetes ou simples, cru, de colherinha. Mais uma coisa boa? A planta é resistente, não dá praga alguma (pelo menos a nossa é assim).
São bons quando maduros, macios.
Pode ser despelado como o tomate. Faça um corte em cruz na casca e mergulhe por 1 minuto na água fervente. Ou descascado com faquinha.
Grelhado com azeite, flor de sal, pimenta-do-reino e folhas de manjericão. Foi um teste rápido para ver se ficava bom. Nem preciso comentar. Entradinha perfeita.
fonte:http://come-se.blogspot.com.br/2008/03/tamarillo-ou-tomate-de-rbore.html
Nativa dos Andes na América do Sul, é rica em vitamina A, sendo indicada para controlar o colesterol[carece de fontes]. É apreciada ao natural e seu sabor agridoce também pode ser explorado com sucesso no preparo de sucos, geleias ou compotas, salada de frutas e molhos para acompanhar carnes.
É comercialmente cultivada na Nova Zelândia, Califórnia e Portugal. No Brasil, a fruta é cultivada em quintais, principalmente nos estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo. Na Bahia recebe o nome de "tomatão" e em São Paulo de "tomate francês". Na região sul de Minas Gerais é popularmente conhecida como "tomate de árvore". Em Portugal também é conhecida como "tomate brasileiro".
Nasce em uma árvore de pequeno porte, que não requer cuidados especiais, mas que sofre bastante com as geadas pelo que necessita de ser protegida no Inverno. Propaga-se por semente e por estacas dos ramos.
Descasquei com uma faquinha de legumes e fiz esta salada com catalonha, laranja, cebola, pimenta, tomatinho, hortelã, temperada com sal, azeite e um mínimo de suco de limão rosa e de laranja (só o sal, o azeite e a cebola não são do sítio).
Às vezes acontece, de uma hora pra outra, de a gente passar a gostar de alguma coisa a que nunca deu valor. Pois desta vez me encantei com os tamarillos ou tomates de árvore (Cyphomandra betacea) de um pé que tenho plantado em Fartura-SP. Comprei a mudinha no Posto Frango Assado da Rodovia Anhanguera, já com fruto, e levei para o sitio há uns 4 anos. A planta cresceu rápido, tem hoje uns 4 metros, e desde então não parou de frutificar. Frutos como ovos alaranjados. Tem também o vermelho sanguíneo, meu atual objeto do desejo. Acontece que, embora tenha tentado algumas receitas com ele, não me apeteceu logo no começo. E a ninguém da família. Então, durante todo este tempo os tomates laranjas ficaram para as galinhas, o chão forrado deles sempre. Muitos, e na porta de casa.
Há alguns dias, Nina Horta me mostrou dois deles, que alguém lhe deu e me perguntou o nome. O desprezo era tanto que os chamei displicentemente de tomatillos, fazendo confusão com o nome das physalis mexicanas. Mas também, são todos parentes do tomate e da berinjela, família das Solanáceas. Só sei que desta vez cheguei lá olhando diferente para o tal tree tomato ou tomate francês (é originário da América do Sul, provavelmente do Peru).
Descasquei, polvilhei sal e comi. Como não havia descoberto aquele sabor antes? Meio tomate, meio goiaba, meio maracujá, meio camapu, um blend, um corte dos bons. O hummm foi tão convincente que contaminou a família e logo todos estavam festejando a fartura deles a qualquer tempo, ao nosso alcance. A pele é mais firme e amarguinha que a do tomate e deve ser tirada. Já as sementes são mais duras, mas não atrapalham.
E a polpa é mais cremosa e densa que a do tomate. É ainda mais perfumado, ácido e doce, sendo, portanto, mais versátil. Vai bem como legume em molhos, sopas, cremes, chutneys e saladas. Ou como fruta em sucos, compotas, sorvetes ou simples, cru, de colherinha. Mais uma coisa boa? A planta é resistente, não dá praga alguma (pelo menos a nossa é assim).
São bons quando maduros, macios.
Pode ser despelado como o tomate. Faça um corte em cruz na casca e mergulhe por 1 minuto na água fervente. Ou descascado com faquinha.
Grelhado com azeite, flor de sal, pimenta-do-reino e folhas de manjericão. Foi um teste rápido para ver se ficava bom. Nem preciso comentar. Entradinha perfeita.
fonte:http://come-se.blogspot.com.br/2008/03/tamarillo-ou-tomate-de-rbore.html
Espalhando minhocas pelo Rio Grande do Sul
Potes com húmus e muitas minhocas composteiras |
É muito fácil!!
Agroecologia: "É hora de pensar em outras maneiras"
FONTE: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/565320-agroecologia-e-hora-de-pensar-em-outras-maneiras
Engenheiro agrônomo especializado em agroecologia, Eduardo Cerdá defende a necessidade de desenvolvimento de outro modelo agropecuário, menos dependente de insumos e sem consequências para a saúde ou para o meio ambiente.
Eduardo Cerdá é vice-presidente do Centro de Graduados da Faculdade de Agronomia da Universidade de La Plata, conselheiro de campo e uma referência na produção agroecológica com participação em casos emblemáticos (como na fazenda La Aurora, em Benito Juárez, Buenos Aires). Também é membro da Sociedade Científica Latino-Americana de Agroecologia (SOCLA) e um ativista de um outro modelo agropecuário. Nesta entrevista ele fala sobre a necessidade de implementar a agroecologia, alguns exemplos concretos, as consequências do agronegócio, o papel da universidade e as potencialidades do setor.
A entrevista é de Darío Aranda, publicada por ALAI, 24-02-2017. A tradução é de Henrique Denis Lucas.
Eis a entrevista.
O que é agroecologia?
É tornar os conceitos de ecologia e de produção agropecuária compatíveis.
Em uma nova prática?
Na agronomia há muitas ramificações, como na medicina. A agroecologia é um desses ramos, uma especialização, uma forma profunda de compreender a produção agropecuária. É um ramo relativamente novo para os agrônomos formados com muito pouca base ecológica. Infelizmente a agronomia e a veterinária sempre estiveram mais voltadas para a produção, sempre em busca de rendimento, e isso nos fez ter um olhar muito baseado nos insumos agrícolas. O engenheiro agrônomo acaba preocupado com este ou aquele produto e com suas doses. Perdeu-se de vista tudo o que está relacionado com a ecologia, a relação entre vegetais, solos, animais. Esse olhar é muito necessário e nos deparamos com a falta de profissionais para projetar, desenvolver e acompanhar o produtor em sua produção tratando de alterar o meio ambiente o menos possível.
Isso está relacionado com o uso de agroquímicos?
Muitas vezes as pessoas dizem que não querem pulverizar suas plantações, pois as doenças nas áreas pulverizadas são muito notórias. E, geralmente, as instituições dizem que não é possível produzir sem agrotóxicos. Isso é a falta de informação. Quem sabe eles não saibam como produzir. Mas existem estratégias para fazê-lo.
Algum exemplo concreto?
Em quinze anos, na região sudeste de Buenos Aires, obtivemos uma média de mais de 3.300 quilos de trigo, mais de 5.000 quilos agora (entre 2014 e 2015), e em comparação com os vizinhos, estamos em situação muito parecida. Com a diferença de que, na medida em que os solos e as plantas são favorecidos, não usamos fertilizantes químicos ou herbicidas. Mantemos um custo de 150 dólares por hectare e os vizinhos foram subindo, pois já estão quase entre 350 e 420 dólares de custo (safras de 2014/15 e 2015/16). Mantivemos o nível dos custos e os rendimentos foram subindo.
O que dizem os produtores vizinhos?
Eles ficam interessados, mas não estão informados de que existem tais alternativas. É um processo a ser feito com os produtores. Mostrar que a tecnologia proposta (transgênicos) prometia um excesso de otimismo, pois acreditava-se que com um herbicida tudo poderia ser controlado, mas a natureza não funciona dessa forma. As plantas tornaram-se resistentes, antes os gastos com herbicidas custavam oito dólares e agora custam 30, anteriormente eram usados dois litros por hectare e agora são necessários mais de dez litros. Onde isso vai parar? O produtor está vendo que essas linhas de raciocínio estão levando-o a um alto uso de agroquímicos, com alto risco tanto para o seu bolso quanto para a sua saúde. É um beco sem saída.
Quais são suas opções?
Há uma outra maneira de fazer isso. A agroecologia é uma ferramenta para pensar e se colocar a favor da vida. Em vez de controlar os insetos e plantas através de venenos, é possível fazê-lo de outra maneira, que funciona bem. É hora de pensar em outras maneiras. A agroecologia vem para trazer elementos da ecologia, que são princípios universais de gestão de estabelecimentos agropecuários com um olhar sistêmico, para trabalhar em equilíbrio e usar muito poucos insumos externos.
O que falta para fomentar este modelo?
Requer um olhar diferente para o campo, para protegê-lo, e ao mesmo tempo, isso irá favorecer o produtor. Há de se ter bem claro que nenhum pesticida é necessário para produzir alimentos. Trata-se de pensar em outro tipo de agricultura e isso não significa voltar 60 anos atrás, como alguns costumam dizer. Também é necessário esclarecer que não existem receitas, pois não se trata de copiar, porque cada região tem sua particularidade e é necessário tentar e ir adaptando.
Qual é o papel da universidade?
Muito importante. Nem todos os profissionais querem produzir para o modelo atual e há produtores que querem um outro tipo de agricultura. Os cidadãos não querem pulverização perto de suas casas, por isso é fundamental que seja feita uma outra agronomia nessas áreas. E esta é uma oportunidade para os profissionais ao deixarem um modelo de agronomia química que prejudica a saúde.
Em muitos lugares são solicitadas regiões livres de produtos químicos, cinturões agroecológicos.
Os cidadãos têm o direito de não serem pulverizados. Agrônomos e veterinários tomam isso como ofensa, acreditam que não é possível produzir. Ao invés de ofensa para os profissionais, haveria de ser uma oportunidade. A universidade, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA), as faculdades de engenheiros agrônomos, todas as entidades devem se aprofundar na agroecologia. É imprescindível produzir sem deteriorar os recursos.
Qual é o seu balanço do modelo de agronegócios, com transgênicos e produtos químicos?
Há vários aspectos. Um deles é a sociedade e a saúde, onde são percebidas doenças, câncer, más formações e desequilíbrios físicos. É uma agricultura com muitos insumos e custos. Relacionando com a farmacologia, a maioria das pessoas usam mais medicamentos e o mesmo acontece na agricultura. É um processo que exige cada vez mais insumos.
Na década de 90 custava 100 dólares para fazer um hectare de trigo, há dez anos custava 200 e hoje custa mais de 300 dólares. Aumentaram os insumos e aumentaram as doses. Você vai ao médico e ele te prescreve um remédio. E então você volta e ele te dá o dobro: é óbvio que a sua saúde não está melhorando. No campo do agronegócio acontece o mesmo. Outro fator é que este modelo repele as pessoas. Em suma, tem consequências para a saúde, para os solos, plantas, animais e para a sociedade. A agroecologia é uma alternativa para evitar essas consequências.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Fossa Séptica sustentável com pneus reaproveitados
A fossa séptica desenvolvida pela Prefeitura de Uberlândia é uma alternativa interessante para reaproveitar materiais que seriam descartados, ao mesmo tempo em que soluciona parte do problema de saneamento básico, comum em várias cidades brasileiras.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) é o órgão responsável pela criação do sistema e pela fabricação das fossas sustentáveis entregues na cidade mineira. Mas, para não limitar o conhecimento, eles criaram um manual que dá o passo a passo para que a ideia seja replicada em qualquer lugar.
A base para a fabricação dessa fossa são pneus de caminhão, conseguidos muitas vezes sem custo algum. De acordo com a DMAE, este modelo de fossa tem atraído muitos produtores rurais e pessoas que moram em sítios e chácaras em áreas afastadas e pouco atendidas pelas redes de coleta de esgoto.
Cada fossa utiliza dez pneus, divididos em dois módulos. A conexão é feita diretamente no vaso sanitário. No primeiro módulo ocorre a decomposição dos rejeitos através de bactérias. A matéria orgânica se deposita no mundo do recipiente, enquanto o líquido gerado segue para o segundo módulo, onde as bactérias continuam atuando, removendo até 95% da matéria orgânica contaminante.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Como ter alfaces e outras hortaliças folhosas em mini espaços
Olá, pessoal. Hoje vamos falar sobre como cultivar hortaliças folhosas em pequenos espaços. Durante a elaboração do Calendário do Jardim do ‘São Paulo Garden Club’ 2015 (que será lançado em setembro), a nossa querida Suzanne Burt, levantou a questão de se era possível ou não mantermos hortaliças, como alface, chicória e couve, em mini vasos. A nossa dúvida era: um espaço muito pequeno permitiria o bom desenvolvimento de uma hortaliça de folhas, como a alface, de modo que pudéssemos colher e consumi-las?
Como não tem outro jeito de saber, o Ronaldo, chefe do viveiro, colocou as mãos na massa e resolveu fazer um teste para chegar a uma conclusão definitiva…afinal é com tentativa e erro que obtemos sucesso!
O que foi feito?
Primeiramente, foram colocadas sementes de as alface para germinar nas células das sementeiras (veja como montar uma sementeira aqui), assim como a chicória, as alfaces precisam passar por esta etapa, para que a germinação seja mais garantida.
Depois que as pequenas mudas de alface estavam com aproximadamente 15 dias, foi feito o transplante para pequenos vasos, em vaso foi colocado apenas substrato e no outro substrato + adubo (bokashi). Lembrando que todo vaso, mesmo os pequeninos, devem ter a drenagem e, neste caso, a drenagem deve ser baixa, senão usaremos muito espaço do vaso e não haverá espaço para a raiz crescer. Portanto, coloque um pouco de pedra brita ou argila expandida no fundo do vaso e cubra com manta de drenagem, depois coloque a terra. Se você usar a areia, a drenagem ficará mais alta.
Cada vasinho continha apenas 11 cm de profundidade e 9 cm de boca, costumados dizer que um vaso ideal tem no mínimo 15-20 cm de profundidade, ou seja, estes vaso são considerados bem pequenos.
Depois disto, deixamos as mudas crescerem sob sol pleno e olhem a diferença no desenvolvimento delas após 27 dias do transplante e 42 da semeadura:
A alface que cresceu em solo não adubado não se desenvolveu direito, porém a outra, sim. Vejam também que o adubo propiciou o desenvolvimento de alguns matos espontâneos, um bom sinal!
Depois de 27 dias o Ronaldo adubou ambos os vasos e deixou novamente as mudas se desenvolverem sob o sol, a única manutenção neste período foram as regas. Elas cresceram por mais alguns dias, porém a adubação tardia não foi suficiente para melhorar o crescimento da alface primeiramente sem adubo, vejam:
Com isto, a alface adubada desde o início já se encontra em ponto de colheita e consumo, porém a outra não se desenvolveu o suficiente (e não irá muito além). Alfaces demoram, em ambiente propício, 60-80 dias, desde a semeadura, para atingirem o ponto de colheita.
A que conclusão chegamos?
É possível cultivarmos hortaliças folhosas (não de raiz, como beterraba e cenoura) em pequenos vasos, porém só é possível se o substrato estiver adubado durante o plantio. Esta limitação no crescimento acontece porque a parte aérea da planta (as folhas) crescem proporcionalmente ao crescimento da raiz, e, se esse crescimento é limitado pelo pequeno espaço, a planta terá maior dificuldade de realizar seu ciclo de desenvolvimento. Portanto, uma planta crescida em pequenos/mini espaços terá um porte bem menor que as crescidas em recipiente maior ou direto no canteiro, não espere que a alface atinja um tamanho semelhante ao encontrado normalmente, senão você perderá o ponto de colheita e as folhas ficarão amargas.
Resumindo, quais os cuidados para manter hortaliças em mini espaços:
- A adubação inicial é essencial, assim como a adubação a cada 15-20 dias, podendo utilizar o bokashi.
- A rega tem que ser rígida, a hortaliça não pode sofrer por falta ou excesso de água.
- Sol direto em abundância é essencial, no mínimo 5 horas.
Certo pessoal!?
Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
“Vocês roubaram nossa infância e sonhos com suas palavras vazias”, diz Greta Thunberg, na ONU, em discurso emocionado
“Isso está tudo errado. Eu não deveria estar aqui. Deveria estar de volta à escola. Do outro lado do oceano. Vocês vêm até nós, jovens, em busca de esperança. Como se atrevem?”, afirmou Greta, visivelmente enfurecida.
“Vocês roubaram nossa infância e sonhos com suas palavras vazias. Eu tenho sorte. Mas há pessoas sofrendo, pessoas morrendo, ecossistemas inteiros entrando em colapso. Estamos no início de uma nova extinção em massa e tudo sobre o que vocês podem falar é dinheiro e contos de fadas de um desenvolvimento econômico eterno. Se vocês decidirem por falhar conosco, nunca iremos perdoá-los”.
E ela continuou.
“Por mais de 30 anos a Ciência foi clara. Como ousam vir aqui dizendo que estão fazendo o suficiente, quando as políticas e soluções necessárias não são vistas em lugar algum. Com os níveis de emissões atuais, nosso orçamento restante de CO2 será inferior a 8,5 anos. Vocês dizem que “nos ouvem” e que entendem a urgência. Mas não importa o quão triste e zangada eu esteja, não quero acreditar nisso. Porque se vocês realmente tivessem entendido a situação e mesmo assim não fizeram nada, então vocês seriam perversos. E eu me recuso a acreditar nisso”.
E Greta finalizou, diante do plenário lotado da ONU:
“Vocês estão nos deixando na mão. Mas os jovens estão começando a entender a sua traição. Os olhos de todas as gerações futuras estão sobre vocês. Eu digo que nunca os perdoaremos. Vocês não conseguirão escapar. Bem aqui e agora, é onde traçamos a linha. O mundo está acordando e a mudança está chegando, quer vocês gostem ou não”.
*Com informações da CNN e The Guardian
Leia também: “Vocês precisam fazer o impossível. Porque desistir não pode ser nunca uma opção”, diz Greta Thunberg ao Congresso dos EUA
“Vocês não estão tentando o suficiente”, diz Greta Thunberg a senadores do Congresso dos Estados Unidos
Greta Thunberg fala no parlamento francês, dribla os deputados conservadores e envia mensagem para jovens brasileiros
Greta Thunberg é nomeada ‘Game Changer of The Year’ pela revista britânica GQ
Greta Thunberg atravessará o Atlântico a bordo de um veleiro de regata para participar da Cúpula do Clima, em Nova York
Greta Thunberg, líder da greve mundial de estudantes pelo clima, doa prêmio de mais de R$ 100 mil para ONGs
Foto: reprodução vídeo CNN
Jornalista,
já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo
da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e
2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras,
entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta
Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas,
energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em
Londres, vive agora em Washington D.C.
sábado, 21 de setembro de 2019
11 adubos e repelentes feitos em casa
Extraído do blog plantei
Para quem tem desejo de cultivar, não importa se em uma varanda, um jardim ou em uma horta, o importante é fazê-lo. Mas muitas vezes plantar não é fácil e para complicar o trabalho, já duro e cansativo, chegam uma infinidade de insetos e parasitas que, se não forem controlados, podem estragar nossas plantas e frustrar nossos esforços.
Abaixo sugerimos algumas “receitas” para fazer fertilizantes e repelentes 100% orgânicos, que vão ajudar você a manter afastados insetos indesejáveis, respeitando plenamente a natureza.
1. O estrume
Existe maneira melhor para enriquecer o solo do seu jardim ou quintal que o bom e velho esterco? Você pode comprá-lo em lugares especializados ou, melhor ainda, produzi-lo, se você tiver animais como galinhas, cabras e coelhos. As fezes deste último são aquelas com a maior taxa de nitrogênio e podem ser usadas espalhando-as diretamente à terra. As dos outros animais, em geral, devem ser bem curtidas antes (composteiras).
2. Inseticida spray de alho
O alho é um poderoso repelente natural, capaz de desencorajar muitos insetos e espantá-los para outros lugares. Para preparar o nosso inseticida, batemos no liquidificador uma cabeça de alho com alguns cravos da índia, juntamente com dois copos de água até obter um composto bem homogêneo. Deixe-o descansar por um dia para depois ser misturado em 3 litros d’água. A mistura assim obtida pode ser vaporizada com um spray, diretamente sobre as folhas das plantas.
3. Chá de urtiga
Já tocou sem querer numa folha de urtiga e ficou sentindo uma coceira super irritante? Bem, a urtiga pode não ser tão irritante assim quando se torna uma grande aliada para seus cultivos. Calce um par de luvas grossas e colha um pouco de urtiga. Coloque-as de molho em um balde cobrindo-as com água e deixe-as descansar por pelo menos uma semana e estará pronto o seu novo fertilizante líquido 100% orgânico.
4. Inseticida spray de tomate
As folhas de tomate são ricas em alcalóides, excelentes repelentes para pulgões, vermes e lagartas. Encha dois copos com folhas de tomate picadas e adicione água. Deixe descansar por pelo menos uma noite e dilua a mistura em outros dois copos d’água. Pronto! pode pulverizar seu spray de tomate sobre as plantas. Mantenha o repelente longe dos animais domésticos pois, pode ser tóxico à eles.
5. Cascas de ovos
As cascas de ovos são um ingrediente interessante para o nosso jardim. Elas possuem um duplo benefício, podem ser usadas seja como fertilizantes seja como repelentes, em pedaços ou trituradas. Se trituradas, polvilhe o pó sobre a base das suas plantas, ou use pedaços, criando uma espécie de anel na base da planta: esta barreira pode afastar os caracóis e algumas lagartas.
6. Tabaco macerado
A nicotina presente nas folhas de tabaco não cria dependência apenas em seres humanos, mas também em insetos, agindo como um ótimo repelente. Para preparar o tabaco macerado coloque 3 ou 4 cigarros em meio litro d’água. Deixe macerar por dois dias e depois filtre, ou passe o líquido obtido por uma peneira fina. Coloque-o em um spray e está pronto o seu inseticida natural.
7. Inseticida spray de pimenta
A pimenta é um excelente repelente natural contra pragas. Para preparar o spray, bata no liquidificador em alta velocidade por 2 minutos, cerca de 6 a 10 pimentas (qualquer tipo, mas preferencialmente as mais fortes) com dois copos d’água. Deixe a mistura descansar durante a noite. No dia seguinte, filtre-a e adicione um copo d’água. Despeje o líquido no pulverizador e pronto!
8. Adubação verde
Seu gramado não está tão verde como você gostaria? Não se preocupe, basta apenas um simples cuidado: quando você cortar a grama não a recolha, deixe-a no chão! Será uma valiosa fonte de nitrogênio. A grama recém-cortada, por ser muito curta, decompõe-se rapidamente, enriquecendo o solo de nutrientes e fazendo o seu gramado ficar ainda mais verde.
9. Adubação com borra de café
Se você adora e bebe muito café, não jogue fora sua borra que é uma excelente fonte de nitrogênio para o solo, além de ser rica em antioxidantes. Adicione a borra à sua compostagem ou polvilhe-a diretamente sobre o solo.
10. Nematóides amigos
Eu sei, pode parecer estranho existirem vermes amigos de seu jardim, mas è verdade! Muitas vezes, para controlar a população de pragas são necessárias outras pragas, ou melhor, outros insetos antagonistas. Este tipo de Nematóide bom é capaz de matar muitas pragas do seu jardim, incluindo besouros, gorgulhos e muitos outros. Você pode comprá-los em lojas especializadas.
11. Compostagens
A compostagem é definitivamente um dos métodos mais simples e eficazes para enriquecer o solo e fazer o seu jardim florescente e produtivo. O que você precisa é de restos de comida e de todas as substâncias ricas em nitrogênio, como grama, folhas ou palha. Você pode fazer a compostagem mesmo vivendo na cidade.
Podemos fazer muito para preservar nossos cultivares sem o uso de produtos químicos e poluentes.
Bom crescimento à todos!
Fonte – GreenMe
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21 de setembro - Dia da Árvore
O Dia da Árvore é comemorado no Brasil em 21 de setembro
e tem como objetivo principal a conscientização a respeito da
preservação desse bem tão valioso. A data, que é diferente em outras
partes do mundo, foi escolhida em razão do início da primavera, que começa no dia 23 de setembro no hemisfério Sul.
A
árvore é um grande símbolo da natureza e é uma das mais importantes
riquezas naturais que possuímos. As diversas espécies arbóreas
existentes são fundamentais para a vida na Terra porque aumentam a umidade do ar graças à evapotranspiração, evitam erosões, produzem oxigênio no processo de fotossíntese, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para algumas espécies animais.
Além disso, entre as diversas espécies arbóreas existentes, incluem-se várias plantas frutíferas, como é o caso da mangueira, limoeiro, goiabeira, abacateiro, pessegueiro e laranjeira.
Além de produzirem alimento, as árvores também possuem outras aplicações econômicas. A madeira
por elas produzidas serve como matéria-prima para a criação de móveis e
até mesmo casas. A celulose extraída dessas plantas, principalmente
pinheiros e eucaliptos, é fundamental para a fabricação de papel. Além disso, algumas espécies apresentam aplicabilidade na indústria farmacêutica por possuírem importantes compostos.
Em
virtude da grande quantidade de utilizações e da expansão urbana, as
árvores são constantemente exterminadas, o que resulta em grandes áreas
desmatadas. O desmatamento afeta diretamente a vida de toda a população,
que passa a enfrentar erosões, assoreamento de rios, redução do regime
de chuvas e da umidade relativa do ar, desertificação e perda de biodiversidade.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Sendo assim, o dia 21 de setembro
deve ser visto como um dia de reflexão sobre nossas atitudes em relação
a essa importante riqueza natural. Esse dia é muito mais do que o ato
simbólico de plantar uma árvore e deve ser encarado como um momento de
mudança de postura e conscientização de que nossos atos afetam as
gerações futuras. É importante também haver conscientização a respeito
da importância da conservação, bem como da necessidade de criação de
políticas públicas que combatam a exploração ilegal de árvores.
Curiosidades:
- Cada região do nosso país possui uma árvore símbolo diferente. Observe:
Árvore símbolo da região Norte – castanheira;
Árvore símbolo da região Nordeste – carnaúba;
Árvore símbolo da região Centro-Oeste – ipê amarelo;
Árvore símbolo da região Sudeste – pau-brasil;
Árvore símbolo da região Sul – araucária.
- No Dia 21 de março é comemorado o dia Mundial da Árvore.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "21 de setembro - Dia da Árvore"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-arvore.htm. Acesso em 21 de setembro de 2019.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "21 de setembro - Dia da Árvore"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-arvore.htm. Acesso em 21 de setembro de 2019.
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