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Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
sábado, 21 de setembro de 2019
COMPOSTAGEM DOMÉSTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES AO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS DO LAR
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Super planta é considerada a carne dos pobres
Ela pode ser usada como cerca viva, ornamentação ou alimento. Mas uma coisa é fato: a ora-pro-nóbis vem conquistando cada dia mais as pessoas. Em especial, os veganos.
A planta é originária do continente americano e seu nome
científico é Pereskia aculeata.
científico é Pereskia aculeata.
Do latim, seu nome significa “rogai
por nós”, e segundo tradições, esse nome foi dado por algumas pessoas
que a colhiam no quintal de um padre enquanto ele rezava em latim.
É encontrada em abundância na região Sudeste do Brasil e muito usada na culinária.
Seu cultivo é fácil e seu valor
nutricional muito alto. Adapta-se facilmente a diversos tipos de solo e
climas. Ela pertence à família das cactáceas. Na idade adulta, sua
estrutura em forma de arbusto torna-se uma excelente cerca viva, tanto
para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores.
A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço dos
invasores.
Sua floração ocorre por apenas um
dia, podendo ocorrer de janeiro a abril com flores pequenas e perfumadas
de coloração branca. A produção de seus frutos ocorre de junho a julho
apenas, e são amarelos e redondos. A generosa e bela floração é um
ornamento ao ambiente, ideal para decoração natural de propriedades
rurais, como chácaras, sítios e fazendas. Suas propriedades já são
bastante conhecidas justamente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais,
e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse
conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes
cidades, ainda de forma bastante tímida.
Mudas de Ora-pró-nobis?
Em porto alegre agropanerai@gmail.com
Plante, cultive e colha couve com sucesso!!
Extraído: blog plantei
As couves (Brassica oleracea) são plantas da mesma espécie que a couve-flor, brócolis e o repolho. Porém, ascouves não formam cabeças compactas como repolho. Suas folhas são livres. Há cultivares de diversas formas e cores. Crespas, lisas, largas, estreitas, verde-escuras, verde-claras, roxas, rosas e esbranquiçadas.
Alguns cultivares são conhecidos como couve-ornamentais e são muito apreciados para decoração de mesas, devido as cores e padrões de suas folhas. Alguns outros tipos são cultivados para consumo humano ou de animais. São as couves-manteiga ou galegas, portuguesas, crespas, forrageiras e as couves-palmeira.
As folhas da couve são consumidas cozidas ou refogadas, mas também podem ser consumidas cruas, especialmente as folhas mais jovens.
As folhas são muito nutritivas e contém glicosinolatos que são convertidos em sulforafano quando cortadas ou picadas, sendo esta uma substância que pode prevenir o surgimento de cânceres.
A couve é uma hortaliça que cresce melhor em clima ameno ou frio. Alguns cultivares podem sobreviver mesmo quando a temperatura chega a -10ºC se as plantas já estiverem bem desenvolvidas. Outros cultivares de couvetoleram altas temperaturas, mas a couve é cultivada normalmente durante o outono e o inverno em regiões de clima mais quente.
Durante períodos de calor a couve reduz seu crescimento e a qualidade das folhas produzidas é pior, tanto no tamanho e aparência, quanto em sabor. Em regiões de clima ameno, acouve pode ser cultivada durante o ano todo, embora não sejam semeadas no inverno em locais onde este é rigoroso.
Sobre a luminosidade
O cultivo deve ser realizado em condições de alta luminosidade, com sol direto. Nas estações mais quentes, faz-se necessário prover sombra parcial, pois isso pode ser benéfico para as plantas.
Referente ao solo
O solo deve reter bem a umidade mas deve ser bem drenado, fértil, com boa disponibilidade de nitrogênio e rico em matéria orgânica. O pH do solo deve estar entre 6 e 7,5.
O solo deve ser mantido sempre úmido, mas nunca encharcado, pois isso pode prejudicar as raízes e favorecer o surgimento de doenças.
Vamos então ao plantio
O plantio pode ser realizado através de sementes, mas há cultivares que podem também ser propagados por rebentos retirados de plantas adultas. Estes rebentos surgem de gemas axilares no caule principal, e devem ser retirados preferencialmente da base da planta, já com aproximadamente 20 cm de comprimento ou mais. Os rebentos laterais da couve enraízam facilmente em solo úmido.
Se o plantio for realizado por sementes, podem ser semeadas diretamente na horta ou em sementeiras e vasos. No caso dos vasos, recomendamos o autoirrigável, que umidifica a planta na medida ideal e previne contra o mosquito da dengue.
Caso queira transplantar futuramente, deverá realizar o procedimento quando as mudas estiverem com pelo menos 10 cm de altura e de 4 a 6 folhas verdadeiras. O transplante deve ser feito preferencialmente em dias nublados e chuvosos ou no fim da tarde, irrigando logo em seguida.
Semeie as sementes a aproximadamente 1 cm de profundidade. A germinação ocorre normalmente dentro de uma semana ou duas.
O espaçamento ideal pode variar com o cultivar e as condições de cultivo, mas geralmente um espaçamento de 50 cm a 1 m entre as linhas de cultivo e de 25 a 50 cm entre as plantas é o adequado.
Normalmente, quanto maior o espaçamento, maiores serão as plantas e suas folhas.
É importante lembrar de sempre retirar as ervas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
Dependendo do cultivar a planta pode ficar muito alta. Neste caso, pode-se cortar a extremidade do caule principal para favorecer o desenvolvimento dos brotos laterais e manter assim a planta em uma altura que você considere confortável para o manuseio e a colheita. Por outro lado, excluir ou limitar o número dos brotos laterais pode estimular o crescimento das folhas no caule principal.
Chegamos então a colheita
A colheita das folhas da couve inicia-se normalmente de 10 a 16 semanas após o plantio. Plantas mais jovens podem ter suas folhas colhidas, mas isso pode prejudicar o crescimento das plantas. Evite colher as folhas nas horas mais quentes do dia e deixe pelo menos as 5 folhas mais jovens no caule. Acredita-se que as folhas colhidas após a ocorrência de uma geada têm melhor sabor. Em condições adequadas, a couve pode produzir por alguns poucos anos sem necessidade de replantio.
Depois da colheita é só aproveitar essa folhuda deliciosa, seja numa saborosa salada ou acompanhando aquela maravilhosa feijoada.
Pronto para começar a produção de couve? Deixe seu comentário!
Feijão Guandu , mais uma planta recicladora do solo !
É uma leguminosa de verão de porte alto e ciclo semi-perene. Tem como forte característica o sistema radicular agressivo e robusto que cresce em profundidade, reciclando nutrientes e descompactando solos adensados, fazendo uma subsolagem “biológica”.
É rústica e se desenvolve bem em solos de baixa fertilidade, por isso é utilizada na recuperação de solos degradados.
É usada também como cerca viva ou quebra vento em culturas perenes e no plantio de mudas no campo, evitando a radiação solar direta.
Excelente forrageira para alimentação de animais, inclusive fornecendo forragem rica no período mais seco. Grande produtora de biomassa e fixadora de nitrogênio.
Espécie - Cultivar - Família | |
Nome Comum | Guandu-forrageiro (Arbóreo) |
Cultivar | Caqui e IAC/Fava-larga |
Nome Científico | Cajanus cajan |
Família | Fabaceae (Leguminosa) |
Características da Espécie | |
Massa Verde (t/ha) (*5) | 20 a 40 |
Massa Seca (t/ha)(*5) | 5 a 9 |
N (kg/ha) (*5) | 120 a 220 |
Altura (m) (*5) | 2,0 a 3,0 |
Hábito de Crescimento | Arbustivo ereto |
Ciclo até o florescimento (dias) (*6) | 150 a 180 |
PMS (Peso de 1.000 Sementes) (g) | 110 a 130 |
Semeadura | ||
Profundidade (cm) | 2 a 3 | |
Em Linha | Espaçamento (m) | 0,50 |
Sementes/metro linear | 18 a 20 | |
Densidade (kg/ha) (*2) | 50 | |
A lanço | Sementes / m² | 45 a 50 |
Densidade (kg/ha) | 60 | |
Época | Ideal (*3) | Out a Nov |
Possível (*4) | Set a Mar |
Fonte: Piraí sementes
terça-feira, 17 de setembro de 2019
Tudo o que você precisa saber sobre adubos!
Casa Campo & Cia › Jardinagem › Tudo o que você precisa saber sobre adubos e fertilizantes
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Adubar uma planta é fornecer nutrientes que serão utilizados na produção do alimento que ela precisa. As plantas, diferentemente de nós, produzem seu próprio alimento, que pode aumentar ou diminuir de qualidade e quantidade em função dos nutrientes disponíveis no processo de produção. Quando adubamos uma planta, estamos enriquecendo o solo e disponibilizando um estoque de nutrientes para que o alimento por ela produzido seja de qualidade e possa suprir todas as suas necessidades. Bem nutridas, as plantas nos retribuem com a beleza de suas folhagens e muitas flores e frutos.
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Vantagens: Liberação rápida. Devido à rápida absorção, alguns já podem ser localizados na planta em questão de horas. Baixo custo e alto rendimento.
Desvantagens: Curta duração e risco de queima da planta quando utilizados em excesso ou deixados em contato direto com folhas e troncos.
Vantagens: Liberação lenta, alta durabilidade no solo. Além de fornecer nutrientes, a incorporação de matéria orgânica traz uma série de outras vantagens: ajuda a evitar a compactação do solo, que impede a oxigenação e dificulta o desenvolvimento das raízes; ajuda as plantas a absorverem melhor os nutrientes minerais; e serve de alimento para uma série de organismos essenciais para o bom desenvolvimento das plantas, desde minhocas até bactérias diversas.
Desvantagens: Demoram mais tempo para serem aproveitados pelas plantas, uma vez que precisam passar por processos químicos para poderem ser absorvidos. São economicamente inviáveis para culturas com grande necessidade nutricional, como os cereais.
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Atenção: Todo esterco só deve ser utilizado se estiver curtido, pois o esterco fresco pode queimar as plantas.
Embora excelente para as plantas, ela é extremante venenosa para os animais de estimação. Além da ricina (veneno presente na mamona), há concentrações elevadas de metais pesados como o cádmio e o chumbo.
Um solo rico precisa apresentar todos os componentes essenciais ao desenvolvimento de uma planta. Alguns desses componentes são necessários em quantidades maiores e são denominados macronutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio. Outros, apesar de essenciais nas reações químicas e fisiológicas das plantas, são utilizados em quantidades menores, são os micronutrientes: cálcio, magnésio, enxofre, boro, cloro, cobre, ferro, manganês, zinco e molibdênio.
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Adubar uma planta é fornecer nutrientes que serão utilizados na produção do alimento que ela precisa. As plantas, diferentemente de nós, produzem seu próprio alimento, que pode aumentar ou diminuir de qualidade e quantidade em função dos nutrientes disponíveis no processo de produção. Quando adubamos uma planta, estamos enriquecendo o solo e disponibilizando um estoque de nutrientes para que o alimento por ela produzido seja de qualidade e possa suprir todas as suas necessidades. Bem nutridas, as plantas nos retribuem com a beleza de suas folhagens e muitas flores e frutos.
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Tipos de adubos
.Químicos ou minerais
Adubos constituídos de compostos químicos inorgânicos, sintetizados em laboratório ou retirados de rochas.Vantagens: Liberação rápida. Devido à rápida absorção, alguns já podem ser localizados na planta em questão de horas. Baixo custo e alto rendimento.
Desvantagens: Curta duração e risco de queima da planta quando utilizados em excesso ou deixados em contato direto com folhas e troncos.
Orgânicos
São os fertilizantes constituídos de compostos orgânicos de origem vegetal ou animal.Vantagens: Liberação lenta, alta durabilidade no solo. Além de fornecer nutrientes, a incorporação de matéria orgânica traz uma série de outras vantagens: ajuda a evitar a compactação do solo, que impede a oxigenação e dificulta o desenvolvimento das raízes; ajuda as plantas a absorverem melhor os nutrientes minerais; e serve de alimento para uma série de organismos essenciais para o bom desenvolvimento das plantas, desde minhocas até bactérias diversas.
Desvantagens: Demoram mais tempo para serem aproveitados pelas plantas, uma vez que precisam passar por processos químicos para poderem ser absorvidos. São economicamente inviáveis para culturas com grande necessidade nutricional, como os cereais.
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Principais adubos orgânicos
.Húmus de Minhoca
O húmus é resultado do processamento dos nutrientes presentes no esterco bovino que, depois de passar pelo organismo das minhocas, fica totalmente solubilizado, tornando mais fácil sua assimilação pelas plantas. Rico em matéria orgânica, além de fertilizar, o húmus recupera as características físicas, químicas e biológicas do solo natural, favorecendo, assim, o bom desenvolvimento das plantas.Esterco
Os mais utilizados são os de gado e de frango. O esterco de gado contém maior quantidade de fibras, o que evita a compactação do solo e ajuda a reter maior quantidade de água. O de frango, por sua vez, é mais concentrado, extremamente rico em nutrientes. Porém, a grande quantidade de alguns elementos aumenta o risco de tornar o solo mais ácido e salino.Atenção: Todo esterco só deve ser utilizado se estiver curtido, pois o esterco fresco pode queimar as plantas.
Torta de Mamona
É o bagaço que sobra após a retirada industrial do óleo de mamona. Além de ser muito rica em nitrogênio (cerca de 5%) ainda possui ação nematicida (os nematoides são vermes que atacam as raízes das plantas).Embora excelente para as plantas, ela é extremante venenosa para os animais de estimação. Além da ricina (veneno presente na mamona), há concentrações elevadas de metais pesados como o cádmio e o chumbo.
Farinha de ossos
Resultante da moagem ou autoclavagem de ossos de boi, a farinha de ossos é rica em cálcio, fósforo e matéria orgânica. É muito indicada para utilização em plantas floríferas e no controle da acidez do solo.Um solo rico precisa apresentar todos os componentes essenciais ao desenvolvimento de uma planta. Alguns desses componentes são necessários em quantidades maiores e são denominados macronutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio. Outros, apesar de essenciais nas reações químicas e fisiológicas das plantas, são utilizados em quantidades menores, são os micronutrientes: cálcio, magnésio, enxofre, boro, cloro, cobre, ferro, manganês, zinco e molibdênio.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Poque as abelhas visitam nossa escola??
Foi gratificante a conversa com as crianças da terceira série do COLÉGIO SANTA TERESA DE JESUS no bairro Cavalhada em Porto Alegre!!
Após os slides e filme ilustrativo, foram mais de 30 minutos de perguntas curiosas sobre as abelhas.
Estou disponível para conversar sobre abelhas, compostagem, hortas, etc..
contate: agropanerai@gmail.com
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Videoaula "Sem Abelha, Sem Alimento": A importância das abelhas na produ...
Este video foi desenvolvido para dar suporte a educadores que desejam instruir seus alunos sobre o universo das abelhas e seu papel imprescindível na atividade de polinização e geração de alimentos, para os alunos do Ensino Fundamental I (crianças de 8 a 11 anos). É um video que complementa o "Caderno de Atividades sobre Educação Ambiental" também disponível para download gratuito no site www.semabelhasemalimento.com.br/educativo .
Com duração aprox. de 9 min, foi produzido pela organização "Bee or not to be?", com o apoio do Projeto Polinizadores do Brasil.
Autores:
Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves
Profa. Dra. Rosane Malusá G. Peruchi.
Vinagreira, caruru-azedo, azedinha, quiabo-azedo é um bactericida poderoso
Hibiscus sabdariffa é bactericida poderoso: um ótimo ajudante na cozinha
Hibiscus sabdariffa é conhecido aqui no Brasil como vinagreira, caruru-azedo, azedinha, quiabo-azedo, quiabo-róseo, quiabo-roxo, rosélia – uma arbustiva que pode ser perene ou bianual, dependendo da região, originária de longe (Ásia ou África, não se tem a certeza) e muito espalhada por nossos campos. É dos botões deste hibisco que se faz o famoso chá de hibisco, de tantos usos medicinais.
Uma pesquisa realizada no México determinou que esta planta é um dos bactericidas mais eficientes que temos conhecimento – a água do Hibiscus sabdariffa consegue eliminar até 90% de todas as bactérias de frutas e verduras, por lavagem simples, quando o cloro só consegue um percentual de 50%.
Esta eficácia transforma a água de vinagreira em um ótimo ajudante de cozinha desde que você deixe nela mergulhadas as frutas e verduras que vai consumir.
O pesquisador mexicano, Javier Castro Rosas, da Universidade de Hidalgo, testou a eficácia da água de vinagreira para bactérias como a Salmonella typhimurium DT104, Escherichia coliO157: H7, Listeria monocytogenes , Staphylococcus aureus e Bacillus cereus (no Lieberpub) e patenteou uma composição para desinfecção e preservação eficaz de alimentos, incluindo alimentos frescos, a partir de formulações aquosas com base em extractos de cálices de Hibiscus sabdariffa, que também se propõe ser usado para desinfecção de sementes e plântulas ou grãos germinados, sem alteração das propriedades de germinação, nutricionais ou alimentares dos mesmos (veja o processo de patenteamento aqui).
Esta descoberta é bastante interessante já que possibilita, em uso extensivo, melhorias na saúde pública das populações latino-americanas, asiáticas e africanas, regiões onde abunda a vinagreira, sem o aditivo de químicos clorados comumente usados para controle bacteriológico.
Foto: Prof. Javier Castro Rosa
Caso seja de seu interesse aprofundar conhecimentos sobre as pesquisas do Prof. Castro Rosas, você poderá consultar diversos de seus artigos aqui.
Fonte: Greenme - Alice Branco
PITANGA: UMA FRUTA ESPECIAL, possui antocianinas e carotenóides.
Tenho colhido muitas pitangas de uma muda, que trouxe do bairro Belém Novo em 1997. Aliás esta muda plantada em uma lata de 18 l, foi enterrada por mim no fundo do terreno onde moramos.
Pórem durante uns cinco anos ela não se desenvolvia. Em 2002 iniciei o curso de agronomia na UFRGS e a minha primeira cobaia foi a pitangueira.
Comecei corrigindo a acidez do solo, aplicando calcareo, observei que o crescimento era enorme, mas as frutas eram poucas. Neste ano com aplicação do biofertilizante caseiro, a colheita está estupenda, veja as fotos!boa semana!
alexandre
A pitanga, fruto da pitangueira (Eugenia uniflora L.), pertence à família botânica das Myrtaceae. É uma planta frutífera nativa do Brasil, da Argentina e do Uruguai. O seu nome vem da palavra tupi "pyrang", que significa "vermelha". Já era apreciada pelos colonizadores que a cultivavam em suas residências, e de seus frutos produziam doces e sucos, além de utilizarem suas folhas na medicina popular. Apesar de sua origem tropical, seu cultivo já se encontra difundido por diversos países, podendo ser encontrada no sul dos Estados Unidos, nas ilhas do Caribe e em alguns países asiáticos. No Brasil, a região nordeste é a única a explorar comercialmente esta fruta de alto potencial econômico.
A pitangueira frutifica de outubro a janeiro, e existe uma grande variação na coloração da fruta, indo do laranja, passando pelo vermelho, e chegando ao roxo, ou quase preto. As folhas da pitangueira têm conhecidas atividades terapêuticas, tendo sido usadas no tratamento de diversas enfermidades, como febre, doenças estomacais, hipertensão, obesidade, reumatismo, bronquite e doenças cardiovasculares. Tem ação calmante, antiinflamatória, diurética, combate a obesidade e também possui atividade antioxidante. Os extratos da folha da pitangueira, assim como de outras espécies nativas, também apresentam atividade contra Trypanosoma congolense (doença do sono), e moderada atividade bactericida, sobre Staphylococcus aureous e Escherichia coli.Há uma variedade de compostos secundários, ou fitoquímicos, já identificados nas folhas da pitangueira, como flavonóides, terpenos, taninos, antraquinonas e óleos essenciais. No entanto, sobre a fruta da pitangueira existem poucos estudos, identificando somente algumas antocianinas e carotenóides.
Pesquisas mostram que o conteúdo de fitoquímicos é maior em pitangas maduras do que semi-maduras e estes compostos de uma maneira geral estão concentrados na película da fruta, ou seja, na casca, sendo encontrados em menores concentrações na polpa. Para a pitanga, isto não chega a ser um problema já que, geralmente, é consumida sem a retirada da fina casca que protege a polpa.
Muitos estudos demonstram que o consumo de frutas e hortaliças, principalmente as coloridas, trazem benefícios à saúde. No entanto, nenhum mostra a relação do consumo de pitangas e prevenção ou combate de doenças. Neste sentido, a Embrapa Clima Temperado está iniciando um projeto em que a pitanga será estudada quanto ao seu potencial na prevenção de câncer, uma doença crônica não-transmissível. Em trabalhos preliminares, extratos de pitanga de coloração alaranjada foram testados em algumas linhagens de células cancerígenas (câncer cólon-retal, câncer de pulmão, câncer renal, câncer de mama, câncer de ovário), demonstrando redução na proliferação e viabilidade celular.
Neste projeto será focado o câncer de cólon e serão feitos estudos desde a obtenção e estabilização do extrato, até a identificação dos compostos fitoquímicos e estudos em células cancerígenas de cólon e em animais modificados geneticamente para desenvolver o câncer de cólon. Este projeto conta ainda com a parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
Márcia Vizzotto
Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado
Contatos: www.cpact.embrapa.br
sábado, 7 de setembro de 2019
Já comeu um hibisco? Ou Vinagreira?
por Cíntia Barenho
Andando
pelo Brasil Rural Contemporâneo encontrei uma banca que chama atenção
não só pelo que oferece, mas também pela simpatia de seus expositores.
Na
banca do Salvador (mais conhecido como seu Dodô) e esposa, que são
agricultores ecológicos do Lami (Porto Alegre/RS) há frutos de hibiscos
comestíveis sendo vendidos e oferecidos para degustação. Uma planta que
pode ser usada tanto como ornamental, como comestível.
Obviamente que experimentei tal iguaria, que tem gosto bem citríco/azedinho.
Segundo
seu Dodô, dependendo do uso o nome desse fruto varia. Se for usado no
chá é hibisco; se for usado na salada, chama-se azedinho; se fizermos
suco, torna-se groselha e se transformarmos em conserva, vira
vinagreira.
Semanalmente eles vendem na feira da José do Bonifácio, uma das feiras ecológicas de POA.
Segundo
seu Dodô a planta veio da Ásia e segundo contam as sementes vieram
escondidas no cabelo de uma escrava. A produção mais expressiva ocorre
no Nordeste Brasileiro.
A planta produz durante a Primavera-Verão, apenas em áreas secas e ensolaradas.
No Lami, eles já plantam hibisco
há 4 anos e segundo o agricultor a planta se encaixou perfeitamente ao
sistema agroecológico de plantio que fazem. Seu Dodôcontou que os hibiscos rendem mais que 100% de sua produção, porque além de vender como ornamental ou embaladas para o consumo direto, a família também transforma os hibiscos em sucos, geléias, pastas salgadas. Como a plantação-produção só acontece nos meses quentes do ano, tais beneficiamentos são imprescindíveis para eles.
A
família está muito satisfeita com a produção agroecológica. “Vivemos em
equilíbrio, perdemos todo aquele desespero de trabalhar ontem pra pagar
as contas de hoje. Vivemos em equilíbrio dentro de casa, com a
plantação”, afirmou seu Dodô.
Um
dos únicos problemas relatados é a dificuldade de terem uma
certificação.Atualmente só podem fazer venda direta ao consumidor, não
podem revender a terceiros. No entanto, diz que estão se organizando
com outros produtores agroecológicos para mudar tal situação.
Caso
você esteja precisando de algo digestivo, diurético, laxante e até mesmo
anti-depressivo (isso só é uma parte das propriedades medicinais) quem
sabe o Hibiscus sabdariffa, o hibisco comestível, do seu Dodô possa lhe ajudar.
Leia mais em: Hibisco: do uso ornamental ao medicinalfonte: http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/tag/agricultores-agroecologicos/
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