Nesta quinta-feira (29/11), a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária reúne jornalistas em sua sede, em Brasília, para apresentar
novas cultivares de frutas para a produção no Brasil. Segundo nota divulgada pela entidade, são
oito tipos de produtos, entre
cupuaçu, banana, maracujá, pêssego, uva e limão.
Veja abaixo a lista das novas variedades da embrapa
BRS Carimbó é uma cultivar de cupuaçu
desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental, Belém (PA). A fruta
apresenta mais produtividade e resistência em relação às variedades
normalmente utilizadas pelos produtores e possui resistência à
vassoura-de-bruxa, doença que ataca o cupuaçuzeiro, que pode até levar a
planta a morte. Sua produtividade chega a ser 2,5 vezes maior do que a
média do Estado do Pará. Pode ser utilizado tanto para a produção de
polpa quanto de semente.
A cultivar de banana BRS Platina
foi desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz
das Almas (BA) e tem como principal característica de produção a
resistência ao mal-do-Panamá e a tolerância à Sigatoka-amarela. Os
frutos são muito semelhantes aos da banana Prata Anã, tanto na forma
quanto no sabor. Em relação à produção, o rendimento de frutas de
primeira qualidade na nova cultivar é de aproximadamente 90%.
A cultivar de maracujá BRS Rubi do Cerrado,
desenvolvida pela Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF produz
aproximadamente 50% de frutos de casca vermelha ou arroxeada com peso de
120 a 300 gramas. Possui teor de sólidos solúveis de 13 a 15° Brix e
rendimento de suco em torno de 35%. Na região do DF e MT, dependendo das
condições de manejo da cultura, pode atingir produtividades superiores a
50 toneladas por hectare no primeiro ano de produção. Esse cultivar
também possui maiores níveis de resistência às principais doenças do
maracujazeiro e elevados níveis de produtividade são. Além disso, é mais
resistente ao transporte. Possui coloração amarelo forte, bom
rendimento de polpa e maior tempo de prateleira.
A cultivar de pêssego BRS Fascínio,
desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS) produz
frutos grandes, de polpa branca, sabor doce, consistência firme e boa
produtividade. A floração e maturação da cultivar, no entanto, são mais
tardias que as cultivares BRS Kampai e BRS Rubimel, lançamentos
anteriores de pêssego da Embrapa. As características mais importantes
dessa cultivar são o tamanho das frutas e a firmeza da polpa. Durante a
fase de validação, a produção em plantas adultas chegou a cerca de
90kg/planta.
O pêssego BRS Regalo,
de polpa branca e doce, também é outro lançamento da Embrapa. Entre
suas características apresenta uma ótima estabilidade de produção e é
indicado para a região Sul do país.
A BRS Vitória é uma cultivar de uva preta
sem semente desenvolvida pela Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves
(RS). Seu sabor é aframboesado e agradável, sendo recomendada para o
consumo in natura. Sua produção é vigorosa e fértil, seu ciclo de
produção é precoce, e pode ser cultivada com sucesso nas regiões
Noroeste de São Paulo e Minas Gerais, Norte do Paraná e no Vale do
Submédio São Francisco. Além disso, é a primeira cultivar brasileira de
uva sem semente tolerante ao míldio, principal doença fúngica da
videira, que pode infectar todas as partes verdes da planta causando
maiores danos quando afeta as flores e os frutos. Sua produção chega a
alcançar 25 a 30 toneladas por hectare. Apresenta teor de açúcar de 19 a
23º Brix.
Já a cultivar de
uva BRS Magna,
também desenvolvida pela Embrapa Uva e Vinho, é recomendada para
elaboração de suco varietal ou em corte com outras cultivares visando à
melhoria do sabor, cor e doçura. Apresenta boa adaptação climática,
podendo ser cultivada em condições de clima temperado e tropical úmido. A
cultivar tem vigor mediano e boa fertilidade de gemas, com média de
produtividade em São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso entre 25 e
30 t/ha e teor de açúcar em torno de 17 e 19º Brix.
A última cultivar de fruteira a ser lançada pela Embrapa neste ano é a do
limão tahiti BRS Passos. Esta lima ácida é uma alternativa de produção para a entressafra no Distrito Federal e Entorno. Sua
característica principal é a
produção elevada na entressafra (julho até novembro), com adequado
manejo de adubação para esta finalidade.
No
Distrito Federal, uma das regiões de produção desta fruta, a
produção do limão
cai em até 80% na entressafra, e a caixa do produto já chegou a ser
vendida por até R$ 80,00, enquanto que na safra o preço é de cerca de R$
5,00. É
boa alternativa para a
agricultura familiar, já que, mesmo numa
área de produção muito pequena, o
limão gera lucro. Além disso, ele pode ser produzido na forma de
consórcio com outras culturas, como algumas hortaliças.
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