quarta-feira, 17 de abril de 2019

Conheça as caraterísticas dos adubos orgânicos!

Extraído do blog Mundo da Horta
O objetivo da adubação orgânica é manter ou aumentar a fertilidade do solo e da sua atividade biológica.  Devemos “nutrir o solo para alimentar a planta”. Adubar não é simplesmente fornecer nutrientes para as plantas. Adubar é uma ação global que tem como objetivos simultâneos  melhorar a fertilidade e a saúde do solo e garantir a nutrição das plantas.  A adição de adubos orgânicos melhora, consideravelmente, as características físicas e biológicas do solo.

Adubos orgânicos humus de minhoca
É o produto resultante da decomposição da matéria orgânica digerida pelas minhocas. É  a forma mais decomposta de matéria orgânica, o que facilita a sua degradação por micro-organismos do solo e facilita a liberação de nutrientes. Entre suas qualidades estão:
– Bons teores de macronutrientes (nitrogênio, potássio, fósforo,  enxofre, cálcio e magnésio) e especialmente de micronutrientes (cobre, molibdênio, zinco, ferro, e cloro)
– Durante seu processo digestivo as minhocas promovem um aumento da população de micro-organismos, principalmente bactérias benéficas, sendo o húmus de minhocas uma excelente fonte de micro-organismos para o solo.
– Não tóxico para as plantas, os animais e o homem.
– Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente.
– Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação das plantas.

bokashi horta em casa
Produto da agricultura natural japonesa, o Bokashi é um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando a disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento. É um recurso que associado a práticas de incorporação de matéria orgânica, auxiliando o processo de recuperação da vida do solo e da sua fertilidade.
Melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, proporcionando às plantas as condições ideais para o pleno desenvolvimento. Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente. As raízes, além de absorver nutrientes do solo, secretam substâncias nutritivas, sendo que esta secreção ocorre na rizosfera, onde os microrganismos atuam. Estes por sua vez, absorvem substâncias de difícil assimilação e as transformam em substâncias assimiláveis pelas plantas, proporcionando uma nutrição equilibrada e fortalecendo aplanta contra o ataque de pragas e doenças.
O adubo orgânico pode ser aplicado via foliar ou via gotejamento (Bokashi líquido) ou diretamente no solo (Bokashi líquido e/oufarelado)

adubo carvão vegetal - Copia
fino de carvão é uma forma bastante estável da matéria orgânica do solo utilizado na composição de substratos orgânicos. É um material poroso, o que permite aumentar a capacidade de retenção de água e de absorção de compostos orgânicos solúveis.  Facilita a proliferação de organismos benéficos, além de possuir em sua composição elementos minerais como: magnésio, boro, silício, cloro, cobre, manganês, molibdênio e, principalmente, potássio.
No Brasil, um exemplo do efeito benéfico do carvão são os solos da Bacia Amazônica chamados Terra Preta de Índio . Eles teriam sido produzidos com a combinação de carvão vegetal, cerâmica e matéria orgânica de origem vegetal e animal.. Se estima que a produtividade dos solos pretos é 15% maior do que os outros solos.

farinha ossos
É um produto oriundo de ossos bovinos que são incinerados a mais de 500 graus de temperatura até a queima total. Após um período de resfriamento estas cinzas são moídas.
A farinha de ossos é um adubo orgânico rico em fósforo e cálcio, elementos essenciais ao crescimento, floração e frutificação das plantas. É o principal fertilizante orgânico fonte de fósforo, elemento absorvido pelas raízes das plantas e determinante para o aumento da produtividade. Outra vantagem da farinha de osso é que sua solubilização é lenta, o que garante o suprimento de fósforo as plantas por um bom tempo, diferente que os superfosfatos (fertilizantes inorgânicos) que tem uma rápida solubilização em água.

torta de mamona
           A torta de mamona, produzida durante a extração do óleo, é um importante subproduto da cadeia produtiva da mamona. Se trata de uma rica fonte de nitrogênio de lenta liberação que também funciona como condicionador de solo, elevando o nível de matéria orgânica. Outro efeito bem documentado da torta de mamona é o controle de fitonematóides, quer seja pelo efeito nematicida direto quando aplicada no solo, pela liberação de substâncias tóxicas decorrentes do processo de decomposição, ou mesmo pela estimulação da microbiota natural do solo antagônica a estes fitopatógenos.

calcareo de cochas
Os calcários são rochas sedimentares com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio. Quando o calcário é um aglomerado formado da natureza por conchas e fragmentos de conchas é denominado  calcário de conchas ou conquífero. O calcário de conchas na agricultura orgânica é utilizado para corrigir a acidez do solo. Ao mesmo tempo em que faz  essa correção, o calcário também fornece cálcio e magnésio indispensáveis para a nutrição das plantas.  A aplicação do calcário aumenta a disponibilidade de  nutrientes para as plantas e permite a maximização dos efeitos dos fertilizantes, e consequentemente o aumento substancial da capacidade  produtiva da terra.

estercol de origem animal
O esterco é a designação dada ao material orgânico em avançado estado de decomposição proveniente de excrementos de animais utilizados para fertilizar plantas. Às vezes o esterco consiste em mais de um resíduo orgânico, tal como excrementos de animais e restos das camas, como acontece com a palha. Os estercos, em função de suas características químicas, têm um alto potencial fertilizante, podendo substituir, quando são adicionados com outro adubo orgânico, totalmente a adubação química e contribuir significativamente para o aumento da produtividade das culturas. É muito importante que o esterco esteja bem fermentado para inativar os microrganismos patogênicos e o risco de contaminação. Os adubos orgânicos de origem animal mais utilizados  são o esterco bobino, o esterco de galinha e o esterco de porco.

COMPOSTOS DE LIXO DOMÉSTICO
adubo do lixo domestico
O composto é o produto final do processo de compostagem do lixo doméstico. A compostagem é um processo natural de transformação da matéria orgânica do lixo em compostos mais simples que podem ser utilizados como nutrientes pelas plantas. A compostagem é realizada pelos próprios microorganismos presentes nos resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade. Esses micro-organismos vão descompor e estabilizar os compostos constituintes dos materiais liberando dióxido de carbono e vapor de água.

po de rocha
Os solos mais férteis do mundo tiveram sua origem nas erupções vulcânicas. Apesar do constante perigo  dos vulcões, as pessoas continuam a viver próximas aos mesmos devido à fertilidade do solo vulcânico.
pó de rocha é um produto originário das rochas vulcânicas utilizado para rejuvenescer solos pobres. O pó de rocha contém cerca de 60 a 70 elementos químicos, entre micro e macro nutrientes, além dos oligoelementos úteis.
Entre suas qualidades e benefícios estão:
– É pouco solúvel, diminui os riscos de perdas do produto.
– Presença de macro e micronutrientes essenciais.
– Corrige o pH (acidez) do solo.
– Em conjunto com a matéria orgânica, incentiva a vida do solo.
– Proporciona um equilíbrio nas plantas, fortificando-as e diminuindo assim a necessidade de defensivos agrícolas.

extracto pirolenhoso
extrato pirolenhoso, também conhecido como ácido pirolenhoso, líquido pirolenhoso ou vinagre de madeira,  é extraído da queima da madeira e atua tanto no controle de pragas como na adubação. Originário do Japão, onde é utilizado há séculos, é um líquido resultante da condensação da fumaça composto por mais de 200 substâncias que interagem entre si.
É  condicionador do solo, bioestimulante vegetal, indutor de enraizamento e repelente de insetos. É um excelente fertilizante para orquídeas,  já que  promove um aumento no número de brotos, garantindo o aumento do número de flores.

aubação orgânica na planta
Os aminoácidos ativam o metabolismo geral do solo e da planta, melhorando a fotossíntese e outros processos fisiológicos vitais. Usado como adubo para todo tipo de plantas, o aminoácido favorece a capacidade de absorção das raízes e otimiza as transformações químicas, dando como resultado um melhor aproveitamento de nutrientes, maior brotação, floração e principalmente melhor resistência a pragas e doenças. É um excelente adubo para orquídeas.
A utilização de aminoácidos via solo ou via foliar além de fornecer a planta uma fonte direta para que esta sintetize as proteínas, fornece também energia adicional necessária para suprir as demandas nos momentos críticos do ciclo vegetativo.
As vantagens do uso de aminoácidos são:
– Proporciona um metabolismo mais equilibrado das plantas
– Ativação da fotossíntese das plantas resultando em plantas mais verdes e com maior conteúdo de açúcar
– Redução de fitotoxicidade de determinados defensivos agrícolas
– Maior tolerância das plantas a pragas e doenças (papel imunológico)
– Aumenta a absorção e a translocação dos nutrientes aplicados na parte aérea das plantas
– Sistema radicular mais desenvolvido e vigoroso
– Regulador da atividade hormonal das plantas
– Maior tolerância das plantas ao stress hídricas e geadas
– Aumento do florescimento das plantas
– Alimento para a micro-vida do solo contribuindo dessa forma para a melhoria da estrutura física do solo

Autor: Miguel Lancho Jiménez





Espécies de minhocas para minhocultura

Gustavo Schiedeck,
            A minhocultura é uma atividade de grande apelo social, tanto no campo quanto na cidade, devido à sua capacidade de processar resíduos orgânicos transformando-os em um produto de elevada qualidade para a fertilização de plantas, o popular ‘húmus de minhoca’.
            Muitas pessoas interessadas no assunto se deparam com uma questão elementar: qual a espécie de minhoca mais indicada para utilizar no minhocário? Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas terrestres, divididas em três grupos ecológicos: anécicas, endogeicas e epigeicas. Os primeiros grupos são formados por espécies que vivem em galerias verticais e em perfis mais profundos do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas epigeicas são espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de materiais ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem galerias no solo, uma vez que não possuem a anatomia indicada para tal função. Por essas peculiaridades ecológicas, as minhocas desse grupo são as mais indicadas para a criação racional em cativeiro.
            Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para a minhocultura e cada qual possui características particulares. Dentre as características mais importantes para a escolha da espécie estão a capacidade em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto consumo do alimento oferecido, grande tolerância às variações ambientais, elevados índices de reprodução e fertilidade dos casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual, grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação manual.
            As espécies de clima temperado utilizadas na minhocultura mundial são Eisenia andrei, Eisenia fetida, Dendrobaena rubida, Dendrobaena veneta e Lumbricus rubellus. Por sua vez, as espécies de clima tropical mais utilizadas são Eudrillus eugeniae, Perionyx excavatus e Pheretima elongata.
            Na grande maioria dos minhocários do mundo predomina a utilização das espécies E. andrei e E. fetida (erroneamente escrita como E. foetida ou ainda E. phoetida), ambas conhecidas pelo nome comum de “vermelha-da-califórnia”. No Brasil, praticamente todos os minhocários são montados com a espécie E. andrei. Embora muitos centros de pesquisa no País referenciem a utilização de E. fetida em seus trabalhos científicos, essa espécie raramente é encontrada em levantamentos taxonômicos. Assim, é possível que as populações existentes no País sejam mesmo de E. andrei, e não de E. fetida. Essa confusão se deve à grande semelhança de sua anatomia externa, apesar de possuírem algumas diferenças na coloração da epiderme e no ciclo de vida.
            A preferência pela E. andrei e E. fetida se deve ao fato de já estarem amplamente distribuídas no mundo, habitando naturalmente diversos tipos de resíduos orgânicos. Além disso, podem sobreviver em ambientes com ampla variação de umidade e temperatura, de 70% a 90% e de 0ºC a 35ºC respectivamente. Sob condições ótimas, possuem elevados índices de reprodução e, segundo alguns autores, consomem o equivalente ao seu peso em alimento por dia. Os casulos são colocados à média de um a cada dois ou três dias, com viabilidade em torno de 73% a 80% e 2,5 a 3,8 minhocas por casulo. O período de incubação do casulo gira em torno de 18 a 26 dias e, após a eclosão, a maturidade sexual é atingida ao redor de 28 a 30 dias.
            Apesar da “vermelha-da-califórnia” ser a mais conhecida, outras espécies já podem ser adquiridas no Brasil em criadores de matrizes especializados. A Eudrilus eugeniae é conhecida popularmente como “gigante-africana” e é criada principalmente para o mercado de isca viva para pesca e para a produção de proteína para alimentação animal. Embora seja uma minhoca grande (tamanho entre 8 e 19 cm e peso entre 2,7 a 3,5 g), é mais sensível à manipulação e às mudanças de temperatura, preferindo ambientes em torno de 25°C e tolerando variações entre 16ºC e 30°C. Em média, um casulo é colocado a cada dois dias e em seu interior há 2 a 2,7 minhocas. O tempo de incubação do casulo é de 12 a 16 dias e a maturidade sexual é atingida entre os 40 e 49 dias após a eclosão do casulo.
            A espécie conhecida como violeta-do-himalaia, Perionyx excavatus, é outra possibilidade já disponível no Brasil para a criação em minhocários. Essa espécie produz muitos casulos, em média de 1,2 a 2,7 por dia, porém de cada casulo nasce apenas 1 e 1,1 minhoca. A incubação do casulo é em torno de 18 dias e após 28 a 42 dias as minhocas atingem a maturidade sexual, estando prontas para reproduzir e iniciar um novo ciclo. Seu melhor desenvolvimento ocorre em temperaturas entre 25ºC e 37°C, sendo que temperaturas abaixo de 5°C podem ocasionar sua morte.
            As diferentes espécies de minhocas disponíveis podem auxiliar na diversificação da minhocultura, bastando que cada criador analise suas condições e interesses para fazer a escolha mais adequada.

 
Gustavo Schiedeck possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado na Estação Experimental Cascata. Tem experiência na área de Agroecologia e agricultura familiar, atuando principalmente nos seguintes temas: horticultura, minhocultura e produção de húmus e plantas bioativas.
Contato: gustavo.schiedeck@cpact.embrapa.br



Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):
SCHIEDECK, G. Espécies de minhocas para minhocultura. 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm>. Acesso em: 19/7/2018

terça-feira, 16 de abril de 2019

Aprenda como fazer compostagem em casa ou em apartamento!


A técnica de compostagem com minhocas dá origem a um biofertilizante que deixa as plantas bonitas e saudáveis.
Reduzir o lixo da cozinha, ter um adubo maravilhoso, fácil e sempre à mão, manter uma horta superbonita: dá para ter isso tudo com uma composteira em casa. Existem vários tipos de composteira, mas o que a blogueira e autora do livro Uma vida sem lixo (Editora Alaúde), Cristal Muniz, recomenda é a com minhocas. Aprenda como fazer:

Composteira em casa

  1. Faça um buraco na terra, de cerca de pelo menos 0,5 metro quadrado. Se a família for grande, você pode fazer dois e, enquanto um descansa, vocês enchem o outro. Ou fazer um grandão, de 1 metro quadrado. Uns 30 centímetros de profundidade são suficientes. Para ajudar a segurar as paredes de terra, você pode colocar tábuas nas laterais ou uma caixa sem o fundo (tipo uma caixa d’água, um caixote, algo que segure as laterais, mas dê acesso ao chão). Também dá para fazer cercando uma área em contato com a terra com cerca de arame, tábuas ou troncos.
  2. Coloque o material orgânico e não espalhe muito. Va concentrando em um cantinho até encher o espaço. Sempre cubra muito bem com folhas secas ou serragem (é esse o segredo para o cheiro ruim não aparecer).
  3. Regue de vez em quando se fizer muito calor ou bater muito sol, porque a mistura pode esquentar e secar. É bom manter úmido para a decomposição acontecer mais rapidamente.
  4. A cada 15 dias, dê uma revirada em todo o material, para ajudar a aerar e facilitar a decomposição.
  5. Aos poucos, as sobras de alimento vão se transformar em uma terra bem escura, com cheiro de terra molhada. Esse adubo é maravilhoso para as plantas e para a sua hortinha!

Composteira em apartamento

Um dos sistemas de composteira doméstica mais famosos hoje é a composteira com minhocas. Isso porque ela é pequena, não tem cheiro ruim, cabe em quase qualquer cantinho, como a área de serviço, e a decomposição acontece mais rápido com a ajuda desses bichinhos. Esse tipo de composteira é ótimo para quem mora em apartamento ou quem mora em casa e não pode fazer um buraco no quintal, como no método explicado acima. Existem composteiras prontas que já vem com as minhocas, mas você pode fazer a sua usando caixas ou baldes de plástico.
Uma composteira com minhocas precisa de, no mínimo, três andares: o andar do topo, onde o lixo orgânico vai sendo depositado e coberto com o material seco (serragem e folhas secas) que, quando cheio, deve ficar em repouso por cerca de um mês. Durante esse tempo de repouso, o andar do meio vira o do topo e começa o ciclo de novo. Esses dois andares são onde acontece a compostagem do material. O andar de baixo é o que recolhe o líquido que escorre (os andares são intercalados com furinhos para o líquido cair e as minhocas se movimentarem).
No final desses dois meses, o chamado período de repouso, o material que sobra é um húmus que parece terra, supernutritivo para as plantas e com cheirinho de terra molhada. Nada disso dá mau cheiro se tudo for feito corretamente.
O excesso de umidade pode facilitar a criação de mosquinhas, por isso é importante cobrir tudo muito bem com serragem. Além das minhocas, acabam aparecendo outros bichinhos pequenos, como formiguinhas e outros insetos, que também ajudam no processo de decomposição dos alimentos. É tudo limpo e, seguindo todas as etapas, não há risco nenhum de contaminação.

Como usar composteira com minhocas

Para usar a composteira você deve colocar os restos de alimentos aos poucos. Não espalhe tudo, vá concentrando o lixo orgânico em cantinhos. Cubra muito bem com folhas secas e serragem. Não aparte ou comprima, deixe a mistura respirar porque ela precisa do oxigênio.
Siga colocando seus resíduos até que o baldinho que estiver em cima esteja cheio. O ideal é levar mais ou menos um mês para encher, assim dá tempo de ele virar adubo e você poder trocar pelo andar do meio. Quando estiver cheio, ele vai para o repouso. Troque de lugar com o que estava no meio da pilha, vazio.
Quando esse recipiente (que estava no meio e foi para topo da pilha) estiver cheio, depois de um mês ou mais, vai ser hora de trocar os andares novamente. Se tudo deu certo, o recipiente que estava no repouso agora tem húmus.
Para retirar o húmus, deixe o pote com a tampa aberta em um lugar com bastante luz. As minhocas não gostam e vão se enfiando para dentro da terra. Vá raspando o adubo aos poucos, para não machucar e não levar embora as minhocas.
Na caixa fixa debaixo, vai começar a aparecer um líquido bem escuro. Ele é um biofertilizante poderosíssimo. Dilua cada parte do líquido em dez partes de água e use essa mistura para regar suas plantinhas uma vez por semana. Elas vão ficar lindas.
O húmus pode ser colocado em plantas, mas, caso sobre, você também pode doar, colocar nas plantas do condomínio, na praça perto de casa, etc.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

àrvores, como plantar sua muda

Fonte: site arvores do Brasil




Antes de plantar sua muda, é necessário saber qual o melhor local para ela.
Algumas espécies, em seu habitat natural, não aceitam sol, enquanto outras, não aceitam sombra. Algumas tem preferências por locais úmidos, enquanto outras por locais áridos.
Para você saber a preferência de cada espécie, vá até a nossa lista de espécies e aprenda tudo sobre a árvore que deseja plantar.

O sucesso do plantio está muito mais ligado às condições de Luz, Umidade e Solo, do que à técnica aplicada no momento do plantio.
Porém, alguma regras devem ser respeitadas na hora de plantar.

Espaçamento
- Deve-se fazer as covas com um espaçamento de no mínimo, 3m entre elas. Isso é para respeitar o crescimento das copas.

Tamanho da cova
Varia de acordo com o tamanho da muda. Para mudas acima de 1,80m:
- 60cm de profundidade
- Caso o solo estiver fofo, 60cm largura.
- Caso o solo estiver muito compacto, faça uma cova cônica de 1m na superfície, 50cm no fundo.

Adubação
A adubação pode variar com a espécie. O importante a observar é que a adubação no momento do plantio, serve para que a muda enraíze mais facilmente no novo local.
- 100g de NPK (04-14-08 ou 10-10-10)
- 300g de calcário
- 300g de super Fosfato Simples ou Kg de Fosfato de Araxá
- 20 litros de esterco de gado, curtido, ou de composto orgânico; ou 7 litros de esterco de galinha ou de húmus de minhoca.

Preparo da cova
- Pulverizar 1/3 (100g) de calcário nas laterais e fundo da cova.
- Misturar o restante do calcário e os adubos à terra da própria cova ou, se preferir, substitui-la por terra vegetal.

Plantio
- Retirar a embalagem da muda com cuidado para não desmanchar o torrão
- Cobrir o fundo da cova com terra misturada até que o torrão fique nivelado com o chão.
- Colocar a muda dentro da cova, bem na vertical, observando a altura do torrão com relação ao solo.
- Colocar uma estaca de madeira de 2,50m de altura rente à muda. Afundar até o fundo da cova. - Completar a cova com terra misturada e pisar a terra em volta da muda para firmá-la no chão, de forma a não cobrir o caule com terra.
- Fazer uma vala em torno da muda, com o mesmo tamanho da cova, para captar água
- Regar abundantemente mas sem encharcar.

Amarração
- Amarrar a muda à estaca com: borracha, sisal ou outro material que não fira o caule da muda (Nunca utilize arame !).
- A amarração pode ser feita em forma de oito deitado, como mostra a figura ao lado.

Cuidados posteriores
- Se a muda for plantada em local sujeito a depredação, colocar grade de proteção
- caso não chova, faça irrigação de 4 em 4 dias com aproximadamente 20 litr

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Como fazer uma Horta Suspensa incrível – Dicas Práticas

Fonte: https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/5362076/como-fazer-uma-horta-suspensa-incrivel-dicas-praticas

Terraço: Jardins  por Blacher Arquitetura
Ter a natureza dentro de casa sempre é uma medida inteligente de bem-estar para toda a família. Uma das formas de se fazer isso são os jardins verticais. Entre eles, um merece atenção especial: É a horta suspensa, que propicia o cultivo de condimentos, temperos e ervas aromáticas que, além de deixarem as preparações culinárias mais frescas, cheirosas e saborosas, se oferecem como uma deliciosa e delicada forma de decoração.
O ideal é que se consulte um profissional qualificado, como um arquiteto paisagista ou um jardineiro de sua confiança, para se obter informações como: plantas que podem ser cultivadas em hortas suspensas em ambientes internos e externos, materiais e estruturas existentes no mercado ou que podem ser feitos de forma artesanal para abrigar vasinhos, vidros e caixas, cuidados com as condições de plantio, solo, luz e adubo, entre outros tópicos de interesse.
Neste livro de ideias, apresentamos vários deles, incluindo um passo a passo para a sua horta suspensa. Você vai descobrir que é muito fácil ter um jardim em casa, especialmente um jardim aromático que cabe na sua cozinha, na sua varanda ou no seu quintal!

1. O que são hortas suspensas

Lindas e versáteis, as hortas suspensas são uma alternativa excelente para quando se tem pouco espaço em caso para o cultivo de hortaliças, verduras e ervas aromáticas. Como o próprio nome já diz, a sua principal característica é a instalação de vasos em estruturas ou objetos elevados, que têm a vantagem de não ocupar espaço nas áreas úteis, podendo se adaptar a qualquer cantinho, dos menores aos maiores. Assim, uma horta suspensa, que nada mais é que um tipo de jardim vertical, pode ser colocada no alto das paredes ou mesmo pendurada no teto em qualquer canto da casa que esteja livre e tenha condições de luz. Entre as possibilidades de colocação, as mais comuns são as que permitem que sejam fixadas com parafusos nas paredes ou suspensas no teto por ganchos ou cordas.
Hoje em dia, em que as pessoas têm cada vez menos contato com a natureza por viverem nas grandes cidades, geralmente em apartamentos, as hortas suspensas podem suprir essa falta e colocar todos, das crianças aos adultos, em contato com a terra. Sem falar do prazer de ver germinar e crescer plantinhas que podem ser utilizadas fresquinhas nas preparações culinárias do dia-a-dia, concorrendo para uma alimentação mais rica e saudável.

2. Onde instalar uma horta suspensa

Apartamento Gávea: Terraços  por Espaço Tania Chueke
Espaço Tania Chueke

Apartamento Gávea

Espaço Tania Chueke
Se se tem a sorte grande de viver em uma casa com quintal, seja ele grande ou pequeno, as hortas suspensas são uma maneira muito prática e rápida de otimizar e organizar o espaço dessa área, com o aproveitamento da superfície dos muros para cultivar em recipientes os mais variados temperos e chazinhos apreciados pela família.
Mas os apartamentos são especialmente beneficiados pelas hortas suspensas, já que o espaço disponível para plantio é quase sempre muito pequeno. Então, espaços como a sacada, a varanda, o terraço e a cozinha (este também é ideal em casas) são indicados para a sua instalação, pois geralmente têm janelas maiores, que permitem a entrada da luz natural necessária. Na imagem acima, vemos uma linda horta suspensa com estrutura em madeira instalada no terraço de um apartamento, que demonstra ainda que ela pode ser super decorativa ao trazer vida, cores e formas ao espaço.

3. Materiais que podem ser usados

PAISAGISMO: JARDINS VERTICAIS BY MC3: Jardins  por MC3 Arquitetura . Paisagismo . Interiores
MC3 Arquitetura . Paisagismo . Interiores

PAISAGISMO: JARDINS VERTICAIS BY MC3

MC3 Arquitetura . Paisagismo . Interiores
Os materiais usados para se montar uma horta suspensa são os mais variados e escolhidos em função dos gostos dos seus usuários, do estilo do espaço e das necessidades referentes às plantas que se quer cultivar. Um material bem comum em hortas suspensas são os vasinhos, que são pendurados por pregos ou ganchos separadamente ou, ainda, dispostos em prateleiras de madeira. Eles podem ainda ser encaixados, por exemplo, em portas e janelas antigas usadas como suporte. O importante é evitar aqueles de barro ou cerâmica e dar preferência aos de plástico ou alumínio, que são mais leves.
Uma alternativa artesanal é usar canos de PVC ou garrafas PET, sendo que estas últimas são econômicas e fáceis de manejar. Basta cortar uma lateral da garrafa, enchê-la com terra e semeá-la, fixar um gancho nas extremidades e pendurá-las no muro. Outra ideia é utilizar vidros (ou vasos sofisticados) iguais ou diferentes pendurados por ganchos no teto ou por mão-francesa na parede.
Mas no mercado existem outras possibilidades decorativas, como jardineiras suspensas em cimento ou cerâmica, como esta da imagem. Em fileiras alternadas, a estrutura tem nichos arredondados que podem receber separadamente uma grande variedade de ervas aromáticas, sempre bem à mão. Esses recipientes são indicados para os muros do quintal, da varanda ou do terraço.
A cozinha, por sua vez, dispõe no mercado de diversos tipos de horta suspensa em diferentes materiais e formatos, como por exemplo estruturas plásticas em forma de colmeia que podem ser facilmente penduradas em qualquer cantinho, inclusive na lavanderia. Essas peças já são pensadas como itens decorativos e apresentam designs diversificados. Um profissional paisagista pode recomendar os melhores para cada espaço destinado à horta suspensa.

4. Hortas suspensas de madeira

Projeto: Jardins  por feltrini
feltrini

Projeto

feltrini
Mas há um material que encanta pela simplicidade, aconchego e naturalidade: a madeira. As hortas suspensas de madeira ficam lindas quando feitas com caixotes de feira fixados à parede, recebendo vasinhos em seu interior. A horta suspensa de pallet também é uma opção interessante com seu ar industrial, uma excelente ideia para quem aprecia este estilo.
A disposição de vasinhos em painéis de ripas de madeira por meio de ganchos, assim como sobre prateleiras ou nichos no mesmo material, também é uma boa pedida para quem gosta de uma aparência natural e orgânica para o seu jardim vertical. Outra forma de deixar a horta suspensa em madeira mais bonita é lançar mão da pintura com cores vivas, fortes e vibrantes que, ao envelhecerem e descascarem, terão um outro charme. 

5. O que plantar nas hortas suspensas

MÃO NA TERRA, Belo Horizonte, 2015: Jardins  por Luiza Soares - Paisagismo
Luiza Soares – Paisagismo

MÃO NA TERRA, Belo Horizonte, 2015

Luiza Soares - Paisagismo
É claro que, quando se tem uma horta suspensa, sonha-se em plantar um pouco de tudo. Mas isso não é nem prático nem possível: muitas espécies de hortaliças, verduras e ervas aromáticas não se adaptam às condições existentes nesses sistemas de cultivo. Assim, o negócio é ser objetivo e escolher temperos e condimentos de uso cotidiano e que sejam de fácil cultivo.
Entre as ervas aromáticas que costumamos consumir no Brasil, o manjericão é das mais apreciadas em carnes brancas, omeletes, molhos para massas e carnes. Mas exige temperatura superior a 18 graus, exposição ao sol, plantio em vasos individuais e rega diária. Deve ser colhido dois a três meses após o plantio e sempre dando preferência aos galhos com as maiores folhas.
Já o orégano, que pode ser usado em molhos, assados e pizzas, apresenta uma particularidade; quanto mais suas folhas são expostas ao sol, mais aromáticas elas ficam. Ele também precisa ser regado diariamente e deve ser exposto a pelo menos quatro horas diárias de sol, sendo que a temperatura ideal para ele é entre 21 e 25 graus. A colheita deve ser feita quando a planta atingir 20 cm de altura.
Por sua vez, o cultivo do alecrim – que vai bem com diferentes tipos de carnes, peixes e batatas – não exige muito tempo, adaptando-se a diferentes temperaturas desde que não sejam extremas. No plantio, ele deve ser regado com frequência, mas, após se desenvolver, pode ficar até três dias sem rega. É uma planta que não exige muita água: regar duas vezes por semana é o suficiente. Já a colheita deve ser feita 90 dias após o plantio, cortando apenas as pontas dos ramos. 
Já a salsinha, que é usada em omeletes, sopas, saladas, suflês e assados de carne, deve ser cultivada em temperatura que não ultrapasse os 22 graus e mantida em sombra parcial para absorver a luminosidade sem se expor demais, assim como estar em solo úmido, mas não encharcado. A planta deve ser colhida quando atingir entre 12 e 16 cm de altura, após dois a três meses do plantio.
Fiel companheira da salsinha, a cebolinha tem a vantagem de não precisar de espaço para crescer, podendo ser cultivada junto com outras ervas. Ela cresce melhor em temperaturas entre 13 e 24 graus e em solo bem drenado e rico em matéria orgânica, irrigado com frequência. Após 75 a 120 dias após o plantio, pode-se colher a cebolinha inteira ou as folhas pela base e não pela metade da haste. 

6. Passo a passo de como fazer uma horta suspensa

Vamos agora a um check list que podemos tomar como um passo a passo para uma horta suspensa.
  1. Escolha plantas de fácil cultivo, em especial se for inexperiente na formação de hortas ou jardins. Ervas como salsinha, cebolinha, orégano e manjericão são um bom começo. 
  2. Pesquise tudo. Não basta apenas pesquisar plantas, embora elas já envolvam muitas variáveis importantes como aplicações, condições de temperatura, solo e rega, época e forma de colheita, necessidades de plantio e manutenção, entre outros itens. Lembre-se ainda de pesquisar materiais e estruturas para receber os vasos com as plantas ou as próprias plantas, considerando as necessidades deles e também suas necessidades e gostos em termos de estilo e outros fatores. O design também merece atenção e, tendo tudo isso em vista, a consulta com um arquiteto paisagista ou jardineiro de sua confiança poderá elucidar todas as suas dúvidas e fornecer dicas de todos os tipos no que se refere às hortas suspensas. 
  3. Adube bem a terra para obter melhores resultados no plantio, mas não exagere na fertilização, dando ainda preferência a fertilizantes orgânicos. 
  4. Use ferramentas adequadas para revolver e arear a terra das suas plantinhas e adquira o hábito de identificá-las com algum marcador escrito que inclua a espécie plantada e a data do plantio. 
  5. Siga à risca as orientações dos profissionais quanto ao cronograma diário, semanal e mensal de cuidados. A rega das plantas, por exemplo, deve seguir horários definidos. O ideal que elas sejam regadas no começo da manhã ou no final da tarde, quando as temperaturas são mais amenas. 
  6. Divirta-se com a sua horta suspensa tanto na hora de utilizá-la para aperfeiçoar os seus pratos, quanto na hora de decorar a casa com essas belezuras frescas e cheias de vida!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Nova York, a metrópole com a água mais pura do planeta!!

por Sylvia Miguel - publicado 09/09/2016 13:50 - última modificação 03/11/2016 15:31
 
Fonte:http://www.iea.usp.br/noticias/nova-york-a-metropole-com-a-agua-mais-pura-do-planeta-1
Grandes centros urbanos e água de qualidade em quantidades suficientes para todos nem sempre é uma combinação possível, especialmente num planeta em que a escassez hídrica atingiu 35% da população mundial em 2005. Mas na cidade de Nova York – uma das líderes das chamadas “cidades elite”, segundo ranking de 2016 de cidades globais da AT Kerney –, a água que chega às torneiras de 9 milhões de pessoas tem origem em fontes superficiais, dispensa tratamento e recebe apenas cloro e flúor antes de ser distribuída.
Tema fascinante para geógrafos, ambientalistas e gestores públicos, o sistema de abastecimento do estado de Nova York prova que empresas, sociedades e governos podem prosperar ao investir na natureza. A estratégia de conservação dos mananciais economizou ao estado de Nova York valores da ordem de US$ 6 a US$ 8 bilhões e custos operacionais de US$ 300 milhões por ano, totais estimados para a construção e manutenção de uma estação de tratamento no sistema Catskill/Delaware.
A famosa  cadeia de montanhas de Catskill, a oeste das nascentes do Rio Hudson e a 160 quilômetros ao norte da cidade de Nova York, é um reduto preservado que compõe o complexo sistema de abastecimento do estado nova-iorquino. Além da estonteante paisagem que inspira artistas e atrai praticantes de diversas modalidades esportivas, o lugar também guarda uma das mais bem sucedidas histórias de pagamentos por serviços ambientais (PSA).

O modelo descentralizado de gestão hídrica ganhou força a partir de 1990, quando a cidade precisou reavaliar sua estratégia de abastecimento público, diante das pressões estaduais e federais por padrões mais rígidos de qualidade de suas águas de abastecimento público.
Em 1989, o comissário Albert Appeton, da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos, havia desenvolvido um conjunto de regulamentos restringindo o desenvolvimento de atividades agrícolas e de uso e ocupação do solo nas bacias hidrográficas da região, visando à conservação dos mananciais.
Com os mananciais conservados, a cidade de Nova York manteria a liberação de filtração de suas águas superficiais, já que o ecossistema realizaria o trabalho de purificação da água.

Narrativa de um conflito hídrico
Mapa de NY Catskill
New Croton Dam 2
Reservatório de New Croton é parte do sistema de abastecimento de NY, que hoje possui 19 represas

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Entrevista
Notícias
Ao olhar retrospectivamente a história da cidade mais influente do mundo, é provável que sem água abundante, de fonte segura e limpa, Nova York não tivesse alcançado o crescimento fenomenal dos últimos dois séculos.
No início do século 19, os nova-iorquinos passaram por enormes perdas sociais e econômicas após incêndios devastadores e epidemias de cólera, infecção causada pela ingestão de água e alimentos contaminados. A situação impulsionou as lideranças públicas a mergulhar num ambicioso projeto com o objetivo de melhorar o que era uma mistura inadequada de abastecimento público e privado.
Ainda em 1842, sob um Estado marcadamente tecnocrático, a cidade passa a ser abastecida pelo reservatório de Croton, 65 quilômetros ao norte da “Big Apple”. Nas décadas seguintes, gerações de líderes escolheriam obter água pura ao menor custo possível, indo buscar o recurso no extremo norte e oeste da cidade e, finalmente, nas montanhas de Catskill, uma área preservada por leis estaduais.
Durante o século que se seguiu, as grandes obras de engenharia e a expansão do sistema hídrico terminaram por constituir o que alguns estudos como o de Philip Steinberg e George Clark chamaram de narrativa de um conflito hídrico. Algo muito familiar com o que ocorre no Brasil, a “narrativa” descreve as relações sociais de uma região “superior” e “poderosa” que extrai recursos de um lugar “subordinado”, a partir de inundações e barragens.
Os deslocamentos de populações e a destruição de cidades inteiras foram amparados por uma lei de 1905 que, por meio de “domínio eminente”, permitiu à cidade de Nova York assegurar terras privadas fora dos limites municipais e usá-las para a expansão e o desenvolvimento do sistema de abastecimento. A medida foi empreendida por décadas e fomentou um ressentimento entre os moradores do norte e do sul do estado que persistiu até recentemente, informa reportagem do New York Times de 1990, assinada por Allan Gold ("New York's Water Rules Worry Catskills").
No que se refere à impressionante estrutura física, a rede de abastecimento de Nova York é hoje constituída por três lagos controlados e 19 reservatórios distribuídos em mais de 5 mil quilômetros quadrados, que fornecem cerca de 5 bilhões de litros de água por dia para a cidade e condados vizinhos.

O  Memorandun of Agreement (MOA) de 1997 representou um marco na gestão hídrica de Nova York. Com a assinatura de centenas de atores sociais, documento estabeleceu um amplo acordo de pagamentos por serviços ambientais, assistência técnica para o manejo seguro das atividades produtivas realizadas na bacia hidrográfica e um programa de compra de terras e de compensações por servidão.
Servicos Ecossistêmicos
Atualmente, o novo grande desafio de Nova York é manter a pureza da água que captou tão longe, satisfazendo aos restritivos padrões exigidos pela legislação federal norte-americana. “O sistema de abastecimento de Nova York é impressionante e muito elogiado, mas não é perfeito. A cidade de Nova York vem obtendo sucessivas licenças que a liberam da filtração. Mas há sempre o risco de contaminação devido aos tipos de uso e ocupação do solo do entorno dos mananciais”, afirma Philip Fearnside, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
Catskill - 7
Serviços ambientais garantidos em acordo comunitário e nas ações de conscientização sobre o meio ambiente
NY MAP Courtesy of NYC DEP 1997
Sistema de abastecimento da cidade de Nova York
Impedimentos ambientais, políticos e financeiros não permitem mais que a cidade continue a buscar por soluções de engenharia, apenas. Tornou-se necessária uma arena institucional complexa, formada pelo pacto de inúmeros atores sociais e uma diversidade de interesses, na busca de um objetivo comum: água limpa, que depende de mananciais resilientes, que dependem da conservação da natureza.
A ecologia política da gestão das águas urbanas passou por uma mudança de paradigma na década de 1970, em parte devido ao novo marco legal ambiental, inaugurado com a lei federal do Safe Drinking Water Act (SDWA) de 1974.
Emendas de 1986 ao Safe Drinking Water Act (SDWA) e uma nova legislação federal de 1989 para águas superficiais pressionavam a cidade para a necessidade de filtração e desinfecção de suas águas.
Ao mesmo tempo, as regiões do entorno dos mananciais que abastecem grande parte do estado de Nova York passavam por uma expansão populacional a partir da década de 1980, com a consequente intensificação do uso do solo e das atividades produtivas.
Afinal, o Memorandun of Agreement (MOA) de 1997 representou um marco na gestão hídrica do estado. O New York Watershed Agreement reconhece Catskills como uma reserva de água "tremendamente valiosa" e contou com as assinaturas da prefeitura nova-iorquina, outras 73 municipalidades e 30 comunidades do entorno das bacias, além de cinco organizações não governamentais, mostra o artigo de Mark Pires, professor da Long Island University, e também o estudo de Gilles Grolleau e Laura M.J. McCann.
O documento estabeleceu um amplo acordo de pagamentos por serviços ambientais, assistência técnica para o manejo seguro das atividades produtivas realizadas na bacia hidrográfica e um programa de compra de terras e de compensações por servidão. Os fazendeiros foram nomeados “guardiões da água” e passaram a ser remunerados pelos serviços ambientais prestados.
A prefeitura melhorou também o sistema de esgotos instalando pequenas plantas de tratamento para os despejos das atividades agrícolas e pastoris da região. Seu orçamento original para a aquisição de terras passou de cerca de US$ 300 milhões para US$ 580 milhões. O acordo entre os diversos atores foi estimado em US$ 1,4 bilhão, uma economia significativa diante dos custos da construção de uma estação de tratamento, mostram Grolleau e McCann.
Mas um grande problema ainda era a poluição difusa. Os autores explicam que as leis bastante exigentes sobre esse aspecto poderiam minar a autonomia privada sobre a propriedade da terra, o que revoltou muitos agricultores. Para esses estudiosos, a insatisfação sobre o uso da propriedade privada e a diversidade de atores sociais resultou no aumento dos custos de transação do pacto firmado em 1997.
Finalmente, a saída para o conflito veio por meio da aproximação da Prefeitura e do Departamento de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) com os técnicos do Departamento de Agricultura do Estado de Nova York, que tinha um relacionamento de longa data com os produtores rurais. A confiança foi se firmando, alguns mitos e preconceitos foram quebrados e assim o acordo foi estabelecido, discorre Albert Appleton, ex-diretor da agência de águas e esgoto de Nova York e ex-comissário da EPA, em artigo publicado na plataforma interativa Watershed Connect, da Forest Trends.
“Mesmo com a existência de parques e áreas de preservação, ainda há muitos moradores e diversas atividades rurais e turísticas em Catskills e bacias próximas. Contudo, conseguiram fazer um acordo bastante criativo e razoavelmente equitativo que afinal consegue manter a alta qualidade da água de Nova York. Inclusive o esquema de Catskills tem sido modelo para outros sistemas de PSA ao redor do mundo”, afirma Phil Coven, que foi diretor associado e gerente sênior de projetos na ONG Forest Trends, onde atualmente presta consultoria.
Coven cita o programa Cultivando Água Boa, realizado na bacia hidrográfica do Paraná 3 e entorno da represa de Itaipu, como um dos mais bem sucedidos entre as iniciativas de PSA hidrológico do Brasil. “A sociedade está despertando para os benefícios de investir na natureza”, afirma.
O estado de São Paulo inaugurou há pouco mais de um ano o Programa Nascentes, apresentado em matéria sobre PSA publicada recentemente no site do IEA. Mas enquanto os projetos baseados em incentivos econômicos do tipo PSA não deslancham, ainda permanece o paradigma hidráulico dos séculos 19 e 20, baseado em obras de grande impacto ambiental e na busca de fontes cada vez mais distantes. Em entrevista, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, falou ao IEA sobre as políticas de abastecimento do governo estadual.
Segundo levantamento da Forest Trends de 2014, governos e empresas ao redor do mundo investiram US$ 12,3 bilhões em iniciativas de conservação visando a provisão de serviços ecossistêmicos relacionados à produção de água.

Quais resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira?

Fonte:© VG Residuos Ltda logo vg resíduos


resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira
Saiba quais resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira e que não comprometa a degradação da matéria orgânica e não atraia vetores.

Podem ir para a composteira os restos de alimento além de folhas, serragem e estercos. Já o que não pode ir para a composteira são frutas cítricas, alho e cebola, carnes, nozes pretas, trigo e arroz.
A compostagem do resíduo orgânico é um processo natural de decomposição que transformar os resíduos de alimento em adubo de primeira qualidade. Separar, reciclar e reutilizar o que é possível são soluções básicas que podemos tomar para reduzir os impactos que o resto de alimento traz ao meio ambiente. Por isso, o reaproveitamento do resíduo de alimento na compostagem é uma ótima saída para reduzir a quantidade de lixo que produzimos. Confira!
Saiba como realizar o descarte de maneira correta do lixo em restaurantes.

Compostagem como alternativa para restos de alimentos

resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira
Existem várias possibilidades de reaproveitamento dos resíduos de alimento, e a forma mais comum é através da compostagem.
A compostagem pode ser realizada em escala doméstica, ou seja, reaproveitando os restos de alimentos de casa nas composteiras para consumo da própria população. Ou em escala industrial para a produção de fertilizante orgânico.
Muitas empresas perceberam que a compostagem é uma alternativa de realizar o gerenciamento dos seus resíduos orgânicos, como também, uma forma de lucrar através da venda do resto do seu resíduo orgânico para outras empresas que produzem fertilizantes orgânicos. Nesse método eficiente, empresas encontram soluções lucrativas para resolver a questão do lixo produzido pelo negócio.
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O Mercado de Resíduos é uma ferramenta da VG Resíduos que promove o encontro entre as empresas produtoras e as que tratam esse tipo de resíduo.
Leia mais sobre Mercado de Resíduos em: Novo Mercado de Resíduos agiliza contratação de fornecedores

Quais resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira

resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira
Os resíduos de alimentos se degradam espontaneamente em ambientes naturais e reciclam os nutrientes nos processos da natureza. Alguns podem ser colocados na composteira, já outros quando colocados atrapalham o processo de degradação e atraem vetores.
Saiba quais resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira e quais outros resíduos também podem ser inseridos:

Restos de alimentos

Restos, talos e casca de verduras e frutas (menos as cítricas), cascas de ovo, borra de café podem se converter em excelentes fontes de nitrogênio.

Alimentos cozidos ou assados

Podem ser usados desde que em pequenas quantidades. É preciso evitar o excesso de sal e conservantes dos alimentos processados. Esse tipo de material não pode estar úmido, por isso se deve adicionar bastante pó de serra em cima dos restos.

Borra de café

Inibe o aparecimento das formigas e é um excelente complemento nutricional para as minhocas. O filtro de papel usado para o preparo do café também pode ser adicionado na compostagem.

Resíduos frescos

Podas de grama e folhas possuem alta concentração de nitrogênio. Uma boa solução é separar um espaço em que os resíduos frescos possam secar antes de serem usados, gerando uma boa economia, pois se não houver serragem, os resíduos secos são excelentes substitutos. 

Serragem e folhas secas

A serragem não tratada, ou seja, sem verniz e as folhas secas ajudam no equilíbrio, são ricos em carbono e evitam o aparecimento de animais indesejados e do mau cheiro.

Estercos

Podem ser de boi, de porco e de galinha, mas somente utilizar se tiverem sido curtidos.

Resíduos de alimentos não recomendados nas composteiras

resíduos de alimentos podem ser colocados na composteira
Saiba quais resíduos de alimentos não podem ser colocados na composteira e quais outros resíduos também não podem ser inseridos:
Frutas cítricas: a polpa e as cascas podem alterar o pH da terra, é o caso da laranja, abacaxi, limão, entre outros; 
Arroz: depois de cozido é um ótimo local para bactérias, mas péssimo para a saúde humana e das plantas;
Laticínios: qualquer derivado de leite não pode ser compostado, pois a decomposição é muito lenta, causa um mau cheiro e atrai organismos indesejáveis;
Carne: a decomposição de restos de frango, peixe e carne bovina são muito demoradas, causa mau cheiro e atrai animais;
Nozes pretas: as nozes contêm um composto orgânico que é tóxico para alguns tipos de plantas;
Derivados de trigo: como massa, bolo. Esses itens têm decomposição lenta em comparação com os demais e ainda atraem pragas;
Gorduras: alimentos gordurosos podem liberar substância que retardam a compostagem e prejudicam o composto;
Alho e cebola: têm decomposição muito lenta e trazem mau cheiro. Acabam desacelerando todo o processo de compostagem;
A maioria dos tipos de papel: revistas, jornais, papéis de impressão, envelopes e catálogos são todos tratados com químicos pesados, geralmente branqueadores (que contêm cloro) e tintas que não são biodegradáveis. A reciclagem é a solução;
Fezes de cães e gatos: esses resíduos podem conter parasitas e vírus, que trazem riscos potenciais às minhocas e às plantas;
Serragem de madeira tratada:  se a serragem for oriunda de algum tipo de madeira envernizada ou quimicamente tratada, os componentes químicos irão prejudicar as minhocas;
Carvão vegetal: possui grandes quantidades de enxofre e ferro, que fazem mal para as plantas;
Plantas doentes: plantas com fungos ou outra doença podem passar para as plantas saudáveis.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Helicônias, características e curiosidades




As heliconias compõem uma família botânica de plantas herbáceas tropicais. Possuem tanto as inflorescências quanto as folhagem muito ornamentais. São muito usadas nos jardins e em arranjos florais! Obrigada por assistir, curta se gostou do vídeo e se inscreva no canal caso ainda não seja inscrito!

O que é compostagem e como fazê-la em casa


Fonte: revista Globo Rural

Com ou sem minhoca, a compostagem doméstica é uma opção para quem quer dar um melhor fim para o lixo orgânico

Por Karina Campos com edição de Cassiano Ribeiro
compostagem doméstica  (Foto: Thinkstock)
&nbsp;A compostagem, conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos. 

O processo também contribui para a redução do aquecimento global. Só em 2015, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, foram geradas cerca de 32 milhões de toneladas de resíduos orgânicos no Brasil, o que equivale a 88 mil toneladas de lixo diário. Todo este material quando entra em decomposição, seja nos lixões ou aterros sanitários, gera o gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa.


Produzir uma composteira doméstica pode ser uma ótima opção para quem quer dar um melhor fim para o lixo orgânico e contribuir para o meio ambiente. Mas, existem algumas regras que devem ser seguidas durante o processo e por isso a Globo Rural montou um manual para quem se interessa pelo assunto. 
Composteira com minhocas

Quem procura um processo de compostagem mais rápido pode optar pela compostagem com minhocas, ou vermicompostagem, que também pode ser feita em casas e apartamentos com o uso da composteira doméstica.  O vermicomposto, adubo orgânico gerado a partir desse processo, conhecido também como o húmus de minhoca, é rico em flora bacteriana e ajuda a fornecer às plantas uma nutrição equilibrada e maior resistência a doenças.


Como fazer
Para montar uma vermicomposteira doméstica são necessárias 3 caixas plásticas escuras (sendo uma com tampa), folhas secas e galhos pequenos e cerca de 100 minhocas. (veja abaixo como montar uma composteira sem minhocas).
As caixas deverão ser empilhadas em três níveis. Nas duas superiores devem haver pequenos furos, que serão responsável pela comunicação entre uma caixa e outra. São nessas caixas que será feita a compostagem (processo de decomposição natural). A última caixa será utilizada apenas para coletar o resíduo líquido orgânico, que, se diluído, pode ser utilizado para regar plantas e hortas.

O primeiro passo é forrar o fundo da caixa superior com folhas secas e pequenos galhos ou serragem. Esta primeira camada vai funcionar como dreno para a composteira. Em seguida deve-se colocar a terra com as minhocas e logo acima os resíduos orgânicos.
É importante que os resíduos sejam cobertos com outra camada de folhas secas para contribuir com a oxigenação. Isso também garante que não se gere um mal odor pelo processo.
Composteira sem minhocas
Outra opção é a compostagem sem minhocas. O processo é quase o mesmo, mas ela pode, diferente do outro receber casca de alho e cebola. Porém, o desenvolvimento do adubo tende a ser mais lento e pode desenvolver um cheiro não tão agradável, principalmente caso o processo dê errado. É comum que a falta de oxigenação nesse tipo de compostagem gere mofo e a falta de material seco pode causar o mal cheiro.


Dicas
Os depósitos de lixo orgânico devem ser feitos diariamente.
Quando a caixa de cima estiver cheia é necessário trocar as posições, passando-a para baixo e colocar a vazia em seu lugar para recomeçar o processo. Não é necessário colocar novas minhocas.
O adubo orgânico pode ser coletado em média a cada três meses.
Na hora de escolher o que colocar na composteira é necessário ficar atento. Alguns materiais comprometem a degradação da matéria orgânica e prejudicam o desenvolvimento do adubo. Confira o que você deve colocar ou não em sua composteira:
info-compostagem-doméstica (Foto: Redação Globo Rural)
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Fornecemos minhocas e minhocários. agropanerai@gmail.com

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