A
técnica da fitorremediação consiste no uso de plantas para ajudar a
diminuir a poluição de solos, águas e até mesmo do ar. Como explica o
pesquisador da Embrapa Solos durante o Prosa Rural desta semana, Sílvio
Tavares, embora o termo fitorremediação seja mais recente, essa técnica
já era utilizada na antiguidade, por exemplo, pelos egípicios para
auxiliar na despoluição de esgotos urbanos que desembocavam nas águas do
Rio Nilo.
O
princípio de atuação da fitorremediação é a capacidade de absorção das
raízes das plantas. Além de absorver águas e nutrientes que as fazem
crescer, algumas espécies são capazes de absorver do ambiente elementos
poluentes, funcionando como filtros biológicos.
Sílvio
Tavares foi um dos primeiros cientistas brasileiros a estudar e
introduzir a técnica no País para a descontaminação de solo e água por
metais pesados e petróleo. Entre outras informações, o pesquisador fala
sobre as espécies de plantas mais adequadas para promover a
descontaminação de rios, lagos, represas e açudes dentro das
propriedades rurais. “Muitas plantas que o produtor rural já cultiva em
sua propriedade podem ser usadas na fitorremediação. Para a
descontaminação da água, temos o junco, o aguapé, o lírio-do-campo, entre outras”.
Muitas pessoas acham que essas plantas são pragas mas, segundo Tavares, o crescimento natural desses espécies em determinada área é um indicador da existência de poluição, geralmente, uma poluição orgânica. “A planta tem um papel fundamental de se estabelecer nesses locais, absorver os poluentes e incorporá-los à sua biomassa. Esse é um processo natural de fitorremediação. A gente pode aumentar esse poder das plantas, colocando espécies mais específicas, que aturem melhor a bioacumulação desses poluentes”, explica o pesquisador.
Muitas pessoas acham que essas plantas são pragas mas, segundo Tavares, o crescimento natural desses espécies em determinada área é um indicador da existência de poluição, geralmente, uma poluição orgânica. “A planta tem um papel fundamental de se estabelecer nesses locais, absorver os poluentes e incorporá-los à sua biomassa. Esse é um processo natural de fitorremediação. A gente pode aumentar esse poder das plantas, colocando espécies mais específicas, que aturem melhor a bioacumulação desses poluentes”, explica o pesquisador.
Antes
de adotar a fitorremediação, o produtor deve identificar as
substâncias que estão poluindo o solo ou a água da sua propriedade. Só
então ele vai definir que espécies de plantas serão usadas para colocar
a técnica em prática. Para isso, é preciso contar com a ajuda de um
profissional capacitado.
O
Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
2010/07/23 | ||||||
Carlos Dias
Email: carlos@cnps.embrapa.br Telefone: (21) 2179-4578 |
||||||
Embrapa Solos | http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2010/fitorremediacao-o-uso-de-plantas-para-descontaminacao-ambiental-2/?searchterm=aguap%C3%A9 |
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