quarta-feira, 24 de abril de 2019

Consórcios de espécies: lucro certo para pequenas propriedades



Milho mais leguminosa
O plantio de culturas consorciadas é uma prática da qual, principalmente o agricultor familiar não pode abrir mão. Com o consórcio o produtor minimiza os riscos de seu trabalho, em especial, onde as condições climáticas não são regularmente favoráveis. A monocultura não deve existir para ele, diversificar é uma questão de sobrevivência.

O cultivo de duas espécies numa mesma área, entre uma gramínea e uma leguminosa, conhecido como consórcio, é uma forma de aumentar a quantidade de nitrogênio no solo, através da fixação biológica do nitrogênio atmosférico pela leguminosa, com evidente aumento de produtividade pelas duas culturas.

Milho e feijão formam o consórcio mais antigo e também conhecido por pequenos agricultores, no entanto a incorporação de nitrogênio é pequena e as duas culturas têm ciclo curto, deixando o solo descoberto pelo restante do ano. O consórcio de milho com mucunas, feijão de porco ou feijão guandu tem se mostrado eficiente em diversos aspectos, principalmente para pequenos agricultores, no sentido de manter o solo coberto durante o ano todo, evitando a incidência de plantas daninhas e melhorando as propriedades do solo.
Gessi Ceccon, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, participa do programa e destaca  que, com o consórcio, o agricultor terá a produção de grãos e de sementes de adubo verde além dos benefícios que a leguminosa traz para o solo da sua propriedade. “Um dos grandes problemas das pequenas propriedades é adquirir essa semente de adubo verde. É difícil alguém que seja produtor de sementes de adubo verde. Aí está o diferencial que garante um lucro certo nesse modelo de consórcio”, explica.
crotalária
A produção de sementes de adubos verdes em consórcio com milho é uma tecnologia que pode viabilizar o cultivo de grãos nas pequenas propriedades, além de aumentar o aporte de matéria orgânica ao solo, com maior fornecimento de nitrogênio e incremento na produtividade das culturas.

2007/07/16
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Dalízia Aguiar
Email: dalizia@cpao.embrapa.br
Telefone: (67) 3425-5122
Embrapa Agropecuária Oeste

Transforme seu lixo em HUMUS! Excelente adubo orgânico!

Coletando biofertilizante na composteira.

A compostagem é o processo aplicado para controlar a decomposição de materiais orgânicos, para se obter um material estável, rico em nutrientes. 
A maneira mais comum de realizar a compostagem doméstica é a composteira.







Que bom se pudéssemos, além de separar o lixo reciclável, utilizar o material orgânico para nosso próprio proveito? Bom, isso é possível e fácil de se conseguir.
Apesar de existirem há algum tempo, a compostagem tem ganho cada vez mais espaço nas residências. Se antes precisava-se de um espaço grande para podermos realizar o processo em casa, hoje em dia, os equipamentos estão cada vez mais adaptáveis à vida urbana. Basta querer.

A compostagem é o processo aplicado para controlar a decomposição de materiais orgânicos, para se obter um material estável, rico em nutrientes. Existem várias maneiras de ser realizar a compostagem do lixo orgânico, mas o mais comum utilizado em casas e apartamentos é a composteira.

A composteira é um local onde é colocado o material orgânico para que minhocas o decomponham. Na maioria das vezes, ela é feita de um conjunto ou apenas uma caixa, onde ficam minhocas que serão responsáveis pelo processo de decomposição. Depois que o material orgânico é decomposto, sobra um material que parece terra e o chorume, que é um líquido resultante do processo. Esses subprodutos são usados como adubo orgânico para colocar em jardins, hortas ou qualquer tipo de planta. Se você não tiver jardim, pode até vender para quem se interessar, pois são altamente nutritivos para o solo. E o melhor: a maioria das composteiras modernas já fazem esse processo sem cheiro, graças à espécie de minhoca utilizada. E existem algumas bem pequenas, que você pode usar na sua cozinha ou lavanderia, se não tiver um espaço maior.

Se tiver interesse, pode verificar alguns sites:

Faço compostagem a 10 anos e produzo uma quantidade considerável de humus, que utilizo em meus vasos e canteiros. Todo o lixo orgânico que produzo , mais de alguns vizinhos, trona-se um excelente adubo orgânico.Utilizo a minhoca vermelha da califórnia, que se reproduz muito bem em nosso ambiente.

 Forneço as minhocas para Porto Alegre e região.
email: agropanerai@gmail.com

Quer saber mais sobre compostagem? acesse http://estagiositiodosherdeiros.blogspot.com.br/p/blog-page.html

terça-feira, 23 de abril de 2019

CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS



CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS

Fernanda Yoneya




Junto com o verão chegam as formigas, ávidas em se abastecer de comida para enfrentar o inverno. E, para não ter prejuízos com as espécies cortadeiras (saúvas e quenquéns), é preciso controlá-las, pois cortam folhas e flores, acabando com hortas, pomares, lavouras, pastos e até árvores. Curioso é que as formigas não preferem um tipo de folha em especial - atacam plantas deficientes e fracas.

E, diferente do que muitos pensam, as formigas cortadeiras não comem as folhas. Elas cortam-nas e levam-nas para o formigueiro e, lá, sob condições de alta umidade e temperatura, produzem, a partir das folhas, um fungo que alimenta a colônia.

O produtor Roque Ataíde Rodrigues, de uma comunidade agroecológica em Santa Maria (RS), ainda se recorda dos prejuízos causados por formigas cortadeiras na área em que ele, com outras oito famílias, cultiva hortaliças, frutas, eucalipto, milho, soja, feijão e arroz e cria gado de corte e de leite e suínos.
'Chegamos a perder 80% de 36 mil árvores - entre nativas e eucaliptos - para as formigas.' Segundo ele, o nível de infestação era tão grande que, além das árvores, em um pomar com 1.400 pés de figo, as formigas acabaram com 40% da produção. Nos citros (tangerinas e laranjas), a situação não foi diferente: de cerca de 800 pés, 90% das árvores foram consumidas pelas cortadeiras.

Solução Ecológica
'Como adotamos na comunidade o cultivo agroecológico, isto é, sem o uso de venenos ou nenhum outro tipo de insumo químico, as perdas foram enormes. Mesmo assim, não desistimos da produção orgânica e fomos atrás de uma solução ecológica para controlar as formigas', explica Rodrigues. Os produtores da comunidade buscaram, então, informações sobre repelentes naturais de formigas e, com a assessoria técnica da Emater, desenvolveram um formicida natural, de baixo custo e com ótima eficiência no controle de cortadeiras.
'Testamos vários produtos e receitas, até que chegamos a esse pó 100% natural', diz Rodrigues. De acordo com o produtor, já era sabido que as quenquéns que levavam folhas de gergelim preto ao formigueiro morriam em poucos dias. Eles também conheciam o efeito repelente das folhas de mamona. Em relação ao coentro, observaram que as formigas que atacavam a horta não chegavam perto do tempero. 'Juntamos essas informações, fomos incrementando a fórmula e chegamos ao formicida ecológico', conta.
Segundo o produtor, o coentro e o gergelim são cultivados na comunidade e as folhas de mamona são colhidas nos brejos próximos. Apenas a cal virgem e o enxofre são comprados fora. 'A cal e o enxofre são produtos baratos e vendidos em qualquer loja de produtos agropecuários. Isso permite obter um produto extremamente barato', afirma. 'E, como a infestação não volta, a necessidade de aplicação vai diminuindo ao longo do tempo.'
A utilização do formicida ecológico deu tão certo que, hoje, os produtores quase não vêem cortadeiras na área cultivada com hortaliças. 'O resultado foi altamente satisfatório e, há cerca de seis anos, não houve mais problemas com cortadeiras, especialmente com a cortadeira mineira, que se aprofunda no solo e faz galerias debaixo da terra', fala o técnico agrícola Olímpio João Zatta, da Emater de Santa Maria. 'Além disso, trata-se de um produto ecológico, que não agride a natureza.'
Os efeitos do pó elaborado pelos produtores e pela Emater surgiram imediatamente após a aplicação. 'No dia seguinte as formigas já apareceram mortas', conta Rodrigues. De acordo com o técnico Zatta, o pó tem forte efeito repelente e age no formigueiro, desorganizando a colônia. 'As formigas ficam amuadas e morrem. O formigueiro desaparece', garante o técnico Zatta.

Soluções caseiras podem funcionar
Antes da utilização do formicida ecológico, os produtores da comunidade gaúcha usavam folhas verdes de gergelim, que, levadas ao formigueiro, matavam a colônia em até cinco dias. O gergelim produz um fungo tóxico às cortadeiras. "Descobrimos também que esterco fermentado, de bovinos, aves ou suínos, também acaba com as quenquéns", afirma o agricultor Rodrigues.
Além do gergelim plantado próximo a locais atacados, há outras receitas caseiras de controle de formigas, como jogar água quente ou água misturada com detergente no formigueiro; cultivar no jardim ou no quintal menta, alho, manjerona, lavanda, absinto e cravo-da-índia, que têm efeito repelente; no sítio, colocar galinhas d'angola, predadores naturais de cortadeiras; fumegar no olheiro a mistura queimada de serragem, óleo de gergelim e de mamona, ou despejar cal virgem e água, entre outras receitas naturais.
"Aplicar inseticidas é mais rápido e prático, mas é preciso considerar os riscos de contaminação ambiental e em relação à saúde humana", acredita o produtor Rodrigues. Por isso, ele aconselha: "Se for possível e as condições permitirem, a melhor saída é adotar uma receita caseira e natural, que pode ser tão eficiente quanto um produto químico e tem a vantagem de não oferecer riscos ao ambiente e à saúde humana", completa Rodrigues.

SAIBA MAIS: Emater/RS de Santa Maria,
tel. (0--55) 3221-7961

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Ora-pro-nobis, o bife dos pobres






Ora-pro-nóbis, a planta que contém 25% de proteína

      Ela pode ser usada como cerca viva, ornamentação ou alimento. Mas uma coisa é fato: a ora-pro-nóbis vem conquistando cada dia mais as pessoas. Em especial, os veganos.
      A planta é originária do continente americano e seu nome
científico é Pereskia aculeata.
      Do latim, seu nome significa “rogai por nós”, e segundo tradições, esse nome foi dado por algumas pessoas que a colhiam no quintal de um padre enquanto ele rezava em latim.
      É encontrada em abundância na região Sudeste do Brasil e muito usada na culinária.
      Seu cultivo é fácil e seu valor nutricional muito alto. Adapta-se facilmente a diversos tipos de solo e climas. Ela pertence à família das cactáceas. Na idade adulta, sua estrutura em forma de arbusto torna-se uma excelente cerca viva, tanto para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores. A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço dos invasores.
      Sua floração ocorre por apenas um dia, podendo ocorrer de janeiro a abril com flores pequenas e perfumadas de coloração branca. A produção de seus frutos ocorre de junho a julho apenas, e são amarelos e redondos. A generosa e bela floração é um ornamento ao ambiente, ideal para decoração natural de propriedades rurais, como chácaras, sítios e fazendas. Suas propriedades já são bastante conhecidas justamente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida. 

TENHO MUDAS EM PORTO ALEGRE. agropanerai@gmail.com
orapronobis-cursos-cpt

   

sábado, 20 de abril de 2019

O Manjericão: benefícios, como usar e plantar

Fonte: ecycle

Estudos demonstraram que o manjericão possui propriedades antibacterianas, antioxidantes, antiespasmódicas e digestivas

Manjericão plantado em uma caneca
O manjericão é uma erva pertencente à família da hortelã, Lamiaceae. Nativo da Índia e cultivado desde a Antiguidade, suas folhas são utilizadas como tempero especialmente em países tropicais da Ásia e na cozinha italiana.
Existem variados tipos de manjericão, que diferem em sabor e aroma. O manjericão comum (ou manjericão alfavaca) é um dos tipos mais fáceis de encontrar no Brasil. A folha tem uma espessura fina e o sabor é de média intensidade.
Este e o manjericão italiano – levemente amargo quando cru e com leve sabor de cravo – são os mais conhecidos para fazer um bom molho pesto. Já o manjericão roxo é suave e ótimo para usar na decoração de pratos, graças à tonalidade arroxeada.

Usos do manjericão

O manjericão é muito utilizado na cozinha, sendo um ótimo companheiro dos tomates e ingrediente fundamental para se fazer o famoso pesto genovese, molho típico da Itália.
Também vai bem em saladas, massas, sopas, refogados de carne e com queijos. Como o calor diminui seu aroma, fica melhor se adicionado no final da receita ou só na hora de servir.
Para preservá-lo, lave e seque bem as folhas e acondicione em embalagem plástica limpa e seca. Ou então pique-as e coloque-as num vidro com azeite. Recomenda-se usar as folhas enquanto novas, pois estas perdem o seu aroma depois de secas.
Manjericão, azeite e tomates-cereja

Benefícios para a saúde

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, nos EUA, revelou que o manjericão "contém uma ampla gama de óleos essenciais, ricos em compostos fenólicos e uma grande variedade de outros produtos naturais, incluindo polifenóis como flavonoides e antocianinas".
Além disso, o manjericão é rico em vitaminas A, K, C, magnésio, ferro, potássio e cálcio (importante para a manutenção de dentes e ossos, coagulação e pressão sanguínea).
Outros estudos demonstraram que o manjericão possui propriedades antibacterianas, antioxidantes, antiespasmódicas e digestivas.
De acordo com pesquisas apresentadas na Conferência Britânica de Farmacêuticos (BPC, na sigla em inglês) em Manchester, na Inglaterra, o manjericão também possui propriedades que podem ajudar a prevenir os efeitos nocivos do envelhecimento, evitando danos causados ​​por alguns radicais livres no fígado, cérebro e coração.
O uso da planta tem efeitos terapêuticos notáveis. Por conter altas quantidades de beta-cariofileno, o manjericão pode auxiliar no tratamento de artrites e outras complicações inflamatórias.
Além das vitaminas e dos sais já descritos, o manjericão contribui para reduzir o crescimento de algumas bactérias, tornando seu uso em saladas interessante.
Tradicionalmente, o manjericão pode ser usado também no trato de tosse, de disfunções renais e como método de alívio de dores de estômago. Ele serve como repelente natural de insetos devido ao seu forte odor, que afasta moscas e mosquitos. Mas atenção: segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apenas repelentes com químicos à base de icaridina são eficazes contra o Aedes aegypti (transmissor da dengue, da zika e da chikungunya). Os repelentes à base de neem, citronela e andiroba não contêm esse princípio ativo.

Estética

Devido à atividade antioxidante encontrada no extrato de manjericão, seu uso proporciona o benefício da prevenção aos efeitos negativos do envelhecimento. Segundo estudo, o extrato do manjericão apresentam mais atividade antioxidante do que alguns antioxidantes padrões, podendo ser um aliado no combate a linhas de expressão, tanto por meio do consumo, quanto na aplicação de produtos cosméticos (como sabonetes e hidratantes) com essa função.
Vasos pequenos de manjericão

Como cultivar

O manjericão é uma planta que não suporta baixas temperaturas, necessita de alta luminosidade e deve receber luz solar direta ao menos por algumas horas, diariamente.
O solo deve ser bem drenado, leve, fértil e rico em matéria orgânica. Irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam o manjericão.
O manjericão pode ser cultivado facilmente em jardineiras e vasos de tamanho médio ou grande, embora geralmente cresça menos. Nesse caso, dê preferência a cultivares de menor porte.
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos. A colheita das folhas pode começar quando a planta estiver bem desenvolvida, o que geralmente ocorre de 60 a 90 dias após a semeadura. As flores também são comestíveis, e eliminá-las pode favorecer o crescimento de mais folhas.

Molho de manjericão

Ingredientes

  • 2 xícaras de folhas de manjericão
  • ½ xícara de azeite de oliva, ajuste baseado na consistência que preferir
  • 2 dentes de alho
  • Sal a gosto

Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes no liquidificador ou no processador de alimentos e bata até obter um molho suave. Experimente e ajuste o sal e o azeite de acordo com a consistência que quiser.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Araticum mais uma fruta nativa


 
 
FLORES


NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Araticum da restinga, “do tupi – fruta mole”; também é conhecido pelos seguintes nomes: Araticum da praia e Araticum de folha larga.

Origem: espécie rara e característica de matas de restinga e capoeiras da orla marítima da mata atlântica, presente desde o estado da Bahia até Santa Catarina, Brasil. Mais informações no link: http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/

Características: árvore de pequeno a médio porte, de 2 a 5 m de altura, com copa cilíndrica e ascendente (para cima) de 2 a 4 m de diâmetro. O tronco é múltiplo, cilíndrico, de superfície reticulada (com desenho de rede). As folhas são alternas, aveludadas em ambas as fazes quando jovem, subcoriácea (textura meio rija), medindo 5 a 16 cm de comprimento por 3 a 10 cm de largura com base cuneada (como cunha) e ápice apiculado (com ponta curta). Essa espécie pode ser facilmente identificada por se observar a lamina foliar evidentemente larga no meio e notar as brotações com pelinhos ferruginosos. As flores medem 14 a 22 mm, nascem nas axilas das folhas das brotações novas, tem forma verticilada (com forma de hélice) e com 3 pétalas notadamente avermelhada na base. O fruto é um sincarpico (pequenos frutos agregados ou soldados pela casca) de 3 a 6 cm com casca corticosa (esponjosa) e muricada (com divisões profundas) ficando amarelo claro quando maduro, tendo polpa branca, gelatinosa e adocicada.

Dicas para cultivo: Aprecia pleno sol ou pelo menos metade do dia com sol; plantar com distancia de 3 ou 4 m, entre plantas. Gosta de solo profundo, arenoso e bem drenado, com pH entre 4,8 a 6,2. Resiste bem a ventos fortes, a geadas ocasionais de 2 a 3 graus negativos e a secas de até 6 meses sem chuva. Pode ser cultivada em altitudes variando de 0 a 900 m, e com temperaturas anuais médias entre 10 a 41 graus. Essa espécie pode ser cultivada com sucesso em vasos. A melhor época de plantio vai de setembro a novembro.

Mudas: Sementes são de cor amarronzada, meio triangulares no comprimento e se armazenadas em local escuro conservam o poder germinativo por até 2 anos. Quando plantadas logo que colhidas, germinam em 40 a 70 dias. As mudas atingem 40 cm com 10 A 12 meses de idade, mais apreciam ambiente sombreado para formação.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol ou em reflorestamentos mistos, pois produzem frutos comestíveis para a fauna em geral. No pomar planta-se num espaçamento de 5 x 5 m, onde as covas devem ter 50 cm de largura, altura e profundidade, misturando os 30 cm iniciais do solo com 2 pás de areia e 5 a 6 pás de kg de composto orgânico bem curtido; caso o solo seja muito acido é bom colocar 500 g de calcário na cova e deixar curtir por 3 meses antes do plantio. Irrigar com 10 l de água por semana nos primeiros 2 meses.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou que se cruzarem para o interior da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 3 pás de cama de frango bem curtida e + 50 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 2ª ano e continuar adubando anualmente na primavera. Lembrar de distribuir o adubo na projeção da copa com distancia do tronco igual a medida da circunferência do mesmo. Apresenta crescimento moderado atingindo 1 m com 2 anos, começando a produzir logo na primeira floração que ocorre a partir do 2º ou 3º ano após o plantio. Veja como fazer a irrigação, adubação, podas de formação e limpeza na introdução do fascículo. A colheita do fruto vai de fevereiro a março e os frutos podem ser colhidos quando apresentarem superfície amarelado esverdeada.

Usos: A árvore pode ser cultivada na arborização urbana embaixo de redes elétricas e em praças por ter pequeno porte. Deve ser sempre incluída na recomposição florestal, pois seus frutos alimentam pássaros e diversos animais terrestres como pacas, catetos, cutias, e furão. Os frutos são muito saborosos para o consumo in natura e as sementes se solta facilmente da polpa. Os frutos também podem ser despolpados e a polpa congelada para uso futuro ou imediatamente para fazer sucos, bebida espumante como champanhe, gelatinas, mousses e sorvetes. Essa espécie é muito promissora para ser cultivado por agricultores familiares e ser vendido em feiras livres por ter pequeno porte, rápida frutificação e pelo fado de os frutos terem casca resistente ao manejo.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Flores tropicais



FONTE: SITE FLORES E FOLHAGENS

Helicônia – Heliconia rostrata


Helicônia- Heliconia rostrata
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A Helicônia é um arbusto, pertence à família Musaceaea, natural do Peru, rizomatoso, entouceirado, de 2-3 m de altura, com florescimento ornamental.
Folhas grandes, coriáceas, ovalado-alongadas, com pecíolo longos.
Inflorescências pendentes, longas, com brácteas adensadas, vermelhas, curtas e largas com margem amarelada, muito vistosas, as flores são pequenas e brancas, localizadas do interior das brácteas. Surgem no decorrer de quase o ano todo, mas principalmente na primavera-verão e são apreciadas pelos beija-flores.
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Helicônia- Heliconia rostrata
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Usada na decoração de jardins, formando maciços em meio à gramados.
Muito cultivada para produção de flores de corte.
A Helicônia é excelente para jardim externo, pois forma touceiras de bela aparência com folhas grandes e verdes lembrando pequenas bananeiras. Não necessita de replantio.
Evitar plantar próximo de casas e muros, pois forma touceiras, tornando-se difícil de erradicar.
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Cuidados com a Helicônia
Clima: Tropical, Subtropical, Equatorial. Não tolera o frio intenso, geadas ou ventos muito fortes.
Cultivada a pleno sol em solo fértil, rico em matéria orgânica, drenado e  irrigado com frequência.
Poda de limpeza, para remover folhas secas e doentes.
No início da primavera adubar com esterco de gado ou composto orgânico, enriquecido farinha de osso e na primavera-verão, usar adubo mineral NPK 4-14-8.
Multiplica-se facilmente por divisão de touceira em qualquer época do ano.
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Helicônia- Heliconia rostrata.
Helicônia- Heliconia rostrata
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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Conheça as caraterísticas dos adubos orgânicos!

Extraído do blog Mundo da Horta
O objetivo da adubação orgânica é manter ou aumentar a fertilidade do solo e da sua atividade biológica.  Devemos “nutrir o solo para alimentar a planta”. Adubar não é simplesmente fornecer nutrientes para as plantas. Adubar é uma ação global que tem como objetivos simultâneos  melhorar a fertilidade e a saúde do solo e garantir a nutrição das plantas.  A adição de adubos orgânicos melhora, consideravelmente, as características físicas e biológicas do solo.

Adubos orgânicos humus de minhoca
É o produto resultante da decomposição da matéria orgânica digerida pelas minhocas. É  a forma mais decomposta de matéria orgânica, o que facilita a sua degradação por micro-organismos do solo e facilita a liberação de nutrientes. Entre suas qualidades estão:
– Bons teores de macronutrientes (nitrogênio, potássio, fósforo,  enxofre, cálcio e magnésio) e especialmente de micronutrientes (cobre, molibdênio, zinco, ferro, e cloro)
– Durante seu processo digestivo as minhocas promovem um aumento da população de micro-organismos, principalmente bactérias benéficas, sendo o húmus de minhocas uma excelente fonte de micro-organismos para o solo.
– Não tóxico para as plantas, os animais e o homem.
– Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente.
– Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação das plantas.

bokashi horta em casa
Produto da agricultura natural japonesa, o Bokashi é um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando a disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento. É um recurso que associado a práticas de incorporação de matéria orgânica, auxiliando o processo de recuperação da vida do solo e da sua fertilidade.
Melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, proporcionando às plantas as condições ideais para o pleno desenvolvimento. Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente. As raízes, além de absorver nutrientes do solo, secretam substâncias nutritivas, sendo que esta secreção ocorre na rizosfera, onde os microrganismos atuam. Estes por sua vez, absorvem substâncias de difícil assimilação e as transformam em substâncias assimiláveis pelas plantas, proporcionando uma nutrição equilibrada e fortalecendo aplanta contra o ataque de pragas e doenças.
O adubo orgânico pode ser aplicado via foliar ou via gotejamento (Bokashi líquido) ou diretamente no solo (Bokashi líquido e/oufarelado)

adubo carvão vegetal - Copia
fino de carvão é uma forma bastante estável da matéria orgânica do solo utilizado na composição de substratos orgânicos. É um material poroso, o que permite aumentar a capacidade de retenção de água e de absorção de compostos orgânicos solúveis.  Facilita a proliferação de organismos benéficos, além de possuir em sua composição elementos minerais como: magnésio, boro, silício, cloro, cobre, manganês, molibdênio e, principalmente, potássio.
No Brasil, um exemplo do efeito benéfico do carvão são os solos da Bacia Amazônica chamados Terra Preta de Índio . Eles teriam sido produzidos com a combinação de carvão vegetal, cerâmica e matéria orgânica de origem vegetal e animal.. Se estima que a produtividade dos solos pretos é 15% maior do que os outros solos.

farinha ossos
É um produto oriundo de ossos bovinos que são incinerados a mais de 500 graus de temperatura até a queima total. Após um período de resfriamento estas cinzas são moídas.
A farinha de ossos é um adubo orgânico rico em fósforo e cálcio, elementos essenciais ao crescimento, floração e frutificação das plantas. É o principal fertilizante orgânico fonte de fósforo, elemento absorvido pelas raízes das plantas e determinante para o aumento da produtividade. Outra vantagem da farinha de osso é que sua solubilização é lenta, o que garante o suprimento de fósforo as plantas por um bom tempo, diferente que os superfosfatos (fertilizantes inorgânicos) que tem uma rápida solubilização em água.

torta de mamona
           A torta de mamona, produzida durante a extração do óleo, é um importante subproduto da cadeia produtiva da mamona. Se trata de uma rica fonte de nitrogênio de lenta liberação que também funciona como condicionador de solo, elevando o nível de matéria orgânica. Outro efeito bem documentado da torta de mamona é o controle de fitonematóides, quer seja pelo efeito nematicida direto quando aplicada no solo, pela liberação de substâncias tóxicas decorrentes do processo de decomposição, ou mesmo pela estimulação da microbiota natural do solo antagônica a estes fitopatógenos.

calcareo de cochas
Os calcários são rochas sedimentares com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio. Quando o calcário é um aglomerado formado da natureza por conchas e fragmentos de conchas é denominado  calcário de conchas ou conquífero. O calcário de conchas na agricultura orgânica é utilizado para corrigir a acidez do solo. Ao mesmo tempo em que faz  essa correção, o calcário também fornece cálcio e magnésio indispensáveis para a nutrição das plantas.  A aplicação do calcário aumenta a disponibilidade de  nutrientes para as plantas e permite a maximização dos efeitos dos fertilizantes, e consequentemente o aumento substancial da capacidade  produtiva da terra.

estercol de origem animal
O esterco é a designação dada ao material orgânico em avançado estado de decomposição proveniente de excrementos de animais utilizados para fertilizar plantas. Às vezes o esterco consiste em mais de um resíduo orgânico, tal como excrementos de animais e restos das camas, como acontece com a palha. Os estercos, em função de suas características químicas, têm um alto potencial fertilizante, podendo substituir, quando são adicionados com outro adubo orgânico, totalmente a adubação química e contribuir significativamente para o aumento da produtividade das culturas. É muito importante que o esterco esteja bem fermentado para inativar os microrganismos patogênicos e o risco de contaminação. Os adubos orgânicos de origem animal mais utilizados  são o esterco bobino, o esterco de galinha e o esterco de porco.

COMPOSTOS DE LIXO DOMÉSTICO
adubo do lixo domestico
O composto é o produto final do processo de compostagem do lixo doméstico. A compostagem é um processo natural de transformação da matéria orgânica do lixo em compostos mais simples que podem ser utilizados como nutrientes pelas plantas. A compostagem é realizada pelos próprios microorganismos presentes nos resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade. Esses micro-organismos vão descompor e estabilizar os compostos constituintes dos materiais liberando dióxido de carbono e vapor de água.

po de rocha
Os solos mais férteis do mundo tiveram sua origem nas erupções vulcânicas. Apesar do constante perigo  dos vulcões, as pessoas continuam a viver próximas aos mesmos devido à fertilidade do solo vulcânico.
pó de rocha é um produto originário das rochas vulcânicas utilizado para rejuvenescer solos pobres. O pó de rocha contém cerca de 60 a 70 elementos químicos, entre micro e macro nutrientes, além dos oligoelementos úteis.
Entre suas qualidades e benefícios estão:
– É pouco solúvel, diminui os riscos de perdas do produto.
– Presença de macro e micronutrientes essenciais.
– Corrige o pH (acidez) do solo.
– Em conjunto com a matéria orgânica, incentiva a vida do solo.
– Proporciona um equilíbrio nas plantas, fortificando-as e diminuindo assim a necessidade de defensivos agrícolas.

extracto pirolenhoso
extrato pirolenhoso, também conhecido como ácido pirolenhoso, líquido pirolenhoso ou vinagre de madeira,  é extraído da queima da madeira e atua tanto no controle de pragas como na adubação. Originário do Japão, onde é utilizado há séculos, é um líquido resultante da condensação da fumaça composto por mais de 200 substâncias que interagem entre si.
É  condicionador do solo, bioestimulante vegetal, indutor de enraizamento e repelente de insetos. É um excelente fertilizante para orquídeas,  já que  promove um aumento no número de brotos, garantindo o aumento do número de flores.

aubação orgânica na planta
Os aminoácidos ativam o metabolismo geral do solo e da planta, melhorando a fotossíntese e outros processos fisiológicos vitais. Usado como adubo para todo tipo de plantas, o aminoácido favorece a capacidade de absorção das raízes e otimiza as transformações químicas, dando como resultado um melhor aproveitamento de nutrientes, maior brotação, floração e principalmente melhor resistência a pragas e doenças. É um excelente adubo para orquídeas.
A utilização de aminoácidos via solo ou via foliar além de fornecer a planta uma fonte direta para que esta sintetize as proteínas, fornece também energia adicional necessária para suprir as demandas nos momentos críticos do ciclo vegetativo.
As vantagens do uso de aminoácidos são:
– Proporciona um metabolismo mais equilibrado das plantas
– Ativação da fotossíntese das plantas resultando em plantas mais verdes e com maior conteúdo de açúcar
– Redução de fitotoxicidade de determinados defensivos agrícolas
– Maior tolerância das plantas a pragas e doenças (papel imunológico)
– Aumenta a absorção e a translocação dos nutrientes aplicados na parte aérea das plantas
– Sistema radicular mais desenvolvido e vigoroso
– Regulador da atividade hormonal das plantas
– Maior tolerância das plantas ao stress hídricas e geadas
– Aumento do florescimento das plantas
– Alimento para a micro-vida do solo contribuindo dessa forma para a melhoria da estrutura física do solo

Autor: Miguel Lancho Jiménez





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