quinta-feira, 30 de junho de 2011

AGRÔNOMO brasileiro é eleito novo diretor da FAO

O brasileiro José Graziano da Silva foi eleito neste domingo (26) o novo diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, da sigla em inglês). O anúncio foi feito por volta de 10h30 da manhã deste domingo.


Um brasileiro no combate à fome por afpportugues




Com o apoio de 90 países, ele ficou à frente de Miguel Ángel Moratinos, ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, na segunda e decisiva ronda do pleito.

Uma votação anterior incluindo outros quatro candidatos havia ocorrido logo antes, e Graziano já estava à frente. Eliminados os quatro candidatos com menos votos, o brasileiro conseguiu alcançar a maioria absoluta do quórum, que era equivalente a 90 votos.

Graziano, agrônomo, professor e escritor, foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome enquanto a pasta existiu, entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Ele coordenou o programa "Fome Zero" em seu início.

A FAO elegeu o substituto do senegalês Jacques Diouf no comando. Ele está à frente da organização internacional desde 1994, eleito a três mandatos seguidos de seis anos cada.

O futuro diretor geral terá que enfrentar um dos maiores desafios da Humanidade em sua tentativa de aumentar a produção de alimentos sem degradar o meio ambiente, com o objetivo de alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050.

No total, seis candidatos -os outros são Franz Fischler (Áustria), Indroyono Soesilo (Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (Irã), Abdul Latif Rashid (Iraque)- apresentaram em abril, na sede central da entidade, seus programas de trabalho aos ministros e representantes dos 191 países membros.

A 37ª conferência da organização tem a participação de 179 países.

Esse é o novo diretor da FAO.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Graziano_da_Silva

quarta-feira, 29 de junho de 2011

cartilha agricultura urbana com enfoque agroecológico

Neste espaço disponibilizamos esta cartliha produzida pelo Cepagro,  de caráter informativo,  didático e de promoção das iniciativas comunitárias. Reprodução permitida, desde que citadas as fontes e creditados os autores.

fonte: http://www.cepagro.org.br/publicacoes-do-cepagro/






terça-feira, 28 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A AGRICULTURA BIODINÂMICA

O QUE É A AGRICULTURA BIODINÂMICA




Bernardo Thomas Sixel*



Rudolf Steiner (1861 – 1925), fundador da Antroposofia, colocou, durante o Congresso de Pentecostes, em 1924, a pedra fundamental do berço do Movimento Biodinâmico, em forma de um ciclo de 8 palestras para agricultores. Esse congresso teve lugar no castelo Koberwitz perto de Wroclaw/Breslau, que hoje abriga a prefeitura de Kobierzyce, Polônia.





O impulso da Agricultura Biodinâmica, sendo uno com a Antroposofia, tem como conseqüência natural à renovação do manejo agrícola, a sanação do meio ambiente e a produção de alimentos realmente condignos ao ser humano.

Esse impulso quer devolver à agricultura sua força original criadora e fomentadora cultural e social, força que ela perdeu no caminho à industrialização direcionada à monocultura e à criação em massa de animais fora do seu ambiente natural.

A Agricultura Biodinâmica quer ajudar aqueles que lidam no campo a vencer a unilateralidade materialista na concepção da natureza, para que eles possam, cada um por si mesmo, achar uma relação espiritual – ética com o solo, com as plantas e os animais e com os coirmãos humanos.

A Biodinâmica quer lembrar todos os homens que: “A Agricultura é o fundamento de toda cultura, ela tem algo haver com todos”.

O ponto central da Agricultura Biodinâmica é o Ser Humano que conclui a criação a partir de suas intenções espirituais baseadas numa verdadeira cognição da natureza.
Esse quer transformar sua fazenda ou sítio em um organismo em si concluso e maximamente diversificado; um organismo do qual a partir de si mesmo for capaz de produzir uma renovação. O sítio natural deve ser elevado a uma “espécie de individualidade agrícola”

O fundamento para tal é a integração de todos os elementos ambientais agrícolas como culturas do campo e da horta, pastos, fruticulturas e outras culturas permanentes, florestas, sebes e capões arbustivos, mananciais hídricas e várzeas etc.. Caso o organismo agrícola se ordene em volta desses elementos nasce uma fertilidade permanente e a saúde do solo, das plantas, dos animais e dos seres humanos.

 

A partida e a continuidade desse desenvolvimento ascendente da totalidade do organismo empresa é assegurado pelo manejo biodinâmico dos tratos culturais agrícolas e do uso de preparados apresentados pela primeira vez por Rudolf Steiner durante o Congresso de Pentecostes. Trata-se de preparados que incrementam e dinamizam a capacidade intrínseca da planta a ser produtora de nutrientes, seja por mobilização química, transmutação ou transubstanciação do mineral morto ou por harmonização e adequação na reciclagem das sobras da biomassa produzida. Preparados que simultaneamente apóiam a planta a ser transmissor, receptor e acumulador do intercâmbio da Terra com o Cosmo

 
Adubar na biodinâmica significa, portanto aviventar ou vivificar o solo e não fornecer nutrientes para as plantas.

A única preocupação que devemos ter é o que fazer para que isso aconteça. Nesse caso é possível abster-se de tudo que hoje em dia parece ser imprescindível. Na Agricultura Biodinâmica não se usam adubos nitrogenados minerais, pesticidas sintéticos, herbicidas e hormônios de crescimento etc. A concepção do melhoramento biodinâmico dos cultivares ou das raças esta em irrestrita oposição a tecnologia transigência. A ração para os animais é produzida no próprio sítio ou fazenda e a quantidade dos animais mantidos esta em relação com a capacidade natural da área ocupada.

O agricultor biodinâmico está empenhado a fazer somente aquilo pelo qual ele mesmo pode responsabilizar-se. a saber, o que serve ao desenvolvimento duradouro da “individualidade agrícola”. Isto inclui o cultivo e a seleção das suas próprias sementes como também a adaptação e a seleção própria de raças de animais. Além disso, significa uma orientação renovada na pesquisa, consultoria e formação profissional.

O agricultor biodinâmico aprende, dentro do processo de trabalho, ele a ser mesmo um pesquisador, aprende a participar e transmitir sua experiência a outros e formar dentro do seu estabelecimento um local de formação profissionalizante para gerações vindouras.

Uma renovação desta natureza desperta o interesse das pessoas que vivem nas cidades. Elas ligam-se com esta ou aquela fazenda ou sítio, apóiam e ajudam como podem, tornando-se fieis fregueses. Elas colaboram na formação de mercados regionais tornando-se como associados solidários mútuos. Há iniciativas novas de importância fundamental em toda parte para que a agricultura possa enfrentar com sua autonomia regional a globalização do mercado mundial. Agricultura não é somente profissão para ganhar dinheiro, mas é principalmente encargo de vida, é vocação.

Em mais de 50 países da Terra a Agricultura Biodinâmica é praticada ao serviço do cultivo do meio ambiente e alimentação saudável do ser humano. No mundo inteiro os produtos biodinâmicos são uniformemente comercializados sob a marca “DEMÉTER”. A marca DEMÉTER garante uma cultura agrícola baseada em medidas novas nos campos culturais – espirituais, políticos – legais, econômicos e ecológicos.

Para o desenvolvimento da agricultura e da cultura em geral no Brasil será de maior significação, achar personalidades suficientes que tenham a coragem e a força de iniciativa de se colocar ao serviço desta renovação da agricultura.

* Fonte: Sociedade Antroposofica Brasileira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O agroecologista DODÔ - sitio dos herdeiros - Lami - Porto Alegre

O agricultor ecologista Salvador Rosa da Silva, o Dodô, que há 12 anos produz folhosas, frutas, ovelhas e vacas, numa área de 18 mil metros quadrados no bairro Lami. Foi entrevistado pela TVE, assista o vídeono endereço http://www.emater.tche.br/suporte/midia/video_tv_601.wvx

Ele tem, como preocupação, produzir para abastecer o mercado, “que pede alimentos mais saudáveis”, diz Dodô, que todo sábado de manhã comercializa seus produtos nas bancas 2 e 4 da Feira do Bonfim.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Visita a ECOCITRUS. Usina de Compostagem de Resíduos Agroindustriais!!!

Nesta segunda feira a turma da disciplina de produção orgânica de hortaliças, da faculdade de Agronomia da UFRGS, visitou a cooperativa Ecocitrus em Montenegro/RS. Esta usina surgiu da necessidade de suprir os agricultores com adubação orgânica nas suas produções agrícolas.

 Em 1995, para recuperar suas áreas, a cooperativa criou uma base de beneficiamento de adubos orgânicos, chamada de . Em parceria com 35 agroindústrias da região, os resíduos orgânicos destas empresas são destinados para a Usina de Compostagem da Ecocitrus, que os transforma em adubo orgânico.











Assim, os 107 associados plantam e colhem frutas sem o uso de agrotóxicos, poupando o meio ambiente da ação de venenos e produtos químicos. Ao todo, a cooperativa recicla 45 mil toneladas de resíduos industriais por ano e produz 15 mil toneladas de composto (sólido) e 15 mil toneladas de biofertilizante líquido por ano.










Em 2008, a Ecocitrus realizou um grande investimento na remodelação da estrutura da Usina de Compostagem, com a construção de novas valas e pavilhões. A usina, que ocupa 12 hectares de área útil, na localidade de Passo da Serra, no município de Montenegro, também foi modernizada, com a introdução de novas tecnologias, como a aceleração do processo de compostagem, melhorando a qualidade do adubo orgânico. Com a ampliação da estrutura, será possível triplicar a produção.

 

A usina possuía uma licença de operação para 3,4 mil metros cúbicos mensais. Na renovação desta licença, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental autorizou recentemente o processamento de 12 mil metros cúbicos mensais de resíduos Classe II (LO 3203/2009).




Para entrar em contato

Área comercial de resíduos

ademar@ecocitrus.com.br

Área técnica

adriana@ecocitrus.com.br

Área comercial de adubo

joana@ecocitrus.com.br



fonte: http://www.ecocitrus.com.br/index.htm

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vídeo - Bases Agroecologicas para Conversão a Agricultura Orgânica

O que é a Agroecologia ?




Os defensores da Revolução Verde sustentam que os países em desenvolvimento deveriam optar por um modelo industrial baseado em variedades melhoradas e no crescente uso de fertilizantes e pesticidas a fim de proporcionar uma provisão adicional de alimentos as suas crescentes populações e economias. Mas, como analisamos anteriormente a informação disponível demonstra que a biotecnologia não reduz o uso de agroquímicos nem aumenta os rendimentos. Também não beneficia nem aos consumidores nem aos agricultores pobres. Dado este cenário, um crescente número de agricultores, ONGs e defensores da agricultura sustentável propõe que no lugar deste enfoque intensivo em capital e insumos, os países em desenvolvimento deveriam propiciar um modelo agroecológico que coloque ênfase na biodiversidade, na reciclagem de nutrientes, na sinergia entre cultivos, animais, solos e outros componentes biológicos, assim como na regeneração e conservação dos recursos naturais (Altieri, 1996).

Uma estratégia de desenvolvimento agrícola sustentável que melhore o meio ambiente deve ter por base princípios agroecológicos e numa metodologia de maior participação para o desenvolvimento e difusão de tecnologia. A Agroecologia é a ciência que tem por base os princípios ecológicos para o desenho e manejo dos sistemas agrícolas sustentáveis e de conservação de recursos naturais, e que oferece muitas vantagens para o desenvolvimento de tecnologias mais favoráveis ao agricultor. A Agroecologia se baseia no conhecimento indígena e em seletas tecnologias modernas de baixos insumos capazes de ajudar a diversificar a produção. O sistema incorpora princípios biológicos e os recursos locais para o manejo dos sistemas agrícolas, proporcionando aos pequenos agricultores uma forma ambientalmente sólida e rentável de intensificar a produção em áreas marginais (Altieri et al, 1998).

Estima-se que aproximadamente 1,9 a 2,2 milhões de pessoas ainda não foram atingidas direta ou indiretamente pela tecnologia agrícola moderna. Na América Latina a projeção era de que a população rural permaneceria estável em 125 milhões até o ano 2000, mas, 61 por cento desta população é pobre e a expectativa é de que aumente. As projeções para a África são ainda mais dramáticas. A maior parte da pobreza rural (cerca de 370 milhões de pessoas) vive em zonas de escassos recursos, muito heterogêneas e sujeitas a riscos. Seus sistemas agrícolas são de pequena escala, complexos e diversificados. A maior pobreza se encontra com mais freqüência em zonas áridas o semiáridas e nas montanhas e ladeiras, que são vulneráveis desde o ponto de vista ecológico. Estas propriedades e seus complexos sistemas agrícolas se constituem em grandes desafios para os pesquisadores.

fonte: http://cabiouel.files.wordpress.com/2010/04/altieri-biotecnologia-mitos-e-riscos-ambientais.pdf

terça-feira, 7 de junho de 2011

Entrevista/José Lutzenberger

"A natureza é algo divino, e nós humanos somos apenas parte dela."



José Lutzemberger.


Pioneiro do movimento ecológico do Rio Grande do Sul, José Lutzenberger é símbolo de contestação. Das lutas contra os agrotóxicos, nos anos 70, ao combate aos transgênicos e à globalização, nesse início de século, é reconhecidamente um dos nomes mais importantes no país no trabalho de preservação do planeta e dos que vivem nele.

Às vésperas de completar 75 anos, Lutzenberger continua combativo, voltado para promoção do desenvolvimento rural sustentável, difusão da agricultura regenerativa e educação ambiental, dando assessoramento através da Fundação Gaia, que fundou em 1987 e preside. O ecologista e agrônomo com mais de 40 prêmios no currículo, tem sua marca na criação da lei de Agrotóxicos do Rio Grande do Sul, primeira do país, na criação da AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural - e em projetos contra o desmatamento, extinção da fauna e poluição ambiental. Foi Secretário Especial de Meio Ambiente entre 1990 e 1992, durante o governo Collor, contribuindo para a demarcação dos territórios indígenas, entre outros projetos.

Nessa entrevista, Lutzenberger fala sobre as perspectivas da agricultura sustentável, dos agricultores familiares e dos transgênicos e a perda da autonomia do agricultor.
 
 
E a questão dos transgênicos, então?

Lutzenberger - O transgênico é mais uma manobra para tirar uma das últimas coisas que o agricultor ainda tem domínio próprio,que é a semente. Na Alemanha, hoje, se um agricultor trocar a semente com seu vizinho já é punido. Se nós deixarmos entrar os transgênicos, não demora, vamos poder plantar somente as sementes registradas. Hoje, já não se consegue crédito para milho que não seja híbrido.

Revista - O governo do Rio Grande do Sul quer que o Estado seja livre de transgênicos.

O senhor acha que é possível?

Lutzenberger - Claro que é possível. Temos como fazer isso. Não precisamos nem proibir os transgênicos. É só não aceitar as patentes e pronto. Aí eles não oferecem mais essa semente. Baseada nas patentes, a Monsanto já processou mais de quatro mil agricultores nos Estados Unidos. Isso significa que a lavoura deles é destruída, eles são obrigados a pagar multas de dezenas de milhares de dólares e acabam entregando a propriedade ao banco.

Essas grandes empresas querem o controle total dos insumos. Agricultura moderna é isso. E nem o agricultor, nem o consumidor têm como se defender. Temos que olhar o panorama completo, em vez de simplesmente bater palmas para a globalização, achar que isso é bom.

O agricultor e o consumidor não têm mais escolha. Esta se estruturando um governo mundial tecnoditatorial, que não precisa fazer repressão. Não precisa soldados. Não precisa proibir. Através de infra-estrutura tecnoburocrática legalizada, cada vez mais abrangente, criam-se contingências tecnológica inescapáveis.

Revista - Como está a formação dos profissionais das ciências agrárias?

Lutzenberger - Eles aprendem pacotes tecnológicos prontos. Em geral, eles não aprendem a pensar e não têm horizonte científico amplo. Aqui vai meu apelo aos jovens profissionais: ampliem seu horizonte intelectual em ciências naturais, tecnologia e filosofia.

Isso não significa trabalho árduo, ao contrário, as ciências naturais são a maior aventura do espírito humano. Não tem prazer maior que o prazer de desvendar os mistérios da natureza. A verdadeira revolução, a verdadeira contestação é ampliar o horizonte científico, técnico e filosófico. Só quem tem esse horizonte tem condições de se dar conta do que está acontecendo.

"O que realmente houve na agricultura dita moderna foi uma desapropriação do camponês. (...) Agora, o agricultor moderno é um tratorista, nada mais, um espalhador de veneno."

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...