terça-feira, 6 de maio de 2014

A Minhoca na Agricultura




As características fisico-químicas e biológicas de um solo influenciam grandemente a qualidade final dos produtos alimentares provenientes da agricultura, pois as culturas agrícolas só poderão produzir em quantidade e qualidade se, além de condições climatéricas favoráveis, tiverem à sua disposição durante o período de crescimento, os vários nutrientes e fauna edáfica (minhocas, insectos,...) nas proporções adequadas, o que implica, em muitos casos, o recurso a fertilizantes químicos para aumentar a fertilidade do solo.

A lentidão de formação de húmus natural para restabelecer a fertilidade de um solo, o elevado custo dos fertilizantes químicos e a contaminação consequente das águas e solo, têm conduzido à procura de outros fertilizantes produzidos biologicamente. Uma das opções de melhoria da qualidade do solo passa pela aplicação, na terra, ou directamente junto às plantas, do húmus produzido pelas minhocas ou vermicomposto.

A minhoca ingere terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso e digere e expele cerca de 60% do que comeu sob a forma de excrementos (húmus), em muito menos tempo que a natureza. A minhoca recicla assim
restos de comida e outra matéria orgânica, produzindo um adubo orgânico muito rico em flora bacteriana (cerca de 2000 milhares de bactérias vivas e activas, por cada grama de húmus produzido) e  devolvendo à terra cinco vezes e meia mais azoto, duas vezes mais cálcio, duas vezes e meia mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes mais potássio do que contém o solo do qual se alimenta.

A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos já era reconhecida pelo filósofo  Aristóteles, que definia estes seres como "arados da terra", graças à sua capacidade de escavar os terrenos mais duros. Os antigos egípcios atribuíam poderes divinos às minhocas, protegendo-as por lei. A grande fertilidade do solo do vale do Nilo deve-se não só à matéria orgânica depositada pelas enchentes do rio Nilo, como também à sua humificação pelas minhocas que ali proliferam em enormes quantidades.

Animal extremamente útil para a agricultura e que passa quase todo o seu ciclo de vida debaixo da terra, a minhoca melhora as propriedades fisicas, químicas e biológicas do solo: perfura-o, formando galerias subterrâneas e descompacta-o.

Algumas das vantagens da utilização do húmus de minhoca como adubo natural incluem:
·         não agressivo para o ambiente e fonte de nutrientes para as plantas, especialmente de azoto, fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
·         Controlo da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês.
·         Contribuição para um pH mais favorável ao desenvolvimento das plantas.
·         Redução da lixiviação e volatilização dos nutrientes das plantas.
·         Entrada de água e ar facilitada.
·         Drenagem controlada, evitando encharcamentos.
·         Alteração da estrutura do solo, suavizando efeitos de erosão, compactação, impermeabilização e desertificação.
·         Promoção da agregação de solos arenosos.
·         População microbiana fixadora de azoto abundante.
·         Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças.
·         Absorção favorecida dos nutrientes pelas raízes das plantas.
·         Aplicação possível em contacto directo com raízes, não queimando plantas novas.

A vermicompostagem, isto é, a compostagem realizada quase exclusivamente por minhocas, surge como opção simples de reciclar os restos de resíduos alimentares (cascas, gomos,...) e de obter húmus com excelentes propriedades. Poupam-se recursos, preserva-se o ambiente, evita-se o uso desmesurado de fertilizantes sintéticos e aproveita-se para conhecer melhor este ser vivo.

Para além da produção de húmus, as minhocas podem também ser usadas como isco para a pesca e para produzir farinha, dado o seu elevado teor de proteínas (78%). Além disso, têm uso na medicina, pela sua grande capacidade de cicatrização e regeneração dos tecidos e também na farmacologia, no tratamento de bronquite, asma e hipertensão.

O comércio de minhocas como isco vivo tem sido o grande responsável pelo desenvolvimento da minhocultura (criação de minhocas) na maioria dos países criadores.

Caracterização

A minhoca é um animal invertebrado, aeróbio, pertencente à classe dos anelídeos, visto possuir um corpo segmentado em partes iguais; tem respiração cutânea (respira pela pele) e, apesar de hermafrodita (possui os dois sexos), a minhoca não se auto-fecunda, necessitando de outra minhoca para se reproduzir.

As minhocas, após atingida a maturidade sexual, reproduzem-se durante grande parte do ano, acasalando-se normalmente à noite durante 2 a 3 horas, na superfície do solo. Os óvulos fecundados são libertados no solo no interior de um casulo, dando origem cada um deles a uma minhoca. Oito minhocas adultas podem originar 1500 minhocas em 6 meses desde que as condições de humidade, oxigénio, luminosidade e nutrientes sejam favoráveis.

A boca da minhoca está situada na extremidade que fica mais perto do clitelo (a parte mais espessa do corpo) e como não tem dentes (não morde), só se pode alimentar de material de pequeno tamanho, amolecido pela humidade e pelos microorganismos. As minhocas são capazes de regenerar a cauda mas não a cabeça, ou seja, se uma minhoca tiver sido dividida em duas partes, apenas a parte que contém a cabeça regenera uma nova cauda.

As minhocas são saprófagas, isto é, alimentam-se de matéria orgânica morta, especialmente vegetais, que normalmente transportam para dentro das suas galerias.

As minhocas não possuem olhos, mas os seus fotoreceptores são sensíveis à luminosidade, particularmente à luz do sol. A epiderme que abriga as células fotoreceptoras possibilita à minhoca distinguir a luz diurna da nocturna, perceber pequenas vibrações, seleccionar alimentos e parceiros.

Estes saprófagos podem viver 5 anos ou mais, em condições favoráveis, e quando adultos pesam 1 g, podendo  chegar ao tamanho máximo (12 a 20 cm) aos 7 meses. Quando uma minhoca morre, o corpo é rapidamente degradado.

http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Pages/minhocaagricultura.aspx

Agradecimentos: a Sandra Barbosa, Dir. Deptº Meio Ambiente, Brasil, pelos esclarecimentos prestados.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Curso de poda de roseiras

Andei a remexer no bau das memórias e eis que surge esta pérola bestial.
O cenário é do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, há já alguns anos,
em pleno curso de poda de roseiras. A SIC tinha na altura um programa
sobre o mundo rural, que passava às 7,oo da manhã (será que alguém
via?!!!).

A apresentadora, uma espécie de "Sousa Veloso" dos
tempos modernos, surge então vestida rigorosamente para a ocasião,
exibindo traje e atitude que me deixaram claramente perturbado, como
aliás se nota em boa parte do filme. E não fui o único. Sem dúvida, um
dos momentos mais difíceis da minha carreira...

Criar montar uma mini estufa agrícola para plantas - com temperatura controlada

Olá pessoal, nesse post vou compartilhar a montagem de uma estufa eletrônica com temperatura e luz controlada, essa estufa é feita de forma caseira com pouco gasto de energia elétrica.

Como vocês já viram em posts anteriores, estou na "aventura" de cultivar as pimentas Buth Jolokia e Trinidade Moruga Scorpion, contudo essas belezinhas tem muita dificuldade para germinar, ainda mais aqui em SP onde o tempo não ajuda.

Essas pimentas para germinar precisam de calor, e para poder se desenvolver sem maiores problemas precisam se manter quentes enquanto novinhas.

Tenho perdido várias mudas justamente pela mudança climática, somente depois que estão grandes, com a média de 4 a 6 folhas, elas tem resistência o suficiente para ficar em climas um pouco mais hostis.

Com isso decidi tirar esse sábado para construir uma estufa, não encontrei nada no mercado similar e nem tão pouco com o preço justo, por isso resolvi arregaçar as mangas e montar eu mesmo.

Foi o dia inteiro de montagem e aperfeiçoamento da estufa, porém o resultado está excelente e valeu a pena o esforço.

Pois bem, vamos aos passos.

Material

(veja as fotos para saber do que se trata):
- Pirômetro (aparelho para controlar o aquecimento, semelhante ao termostato mas para calor);

Pirômetro
Pirômetro



- Timer digital (o analógico também serve);
Timer Digital
Timer Digital

- Caixa organizadora (pegue uma alta e larga, para caber bastante mudas);
Organizador
Organizador

- 2 Lâmpadas fluorescente branca de 35W (dizem que é o melhor para o crescimento);
Lâmpada Fluorescente
Lâmpada Fluorescente

- 1 Lâmpada incandescente de 100W;
- Parafusos com porcas e arruelas;
Materiais Diversos
Materiais Diversos

- Fio de 1,5mm duplo flexível;

Fio 1,5mm
Fio 1,5mm

- Cano PVC de esgoto com 4 tampas;
- Cola PVC;
- Papel alumínio.

Montagem Passo a Passo

Comece montando os refletores, você deve cortar os canos no cumprimento da lâmpada, furar na parte superior para parafusar na tampa do organizador e fazer um furo na tampa de pvc para parafusar o bocal da lâmpada fluorescente.
Tubo PVC e tampa para criar os refletores
Tubo PVC e tampa para criar os refletores

Tubo montado
Tubo montado

Corte na lateral para criar os refletores
Corte na lateral para criar os refletores

Furos para fixação e colocação do bocal
Furos para fixação e colocação do bocal

Parafusos com porca para fixação
Parafusos com porca para fixação
Não esqueça de forrar com papel alumínio com a face reflexiva para a lâmpada (use cola PVC para colar o papel alumínio).
Colagem do papel alumínio
Colagem do papel alumínio
Agora parafuse os refletores na tampa do organizador.

Fixação dos refletores na tampa do organizador
Fixação dos refletores na tampa do organizador

Vista da tampa de cima
Vista da tampa de cima
 Aproveite e parafuse a caixa do disjuntor na parte lateral do organizador.

Estrutura da estufa montada
Estrutura da estufa montada

Agora vamos criar o aquecedor central, você precisará de duas tampas do PVC de esgoto, no meu caso, eu precisei cortar a borda da tampa para que eu pudesse encaixar a segunda tampa, de forma a dar uma altura maior ao aquecedor central e ficar afastado do plástico.
Tenha cuidado ao montar essa parte porque a lâmpada incandescente aquece bem, se ficar em contato com o plástico poderá derreter.


Corte para encaixar uma tampa dentro da outra
Corte para encaixar uma tampa dentro da outra

Vista do corte pela lateral
Vista do corte pela lateral

Vista do corte por cima e os furos para passagem dos fios
Vista do corte por cima e os furos para passagem dos fios
Agora vamos montar a segunda tampa que ficará dentro dessa primeira que cortamos, isso dará ao aquecedor central uma altura melhor e afastará ele do fundo do organizador, cujo o plástico é muito sensível ao calor.
Base de cima com os parafusos para dar suporte a lata
Base de cima com os parafusos para dar suporte a lata

Vista lateral
Vista lateral

Tampa PVC com o bocal para montar o aquecedor central
Tampa PVC com o bocal para montar o aquecedor central

Passar os fios pela primeira tampa
Passar os fios pela primeira tampa

Parafusando no fundo do organizador
Parafusando no fundo do organizador
Uma vez parafusada no fundo do organizador, precisamos criar uma proteção em volta do aquecedor.
Um cuidado ao montar o aquecedor central é criar uma gaiola em volta da lâmpada, de forma a evitar que a planta ou suas folhas esbarrem e fiquem queimadas, para isso eu usei uma lata de farinha láctea vazia com vários furos e retirado a tampa e o fundo.
Lata para proteção do aquecedor central
Lata para proteção do aquecedor central

Lâmpada para o aquecedor central
Lâmpada para o aquecedor central

Lâmpada colocada
Lâmpada colocada
Veja que os quatro parafusos colocados na primeira tampa dão suporte para evitar que a lata caia até encostar no fundo deixando a lâmpada descoberta.
A lata irá aquecer também, mas não o suficiente para derreter o plástico do PVC, esse calor irá ajudar a manter o ambiente aquecido depois do desarme do pirômetro.

Agora vamos montar a parte elétrica dos refletores, esses refletores vão fornecer a luz para o crescimento das plantas, o timer digital irá controlar o período que essa luz ficará ligada, conforme pesquisas na internet, você deverá dar no máximo 16 horas de luz para a planta, no caso, eu programei o timer para ligar a luz após as 19 horas e desligar as 7 da manhã, de forma a aproveitar a luz do dia e apenas suplementar algumas horas a mais para ajudar o desenvolvimento da planta.

Vejamos a ligação do refletor:
Ligação dos refletores
Ligação dos refletores

Isolar bem as ligações
Isolar bem as ligações
Quanto a parte elétrica dos refletores, pirômetro e o timer digital, se faz necessário que você tenha conhecimentos técnicos, pois cada dispositivo desse pode ter ligações diferentes das descritas aqui, que podem variar de acordo com a fabricação desses aparelhos, estude bem os manuais antes de se aventurar a ligar os dispositivos, uma ligação errada poderá queimar seu aparelho e colocar você em risco, saiba o que está fazendo.
Colocação dos fios do pirômetro
Colocação dos fios do pirômetro

Ligação do Timer Digital
Ligação do Timer Digital
Apenas para que você tenha ideia, postarei também o manual dos aparelhos que utilizei, talvez ele não sirva para os que você possui, mas dará um panorama geral dos dispositivos.
Manual do Pirômetro
Manual do Pirômetro

Manual do Timer Digital
Manual do Timer Digital
Segue agora a imagem do painel de controle pronto, veja que ficou bem estiloso.
Painel de controle pronto
Painel de controle pronto
Observe que pelo timer digital controlaremos o ciclo de luminosidade e no pirômetro teremos o controle da temperatura.

Segue agora as imagens da estufa funcionando:
Testando a ligação, luzes ligadas
Testando a ligação, luzes ligadas

Testando a ligação vista de cima
Testando a ligação vista de cima

Testando a ligação, luzes apagadas
Testando a ligação, luzes apagadas
Veja que nas duas primeiras fotos a luz se encontra ligada e na última foto foi testado o desarme da luz em um determinado horário para testes, o que demonstra que o dispositivo está funcionando corretamente.
A temperatura ficou controlada entre 28 e 30 graus e a luz programada para ligar as 19 e desligar as 7hs da manhã.

Uma observação a ser feita é que você deverá observar o comportamento da estufa e modificar de acordo com seu comportamento, no meu caso, observei que o aquecedor central estava jogando muito ar quente na tampa e ela estava deformando, outra observação é que não havia entrada de ar, precisávamos criar uma circulação de ar (calor, umidade e sem circulação de ar traz fungos, cuidado!), vou demonstrar como resolvi esses problemas.

Quanto a concentração de calor no aquecedor central, cortei uma outra lata de farinha láctea de forma a criar uma tampa e espaçando ela da outra com grandes espaços, foi parafusada na lata de baixo de forma a evitar que o calor suba de forma concentrada em um só ponto, e as grandes aberturas do lado deixam o calor circular (não tampe a lata, irá sobreaquecer e derreter tudo).
Segunda lata cortada e parafusada em cima para diminuir  a concentração de calor na tampa do organizador
Segunda lata cortada e parafusada em cima para diminuir  a concentração de calor na tampa do organizador

Quanto a troca de ar, temos que evitar que entre o ar frio diretamente em cima das plantas.
A ideia foi furar a caixa embaixo do aquecedor, furando juntamente as duas tampas PVC de forma que o ar seja obrigado a passar por dentro do aquecedor central.
Entrada de ar, vista de baixo do organizador
Entrada de ar, vista de baixo do organizador

Entrada de ar, vista de dentro do aquecedor central
Entrada de ar, vista de dentro do aquecedor central

Dessa forma, aproveitamos o calor retido no aquecedor, fazendo com que o ar entre aquecido.
Outra observação, o ar precisa sair, para tanto, encontre na tampa do organizador qual o local que está mais quente, faça saídas de ar nesse local, no meu caso, eu fiz dois círculos de 5cm de diâmetro próximo aos refletores, dessa forma o ar quente sai por cima da tampa do organizador e o ar frio entrará pela parte de baixo sendo aquecido previamente, evitando que se perda temperatura muito depressa.

Segue a foto da estufa funcionando e já com as sementes de pimenta plantadas.


 Observe nessa última foto os dois furos próximos aos refletores para a saída do ar.

Estufa agrícola caseira para plantas funcionando com sementes de pimenta.
Estufa agrícola caseira para plantas funcionando com sementes de pimenta.

Espero que tenham gostado, assim que eu tiver novidades vou postando para que possam acompanhar o desenvolvimento dessas pimentas.

Depois de 28 dias...


 Hoje, dia 01/12/2013, estou postando as fotos das sementes que eu havia plantado.
Lógico que adicionei mais alguns potinhos com sementes, motivo pelo qual você verá mais potes do que na última foto.

A estufa também teve outro valor além da germinação, tive uma muda de Jolokia que estava fraca, doente, e consegui salvá-la com a estufa (vaso marrom).

Veja como estão as mudas:
Mudas criadas na estufa, percebam um vaso marrom a direita que coloquei para tratamento.
Achei interessante postar o resultado, acredito que muitos de vocês viram a estufa e ficaram na curiosidade.
Pode-se notar que há alguns potinhos que não evoluíram, como se é de esperar, sempre há algumas que não germinam, mas de fato o número de sementes que germinaram é bem superior as que não germinaram (se considerar a taxa de sucesso de germinação das sementes dessa pimenta, o fato de eu não ter espaço ao ar livre e o clima aqui ser frio, esse número é assombroso).

Como podemos ver do dia 03/11/2013 até o dia 01/12/2013 (28 dias), tivemos uma rápida germinação e crescimento das mudinhas (essas no caso são de Trinidade Moruga Scorpion).

Testado e aprovado!

Até mais.

fonte blog tudo em volta
http://www.tudoemvolta.com.br/2013/11/estufa-agricola-plantas-eletrica-caseira.html

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Na Europa, 80% das plantas ornamentais têm pesticida prejudicial a abelhas

Estudo realizado em dez países europeus pelo Greenpeace aponta que 50% das substâncias encontradas são mortais para o inseto e alerta sobre graves danos para a agricultura.

A reportagem é de Rafael Plaisantk, publicada pelo portal EcoDebate, 24-04-2014.
Cerca de 80% das flores e plantas ornamentais vendidas em floriculturas e supermercados na Europa possuem pesticidas que são perigosos para as abelhas, revela um relatório do Greeenpeace publicado nesta quinta-feira (24/04).
“Sem saber, jardineiros amadores servem coquetéis de pesticidas perigosos para abelhas e insetos. Jardins deveriam ser um oásis afastado da indústria agrícola para esses animais e não um bar de veneno”, afirma Christiane Huxdorff, especialista em agricultura do Greenpeace.
Para o estudo, a organização analisou amostras de 35 espécies de plantas compradas em dez países europeus, entre elas alfazema, miosótis, violetas – variedades conhecidas por atrair abelhas. Em 98% das plantas foram encontrados algum resquício de pesticidas, mas nem todos são perigosos.
Mas em quase metade das amostras foram encontrados neonicotinoides, defensivos agrícolas conhecidos por matarem abelhas. Em 2013, a União Europeia (UE) restringiu por dois anos o uso de algumas dessas substâncias na agricultura, mas a restrição não vale para a produção de plantas ornamentais.
Abelhas são responsáveis pela polinização na agricultura
“Nós precisamos de uma rápida proibição de pesticidas prejudiciais a abelhas. Esses insetos são essenciais para assegurar a qualidade e o rendimento da nossa agricultura”, reforça Huxdorff.
A morte em massa de abelhas no mundo está relacionada principalmente ao aumento do uso de substâncias químicas na agricultura, além de doenças, parasitas e mudanças climáticas. A diminuição na população desses animais é preocupante devido a sua função de polinização.
Segundo o Greenpeace, um terço de todos os alimentos de origem vegetal consumidos no mundo depende da polinização das abelhas. E até 75% das culturas estão sofrendo uma queda na produtividade, principalmente a produção de maçã, morangos, tomate e amêndoas.
O problema da diminuição da população de abelhas é observado no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Em 2012, alguns estados da região Nordeste registraram uma queda de 90% na produção de mel e de 60% de abandono das colmeias.
Na Europa desde 1985 foi registrada uma queda na população de abelhas produtoras de mel comercial de 25%. Nos Estados Unidos, a redução foi bem maior: de 40% desde 2006.

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/530715-na-europa-80-das-plantas-ornamentais-tem-pesticida-prejudicial-a-abelhas

quinta-feira, 1 de maio de 2014

PAPIRO - ( Cyperus papyrus Linn. )


Papiro - Cyperus papyrus Linn.
Aquática herbácea rizomatosa entouceirada.
NOME CIENTÍFICO: Cyperus papyrus Linn.

NOME POPULAR: Papiro, papiro-do-egito.

FAMÍLIA: Cyperaceae.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: África Tropical, Egito, Palestina.

PORTE: Até 2 metros de altura, mas em seu local de origem chega atingir 4 metros.

FOLHAS: Formadas na extremidade das hastes, são finas e pendentes.

FLORES: Insignificantes, sem efeito ornamental, de cor marrom-clara formada entre as folhas.

CAULE: Numerosas hastes finas, mais ou menos triangulares de medula macia.

LUMINOSIDADE: Sol Pleno.

ÁGUA: Apreciam muita água, se cultivada em lugares secos perdem grande parte do seu efeito ornamental.

CLIMA: Prefere clima quente e úmido.

CULTIVO: Precisa de um tipo de solo que consiga agüentar o porte da planta, terrenos pantanosos são os ideais, eles se espalham rapidamente, sendo considerada uma planta daninha.

UTILIZAÇÃO: Ideal para ser usada como maciço e bordadura, de grande efeito ornamental quando plantada a beira de lagos, espelhos d’água e tanques.

PROPAGAÇÃO: Por divisão de touceiras que deverão conter um segmento do rizoma. Também pode ser através de mudas que nascem ao redor da planta-mãe.

PREÇO: Em Holambra / SP estava sendo comercializada a R$ 17,00.

Muda comercializada

quarta-feira, 30 de abril de 2014

OCUPA NISE: Horta Medicinal

Esse é um resgate a ancestralidade na emoção do lidar como dizia Dra. Nise da Silveira!!!
O
programa Horta Medicinal integra cultura, saúde e ciência, com plantas
medicinais no Instituto Municipal Nise da Silveira para a Universidade
Popular de Arte e Ciência - UPAC em parceira com Secretaria Municipal de
Saúde no programa Fitoterapia.

Mais herbicidas nos EUA


Uma das principais promessas dos proponentes era exatamente reduzir o uso de agrotóxicos nas lavouras.



The Wall Street Journal, 29/04/2014


“As despesas com herbicidas de alguns agricultores dobraram ou
triplicaram desde que essas ervas daninhas resistentes se proliferaram,
num momento em que os preços do milho estão 38% mais baixos que o pico
de 2012 e os preços da soja recuaram 16%.” (…)


“A Monsanto está buscando a aprovação federal para uma nova versão do
dicamba e para sementes de soja e algodão capazes de resistir ao
herbicida. A Dow planeja lançar uma nova versão do 2,4-D, juntamente com
sementes de milho e soja resistentes ao químico. As empresas afirmam
que os produtos são seguros.


Enquanto isso, alguns produtores estão voltando a um método caro, mas comprovado, de combater ervas daninhas: a enxada.


A capina manual, que pode custar aos agricultores americanos até US$ 370 por hectare, voltou a ser usada em partes dos EUA.


No ano passado, Heath Whitmore, que cultiva arroz e soja no Arkansas,
passou uma semana inteira capinando ervas daninhas que sobreviveram aos
produtos químicos. “Isso é o que meu pai e meu avô costumavam fazer”,
diz. “Estamos voltando para isso.”

Fonte: pratos limpos

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...