Prefeitura alega que demanda aumentou depois dos últimos temporais
“Um galho caiu em cima dos fios, depois do último temporal, ficamos sem luz durante uma semana”, conta o sobrinho de Timira, João Maria Nascimento, um dos moradores que vive em frente a árvore plantada pela tia. “Uma removeram, falta a outra, é um perigo, pode cair em cima da casa”, reclama ele dizendo que fez um protocolo para remoção das árvores “há uns cinco anos”.
O caso dele é um dos mais de dez mil pedidos de poda que se acumulam na Secretaria de Serviços Urbanos de Porto Alegre. “São em torno de 14 mil pedidos”, admite o secretário da pasta, Marcos Felipi. No ano passado eram 14.820 requisições na fila de espera. “Recentemente aumentaram os pedidos por conta dos temporais das ultimas semanas. Há um deficit enorme”, completou.
Para zerar essa demanda, onze equipes de uma empresa terceirizada atuam no manejo arbóreo da cidade. No ano passado esse serviço era realizado pelo quadro da Prefeitura. São em média 1.500 atendimentos por mês segundo a gestão municipal. De acordo com a carta de serviços da Secretaria, as execuções urgentes levam até dois dias. Já as vistorias levam de 45 a 120 dias de acordo com o caso. “Antes era em torno de 240 dias”, lembra Felipi.
Em abril, uma licitação foi aberta, pela Prefeitura, para a ampliação dos serviços. A licitação, que prevê dois lotes - Sul e Norte - e tem valor estimado de R$ 4,9 mi para cada contrato. “O objetivo é dobrar o número das equipes que atuam nas podas”, explica o secretário. O novo serviço prevê a utilização de caminhões maiores para aumentar a capacidade de recolhimento de resíduos, além do uso de trituradores de galhos que vão gerar material para compostagem. Também está previsto o uso de tomógrafo de impulso, equipamento utilizado para verificar a saúde das árvores, com análise do interior dos troncos.
Além disso a Prefeitura planeja contratar uma equipe apenas para a emissão de laudos de podas. “A ideia é acelerar e aumentar o número de laudos e de execuções”.
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