segunda-feira, 31 de julho de 2017

10 plantas que ajudam a controlar as pragas em uma horta orgânica

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Extraído do blog Somos Verdes


Quem produz hortaliças em casa, sabe que um dos maiores problemas é o ataque de insetos e outras praguinhas que interferem no cultivo saudável das plantas alimentícias. Mas como evitar o surgimento destes pequenos seres que prejudicam a horta?
Uma boa forma para equilibrar o micro ambiente da sua horta é fugir ao máximo do princípio da monocultura e plantar espécies diversificadas. Em uma floresta por exemplo, existe um ambiente controlado pela diversificação de espécies, sejam elas plantas, fungos, animais, insetos e até mesmo bactérias.
Mas como nosso caso é apenas uma horta, uma forma natural e eficiente é a utilização de algumas plantas que possuem efeito de armadilha ou simplesmente repelem as pragas que prejudicam a plantação. Por isso fizemos uma listinha de plantas que auxiliam no controle das pragas mais comuns em hortas orgânicas.
01- Alecrim (Rosmarinus officinalis): Afasta borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura.
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02- Anis ou erva-doce (Pimpinella anisum): Repele as traças.
03- Arruda (Ruta graveolens):  Repele formigas e ratos, assim como o Poejo.
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04- Capuchinha (Tropaeolum majus): planta-isca para afídeos (piolhos) e repele nematoides.
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05- Citronela (Cymbopogon): É eficaz contra moscas, mosquitos e formigas. Repele também o Aedes aegypti.
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06- Coentro (Coriandrum sativum):  Repelente natural de pulgões e ácaros.
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07- Hortelã (Mentha sp): Repelente natural de lepidópteros, como a borboleta-da-couve, formigas e ratos.
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08- Losna (Artemisia absinthium): Repelente de insetos, e afasta animais da horta.
losna-001Imagem via wikipedia
09- Manjericão (Ocimum basilicum): Repelente de moscas e mosquitos.
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10- Sálvia (Salvia officinalis):  Repele a mariposa do repolho.
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11- Tagete ou cravo-de-defunto (Tagetes erecta): Funciona como repelente natural para muito insetos em especial para mosca-branca e ainda protege contra os nematoides.
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12- Tomilho (Thymus vulgaris): Afasta a borboleta-da-couve, couve-flor e brócolis, evitando que a lagarta devore-as.
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Bonus:
Cosmos (Cosmos bipinnatus): Tenho visto o pessoal utilizar muito esta espécie que atrai polinizadores, repele nematoides e afasta lagartas que atacam a couve, rúcula e brócolis. Além de produzirem belas flores, é claro.
cosmos-fernand-pereira-somos-verdes-001Imagem de somosverdes – Fernando Pereira
Assista ao vídeo que preparamos com algumas dicas para sua horta:
Demais imagens via Pixabay

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Húmus líquido aumenta produtividade em até 20% - EMBRAPA


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Estudos conduzidos por pesquisadores da Embrapa demonstraram que produtos oriundos do húmus podem exercer atividades bioestimulantes responsáveis pelo crescimento vegetal e podem aumentar a produtividade em até 20%. Também conhecido por vermicomposto, o húmus é o produto que resulta de um processo de compostagem, no qual minhocas aceleram o processo de degradação da matéria orgânica. Outro produto desse processo é o chorume (ou lixiviado), um líquido que, quando diluído em água, pode ser aproveitado como biofertilizante.
 
Contudo, produtos de ação bioestimulante não necessariamente atuam como fertilizantes, e sim potencializam sua ação, por isso, funcionam melhor em situações em que o solo dispõe de uma nutrição adequada e balanceada. "Nessas condições, foi observado um aumento de produtividade de 5% até 20%, dependendo da espécie", quantifica o agrônomo Daniel Zandonadi, que pesquisa a ação do húmus líquido na fisiologia das plantas, principalmente hortaliças.
 
No caso do húmus, além de ser um importante fertilizante orgânico, que fornece nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta, ele possui moléculas semelhantes à auxina, um hormônio vegetal que contribui para o enraizamento mais vigoroso, com maior quantidade de pelos absorventes e raízes laterais. A vantagem de se aumentar a área superficial das raízes das plantas está relacionada a uma maior facilidade de absorção de nutrientes e de água, o que torna as plantas mais tolerantes à seca. 
 
Há diversas categorias de substâncias que possuem ação bioestimulante, além do húmus, entre elas: inoculantes microbianos (bactérias, fungos, leveduras), aminoácidos ou hidrolisados de proteínas, e extrato de algas. Em geral, os bioestimulantes comerciais estão sendo utilizados para aumentar a tolerância das plantas aos estresses ambientais e melhorar a eficiência de absorção de nutrientes.
 
Nas pesquisas realizadas no Laboratório de Nutrição de Plantas da Embrapa Hortaliças (DF), o húmus foi produzido por meio da decomposição de restos vegetais, especialmente hortaliças e frutas, pelas minhocas. Nesse processo, observou-se uma concentração desejável de auxina.
 
Utilização criteriosa
 
Em todo caso, nessa etapa, foi constatado que a quantidade do hormônio vegetal presente no húmus ocasiona um efeito positivo nas plantas. "Porém, a utilização desse fertilizante não pode ser trivial, visto que uma concentração inadequada pode causar efeitos inibitórios ao invés de ação estimulante. Assim, recomendações específicas são necessárias para evitar resultados indesejáveis para o agricultor, como inibição do crescimento vegetal e da absorção de nutrientes", pondera Zandonadi. 
 
Para definir o mecanismo de ação do bioestimulante oriundo do vermicomposto e comprovar os efeitos benéficos para o desenvolvimento das plantas, uma enzima chamada ATPase foi a chave para a resolução do problema. A ativação dessa enzima é indispensável para o enraizamento das plantas e, por isso, ela foi o ponto de partida para averiguar a atividade bioestimulante do húmus líquido.
 
De acordo com o agrônomo, o grande diferencial do estudo foi a proposição de um método rápido e simples de detecção da atividade bioestimulante do vermicomposto. "O processo de identificação da auxina é complexo e difícil de ser realizado em larga escala. Por isso, adaptamos um método para relacionar o aumento da atividade da enzima ATPase às ações bioestimulantes do hormônio vegetal auxina presente no húmus", explica. 
 
A partir de procedimentos bioquímicos realizados no laboratório, foi possível confirmar que os produtos testados ocasionaram a ativação da enzima ATPase. "A proposta de mecanismos de ação para bioestimulantes dessa natureza passa pela ativação dessa enzima que, por sua vez, vai estimular a absorção de nutrientes e o enraizamento vigoroso. Em linhas gerais, se a enzima for ativada, é sinal de que há atividade bioestimulante no húmus", recapitula Zandonadi, cujas perspectivas futuras consistem em compreender mecanismos de ação de diferentes fertilizantes orgânicos para propor à comunidade científica métodos para identificar as ações supostamente estimulantes desses produtos.
 
Morango por três anos ininterruptos
 
Fertilizantes orgânicos alternativos, fáceis de produzir nas propriedades rurais e de alto valor nutricional e biológico, são muito demandados por horticultores que optam pela produção de base ecológica. A utilização de húmus líquido, aplicado via fertirrigação ou por pulverização foliar, pode contribuir para o melhor desenvolvimento e maior produtividade de hortaliças. 
 
O produtor orgânico de morango Carlos Castro, do Distrito Federal, teve um resultado muito satisfatório ao adicionar o húmus líquido na água de irrigação por gotejamento da lavoura suspensa da hortaliça. "Além de a produtividade ter aumentado em torno de 40%, as plantas de morango, que possuem uma longevidade aproximada de um ano, ficaram três anos produzindo sem interrupção", comemora o agricultor, ao acrescentar que as plantas são saudáveis e sem deficiência de qualquer nutriente.
 
Para o agrônomo Daniel Zandonadi, o uso do húmus líquido resulta em um aumento de produtividade porque, além de fornecer todos os nutrientes que a planta precisa para completar seu ciclo, ele também contribui para a melhoria das condições do solo, principalmente em relação às características físicas, químicas e biológicas, que são deterioradas com as técnicas intensivas de preparo e manejo do solo. "Somado a isso, há ainda a ação bioestimulante de moléculas promotoras do crescimento que facilitam a ativação de mecanismos da planta responsáveis pela absorção dos nutrientes", sintetiza ao pontuar que para reduzir o impacto ambiental das atividades agrícolas, é preciso adotar práticas que contribuam para a sustentabilidade dos sistemas produtivos.
 
Premiação
 
A pesquisa conduzida na Embrapa Hortaliças sobre a ação bioestimulante do húmus líquido foi contemplada com a menção de trabalho mais relevante da 16ª edição do Congresso Mundial de Fertilizantes, realizada em outubro de 2014, no Rio de Janeiro (RJ). O pôster foi apresentado pela bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Lisanne Caixeta, que é orientada pelo agrônomo Daniel Zandonadi. 
 
"O cenário atual exige práticas sustentáveis e a proposta inovadora foi determinante para o destaque do trabalho no Congresso", opina Lisanne, ao se referir ao novo método para detecção da atividade bioestimulante do húmus líquido. Essa linha de pesquisa já havia sido contemplada com o primeiro lugar na 4ª Jornada Científica da Embrapa Hortaliças, em agosto do ano passado. Na ocasião, a equipe apresentou a avaliação da atividade hormonal de bioestimulantes no tomateiro.
 
Paula Rodrigues (MTb 61.403/SP) 
Embrapa Hortaliças 
 
Telefone: (61) 3385-9109
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Atrai beija-flores, mulungu, suinã, bico-de-papagaio, canivete, corticeira, sananduva.

 
Nome cientifico: Erythrina speciosa
Família: Fabaceae Faboideae
Nomes populares: Eritrina, Mulungu, Suinã
Nomes comuns: mulungu, suinã, bico-de-papagaio, canivete, corticeira, sananduva.
Onde é encontrada: Encontrada principalmente em jardinagem e paisagismo. De forma nativa se vêem exemplares isolados e raros.

Suinã

Suinã

Suinã Características

Suinã (Erythrina speciosa) – árvore, floresce no inverno.
Árvore com 8 a 12 metros de altura, com tronco de 40 a 70 cm de diâmetro, espinhenta, madeira macia..
Bastante copada. Folhas trifoliadas, bem largas, 11 cm. Fruto vagem curta, 6 cm, com sementes de um cm no formato de feijão, avermelhadas ou amarronzadas.
Ocorre do CE até MG, RJ e SP, principalmente na caatinga. Madeira leve, macia e pouco resistente aos agentes decompositores.
Pode ser utilizada na confecção de tamancos, jangadas, brinquedos e caixotaria.
Árvore extremamente ornamental, atrativa de pássaros, principalmente beija-flores, os quais as visitam a fim de sugar seu néctar.
Espécie ideal para cerca-viva de grandes propiedades.
SuinãFloresce a partir do final do mês de agosto prolongando-se até dezembro.
Os frutos amadurecem em janeiro e fevereiro.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Plantas Alimentícias Não-Convencionais são tema da última oficina “Saber na Prática”

Realizada no último sábado, 15 de julho, no Posto de Saúde do Rio Vermelho, a atividade teve colheita e preparação de receitas com plantas que vemos todos os dias em terrenos e calçadas, mas que não sabemos como são deliciosas e nutritivas.  “Muitas delas dificilmente encontraremos num mercado ou numa feira, mas que podem ser saboreadas”, explica o biólogo André Ganzarolli Martins, que facilitou a oficina junto com a farmacêutica Denise Rodrigues.  “Explorar mais as PANCs na alimentação traz inclusive benefícios ecológicos, pois aproveitamos mais a biodiversidade”, avalia Denise. Esta foi a última oficina do ciclo “Saber na Prática”, que contou com suporte do Programa de Apoio a Projetos da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF).


A oficina teve três momentos. No primeiro, André fez uma exposição dialogada sobre as PANCs. De acordo com ele, existem basicamente três grupos: plantas nativas, plantas exóticas e também partes de plantas já conhecidas que não são consumidas frequentemente (como a folha da batata-doce).

Num segundo momento, as/os participantes visitaram a horta do Posto de Saúde para começar a identificar algumas PANCs. Olfato e paladar somaram-se à visão no esforço de perceber o que poderia ser consumido ou não. Mas a riqueza da biodiversidade das Plantas Alimentícias Não Convencionais estava do outro lado da rua, num terreno baldio.

Malvavisco, Crespa Japonesa, Folha Pepino, Bela Emília… A cada metro andado, André e Denise apontavam alguma planta cujas folhas ou flores poderiam ser saboreadas. Neste ponto da oficina, André faz uma ressalva: é importante conhecer bem as PANCs para evitar intoxicações. Além  disso, colher e consumir as plantas que estão nos fundos dos terrenos, não as próximas à beira da estrada.  “Muitas dessas eu já conhecia porque nossos antepassados comiam, mas a aroeira eu não sabia que dava pra comer”, disse Jucélia Beatriz Vidal, moradora do Quilombo Vidal Martins, que fica no Rio Vermelho.

De volta ao Posto de Saúde, a oficina continuou com preparação de receitas, capitaneada por Denise Rodrigues. O cardápio foi: suco de banana com crespa japonesa, pasta de grão de bico com ora-pro-nobis, maionese de cará com açafrão e um pesto de capuchinha. Para sobremesa, um doce de amendoim com passas, ameixa e um calda de manga com hibisco. Além de deixar a todas e todos com água na boca, Denise trouxe muitas informações sobre o valor nutricional e propriedades medicinais das PANCs e ingredientes utilizados, junto com orientações sobre o uso de sal, açúcar e gordura na nossa alimentação.
Antes da tão esperada degustação, todas e todos montaram pratos com as receitas preparadas, abusando das cores de flores comestíveis nos canapés de abobrinha e folhas e capuchinha e ora-pro-nobis. Praticando o desapego, as pessoas trocaram seus pratos com as/os colegas.

Ao final, como sempre, só elogios para a atividade: “Já tinha ouvido falar de PANCs, mas não conhecia ainda. Vim por curiosidade e acabei me apaixonando”, conta Raquel de Souza, que veio do Ribeirão da Ilha até o Rio Vermelho só para participar da atividade.
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