Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
terça-feira, 14 de março de 2023
Como fazer MUDAS e plantar BATATA-DOCE
segunda-feira, 13 de março de 2023
domingo, 12 de março de 2023
O que é adubação verde?
Fonte: https://agropos.com.br/o-que-e-adubacao-verde/
Saiba como melhorar o solo!
A adubação verde, traz múltiplos benefícios para o sistema produtivo, como principal, o incremento na fertilização dos solos agrícolas.
A princípio, pode parecer uma prática complicada de se fazer, especialmente quando é a primeira vez que se realiza na propriedade.
Desse modo, apresentarei como você pode começar a utilização da adubação verde em sua lavoura sem grandes complicações.
O que é adubação verde?
Adubação verde é uma técnica agrícola que promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas, preferencialmente espécies que pertencem à família das leguminosas e gramíneas, a fim de tornar o solo mais fértil.
A adubação do solo pode ser aprimorada com a utilização da adubação verde, quer ver como?
Primeiramente, vamos para a definição,
Bem como, visa recuperar solos degradados, melhorar solos pobres e conservar os que já são apresentam boa produtividade.
Essa técnica pode ser utilizada na agricultura em geral.
A adubação verde e a fertilidade do solo
A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse econômico.
Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação.
Da mesma forma, o uso dessa adubação é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura, trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.
Vejamos a seguir, as vantagens da utilização de adubos verdes e de como seus efeitos podem refletir positivamente na fertilidade do solo.
Vantagens da adubação verde
Com efeito, a adubação verde possui muitas vantagens nos sistemas agrícolas, como, evita o desenvolvimento indesejado de ervas daninhas e diminui as perdas de água no solo.
Logo, a necessidade de se investir em adubos químicos, controle de plantas daninhas e o uso de manejo para descompactar o solo é reduzido consideravelmente.
Conheça as principais vantagens da adubação verde:
- Aumento do teor de matéria orgânica;
- Maior disponibilidade de nutrientes;
- Maior capacidade de troca de cátions efetiva do solo;
- O favorecimento da produção de ácidos orgânicos, de fundamental importância para a solubilização de minerais;
- Descompactação do solo;
- Diminuição dos teores de Al, com isso, aumento na absorção de fósforo nos solos;
- Incremento da capacidade de ciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados ou pouco solúveis que estejam nas camadas mais profundas do perfil do solo;
- Redução de pragas e doenças;
- Combate de nematoides;
- Aumento da microbiota benéfica dos solos;
- Controle das plantas daninhas.
Vejamos a seguir como a adubação age no solo.
Mas como a adubação verde age no solo?
O processo de nutrição do solo por meio desta técnica, age como um arado biológico, uma vez que, com suas raízes criam galerias e macroporos, após sua decomposição.
Essas galerias favorecem o crescimento de microorganismos nas camadas mais profundas, rompendo as barreiras físicas do solo.
Algumas espécies de adubos verdes, possuem relação biótica ou associativa com os microorganismos benéficos do solo.
Um exemplo, é a adubação verde à partir de plantas leguminosas. Essas plantas favorecem a absorção de nitrogênio do solo, com auxílio das bactérias (rizóbio) alojadas em suas raízes.
Essas bactérias são especializadas em metabolizar o nitrogênio no solo, ou seja, elas têm a capacidade de absorver o nitrogênio presente na atmosfera e fixá-las no solo.
Dentro das plantas utilizadas para adubação verde, está presente também, as gramíneas, elas possuem alto poder de associação com fungos presentes no solo, formando as micorrizas.
Desse modo, com as hifas formadas à partir dessa associação, aumenta o sistema radicular da planta e consequentemente, o seu aumento da absorção de nutrientes e água do solo.
Escolha da adubação verde
Na escolha do adubo verde, é preciso estar atento quanto as condições que interferem diferentemente sobre o rendimento das espécies.
Estas é uma das razões por que há diferenças entre o comportamento das espécies para adubação, quando plantadas em diferentes locais.
Umas dessas condições, seria a do solo. A baixa fertilidade, por exemplo, é um diferencial na produtividade.
Desse modo, a escolha pode se dar devido à maior habilidade da espécie em capturar nutrientes que estejam numa condição menos disponível às plantas.
Em razão disso, o conhecimento sobre o comportamento dessas espécies deve ser regionalizado.
Isso para que seja feito a escolha com maior potencial de produção de biomassa, de reciclagem de nutrientes e que melhor se ajuste ao sistema agrícola adotado na produção de culturas comerciais.
Além disso, ainda deve ser considerada a taxa de decomposição do adubo verde, que irá regular a intensidade da liberação dos nutrientes imobilizados na biomassa e que serão absorvidos, na sequência, pela cultura já em crescimento ou cultivada na sucessão.
Quais espécies utilizar para a adubação ?
As principais espécies para adubação verde são:
- Crotalária (Crotalaria juncea)
- Guandu (CajanusCajan)
- Girassol (Helianthus Annuus)
- Feijão de Porco (Canavalia ensiformis)
- Macuna Anã (Macuna deeringiana)
- Macuna preta (Macuna aterrima)
Como visto acima, a escolha do adubo verde deve levar em conta alguns fatores, como a possibilidade de acréscimo de nitrogênio proveniente da fixação biológica nas leguminosas, bem como, a capacidade de fornecimento de biomassa.
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Recheados de "carbono azul", manguezais ganham destaque no combate às mudanças climáticas.. USP
Elevação do nível do mar e aquecimento da atmosfera ameaçam a conservação desses ecossistemas costeiros, que são berçários da vida marinha e podem conter duas vezes mais carbono por hectare do que florestas tropicais
Texto: Herton Escobar
Arte: Guilherme Castro
Nascido e criado na lama, com um pé na terra e outro no mar, hora seco, hora submerso pelo incansável vai-e-vem das marés, o manguezal é um ecossistema acostumado a mudanças e adversidades. Nem mesmo ele, porém, está imune ao impacto das mudanças climáticas que açoitam o planeta com intensidade cada vez maior. “O manguezal aguenta quase tudo, mas até ele tem um limite”, diz a professora Yara Schaeffer Novelli, do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, matriarca acadêmica da ecologia de manguezais no Brasil. Modificações ambientais que costumavam ocorrer ao longo de milhares de anos estão ocorrendo, agora, num único ciclo de vida, impulsionadas pela ação humana. “São alterações muito grandes num tempo muito curto. Não há ecossistema que suporte isso”, alerta a professora ao Jornal da USP.
Isso é má notícia não só para os bichos e plantas desses ecossistemas costeiros, mas também para os seres humanos em geral, incluindo aqueles que nunca pisaram nem planejam afundar um dia os pés na lama de um manguezal. Distribuídos ao longo das franjas de quase toda a linha de costa brasileira — do extremo Norte do Amapá até meados do litoral de Santa Catarina — os manguezais cobrem apenas 0,16% do território brasileiro, mas possuem uma relevância socioambiental que se projeta muito além de sua extensão territorial.
Entre os vários serviços ambientais gratuitos que eles prestam à espécie humana, um que vem ganhando destaque nos últimos anos é a sua impressionante capacidade de estocar “carbono azul” — um termo colorido usado para se referir ao carbono de ecossistemas marinhos e costeiros, em contraste com o “carbono verde” associado às florestas e outros ecossistemas terrestres. Estimativas indicam que um hectare de manguezal no Brasil pode armazenar entre duas e quatro vezes mais carbono do que um mesmo hectare de outro bioma qualquer — incluindo a floresta amazônica —, segundo um estudo publicado no início de 2022 na revista Frontiers in Forests and Global Change.
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