Economia e mais produtividade. O caminho para obter esse resultado, sonho de todo produtor rural, começa bem antes do plantio, com uma boa análise de solo, realizada em laboratórios especializados.
Os resultados dessa pesquisa vão indicar as necessidades minerais das áreas destinadas ao plantio e às pastagens. A partir daí, é possível melhorar as condições do solo, com aplicação de calcário para corrigir a acidez, e também fornecer a quantidade certa de nutrientes para cada tipo de cultura.
“Assim, os produtores evitam o desperdício, pois não precisam gastar demais em calagem e em adubo, e investem apenas o necessário para ter uma boa produção”, resume o engenheiro agrônomo Leonardo Calsavara, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em Coronel Xavier Chaves.
Com esses argumentos, e um trabalho intensivo de orientação técnica, o extensionista conseguiu a adesão de 48 produtores à 1ª Campanha Municipal de Análise de Solo, realizada em 2010. As análises abrangeram cerca de 45% da área cultivada do município, localizado no Campo das Vertentes. Enilton de Oliveira Resende foi um dos participantes e não tem do que se queixar: sua produção de silagem saltou de menos de 30 para 55 toneladas, em apenas uma safra.
“Além de conhecer as necessidades da terra e fazer a correção de solo sugerida, ele aplicou técnicas de manejo diferenciadas, como escolha de sementes mais indicadas para a área e menor espaçamento entre as plantas”, explica Leonardo, da Emater-MG, que utiliza a propriedade de Enilton como unidade de referência tecnológica, em projeto desenvolvido com a parceria da Embrapa.
O escritório local da Emater-MG em Coronel Xavier Chaves já está recebendo amostras para a 2º Campanha de Análise de Solo, para a safra 2011/2012. Além de material impresso com as vantagens da correção de solo e orientações técnicas, Leonardo Calsavara ressalta que sempre inclui o tema nos dias de campo e nas reuniões de produtores.
Durante a campanha, os produtores do município podem enviar as amostras para o escritório local da Emater-MG. Os técnicos encaminham o material para laboratórios de análise, com os resultados, fazem a interpretação dos dados, que embasam as recomendações para a correção da acidez do solo (com aplicação de calcário) para a adubação, de acordo com as necessidades de cada cultura e tipo de solo.
Segundo Calsavara, os resultados do último ano mostraram que o solo no município presenta baixo teor de fósforo, potássio e alto teor de alumínio. “O alumínio prejudica o desenvolvimento vegetativo e produtivo. Com aplicação de calcário (composto de cálcio e magnésio), é possível corrigir esse excesso. E as carências são supridas pela adubação em quantidade adequada”, explica.
O extensionista recomenda que, após um ano da aplicação do calcário, seja realizada nova análise. Se necessário, é feita outra correção com calcário e só depois a adubação. “É como um check up do solo, que deve ser feito a cada dois anos, no caso das culturas de milho, e todos os anos para olericultura (verduras), por exemplo”.
O custo de cada exame, no município, fica entre R$ 12 e R$ 17. O extensionista da Emater-MG garante que vale a pena o investimento. “Sem a análise de solo, não se pode quantificar as necessidades do solo e aí corre-se o risco de aplicar adubo demais, o que representa desperdício de recursos, ou a menos, o que influi negativamente na produtividade”, justifica. A Campanha de Análise de Solo de Coronel Xavier Chaves tem apoio do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), da Associação Rural e Comunitária de Coronel Xavier Chaves e da Prefeitura Municipal, que subsidiou, em 2010, a compra de calcário, cobrando apenas o custo do frete. Foram doados até 10 toneladas por produtor, que recebe o calcário direto na propriedade. “Como foi realizada a compra conjunta, o valor do frete foi reduzido e a Prefeitura também economizou na aquisição do produto”, informa Leonardo Calsavara.
Ele alerta que, para atingir bons resultados na análise de solo, é preciso seguir alguns cuidados na retirada das amostras de terra, por isso foi feito um folheto explicativo para a campanha. "É importante seguir as recomendações corretamente, pois se o agricultor erra na coleta tem um resultado que talvez não corresponda à realidade." Para tirar dúvidas, os produtores de Coronel Xavier Chaves podem procurar o escritório da Emater-MG. O telefone é: (32) 3357-1248. Nos demais municípios de Minas Gerais, os produtores podem procurar a unidade da Emater-MG mais próxima ou consultar o Plantão Técnico da empresa, que fica em Belo Horizonte, pelos telefones (31) 3349-8120 e 3349-8140.
FONTE: Assessoria de Comunicação da Emater-MG